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Nós Estamos Prontos Para Pagar o Preço Pelo Reavivamento?

Por: Jonathan Goforth

Certa feita um missionário comentou como que para se desculpar comigo: “Eu sempre esperei ansiosamente pelo reavivamento mas o lugar onde eu traba­lho fica tão fora-de-mão que me é impossível conseguir um evangelista pa­ra ir lá.”

Como se o Espírito de Deus esti­vesse necessariamente, limitado apenas a umas poucas pessoas escolhidas! Nós desejamos afirmar mais enfaticamente a nossa convicção de que o reavivamento de Deus pode ser obtido quando e onde nós o desejarmos.

O príncipe dos evangelistas Charles G. Finney acreditava que qualquer grupo cristão, desde que cumprisse com sin­ceridade e sem reservas a vontade de Deus, poderia ter um reavivamento. O evangelista D. L. Moody insistia de contínuo que o Pentecoste foi, mera­mente, uma amostra do que Deus sem­pre quis fazer.

Com toda a certeza, não devemos entender erroneamente que o Oriente é, peculiarmente, apropriado para o reavi­vamento Nós temos visto audiências nas terras natais serem tocadas da mesma maneira que ocorre na China. É verdade, geralmente leva mais tempo! Mas se leva um dia ou quinze, o princípio é o mesmo: qualquer grupo de cristãos que busca pode receber a benção completa do Pentecoste!

A nossa leitura da Palavra de Deus torna inconcebível para nós que o Espíri­to Santo pudesse querer, ainda que por um dia, atrasar a Sua obra! Nós podemos ter certeza de que onde hou­ver uma falta da plenitude de Deus, esta sempre se deve à falta de fé e obediên­cia do homem.

Se o Espírito Santo de Deus não está glorificando a Jesus Cristo no mundo hoje como fez no Pentecoste, NÓS somos os culpados!

Afinal de contas, o que é o reaviva­mento senão o Espírito Santo de Deus controlando totalmente uma vida rendida aos Seus pés? Deve sempre ser pos­sível, então, quando o homem se rende a Deus. Somente o pecado do endureci­mento pode nos manter fora do reaviva­mento.

Mas estamos prontos para recebê- IO? Valorizamos o Doador e o Dom sufi­cientemente? Estamos prontos a pagar o preço do Reavivamento do Espírito Santo?

Preparando-se Através da Oração

Tome a oração como exemplo. A história do reavivamento mostra plena­mente que todos os movimentos do Espírito começaram com oração. No entanto, não é certo que muitos de nós murchamos e vacilamos diante do pre­ço a ser pago? A Bíblia não nos conta muito do que aconteceu no cenáculo em Jerusalém entre a ascenção do nosso Senhor e o Dia de Pentecoste.

Mas podemos estar razoavelmente certos de que o pequeno grupo de discípulos sentiu pesar por cada minu­to que não passou ajoelhado. Havia tanta coisa de que se livrar, tantas coisas obstruindo que deviam ser pos­tas de lado, tanta imundícia a ser con­sumida.

O Dia de Pentecoste revelou melhor o que havia se passado no cenáculo. Nós sabemos também, que todos os derramamentos do Espírito que vieram depois disto estavam ligados à oração.

“E tendo eles orado,” diz Lucas, “tremeu o lugar onde estavam reunidos; todos ficaram cheios do Espírito Santo e, com entrepidez, anunciavam a pala­vra de Deus” (Atos 4:31). As poderosas revoluções espirituais nos tempos da Reforma vieram, principalmente, como resultado de oração. Conta-se que Lu­tero conseguia qualquer coisa de Deus que ele pedisse. A Rainha Mary da Escócia tinha mais medo das orações de John Knox do que de todos os exér­citos da Inglaterra.

O glorioso movimento do Espírito que uniu os elementos discordantes entre os Morávios em Herrnhut em 1727 e que os transformou no que foi a mais poderosa força evangelista do mundo nos últimos dois séculos nasceu de oração!

“Já houve na história inteira da Igreja,” escreve Bishop Hasse, “uma reunião de oração tão impressionante como esta que, começando (em Herrnhut) em 1727 continuou durante cem anos? É algo absolutamente ím­par.

