Asher Intrater
Se todas as pessoas já fossem perfeitas, não haveria sofrimento. Esse é o alvo final de Deus (Apocalipse 21.4). Porém, até que isso aconteça, há muita maldade no mundo. Quanto mais alguém se esforça para ser justo, mais essa maldade reagirá contra ele; e mais ele sofrerá. Nosso destino é ser como Yeshua. Assim como ele sofreu, sofreremos.
2 Coríntios 1.5, 7: “Porque, assim como os sofrimentos de Cristo se manifestam em grande medida a nosso favor, assim também a nossa consolação transborda por meio de Cristo. (…) como sois participantes dos sofrimentos, assim o sereis da consolação.”
As pessoas costumam machucar umas às outras. O processo de nos doarmos aos irmãos em amor envolve dor. Uma característica do amor é que sofre para ser longânimo (1 Coríntios 13.4). De uma forma misteriosa, nós compartilhamos e participamos dos mesmos sofrimentos que Yeshua experimentou. Ele sofreu, pois tomou sobre si as dores, os pecados e as disfunções de outros.
Isaías 53.4: “Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si.”
Quando servimos aqueles a quem amamos, oramos por eles, os ajudamos a se levantar, os encorajamos, sentimos as suas dores e sofremos rejeição ao apresentar a verdade do evangelho, estamos estendendo o amor reconciliador de Yeshua que veio da cruz.
Colossenses 1.24: “Agora, me regozijo nos meus sofrimentos por vós; e preencho o que resta das aflições de Cristo…”
É um privilégio raro desfrutar de intimidade com Yeshua por meio do sofrimento. Significa partilhar de uma experiência preciosa e mútua com ele; é sentir a dor do coração de Deus.
Filipenses 3.10: “para o conhecer, e o poder da sua ressurreição, e a comunhão dos seus sofrimentos.”
Há um lugar de comunhão e intimidade com Yeshua que só vem se sofrermos com ele. Assim como é possível crer nele, também o é sofrer por amor a ele (Filipenses 1.29).
1 Pedro 4.13: “Alegrai-vos na medida em que sois co-participantes dos sofrimentos de Cristo, para que também, na revelação de sua glória, vos alegreis exultando.
Yeshua sofreu primeiro; depois entrou na glória. Na medida em que participamos dos seus sofrimentos, também participaremos da sua glória (Romanos 8.17-18). Sofrer por sofrer não é nosso objetivo. Ao invés disso, procuramos viver como Yeshua, tomando nossa cruz diariamente por causa da alegria eterna e inconcebível que nos foi proposta (Lucas 9.23, Hebreus 12.2).
Arrependa-se: Mais ou Menos?
Gil Afriat
A maturidade espiritual deveria ser expressa por mais santidade, menos pecado, mas não por menos arrependimento. À medida que crescemos em santidade, nossa consciência e sensibilidade para o pecado aumentam. O Espírito Santo derrama mais luz em nossas almas, e vemos pecados que antes não enxergávamos ou ignorávamos. Passamos a sentir a gravidade de pecados que pareciam pequenos ou insignificantes.
Paradoxalmente, quanto menos pecamos, mais nos arrependemos.
Certa vez ouvi um pregador falar de si mesmo publicamente, dizendo que já que pecava menos, ele também se arrependia menos. Mais tarde, foi revelado que estava profundamente envolvido em imoralidade sexual. O orgulho espiritual pode levar-nos ao engano. O verdadeiro crescimento espiritual em santidade requer humildade, por meio da qual vemos mais e mais tanto a santidade de Deus quanto nossos próprios pecados em sua luz.
A Condenação de Alon
Na semana passada, o popular e carismático Rabino Moti Alon foi condenado sob a acusação de abuso sexual. Isso ocorreu uma semana depois que dois candidatos a presidente do Banco de Israel (Frankel e Liderman) retiraram suas candidaturas após alegações de possível corrupção. Há um questionamento por todo o país a respeito dos valores de integridade envolvendo tanto líderes seculares quanto religiosos.
Manifestações no Egito
Ramez Atallah, Sociedade Bíblica do Egito
No dia 26 de julho, em resposta a um pedido do Ministro da Defesa, segundo estimativas, 40 milhões de pessoas foram às ruas para demonstrar sua solidariedade contra o comportamento agressivo e perturbador da Irmandade Muçulmana (IM). Surpreendentemente, apenas alguns incidentes de violência, roubos ou assédio de mulheres foram relatados.
As redes de TV CNN e Jazeera, além da maioria dos canais ocidentais, ao invés de mostrar os milhões de manifestantes alegres e pacíficos, focaram suas câmeras nas dezenas de milhares que estavam furiosos, exibindo imagens chocantes de vítimas feridas e mortas nas manifestações pró-Mursi.
Apenas uma perspectiva muito seletiva está sendo transmitida. A alegação de que a IM é formada por “manifestantes pacíficos” vai contra tudo o que estamos experimentando de violência e brutalidade nas ruas. Qualquer um que tenha a infelicidade de andar ou passar de carro próximo a uma das manifestações está colocando sua vida em risco.
A maioria dos egípcios, apesar do seu desprezo pela IM, é fortemente contrária à perspectiva de o Egito transformar-se num estado policial ou militar e está pressionando as forças de segurança para serem moderadas em sua resposta aos agitadores da IM. Muitos de nós ansiamos por um estado civil funcionando democraticamente.
