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Imersão no Rio Jordão

Imersão no Rio Jordão

Por Eddie Santoro e Asher Intrater

No ano passado, a Sociedade pela Proteção de Natureza em Israel abriu o local de batismo e preservação de natureza conhecido pelo nome Khaser al Yehud, no Rio Jordão, perto de Jericó. O nome árabe significa “travessia dos judeus”, em referência à passagem milagrosa pelo Jordão no tempo de Josué. O local é também identificado tradicionalmente pelos cristãos como o lugar onde Yeshua (Jesus) foi batizado por João Batista.

Os significados desses dois eventos históricos estão interligados. Assim como Yeshua jejuou 40 dias no deserto para “completar” ou cumprir o significado dos 40 anos de peregrinações dos judeus no deserto com Moisés, assim ele também foi batizado por imersão no local exato do Jordão para “completar” o significado da travessia do rio pelos judeus com Josué (Mt 3.15). Há uma profunda unidade de vida espiritual e de relacionamento de aliança entre a história de Yeshua e a do povo de Israel (Mt 2.15).

Na semana passada, viajamos para Khaser al Yehud. Lá, sob o forte sol do deserto, tivemos a alegria de imergir três novos crentes da nossa congregação em Jerusalém na morte e ressurreição de Yeshua. Além deles, vários outros rededicaram a vida por meio da imersão.

Cada um tinha sua própria história pessoal, mas a verdade que se destacou em cada vida foi que o amor de Deus é maior do que o poder do inimigo. Quando o último casal subiu das águas, enquanto estávamos ali nos maravilhando e regozijando na graça de Deus, de repente uma pomba branca, apenas uma, nos sobrevoou e fez alguns círculos à nossa volta (Mt 3.16).

Exceção à Regra

Depois de 3 mil anos como povo santo e escolhido (Êx 19.6), mas sem conhecer nosso próprio Messias, parece que nós judeus reconhecemos que temos um chamado especial, mesmo sem saber exatamente por quê. Além disso, recebemos o padrão moral absoluto de Deus na Torá, no Monte Sinai, sem, contudo, ter condição alguma para realmente cumpri-la (Jr 31.32).

Talvez, em virtude desse passado, os judeus em Israel tendem a evidenciar uma estranha síndrome psicológica que chamo de “exceção à regra”. É assim: Regras são importantes. Todos devem obedecer às regras. Todo aquele que não obedece deve ser repreendido e punido. Entretanto, sou um caso especial por causa da importância do meu chamado. Sou uma exceção às regras, e elas realmente não se aplicam a mim.

[É possível que essa disfunção psicológica ocorra também em povos de diferentes passados étnicos e religiosos. J]

Isaías 13 e o Tempo do Fim

A Segunda Vinda de Yeshua é um evento central na profecia da Nova Aliança. Era central também para os profetas hebreus da Velha Aliança, mas isso nem sempre é percebido porque usavam um nome diferente: “O grande e terrível dia de YHVH”. Ao restabelecermos a conexão entre os dois termos, veremos melhor a coerência entre as profecias da Velha Aliança e as da Nova. Uma compreensão mais clara surgirá a respeito dos eventos do final dos tempos.

  • O livro do Apocalipse descreve a Segunda Vinda principalmente da perspectiva da batalha espiritual entre anjos e demônios (Ap 12.7; 19.11).
  • O livro de Joel descreve o evento principalmente da perspectiva de oração, arrependimento e avivamento como preparação para a Segunda Vinda (Jl 1.14; 2.12,28).
  • O livro de Zacarias descreve a batalha do fim da perspectiva do ajuntamento de todas as nações contra Israel (Zc 12.2,9; 14.2-3,12).
  • O livro de Ezequiel descreve a restauração de Israel (Ez 36), a ressurreição dos mortos (Ez 37), a grande guerra de Gogue e Magogue (Ez 38-39) e o Templo e o Reino do milênio (Ez 40-48).
  • No discurso de Yeshua sobre o tempo do fim no Monte das Oliveiras, ele citou livremente de Isaías, Jeremias, Daniel e Zacarias (Mt 24.29-31).

Isaías 13 raramente é visto como uma profecia do fim dos tempos. Porém, lá também temos uma descrição do tempo da Segunda Vinda:

Isaías 13.6: “Uivai, pois está perto o Dia de YHVH; vem do Todo-Poderoso como assolação.”

Isaías 13.9: “Eis que vem o Dia de YHVH, dia cruel, com ira e ardente furor.”

Isaías 13.13: “… por causa da ira de YHVH dos Exércitos e por causa do dia do seu ardente furor.”

A perspectiva de Isaías 13 é a destruição das forças da “Babilônia”, um acontecimento muito similar à destruição da “Babilônia” descrita em Apocalipse 17-18. Isaías descreve seu encargo profético contra Babilônia, falando como os céus escurecerão (13.10), e o mundo será castigado por suas maldades (13.11).

Uma guerra horrível ocorrerá, com muitas mortes (13.15). As pessoas fugirão de volta para seus países de origem (13.14). Fogo cairá como na destruição de Sodoma e Gomorra (13.19). Esses eventos se darão no mesmo período em que Israel será restaurado como nação, tanto espiritual quanto fisicamente.

Isaías 14.1: “Porque YHVH se compadecerá de Jacó, e ainda elegerá a Israel, e os porá na sua própria terra; e unir-se-ão a eles os estrangeiros [ou convertidos, peregrinos], e estes se achegarão [se juntarão, serão enxertados] à casa de Jacó.”

Assim como em Romanos 11, este versículo descreve não só a restauração de Israel, mas também um grupo de pessoas das nações do mundo que se tornarão parceiros espirituais de Israel. Isso só pode ser a Igreja dos últimos dias tomando sua posição de parceria com Israel e sendo “enxertada na oliveira” de Israel (Rm 11.17-21).

Essa restauração de Israel ao seu chamado e à parceria com a Igreja internacional desencadeará a derrota final de Satanás na Segunda Vinda de Yeshua. “Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filho da alva! Serás precipitado para o Sheol, no mais profundo do abismo” (Is 14.12,15).

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