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Luzeiros no mundo

  “Fazei tudo sem murmurações nem contendas, para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo, preservando a palavra da vida” (Fp 2.14-16). 

“Os filhos de Deus devem ser distintos dos demais filhos dos homens. Quanto mais perversas as pessoas se tornarem, mais cuidado devemos tomar para nos manter irrepreensíveis e inofensivos. As convicções e o exemplo de cristãos coerentes iluminarão os de fora e os atrairão a Cristo e à santidade, assim como o farol adverte os marinheiros de rochas perigosas e orienta o seu caminho em segurança para o porto. Procuremos ser tais luzeiros neste mundo” (Matthew Henry, teólogo do século 17 e autor de famoso comentário bíblico).

Como filhos de Deus, temos tremenda responsabilidade. As bênçãos divinas na nossa vida devem transbordar para influenciar e impactar as pessoas ao nosso redor. Somos o sal da terra e a luz do mundo (Mt 5.13,14), e nossa vida deve ser um instrumento para atrair outros ao Senhor. Nossa luz deve brilhar diante dos homens de tal maneira que vejam nossas boas obras e glorifiquem o Pai que está no céu (Mt 5.16). Cristo nos chama para tocar o mundo no lugar dele e nos envia para “fazer discípulos de todas as nações” (Mt 28.19,20). Somos seus embaixadores, como se ele mesmo estivesse rogando aos outros por meio de nós (2 Co 5.20).

Se esse chamamento representa um grande desafio em qualquer época ou situação, quanto maior quando estamos “no meio de uma geração pervertida e corrupta” (Fp 2.15). Evidentemente, há terrível escuridão moral e espiritual à nossa volta hoje, e, por causa disso, a necessidade de luz é muito maior! Embora a maioria das pessoas do mundo possa não admitir, elas precisam da luz que temos como povo de Deus. E, ainda que rejeitem a nós e à nossa luz, alguns (quem sabe, muitos!) serão atraídos ao Senhor por nosso intermédio.

Sem dúvida, nossa luz vem do próprio Senhor. Porque Deus, que disse: Das trevas resplandecerá a luz, ele mesmo resplandeceu em nosso coração, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Cristo” (2 Co 4.6). Jesus disse: “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida” (Jo 8.12).

Luz que atrai

Como é vital, então, que brilhemos com a luz de Cristo neste mundo e que demonstremos que somos irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis … preservando a palavra da vida” (Fp 2.14-16). As pessoas ao nosso redor precisam ver algo em nós que faça um forte contraste com a escuridão espiritual e moral e o vazio que estão no mundo. Elas precisam ver Cristo em nós. Precisam ver na nossa vida o caráter de Jesus e suas boas obras. Precisam ver sua humildade, sua compaixão, seu amor e seu coração de servo. Precisam nos ver tratando os outros como ele os trataria. Precisam nos ver cuidando dos pobres, dos enfermos, dos vulneráveis, dos desprezados, dos famintos e dos necessitados. Precisam nos ver carregando os fardos dos fracos e perdoando como Cristo nos perdoou. Precisam nos ver buscando paz com todos os homens.

Precisam ver em nós pessoas com coração grande; pessoas que amem a Deus com todo o ser, que amem o próximo como a si mesmos, que amem suas famílias, seus irmãos na fé, os perdidos e até seus inimigos; precisam nos ver como pessoas fervorosas em amor, que amam como Cristo amou, que honram a todos os seres humanos e que vivem em reverência ao Senhor.

Precisam ver em nós pureza de coração e sinceridade sem hipocrisia; cuidado genuíno dos outros, colocando as necessidades dos outros acima das nossas; precisam ver que morremos para nós mesmos, que não temos interesse próprio, mas que vivemos por aquele que morreu e ressuscitou por nós.

Precisam ver em nós pessoas que não sejam contaminadas com o espírito do mundo, que não tenham apego ao dinheiro, que vivam em contentamento e simplicidade, que contribuam com alegria, sacrifício e generosidade.

Precisam ver que não estamos mais escravizados ao pecado, mas que fomos perdoados, purificados e libertados em Cristo; que temos fome e sede de justiça, que temos nos despojado de ira e fúria, impureza e imoralidade, cobiça e ganância, ódio e contenda, embriaguez e farras; que, no lugar de todas essas coisas, estamos cheios do fruto do Espírito: amor, alegria, paz, paciência, bondade, gentileza, fidelidade, mansidão e domínio próprio; que levamos vidas tranquilas e quietas, com toda santidade e respeito (1 Tm 2.2) e que “ornem, em todas as coisas, a doutrina de Deus, nosso Salvador” (Tt 2.10).

Precisam ver em nós pessoas dedicadas à verdade; que honram e cultivam as Escrituras como verdade divina, cujas vidas estão cheias de encorajamento e luz da Palavra de Deus; que se deleitam no Senhor e na sua Palavra, e que fazem a vontade de Deus do coração; pessoas cheias de honestidade e integridade, que falam a verdade em amor; que falam com sinceridade e cujas palavras são edificantes e temperadas com graça.

Precisam ver em nós pessoas cheias de fé, que tenham um Deus sempre presente, onisciente e todo-poderoso, em quem confiam e de quem dependem em tudo; pessoas dedicadas à oração, que pedem coisas grandes de um grande Deus; que acreditam que nada é impossível para Deus e que ele age por meio da oração para prover, guiar, proteger, curar, libertar, reavivar, restaurar, fortalecer e salvar; pessoas que não são dominadas por ansiedade, mas que confiam no Senhor pela oração e que estão cheias de paz divina; que são fiéis para orar pela intervenção de Deus na vida dos outros.

Precisam ver em nós pessoas que suportam com paciência o sofrimento e as provações, que têm a força e a graça de Deus para sustentá-las nas circunstâncias mais difíceis; pessoas que tenham o poder de Cristo habitando nelas na sua fraqueza, que não sejam vencidas pelo mal mas que vençam o mal com o bem; pessoas que não devolvem mal por mal, ou insulto por insulto, mas que abençoam quando são amaldiçoadas.

Precisam ver em nós pessoas cheias de esperança, que sabem que têm um glorioso futuro e que têm expectativa viva pela bendita esperança da volta de Cristo; pessoas que têm o cântico do Senhor no seu coração, que não reclamam nem murmuram, mas que transbordam com ações de graças e alegria.

Precisam ver em nós pessoas com um propósito eterno, que apreciam e valorizam a vida e que aproveitam cada momento que o Senhor lhes providencia; pessoas que são “firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor” (1 Co 15.58); pessoas que não vivem em função das coisas temporárias, mas das eternas; que dedicam tudo o que são, tudo o que possuem e tudo o que fazem para a glória de Deus.

Precisam ver em nós pessoas que tenham o toque de Deus sobre elas, pessoas que gastam tempo na sua presença e que são cheias da sua vida; pessoas que tenham o brilho do seu fogo nelas, que sejam novas criaturas em Cristo e que estejam no processo de transformação, de glória em glória.

“Pois, outrora, éreis trevas, porém, agora, sois luz no Senhor; andai como filhos da luz” (Ef 5.8).

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3 respostas

  1. Muito oportuno esse texto nos dias atuais e firme fundamento para nortear nossas vidas cristãs. O Senhor nos capacita e abençoa.

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