Ela ficou conhecida como a “Corrente de Oração” o que significava que, pelo revezamento dos irmãos e irmãs, oração sem cessar era feita a Deus por todos os trabalhos e neces­sidades da Sua Igreja.

“Oração deste tipo sempre leva à ação. Neste caso ela provocou um desejo ardente de tornar a salvação em Cristo conhecida a todos os gentios. Ela produziu o início das missões estrangei­ras modernas. Daquele pequeno vilarejo sairam mais de cem missionários em vinte e cinco anos. Podemos procurar um outro lugar onde algo tenha aconte­cido de um grau comparável em algum ponto, mas será em vão.”

Mas existe algum motivo, nós podemos perguntar, para que o movi­mento dos Morávios não seja repetido nos nossos dias?

Não é provável que o Espírito Eterno de Deus tenha se enfraquecido. Pode­mos estar certos isto: a bênção está es­perando por nós se tão somente dobrar­mos os nossos joelhos e pedirmos por ela.

Talvez a fase mais impressionante do movimento Wesleyano tenha sido a ênfase que seus líderes colocavam na oração.

Sua prática regular era orar das quatro às cinco da manhã e das cinco às seis da tarde. Grandes figuras como William Bramwell, entretanto, além des­ses horários, passavam metade da noite em oração e, depois, atravessavam um bairro como uma labareda de fogo. Se tão somente os milhões de metodistas de hoje valorizassem a oração como fi­zeram seus fundadores, que poder não haveria!

Finney dependeu mais das orações dos pais Nash e Clary para trazer o reavivamento do Espírito Santo do que de sua própria lógica irresistível na pregação. Nós estamos tão acostuma­dos à condição Laodiceiana da Igreja de hoje que aquela influência de oração que permeava tudo nos tempos de Finney nos surpreende.

Imagine quarenta pastores e mis­sionários sendo enviados às searas do Senhor como resultado de oração duran­te um reavivamento em uma Escola de 2° Grau em Rochester! Em 1857 Finney via cinquenta mil pessoas por semana voltando-se para Deus. Em muitas cidades não havia prédios grandes o suficiente para realizar as reuniões de oração.

Foi nesta época que a reunião de oração da Rua Fulton começou numa igreja de um lado da rua e em poucas semanas ocupou a capacidade máxima do prédio inteiro, e finalmente transbor­dou para as igrejas vizinhas.

Em 1858 o Sr. Spurgeon chamou a sua grande congregação e disse: “O Espírito de Deus está salvando multi dões agora nos Estados Unidos. Saben­do que Deus não faz acepção de pes­soas, nós vamos orar até que Ele envie chuvas de bênçãos similares sobre a nossa terra.” O poderoso reavivamento de 1859 foi a resposta.

Conta-se que Moody não aceitava nenhum convite para dirigir uma cam­panha evangelística em que lhe fosse dado tota! garantia de que o caminho seria preparado com oração.

No sul do pais de Gales, pouco antes do grande reavivamento no inicio do século, trezentos grupos novos de oração foram formados. Gales, na ver­dade, quase se transformou numa gran­de reunião de oração. Qual foi o resul­tado? Em dois meses setenta mil pes­soas voltaram-se para o Senhor.

Em Calcutá, em 1902. duas senho­ras missionárias da Missão Khassia Hills ouviram um discurso sobre oração pelo Dr. Torrey. Elas foram tão comovidas pelas suas palavras que quando volta­ram para o seu povo o seu único tema era a oração

O resultado foi que, na primavera de 1905, o povo daquela região estava orando em todo lugar. O reavivamento, claro, era inevitável Em poucos meses mais de oitocentas pessoas foram acrescentadas àlgreja naquela parte da índia.

Foi principalmente através de oração intensa, cheia de fé que yeio um reavivamento em 1907, que trouxe cin­qüenta mil coreanos a Cristo. Estamos convencidos também de que todos os movimentos do Espírito na China de que temos conhecimento podem achar suas origens na oração.

Depois de uma série de reuniões especialmente comoventes, um missio­nário comentou comigo: “Se o Senhor fez tanto por causa de tão pouca oração, o que Ele não podia ter feito se tivéssemos orado como devíamos?”

