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Despertamento Mundial Para Oração

Por: David Bryant

David Bryant é responsável por um ministério chamado “Proclaim Hope!” (Proclame Esperança), cujo objetivo é despertar os cristãos em todo o mundo para uma visão mais ampla da esperança em Cristo, a  fim de fomentar o movimento de oração e avançar o Reino de Deus. Atualmente vive em Nova Iorque, EUA.

PARTE 1 – QUATRO PERGUNTAS CHAVES

Durante os cerca de vinte e cinco anos em que tenho viajado para encorajar e fortalecer o movimento de oração em diversas partes do mundo, tenho respondido a muitas perguntas sobre este assunto. Entre as mais freqüentes, quero ressaltar quatro que considero de suma importância para entender melhor este assunto essencial.

1. Qual foi o momento que mais contribuiu para gerar na sua vida um coração para a oração?

Foi no ano de 1970, quando pastoreava uma pequena igreja muito próxima ao campus universitário de Kent State, em Ohio, EUA. Eu estava presente no campus no dia em que soldados da Guarda Nacional atiraram em estudantes numa manifestação, matando quatro e deixando mais dezoito mutilados. Uma verdadeira revolução começou ali que influenciou eventos em outras partes do mundo e, num certo sentido, mudou o curso da história.

Nossa igreja tinha um ministério forte com os alunos universitários, o que nos envolveu com os acontecimentos, desde o princípio. Logo, nós como igreja chegamos a um lugar onde não podíamos fazer outra coisa senão orar. Mas ninguém sabia como orar, incluindo o pastor que nunca fizera um curso sobre oração em toda sua vida e que, provavelmente, nunca antes havia orado por mais que cinco ou dez minutos de uma só vez.

Um grupo de líderes da igreja decidiu que se reuniria comigo quatro noites por semana, duas horas por noite, durante seis semanas, a fim de buscar o Senhor no meio da revolução que estava fermentando naquela época. Mas, na primeira noite em que nos reunimos, havia uma pergunta em todas as mentes: como haveríamos de preencher aquele tempo todo, duas horas por noite, quatro noites por semana, durante seis semanas, com oração que pudesse fazer alguma diferença, ou, até mesmo, com oração de qualquer espécie que fosse?

No fim, alguém sugeriu que orássemos seguindo o livro de Efésios, usando um capítulo durante cada uma das seis semanas. Todas as noites, líamos novamente o capítulo daquela semana e conversávamos por, talvez, cinco a dez minutos sobre algumas das implicações da passagem em relação a tudo que estava acontecendo ao nosso redor, e em relação à nossa igreja.

Depois, simplesmente nos ajoelhávamos num pequeno círculo com as Bíblias abertas no capítulo da semana e, basicamente, deixávamos Deus nos direcionar durante o restante das duas horas para as palavras, frases, percepções e promessas que estavam naquela passagem. Muitas coisas aconteceram como resultado daquelas seis semanas de oração. Vimos muitas respostas à oração durante os quatro anos seguintes. Vimos literalmente centenas de alunos universitários chegarem a Jesus. Deus fez uma tremenda obra naquele lugar que acabou afetando outras regiões pelo mundo inteiro.

Que momento contribuiu decisivamente para gerar em mim um coração para orar? Foi quando me ajoelhei com um grupo de homens que, assim como eu, não sabiam como orar, e com os quais me esforcei para aprender. Foi ali que o Espírito de Deus nos ensinou, mostrando-nos como orar a Palavra de Deus de volta para ele, usando um dos melhores mapas de avivamento que existe no mundo inteiro: o livro de Efésios. Meu pensamento sobre avivamento foi mudado para sempre. A partir de então, comecei a enxergar avivamento como nada menos que um despertar para Cristo.

2. Qual foi a experiência mais marcante que teve na oração?

Já tive várias, mas se tivesse que escolher aquela que marcou mais minha própria experiência, seria um momento quando ninguém orou.

