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O Poder do Espírito é Indispensável

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O Poder do Espírito é Indispensável
  Por S. A. Keen 

 “Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio… recebei o Espírito Santo” (Jo 20.21,22). 

É muito significativo que Jesus, tendo dado aos seus discípulos sua grande comissão, fez uma conexão entre ela e a ordem: “recebei o Espírito Santo”. Isso nos ensina que “o dom pentecostal do Espírito Santo é um fator indispensável para que o cristão possa realizar sua missão”.

A magnitude da missão do filho de Deus consiste nisto: ser enviado por Jesus para fazer exatamente aquilo que o Filho primogênito foi enviado pelo Pai para fazer. Em outras palavras, a obra de Cristo e a obra do cristão são a mesma. Jesus foi enviado para salvar o mundo; da mesma forma, o discípulo é enviado para fazer o mesmo.

Jesus fez a sua parte por meio de sua vida admirável, seus ensinamentos maravilhosos, suas obras notáveis e sua morte expiatória. Agora é o tempo em que seu povo deve fazer a parte deles através da pregação, do testemunho e do sacrifício, a fim de completar a obra de salvar o mundo. Por tê-los encarregado dessa parte da missão, Jesus insiste que busquem e recebam o Espírito Santo.

Você já pensou alguma vez, leitor, que fomos enviados para o mundo, cada um de nós, para fazer exatamente aquilo que Jesus foi enviado para fazer – isto é, salvar as pessoas? Essa é a missão de todo cristão, pai, mãe, filho, filha, marido, esposa, professor de escola dominical, ministro, jovem ou idoso; e por termos sido enviados para essa sublime vocação, o Espírito Santo nos foi prometido e é indispensável para que cada um desenvolva um bom serviço e execute a comissão que recebeu do Senhor.

Jesus, a fim de realizar o serviço que lhe foi designado pelo Pai, foi ungido com o Espírito Santo às margens do rio Jordão. Se Jesus, que era o Deus-homem, precisou do batismo com o Espírito Santo para fazer sua obra, quanto mais nós precisamos igualmente desse dom para executar a missão que foi colocada sobre nossos ombros!

Suficiente para nossa missão

O batismo no Espírito Santo é plenamente adequado para nos capacitar para a missão. A unção do Espírito Santo era uma necessidade para o Deus-homem e, assim que a recebeu, ele saiu no poder do Espírito para realizar seus milagres, revelar o Pai, mostrar a verdade e morrer na Cruz. Por meio do Espírito Santo, ele pôde realizar a expiação. Está escrito: “pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus” (Hb 9.14).

Quão presunçoso de nossa parte é tentar cumprir a missão sem unção, quando Jesus não ousou sequer começar a sua sem o auxílio do Espírito! Quão cuidadoso ele foi ao advertir seus primeiros discípulos para não se aventurarem na missão – mesmo depois de serem comissionados, e de a mensagem do Evangelho estar pronta para ser anunciada por seus arautos – sem a unção do Espírito Santo! Ele disse: “Permanecei, pois, na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder” (Lc 24.49).

No entanto, quantos ministros, professores, missionários, evangelistas e obreiros têm saído para realizar sua missão sem o poder para cumpri-la! O grande erro de muitos na igreja hoje é tentar fazer a obra de Deus e levar pessoas à conversão sem o poder do Espírito Santo. Depois, nos perguntamos por que, mesmo com tantas contribuições, ações e missões, há tão pouco fruto e tão pouca salvação. Se os soldados da igreja parassem por alguns instantes, se ajoelhassem, olhassem para o alto e recebessem o Espírito Santo, sua campanha seria impulsionada de tal forma que se tornaria a surpresa do século.

Na proporção em que corações abertos e confiantes receberem esse revestimento do Espírito Santo, a salvação do mundo acontecerá e avançará. Essa capacitação está diante de nós, à porta do nosso coração. Jesus permanece hoje como sempre fez desde que a dispensação do Espírito Santo foi inaugurada, soprando sobre o seu povo – ministros e leigos – dizendo: “Recebei o Espírito Santo”.