“Qual é o segredo do reavivamento?” perguntaram a um grande evangelista certa feita “Não há segredo ” ele res­pondeu. “O reavivamento sempre vem como resposta de oração ”

Preparando-se pela Fé e Declarando as Promessas de Deus

Nós desejamos afirmar, também, que podemos perder qualquer esperan­ça quanto a um reavivamento poderoso e mundial do Espírito Santo sem que haja, primeiro, um movimento de retomo à Bíblia.

O Autor da Bíblia está sendo grandemente desonrado nestes dias por causa da dúvida lançada sobre a Sua Palavra. Deve causar-Lhe, na verdade, uma profunda tristeza o fato de que o Livro que exclusivamente testifica do Senhor Jesus seja tão pouco estimado pelo homem.

A menos que a Bíblia seja para nós verdadeiramente a Palavra de Deus, as nossas orações não podem ser nada a não ser pura zombaria. Nunca houve reavivamento exceto em lugares onde havia cristãos que criam inteiramente e reivindicavam sinceramente as promes­sas de Deus!

A Espada do Espírito, que é a Palavra de Deus, é a única arma que já foi poderosamente usada em rea­vivamento (Ef 6:17).

Onde é aceita pelo que ela rrtesma afirma ser, a Palavra de Deus sempre foi uma espada cortante de dois gu­mes, como o fogo e como o martelo que esmiuça a penha (Hb 4:12; Jr 23:29).

Quando Lutero conseguiu traduzir as Escrituras para o alemão, Roma perdeu aquele país. Moody não possuia o aprendizado das escolas mas ele conhecia a Bíblia e é certo que o mun­do nunca conhecera um apóstolo de almas, tal como ele.

Durante os meus dias de estudante em Toronto, a minha única arma nas cadeias e favelas era a Bíblia. Na China eu dou, freqüentemente, de trinta e cinco a quarenta palestras por se­mana, sendo praticamente todas elas apenas citações bíblicas.

Na verdade, acho que posso dizer seguramente que nos quarenta e um anos em que estive nos campos estran­geiros, eu, nem por uma vez, dei uma palestra sem uma Bíblia aberta nas minhas mãos da qual eu pudesse dizer: “Assim diz o Senhor!”

Eu sempre tive como certo o fato de que a simples pregação da Palavra de Deus traria as pessoas a Cristo. E isto, até agora, nunca falhou. O meu pastor chinês, um dos homens mais consa­grados que eu já vi. foi saivo de uma vida de vergonha e vício pela primeira pregação do evangelho que ele me ouviu fazer.

O meu arrependimento mais profun­do ao atingir a idade de setenta anos, é que eu não dediquei mais tempo para o estudo da Bíblia. Ainda assim, em menos de dezenove anos eu li o Novo Testamento em Chinês cinqüenta e cinco vezes.

O príncipe dos mestres da Bíblia, o Dr Campbell Morgan declarou que não tentaria ensinar nenhum livro da Biblia a menos que ele o tivesse lido primeiro pelo menos umas cinqüenta vezes.

Alguns anos atrás, um cavalheiro freqüentou a conferência Keswick na Inglaterra e fficou tão inflamado com um zelo pela Bíblia que, em três anos, ele a leu doze vezes do início ao fim. Alguém poderia pensar que ele pertencia à clas­se dos desocupados. Pelo contrário, ele começava o seu dia de trabalho na usina de aço Motherwell às 5:30 da manhã.

A Bíblia não era um livro tão negli­genciado quando os grandes reavivamentos de 1857-59 se espalharam pelos Estados Unidos e Grã-Bretanha. Nem foi tão negligenciada nos tempos de Moody. Durante a última dinastia Manchu, esperava-se que os eruditos soubessem os clássicos de seus mestres de cor. De que maneira os eruditos das terras chamadas cristãs estariam à altura daquele padrão com relação à Bíblia, o “Grande Clássico do Mundo?”

É simplesmente lamentável que tantos daqueles que dizem representar o Senhor Jesus Cristo saibam tão pouco de Sua Palavra. Há trinta anos atrás o ideal do missionário era conhecer tão bem a Palavra que não precisasse car­regar uma concordância.