Foi no ano de 1997, no local conhecido como The Mall (uma grande área aberta de parques e espaço livre no centro da capital norte-americana de Washington, D.C., próxima aos monumentos e ao Capitólio). Um milhão e meio de homens estavam reunidos para um período de seis horas de oração e arrependimento, com o objetivo de buscar Deus em favor de avivamento naquela nação. Eu fora escalado para subir na plataforma no final da segunda hora para dar uma curta mensagem e conduzir o povo novamente à oração. Entrei na pequena tenda de oração atrás da plataforma, onde todos os palestrantes recebiam oração antes de subirem para falar.

Enquanto a equipe de oração estava orando por mim naquela tenda, comecei a chorar, porque apareceu diante de mim uma visão, pelo menos no meu coração e mente, de algo que de fato aconteceu uns vinte minutos depois. Percebi que Deus estava mostrando que ele não queria que eu desse mensagem alguma, pois tinha outras instruções para mim. Eu deveria ler Apocalipse 1, a gloriosa visão que João recebeu do Senhor Jesus Cristo, em que viu seus olhos como chamas de fogo, seu rosto brilhando como o sol na sua força, e ouviu sua voz trovejante como de muitas águas. Diz ali que João caiu aos seus pés como um homem morto, onde permaneceu até que Jesus estendesse sua mão e o tocasse, dizendo: “Não temas. Tenho as chaves da morte e do inferno e quero mostrar-lhe as coisas que são e aquelas que ainda hão de acontecer”.

Portanto, quando subi na plataforma, li a passagem de Apocalipse 1 e, em seguida, convidei um milhão e meio de pessoas a se prostrarem totalmente no chão, como pessoas mortas, e a tomarem os próximos três minutos para estarem em absoluto silêncio diante daquele que era a resposta a todas as orações que estávamos oferecendo, e que era o coração e a essência do avivamento pelo qual ansiávamos.

Jamais me esquecerei daquele momento: até onde o olho alcançasse, havia homens prostrados completamente com o rosto em terra, em silêncio diante de Deus.

Muitas pessoas já vieram nos anos seguintes para me dizer: “David, o momento que mudou minha vida foi o momento quando não fizemos nada”. Creio que este foi o momento mais significativo de oração que já tive, pessoalmente – simplesmente estar em silêncio diante de Deus, porque toda resposta à oração sempre começa e termina nele. Aquele dia foi verdadeiramente um prenúncio do despertamento a Cristo que está chegando à igreja.

3. De tudo que você já ensinou sobre oração, qual seria o princípio mais valioso a passar para pessoas que estão preocupadas com oração?

Se existe um que eu pudesse escolher dentre todos, seria aquele que raiou no meu interior um dia, depois de completar várias semanas viajando para diversas cidades e países a fim de conduzir seminários sobre oração coletiva.

Líderes de diferentes igrejas e ministérios nestas cidades haviam se reunido durante um dia inteiro para examinar o que seria necessário para levantar um movimento unido de oração em seus locais respectivos. Passei a maior parte deste tempo anotando as coisas que aprendi destes líderes cristãos. Foi ali que descobri o que passei a considerar o mais importante princípio para unir e sustentar uma obra de oração, seja na sua própria vida, seja na sua igreja ou num movimento de oração em uma cidade inteira. É a necessidade de ter clareza sobre a esperança que representa seu alvo de oração – a esperança que Deus nos deu em todas suas promessas – e de estar certo de que esta esperança foi gerada por nada menos que o poder e a glória de Jesus Cristo e do seu Reino. Em outras palavras, precisamos estar claros sobre como estas promessas se concretizariam, se fossem plenamente cumpridas em nossas vidas, nossas igrejas e nossas cidades, e esta esperança deve nos dominar a tal ponto, devemos ser tão famintos pela glória e pelo poder de Cristo e do seu Reino, que não teremos outra opção a não ser orar.