Contudo, continuamos agindo como Geazi, dependendo do cajado do profeta, ao invés da verdadeira fonte do poder dele (2 Rs 4). Os crentes continuam frios e mundanos, os pecadores mortos e indiferentes, as igrejas desfalecendo e o povo perecendo. Profetizamos, mas não clamamos: “Venha, ó vento!”. O sopro do Espírito transformaria os nossos vales de morte em vales de vida, e grandes exércitos se levantariam para fazer a vontade de Deus.

Esse revestimento do Espírito Santo, ao mesmo tempo em que é a fonte de caráter e deleite espiritual para o crente, é igualmente a fonte de poder espiritual. O seu poder é plenamente adequado para todas as demandas da grande comissão para o cristão e a igreja. Nenhuma outra capacitação é adequada, por mais que seja importante para a obra da igreja, sem esse revestimento.

O Espírito Santo é o aliado indispensável para o ministério e para a Igreja. “Não por força nem por poder, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos” (Zc 4.6). John Wesley era devoto, prestativo e exemplar em conduta, mas ele recebeu esse revestimento do Espírito Santo e só então foi que atingiu uma eficiência que impressionou sua geração. Thomas Chalmers o recebeu também, e o erudito, teólogo e pregador tornou-se um evangelista prodígio para o seu mundo e para a igreja de sua época.

Moody recebeu o poder do Espírito Santo e, com isso, um leigo, iletrado e sem cultura, viu ministros e obreiros do mundo inteiro ansiosos para sentar-se aos seus pés para aprender a arte de ganhar almas. Há milhares de ministros, professores de escola dominical e obreiros cristãos que já foram esforçados e diligentes, porém sem fruto. Hoje, mesmo não sendo mais esforçados ou fiéis do que antes, estão experimentando colheitas gloriosas nos campos até então estéreis porque receberam o poder do Espírito Santo.

Qualquer coisa que a igreja tenha que fazer, seja alcançar um impenitente, recuperar um desviado, vivificar um crente carnal ou santificar inteiramente alguém que esteja espiritualmente faminto, o revestimento do Espírito Santo é adequado para a realização da obra. Onde quer que essa unção seja experimentada, toda a obra de salvação e edificação espiritual pode ser levada adiante.

Disponíveis para nossa missão

A ordem: “Recebei o Espírito Santo” é uma promessa. Deus nunca ordena algo que não promete conceder. O Espírito Santo é o “Santo Espírito da promessa” (Ef 1.13). Ele é chamado de a promessa do Pai (Lc 24.49). Tudo que é por promessa é recebido pela fé. As promessas são dadas para que se creia nelas. Portanto, podemos crer nessa promessa e, com isso, receber o Espírito Santo.

Se esse revestimento tivesse qualquer outro requisito que não fosse a fé, não estaria disponível a todos. A única coisa que todos os redimidos podem fazer é crer, desde que se renuncie o pecado e renda o coração a Deus. Paulo disse aos efésios: “tendo nele também crido, fostes selados com o Santo Espírito da promessa” (Ef 1.13). A vinda do Espírito não apenas veio logo após a conversão como um revestimento definitivo, mas sucedeu a eles exatamente da mesma maneira com que receberam a justificação, ou seja, pela fé.

Jesus disse aos seus discípulos: “Recebei o Espírito Santo” quando eles ainda não haviam conseguido nenhum grande avanço em experiência ou em estender o reino. Ele lhes disse isso quando ainda eram vítimas de conceitos errados e compreensões inadequadas da real natureza do reino de Deus. Se eles, sob essas condições, puderam receber o Espírito Santo, como de fato receberam logo após terem recebido a promessa, quanto mais iminente e acessível ele está a nós!

Extraído de Pentecostal Papers, publicado no American Holiness Journal (Jornal de Santidade Norte-americano).

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