Será que a indiferença à Biblia nos dias de hoje por tantos missionários deve-se ao fato, talvez, de que eles tola­mente pensam que descobriram algo melhor para satisfazer as necessidades de um mundo contaminado pelo pe­cado?

Preparando-se Através da Exaltação do Senhor Jesus Cristo

Finalmente, o chamado para o reavivamento deve ser um chamado pa­ra exaltar a Jesus Cristo em nossos corações como Rei dos reis e Senhor dos senhores Ele é como o Monte Everest erguendo-se da planície. Tem de haver lugar somente para Ele se nós queremos que Ele habite conosco. Todos os ídolos devem ser esmiuçados, todos os isaques colocados no altar; cada impulso egoísta deve ser despre­zado! Então e somente então, nós podemos esperar que campos mais amplos se abram diante de nós.

Dizem que Maomé, o grande guerreiro muçulmano na sua trilha de conquistas através do norte da índia, tinha, por costume, destruir todos os ídolos que caíssem nas suas mãos. Ele chegou, por fim, na cidade de Guggeratt onde havia um ídolo venerado de modo especial pelo povo.

Os líderes da cidade vieram até o general e imploraram para que ele poupasse apenas aquele ídolo. Ele poderia fazer como desejasse com os outros, disseram-lhes, mas se ele lhes tomasse aquele ídolo também seria o mesmo que a morte para eles.

Eles imploraram com tanta intensi­dade que, por um momento, o coração do conquistador foi tocado. Parecia mais do que cruel privar aquelas pobres pessoas do que era, aparentemente, vida e morte para elas. Então ele se lembrou do seu voto de não poupar nenhum ídolo.

Mandou que lhe trouxessem uma marreta, e com ela ele desferiu um tremendo golpe no ídolo. Para o seu es­panto da fenda aberta no ídolo saiu uma corrente de jóias e pedras preciosas. As pessoas tinham escondido os seus tesouros na imagem esperando demover o conquistador da idéia de destruí-la. Considere qual teria sido o seu prejuízo se ele não tivesse usado a sua mão para sacrificar aquele último ídolo.

Os ídolos Devem Desaparecer!

Uma das maiores oportunidades para os líderes cristãos de se livrarem dos seus ídolos eclesiásticos e fazerem seus corações entrar em contato com as insondáveis riquezas de Cristo foi na Conferência Missionária de Edinburgh em 1910. Líderes missionários vieram de todas as partes do mundo. Era a sua grande esperança de que uma nova era em missões tivesse começando.

O assunto no último dia foi: “A Base na Igreja Mãe”. Isto provocou visões de intermináveis possibilidades. As igrejas mães, capacitadas por um poderoso Reavivamento do Espírito Santo, envia­riam homens adequados como Paulo e Barnabé. Com seus enormes recursos em homens e finanças, o mundo seria evangelizado em apenas uma geração.

Infelizmente era apenas um sonho. Eu nunca experimentara tamanho desa­pontamento como naquele dia. Dos muitos que faiaram naquele grande en­contro missionário, não mais do que três enfatizaram o Espírito Santo de Deus como o único e essencial fator na evangelização mundial.

Alguém que ouvisse os palestrantes naquele dia poderia concluir apenas que dar o Evangelho para a humanidade perdida era, principalmente, uma ques­tão de melhor organização, melhor equipamento, mais homens e mulheres. Na verdade, havia bastante sintomas que indicavam que algumas fagulhas poderiam precipitar uma explosão. Mas não, o destronamento do ídolo da auto- suficiência eclesiástica era, aparente­mente, um preço muito alto a ser pago!

“Pelo Meu Espírito!”

Mas irmãos, o Espírito de Deus ainda está conosco. O Pentecoste ainda está ao nosso alcance! Se o reavivamento não está chegando até nós é porque alguns ídolos ainda permanecem entroni­zados, porque nós ainda insistimos em colocar a nossa confiança nos esquemas humanos, porque nós ainda nos recusa­mos a enfrentar a imutável verdade que é:

“Nem por força nem por violência, mas pelo Meu Espírito, diz o Senhor dos exércitos” (Zacarias 4:6).

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