4. Qual seria a passagem bíblica que mais impactou sua vida e ministério de oração?

Se eu tivesse que escolher uma única passagem, seria o trecho do Velho Testamento que é citado mais freqüentemente pelos autores do Novo Testamento. Desta forma, encontramos o Velho e o Novo Testamentos juntos no mesmo texto. O próprio Jesus o usou. Era o texto que os apóstolos citavam para descrever o que Deus estava fazendo na igreja do primeiro século, e ao qual voltavam vez após vez. Fala a respeito de oração e da supremacia de Cristo. É o texto que está em Salmo 110.1-4:

Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos debaixo dos teus pés. O Senhor enviará de Sião o cetro do seu poder, dizendo: Domina entre os teus inimigos. Apresentar-se-á voluntariamente o teu povo no dia do teu poder: com santos ornamentos, como o orvalho emergindo da aurora, serão os teus jovens. O Senhor jurou e não se arrependerá: tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque.

Os autores do Novo Testamento, tentando interpretar o que o Espírito de Deus estava fazendo no meio deles, foram buscar este texto que fala a respeito de Jesus, à direita de Deus, conquistando seus inimigos, agindo entre as nações, mobilizando um exército para lutar ao seu lado. E este exército está usando as vestes do sacerdócio, está cheio do vigor da juventude, batalhando sob a liderança daquele a quem Deus declarou: “Tenho jurado e não vou mudar de idéia. É assim que a batalha será travada e é assim que será ganha. Acontecerá enquanto tu, meu Filho, permanecer como sacerdote à semelhança de Melquisedeque, que era, ao mesmo tempo, sacerdote e rei”.

Os autores do Novo Testamento diziam: “Este texto nos ajuda a entender o que Deus está fazendo entre nós”. É por isto que creio que descreve igualmente o que Deus quer fazer entre nós hoje.

PARTE 2 – A SUPREMACIA DE CRISTO

Tenho passado bastante tempo nos últimos anos estudando as Escrituras sobre a supremacia de Cristo. Até agora, consegui sintetizar minhas conclusões em três simples expressões: quem ele é; o que ele oferece; e para onde nos conduz. A supremacia de Cristo é o que ele é como Filho de Deus; o que ele concede como regente de Deus; e para onde nos conduz nos propósitos de Deus.

A supremacia de Cristo é, antes de tudo, uma questão, não do que ele está fazendo, mas do que é como Filho de Deus: seu caráter, sua natureza, seus caminhos, o que ele é como Criador; quem ele é como Senhor das nações e Redentor de toda a terra; quem ele é por causa da cruz e por ter conquistado a morte. É quem ele é como Filho de Deus, antes de ter criado o universo. E também refere-se a quem ele sempre será por todas as eras vindouras.

Em segundo lugar, trata-se do que ele concede como regente de Deus. Foi a ele que Deus submeteu todas as coisas que há nos céus e na terra; a quem deu toda autoridade nos céus e na terra, e a quem constituiu não só como Senhor das nações, mas como Cabeça da igreja. Em virtude desta posição, ele concede à igreja seus dons, os frutos da sua vida ressurreta e da sua presença, seu amor, sua santidade e sua justiça. Ele deseja encher seu povo de si mesmo. Ele é quem faz cumprir todas as promessas de Deus em favor do seu povo, de toda a humanidade e de toda a criação.

E, finalmente, a supremacia de Cristo envolve o lugar para onde ele nos conduz nos propósitos de Deus. É Jesus conduzindo sua igreja à plenitude da sua própria estatura, conduzindo a causa missionária entre as nações, levando toda a história à sua última e total consumação, quando ele vier como Senhor dos senhores e Rei dos reis em toda sua glória resplandecente.

Quando penso na supremacia de Cristo, penso em Colossenses 3.1-4, onde Paulo nos exorta a colocar a mente nas coisas de cima, onde Cristo está assentado. Não coloque seus afetos sobre as coisas da terra; fixe seus afetos nas coisas lá de cima, pois você morreu e sua vida está escondida com Cristo em Deus. Quando Cristo, que é nossa vida, aparecer, então você aparecerá com ele em toda sua supremacia, que finalmente será demonstrada para que todo olho veja e toda língua confesse – e você estará ali junto com ele na sua supremacia. É isto que Cristo é como Filho de Deus.

