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Harmonia na Família da Igreja

De todos os benefícios que nos foram concedidos pelo nosso sempre gracioso Senhor, um dos maiores é o privilégio de nos reunirmos com outros membros do seu povo amado. Todo aquele que ama verdadeiramente a Cristo sentirá prazer em ser encontrado onde ele prometeu estar.
Mas levantemos uma questão solene em nosso coração e em nossa consciência. “Será que sou um auxílio ou um empecilho na igreja?”

Em 1 Coríntios capítulo 12 encontramos a grande verdade prática de que cada membro do Corpo de Cristo exerce uma influência sobre todos os demais. A semelhança do corpo humano, se há qualquer coisa errada com o mais fraco e mais obscuro membro, todos os membros o sentem, através da cabeça. Se um dente está quebrado, um pé desconjuntado, qualquer membro, músculo ou nervo fora de ordem, é um estorvo para todo o corpo.

Assim é na Igreja de Deus, o Corpo de Cristo: “Se um membro sofre, todos os membros sofrem com isso; se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com isso.” A situação de cada membro afeta a totalidade do corpo. Cada membro é um auxílio ou um empecilho para todos. Que verdade profunda! E ela é tão prática quanto profunda.

Este assunto oferece três motivos preciosos e poderosos para uma vida santa, séria e devotada – primeiro, que não devemos desonrar a Cabeça à qual estamos unidos; segundo, que não devemos entristecer o Espírito Santo que nos une; e terceiro, que não devemos ferir os membros com os quais estamos unidos.

Uma parte deste assunto que estamos considerando nesta ocasião, é a maneira pela qual várias reuniões são afetadas pela condição de alma, atitude de coração e estado de espírito de todos os participantes. Sem dúvida uma responsabilidade muito grande e especial repousa sobre aqueles que desempenham qualquer parte no ministério, quer seja na direção de um cântico, oferecendo uma oração ou ação de graças, lendo a Palavra, ensinando ou pregando. Todos os que isso fazem devem estar convictos de que são apenas instrumentos nas mãos do Senhor para qualquer parte que precisem executar. Se assim não for, eles podem prejudicar a reunião. Podem apagar o Espírito, prejudicar o louvor, interromper a comunhão, desfigurar a integridade da reunião.

Isto é sério, e exige uma vigilância santa por parte de todos aqueles que têm qualquer participação no ministério na assembléia dos santos. Tudo aquilo que não é fruto do Espírito pode prejudicar a edificação e a bênção. Todos os que tomam parte no ministério devem ser dirigidos pelo Espírito naquilo que vão fazer. Devem ser governados por um objetivo, a glória de Cristo na assembléia e a bênção da assembléia através dele.

Mas enquanto há uma responsabilidade santa sobre todo aquele que ministra no Corpo, o tom, o caráter e o efeito geral das reuniões públicas estão intimamente ligados com a condição moral e espiritual de todos. Cada pessoa na reunião ou é um auxílio ou um empecilho – ou contribui para a reunião ou dificulta.

Todos os que participam com um espírito devoto, sério, amoroso, que vêm para se encontrar com o Senhor, que se alegram em vir porque o próprio Senhor está lá — todos estes são um verdadeiro auxílio e uma bênção numa reunião. Que o Senhor aumente o número destes.

Não se trata de dom ou de conhecimento, mas de graça e de consagração, de verdadeira piedade e espírito de oração. É uma questão daquela condição de alma na qual cada filho de Deus e cada servo de Cristo deveria estar. Sem isto, os dons mais brilhantes e o conhecimento mais extenso são um empecilho e uma armadilha. Dons e inteligência simplesmente, sem uma consciência consagrada e sem o temor de Deus, podem ser, e têm sido, usados pelo inimigo para a ruína moral de almas.

Mas onde há verdadeira humildade e a realidade que a consciência da presença de Deus sempre produz – aí então com certeza você encontrará profundidade, renovação e espírito de louvor.

Sou um auxílio ou um empecilho?

Todos nós devemos nos perguntar – sou um auxílio ou um empecilho, alguém que ajuda ou alguém que atrapalha? Se chegamos com uma atitude de alma fria, dura e displicente, de maneira muito formal, sem auto exame, sem nos exercitar, sem quebrantamento, num espírito de crítica, murmuração, queixa, julgando tudo e todos com exceção de nós mesmos – então seremos um sério empecilho para a bênção, o proveito e a felicidade da reunião. Seremos o dente quebrado, o pé desconjuntado do Corpo. Como isso é triste! Vigiemos a nós mesmos ficando alertas contra isso, orando contra isso, e absolutamente não permitindo que aconteça!

Por outro lado, há aqueles que vêm com um espírito de amor, de graça, semelhante a Cristo, que se alegram no encontro com os demais irmãos ao redor da Escritura ou ao redor do propiciatório para oração, e que na afeição profunda e terna dos seus corações, abraçam todos os membros do Corpo de Cristo. Os seus olhos não se escurecem nem suas afeições se esfriam por suspeitas, mal entendidos ou sentimentos maldosos por qualquer pessoa ao seu redor. Foram ensinados por Deus a amarem seus irmãos, a vê-los “em Cristo” e estão prontos a receber positivamente qualquer coisa que o Senhor lhes mandar, mesmo que isto não chegue através de um dom maravilhoso ou de um mestre favorito. Todas essas pessoas são bênçãos divinamente enviadas por Deus para a igreja, estejam onde estiverem. Que Deus aumente o número delas!

Se todos na igreja fossem assim, seria a própria atmosfera do céu. O nome de Jesus seria como o óleo da unção derramado. Todo olho estaria fixo nele, todo coração absorvido com ele. Haveria um testemunho do seu nome e da sua presença em nosso meio mais poderoso do que qualquer efeito que o dom mais brilhante poderia trazer.

Que o Senhor da graça derrame a sua bênção sobre todo o seu Corpo em toda a terra! Que ele nos liberte de cada obstáculo, cada peso, cada pedra de tropeço, cada raiz de amargura! Que os corações de todos sejam unidos em doce confiança e no verdadeiro amor fraternal. Que ele coroe com as suas mais ricas bênçãos a obra de todos os seus amados servos aqui e em toda parte, alegrando seus corações e fortalecendo suas mãos, mantendo-os firmes e inabaláveis, sempre abundantes no seu trabalho precioso, na certeza de que sua obra não é em vão.

Adaptado de C. H. M.

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