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Homens e mulheres que oram podem virar o jogo

Quinton J. Everest

O Deus que criou todas as coisas – que é a fonte de toda a nossa liberdade e de todos os recursos naturais, intelectuais e espirituais à nossa disposição – está sendo hoje negligenciado, ignorado e atacado por muitos em todos os níveis da sociedade. Muitos gostariam de apagá-lo totalmente da história e da memória cultural. Agindo assim, a confusão da nação é intensificada, o ódio se alastra, o mal é cada vez mais admirado e exaltado, os problemas são multiplicados, pureza e singeleza bíblicas são ridicularizadas e honestidade e justiça são descartadas.

Muitas nações e impérios já caíram em decadência e ruínas por causa de imoralidade e busca de prazer egoísta. Muitos já foram derrotados e até apagados como nações porque Deus e os seus princípios foram esquecidos, ignorados e desobedecidos.

Nenhum país hoje será uma exceção a esse destino! Posso afirmar para você: precisamos de Deus urgentemente, pois sem ele nossos problemas jamais serão resolvidos. Precisamos de um espírito geral de humilhação e súplica a Deus. Desde o menor até o maior, todos nós precisamos nos arrepender! A nossa maior necessidade atual é de homens e mulheres como Samuel, como Daniel, como Paulo, que tenham uma fé inquestionável e destemida em Deus, que se disponham a jejuar e orar até que haja uma intervenção divina, até que o pecado seja descoberto e desarraigado e até que vidas sejam convertidas, purificadas e empoderadas pelo Espírito Santo.

Uma crise nacional

Veja as condições no tempo de Samuel. Ele apareceu no cenário de Israel num dos períodos mais sombrios e manchados de sua história. O culto a Deus havia degenerado de maneira lamentável. A nação estava envolvida em práticas pecaminosas persistente da pior espécie possível. O veneno da idolatria dominava quase tudo. Até mesmo nas posições mais elevadas de governo e liderança espiritual, a imoralidade se tornara uma podridão insuportável.

Aqui ou acolá, ainda se podia achar uns poucos indivíduos que mantinham uma fé trêmula em Jeová e, em Siló, as formalidades da religião eram mantidas minimamente. Como nação, porém, a fé em Deus era apenas uma sombra sem vida. O povo todo estava mergulhado na lama imunda de um longo período de apostasia.

Os filisteus, inimigos de longa data, haviam acabado de vencer os israelitas na batalha. Hofni e Finéias, descendentes corrompidos de uma linhagem distinta, morreram na peleja. A arca, o símbolo sagrado da presença de Deus, foi capturada por esses adversários detestados e, depois, a terra toda foi submetida a um jugo opressivo. A glória nacional não existia mais; o orgulho coletivo foi esmagado; a fé autêntica em Jeová estava prestes a morrer. Sem dúvida, era um momento escuro, sem esperança e carregado de angústia.

A necessidade era desesperada. O que poderia ser feito? Tudo aquilo em que os homens confiavam até então havia falhado.

Uma solução eficaz

Apareceu, porém, uma solução eficaz, exatamente neste momento dramático da crise nacional. E que solução foi essa? Uma grande reunião nacional de oração (1 Sm 7.5,6).

Samuel era um homem poderoso na devoção e na oração. Ele havia sido fiel nessa missão de orar e na responsabilidade de chamar o povo de volta para Deus. Finalmente, ao ver sinais de despertamento, ele convocou uma grande assembleia nacional. Vendo a iminência de juízo mais severo, ele chamou o povo para se ajuntar em Mispa a fim de orar por eles ali. Toda a nação se reuniu para ouvir sua oração.

Houve um tempo de jejum e um tempo de oração, toda uma nação de joelhos, por causa da oração de um homem que levou a crise nacional a sério. Tiago afirma: “Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo” (Tg 5.16). O povo de Israel precisava de um homem forte e, nesse momento de crise, viram em Samuel alguém que realmente sabia orar.

Os filisteus ouviram falar desse imenso ajuntamento e imaginaram que o povo estivesse planejando algum tipo de ofensiva. Por isso, subiram contra Israel com força total. Os israelitas ficaram sabendo e recorreram a Samuel: “Não cesses de clamar ao Senhor, nosso Deus, por nós, para que nos livre da mão dos filisteus” (v.8).