Quando penso na supremacia de Cristo, penso em Efésios, capítulo 1, onde Paulo fala a respeito do poder que ressuscitou Jesus e o assentou acima de todo governo e autoridade e nome que se possa nomear, não só neste século mas em todos os séculos vindouros, a fim de que aquele que enche todo o universo possa encher sua igreja com a plenitude de Deus. Isto é sua supremacia operando e se manifestando no meio do povo de Deus à medida que ele o enche com a vida de seu Filho. É isto que ele nos concede como regente de Deus.

Quando penso na supremacia de Cristo, penso também em 1 Coríntios 15, onde diz que ele será as primícias dentre todos que serão ressuscitados dos mortos. A passagem continua dizendo que ele precisa reinar até que tenha derrotado cada um de seus inimigos e que o último inimigo a ser conquistado é a morte.

Paulo, então, diz que este ainda não é o fim; mesmo depois de conquistar a morte, há outros propósitos de Deus aos quais seremos conduzidos. Ele nos mostra que virá um momento na consumação quando o Filho pegará o reino que formou em todo o universo, redimido pelo seu próprio sangue, e o levará de volta para entregá-lo ao Pai, para que Deus possa ser tudo em todos. É para este lugar que ele está nos conduzindo nos propósitos de Deus.

Enfoque, Plenitude e Realização

Nos últimos anos, tenho usado três palavras para descrever as três dimensões da supremacia de Cristo: enfoque, plenitude e realização. Quem ele é como Filho de Deus – este é o enfoque da sua supremacia. O que ele concede como o regente de Deus – esta é a plenitude da sua supremacia. E para onde ele nos conduz nos propósitos de Deus – esta é a realização da sua supremacia.

Existe uma diferença entre a centralidade de Cristo e a supremacia de Cristo? Sim, realmente existe. Centralidade faz parte de supremacia, mas centralidade sozinha não é suficiente. A centralidade de Cristo significa que queremos que ele esteja no centro das nossas vidas, no centro do que fazemos, no centro do nosso crescimento no Senhor, no centro do direcionamento da nossa vida no Senhor. Isto é importante e faz parte do reconhecimento da supremacia de Cristo. Mas a supremacia significa ainda mais. Aponta-nos para aquilo que Deus quer que sejamos no centro de quem Cristo é, o que Ele está fazendo, e o lugar para onde Ele está caminhando, e isto implica em muito mais. Isto precisa mudar a forma como oramos.

Freqüentemente dizemos assim: “Deus ama você e tem um plano maravilhoso para sua vida”. Isto é verdade e é maravilhoso. Tem a ver com a centralidade de Cristo. Mas a compreensão de sua supremacia nos levaria a dizê-lo da seguinte forma: “Deus tem um plano maravilhoso de trazer glória ao seu Filho durante todas as eras vindouras, e ele ama você a tal ponto que lhe deu um lugar neste plano”. Não é só que Deus tem um plano para minha vida por causa de Jesus. É que meu destino está entrelaçado com a pessoa de Cristo, com o que ele está fazendo e com o lugar para onde ele está se dirigindo. Minha vida tem a ver com o plano de Deus para seu Filho!

Implicações para a Oração

Se isto realmente tomar conta de sua vida, mudará a maneira como você estuda as Escrituras e o que vê nelas. Mudará a maneira como você ora. Mudará a maneira como gasta dinheiro. Em todos os aspectos da sua vida, você pensará: “Como isto se encaixa com quem Cristo é, com o que ele está fazendo, e com a direção em que ele está andando?” Salmo 110.3 diz: “Apresentar-se-á voluntariamente o teu povo no dia do teu poder”. Em outras palavras, as tropas não estão preocupadas em saber se o rei logo chegará para trazer a bênção de que tanto precisam em suas vidas. As tropas estão querem ver para onde este Sacerdote-Rei está se dirigindo, como ele pretende ordenar a batalha e que estratégia irá usar. Estão dizendo: “Estamos prontos! Iremos juntos contigo! Queremos ir aonde tu irás e iremos batalhar de acordo com o teu jeito. É teu dia de batalha. Vai à frente e te seguiremos!”

