“O princípio da clareza [da Escritura] significa simplesmente que a Bíblia é suficientemente clara em si e por si mesma para que os crentes a compreendam. Como disse J. Stafford Wright, o princípio implica em três coisas: 1) ‘A Escritura é clara o suficiente para que seja vivenciada por pessoas simples’; 2) ‘A Escritura é profunda o suficiente para que se torne mina inesgotável para leitores da mais alta capacitação intelectual’; e 3) A clareza da Escritura consiste no fato de que Deus ‘quis que toda ela fosse a revelação de si mesmo ao homem’. Assim como a ordem natural é suficientemente simples para que o indivíduo comum possa vivenciá-la sem que seja necessário tomar consciência de tudo o que sabe o cientista físico e natural, também a ordem espiritual é suficientemente clara (…).
“A Escritura, em qualquer tradução fiel, é suficientemente clara para mostrar nosso pecado, os fatos básicos do evangelho, o que devemos fazer se quisermos ser parte da família de Deus e como viver para Cristo. Isso não significa, porém, que com a constatação (e compreensão) dessas verdades tenhamos exaurido o ensinamento da Palavra. Também não quer dizer que a solução de toda a questão complexa referente `a Escritura ou à vida seja simples, muito menos simplista. O que se pretende é assegurar que, a despeito das dificuldades que encontramos nas Escrituras, seu ensinamento é mais do que suficientemente claro para manter bem nutridos os fiéis.
“Uma história atribuída a Dwight L. Moody diz que ele foi abordado certa vez por uma senhora que lhe perguntou visivelmente decepcionada:
– Senhor Moody, o que devo fazer em relação às coisas difíceis da Bíblia que não entendo?
– A Senhora já comeu frango alguma vez na vida? – respondeu Moody.
Atônita com a indagação aparentemente disparada, a mulher respondeu hesitante:
– Sim.
– E o que a senhora fez com os ossos? – perguntou-lhe Moody.
– Coloquei-os de lado – disse ela.
– Então faça o mesmo o mesmo com os versículos difíceis – advertiu Moody. – Há muita comida mais do que suficiente a ser digerida no restante que pode ser compreendido.
Nisso se resume o princípio da clareza.”
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Extraído do artigo “Divórcio: Sobrevivendo entre o Legalismo e a Libertinagem”, de Gerson Lima, escrito em 10 de janeiro de 2008 para a Revista Impacto.
3 respostas
Glória a Deus!
Acredito haver uma necessidade de ruminar a palavra que aparentemente entendemos,no entanto não mergulhamos o suficiente para beber da abundância desse rio que é a palavra de Deus.
Creio que precisamos de duas coisas para entender as escrituras, as quais são:” o Espírito Santo que mostra a profundidade e a outra é a pura simplicidade.”
Conforme João 1.20, o apóstolo afirma que “Nós temos a unção que vem do santo, e sabemos tudo”, isto é, o Espírito Santo nos ensina todas as coisas, trazendo a revelação daquilo que nos é oculto; muito embora o coração daquele que o busca tem de ser simples. Por isso torna-se necessário crer na inspiração da Palavra de Deus. Jesus disse: “errais por não conhecer as Escrituras, nem o poder de Deus. Graça & Paz!