Lá estavam eles, aterrorizados, em desespero, quase prontos para desistir. Tudo o que poderiam fazer – e o que realmente fizeram – foi depositar suas expectativas nas orações do homem de Deus. A Escritura nos diz que quando Samuel orou ao Senhor, ele foi ouvido (v.9). Suas orações foram mais poderosas do que os exércitos dos filisteus. O inimigo foi derrotado. Israel voltou para Deus, e Deus foi glorificado.

Alguém provavelmente vai dizer que essa oração feita por Samuel deve ter sido maravilhosa. Porém, lembre-se: não foi apenas a oração daquele momento específico que moveu o coração de Deus, mas todas as orações e a vida de santidade que a precederam. Orações como essa de Samuel não são esquecidas por Deus. São entesouradas nas taças de ouro cheias de incenso que são as orações dos santos (Ap 5.8).

Nesse momento de crise, houve um entendimento perfeito entre Samuel e o seu Deus, resultado de anos de comunhão e de andar juntos. Samuel conhecia a Deus e, melhor ainda, Deus o conhecia. Sem dúvida, é algo maravilhoso quando o homem que ora e o Deus que precisa responder são velhos amigos.

Você está pronto para orar em favor do seu país?

Diante da situação lamentável de corrupção política no nosso país, podemos nos contentar a criticar e lastimar. Podemos fazer discursos inflamados contra imoralidade. Porém, eu lhe pergunto: como você está diante de Deus? Você é realmente um filho genuíno do Senhor? Seus pecados foram perdoados? Você está andando na linha fina e elevada de uma vida santa e justa diante de Deus?

O caminho que leva ao santuário interior, onde as orações são respondidas, é o caminho de uma vida santa e de comunhão constante. Para Deus responder a você e ao povo da sua nação de outra forma seria recompensar uma vida de pecado e negligência. Seria dar as chaves dos tesouros divinos àqueles que desejam consumi-los em suas próprias cobiças. Samuel não fazia parte dessa classe.

Se você está interessado no destino do seu país, seria melhor voltar sua atenção para Deus, e começar a confiar nele e a ser totalmente autêntico. Seria melhor começar a ficar sério sobre a oração.

Deus procura homens e mulheres que orem quando os dias são maus, quando não há uma brecha sequer nas nuvens, quando o diabo parece estar ganhando e os exércitos de Deus parecem estar perdendo. A pessoa que ora com fidelidade, honestidade, intensidade, persistência e sacrifício pessoal é aquela que pode virar o jogo!

Vivemos num momento crítico!

Meu amigo, o que faremos diante da situação atual? Enfrentaremos o desafio ou aceitaremos passivamente a nossa própria derrota? Começaremos a orar com humildade e honestidade ou continuaremos com nossa apatia e mornidão? Confessaremos nossos pecados e falhas ou nos agarraremos com tenacidade ao nosso orgulho e habilidade carnais e tentaremos solucionar nossos problemas fora da prescrição divina?

Minha oração é que Deus sopre sobre nós hoje e nos ajude a ver a necessidade urgente de confessar e abandonar o pecado, de buscar intensa e humildemente a Deus e de reencontrar a paixão pela salvação das pessoas que só o Espírito Santo pode conceder.

As maiores necessidades do momento são jejum, oração, quebrantamento genuíno e humilhação de coração diante de Deus. Se as pessoas que afirmam conhecer a Deus se entregassem a orar com verdadeira intensidade, sondando o coração e suplicando com angústia de espírito, em breve veríamos os resultados desejados. Deus está esperando por um povo disposto a aceitar seu remédio, pois quando for aceito, ele intervirá com a solução.

Adaptado de um artigo publicado muitos anos atrás no Herald of His Coming (O Arauto da Sua Vinda).

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2 respostas

  1. Boa noite amados do ARAUTO, gosto muito de ler suas publicações, são de fontes confiáveis, vejo que tem abençoado muitas vidas por isso quero receber esses tesouros por email, obrigado!

  2. Glórias a Deus! Suas publicações são muito edificantes e nos impactam de tal forma que nos impulsiona a querer cada dia mais estar na presença santa de Deus.
    Que um exército de intercessores, um remanescente fiel se levante nesses dias para sair à peleja debaixo do estandarte: Jeová Nissi.

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