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Relacionamentos: Pré-requisito à Comunhão

Nossa cultura ocidental dá um enorme valor à individualidade a ponto de acolher o individualismo como valor social. Na vida cristã, atribui-se que a postura correta de uma pessoa de bom caráter seja o ponto mais alto do testemunho. Daí, sempre se faz um esforço para obter esse padrão das pessoas que fazem parte da congregação. Isto abre possibilidades maiores ao legalismo, pois quem tem facilidade de observar determinadas regras tende a exigir o mesmo dos demais, enquanto se esforça para ocultar seus pontos falhos. Está pronto o cenário para a soberba se apresentar.

É de bom tom que cada um procure viver segundo os parâmetros sociais daquilo que se considera um bom caráter. Entretanto, este não é o ponto mais salientado do evangelho. Se observarmos com bastante atenção, veremos que a mutualidade (amar uns aos outros, perdoar uns aos outros…) se sobrepõe ao bom caráter e o antecede. Ou seja, a maneira como eu trato as pessoas fala mais alto que minha postura ilibada.

Relacionamento na família da fé

Jesus nos fez seus amigos para que fôssemos amigos uns do outros. Isto implica em amar a ponto de dar a vida. É assim que se confirma a amizade que Jesus nos confiou. Damos nossa vida quando preferimos nosso irmão a nós mesmos nas decisões que tomamos; ou seja, pensar sempre a favor do outro e buscar o bem-estar dele sem se importar consigo mesmo. A relação entre irmãos deve mirar-se na relação existente na Trindade, em que um busca a glória do outro.

Relacionamentos difíceis

Jesus também nos ensinou que, se amarmos apenas aqueles que nos amam, nenhuma recompensa teremos, pois isso em nada nos diferencia daqueles que não são seus discípulos. Em nossos relacionamentos, devemos ter em boa consideração aqueles que não demonstram amor por nós, dando-lhes a oportunidade de conhecer o amor do Pai.

Essa tarefa se tornará mais fácil para nós se considerarmos a questão sob outro ponto de vista: não reagimos contra o médico que nos atende e informa o problema que temos cuja solução será dolorida. Sabemos que o mal está em nós, e não foi o médico que o causou. Ele apenas o diagnosticou. Ora, sabemos que determinadas pessoas são capazes de fazer-nos expor o pecado que habita em nós. Elas não colocam o pecado em nós, apenas o evidenciam como faz o médico com a enfermidade. Entretanto, diferentemente de como agimos com o médico, culpamos a pessoa pelo nosso pecado e não nos submetemos ao tratamento que pode levar-nos à cura.

Relacionamentos com os desprezados

Não basta conhecer o futebolista Neymar e presumir que isso nos dá o direito de entrar na casa dele. Para isso, é necessário que ele nos conheça. Muitos que presumem conhecer a Deus ficarão decepcionados ao se perceberem desconhecidos quando ouvirem dele a temida frase: “Não vos conheço!”. Precisamos ser apresentados a Deus antes que seja tarde. Não basta conhecer os pobres; é preciso que eles nos reconheçam. Podemos ler tudo sobre eles a ponto de poder citar todos os tipos de estatísticas sem que nenhum deles nos conheça. Se formos amigos dos pobres, eles poderão nos fazer amigos de Deus também.

É comum dizer que, nos céus (após esta vida), teremos muitas surpresas em relação às pessoas que encontraremos por lá. Essas surpresas poderão se transformar em enormes constrangimentos se aquela pessoa, que evitamos durante nossa vida aqui, estiver nos esperando na porta de entrada para nos dar as boas vindas.

Ainda está em tempo de priorizarmos nossos relacionamentos.

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