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No princípio era o VERBO

REVIVE ISRAEL,
UM MOVIMENTO GLOBAL DE AVIVAMENTO E RESTAURAÇÃO A PARTIR DE JERUSALÉM PARA JUDEIA E SAMARIA, CHEGANDO AOS CONFINS DA TERRA E VOLTANDO NOVAMENTE PARA ISRAEL…

Asher Intrater

“Ó, Uau!” Sem querer deixei escapar.

“Há algo errado?” perguntou Betty com preocupação.

“Muito pelo contrário”, expliquei. “Em minha devoção diária às escrituras, estou chegando ao capítulo um de João agora mesmo. Ainda fico entusiasmado com a leitura das escrituras todos os dias e estou particularmente entusiasmado hoje em ler João 1 novamente”.

Quando comecei a ler, as primeiras palavras saltaram da página para mim.

João 1.1 – No princípio era o Verbo…

(Em grego: En arche en logos). A palavra “VERBO” em grego é LOGOS. E ele estava lá desde o início. “No princípio” é, obviamente, a frase de abertura do capítulo um do Gênesis. É assim que os judeus se referem ao livro de Gênesis como um todo: “No Princípio”, B’reshit, בראשית

“Ó, Uau”! Eu me esqueci de novo.

O significado e o impacto dessa afirmação me atingiram. Essa é uma declaração compacta que liga o Gênesis a João, o início e o fim. Suas implicações são enormes. Vamos falar brevemente sobre elas em cinco aspectos chave:

1. Criação – O universo físico foi criado por um Deus espiritual através do uso das palavras. Deus disse: “Que haja…” e aconteceu. As palavras são a ponte entre o espiritual e o físico, o instrumento da criação. Primeiro, há um conceito espiritual, que depois se torna um pensamento em forma de palavras na alma. Ele é pronunciado fisicamente no mundo na forma falada. Essa compreensão é fundamental para a fé bíblica (Sl 33.6, Hb 11.3).

A produção de alguma “coisa” é feita ao se falar sobre sua existência. Surpreendentemente, em hebraico a palavra DAVAR, דבר significa tanto “coisa” quanto “verbo” [palavra]. O verbo é uma “coisa”, e uma “coisa” é o verbo.

2. Messias – Está claro no resto de João 1 que o verbo também é Yeshua, o Messias. O christos e o logos são um só. A palavra foi o intermediário da criação, e Cristo é a sua personificação (Cl 1.15-20). Quando a palavra profética foi pronunciada, a própria palavra era YHVH ou o próprio Yeshua anteriormente encarnado como o Anjo do SENHOR (como por exemplo em 1 Sm 3.7, 10). O nome de Yeshua é chamado de “a palavra de Deus” (Ap 19.13).

(Nota: Kaufman Kohler na Enciclopédia Judaica sobre “Memra”, (“palavra” em aramaico) cita muitos exemplos da “personificação” da palavra e descreve Memra como: …a palavra ou discurso criativo ou diretivo de Deus manifestando seu poder no mundo da matéria ou da mente; um termo usado especialmente no Targum [comentários em aramaico da Bíblia hebraica escritas e compiladas em Israel e Babilônia, da época do segundo templo] como um substituto para “Senhor” quando uma expressão antropomórfica deve ser evitada).

3. Escrituras – O “verbo” ou “logos” também se refere às escrituras. A Lei, os Profetas e o Novo Testamento são todos “logos”. Yeshua é a personificação do “logos”; as escrituras são os “logos escritos” que testemunham sobre ele. Como há uma palavra falada e uma palavra viva, há também uma palavra escrita.

As declarações mais importantes de Deus, e sobre Deus, que se destinam a toda a humanidade para ler, estão registradas na Bíblia. Esse aspecto do logos se torna o grafe, as escrituras. Que privilégio espantoso que temos por ser capazes de ler a palavra escrita todos os dias!

4. Profecia – Na Lei e nos Profetas, o dom da profecia era uma experiência única em que Deus falava apenas para alguns poucos especiais. Esse dom foi ampliado no Novo Testamento após o derramar do Espírito Santo no Shavuot, o Pentecostes de Atos 2. Agora os “poucos especiais” podem ser qualquer um que acredite em Yeshua, caminhe em obediência e escute a voz interior do Espírito Santo.

Deus está vivo e fala com seus filhos. A palavra de Deus que ouvimos em nosso interior é frequentemente referida como rhema. Todos nós podemos profetizar quando ouvimos a Deus. Como Deus pode falar com qualquer um de nós, todos nós conhecemos parte da verdade e, portanto, profetizamos uma parte da verdade que nos foi revelada (1 Co 13.9, 14.31).

5. Proclamação Ter acesso a palavra por meio de Yeshua, das Escrituras, e das profecias, deve transformar a maneira como falamos. Cada palavra que sai de nossa boca tem muito mais influência do que poderíamos imaginar. Somos feitos à imagem de Deus e podemos falar como nenhum outro animal pode. Isso é um dom divino.

O poder da morte e da vida está na língua (Pv 18.21). Não devemos falar palavras sem sentido (Mt 12.36). Devemos falar palavras destinadas a edificar outras pessoas (Ef 4.29). Palavras ditas com fé podem mover montanhas (Mc 11.23).

Podemos simplesmente ler a escritura em voz alta e proclamar nossa fé por meio dela. Estamos em certo sentido “co-falando” com Deus. Esse é o significado de “confessar”, ou “confessar em sintonia”: professar uma palavra em cooperação com a palavra do Senhor. A palavra “falar” em grego é logeo. Co-falar, confessar ou falar a mesma coisa em sintonia é: homo-logeo.

No princípio era o Verbo. No fim, será o Verbo. A Palavra de Deus vai do começo ao fim. Ó, Uau!


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