Quando você diz: “Faço esta oração em nome de Jesus”, o que quer dizer? Isto significa que você está orando com a autoridade dele? Sim. Significa que está orando assim porque pertence a ele? Com toda certeza. Você está assumindo a identidade dele. É isto que lhe dá a autoridade e o direito de vir para diante do Trono da Graça.

Entretanto, quero sugerir que nenhuma oração é válida se não pudermos também dizer ao final: “Pai, faço esta oração em nome de Jesus – porque creio que se tu a responderes, muitos terão uma visão maior da supremacia do teu Filho; teremos uma experiência maior da plenitude do teu Filho; e a resposta a esta oração ainda ajudará a avançarem aqui na terra os propósitos do teu Filho”.

É isto que significa orar no nome de Jesus. É isto que me dá confiança de que, se eu pedir de acordo com sua vontade, receberei o que pedi (1 Jo 5.14,15). Se tudo estiver ligado ao Filho, se tudo estiver ligado à vida que está no Filho, se eu orar com esse entendimento e essa agenda – então sei que ele me ouve e há de me responder.

Seria bom questionar a si mesmo antes de pedir qualquer coisa do Senhor: “Com que finalidade devo orar sobre isto? Que resultado estou esperando em última análise deste pedido? Até que distância, nos horizontes de Deus, estou disposto a olhar, ao fazer esta oração?”

Depois, no final da sua oração, veja se pode terminar com esta pequena frase: “Pai, peço isto a fim de que…” Tente, por alguns dias, nunca terminar uma oração sem esta frase: “a fim de que…” Minha sugestão é que você complete esta frase com algo que se relacione, da forma mais direta possível, com a supremacia de Cristo.

Quando os discípulos de Jesus disseram: “Ensina-nos a orar”, ele lhes instruiu: “Em primeiro lugar, ore para que o Pai revele a incomparável profundidade do seu nome”. Aí está o enfoque.

Depois, prosseguiu: “Ore para que o reino dele venha, para que sua vontade seja feita na terra, assim como no céu”. Isto é realização.

Finalmente: “Ore para que ele supra suas necessidades diárias, que os guarde ligados uns aos outros em amor e perdão e que os capacite a continuar triunfando sobre todo ataque do inimigo”. Isto é plenitude.

Em João 17, quando Jesus estava no limiar do momento mais carregado de significado de toda a eternidade, ele orou ao Pai. Qual era o assunto de sua oração? “Pai, glorifica teu Filho para que teu Filho glorifique a ti.” Outra vez, o enfoque. “Pai, oro para que tu os guardes ligados uns aos outros numa unidade semelhante àquela que tenho contigo.” Plenitude. “Oro não só por eles, mas por todos que vierem a crer por intermédio de sua palavra.” Realização.

A oração inteira de João 17 é sobre a supremacia de Jesus Cristo! No final, ele pede: “Quando minha glória finalmente for revelada diante de todo o universo, peço que estes que estão juntos comigo agora estejam ali também, a fim de poderem ver a consumação em toda sua plenitude”.

PARTE 3 – A SUPREMACIA DE CRISTO E OS ACONTECIMENTOS FINAIS

O capítulo 5 de Apocalipse contém o grande hino sobre aquele que é digno: “Digno és de tomar o livro e de abrir-lhe os selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação, e para o nosso Deus os constituíste reino e sacerdotes; e reinarão sobre a terra”.

Antes de cantar este hino, os vinte e quatro anciãos se prostraram e ofereceram incenso. João diz que os vinte e quatro incensários representavam as orações dos santos. Depois disso, cantaram o hino. É quase como se fosse: “Aqui estão as orações; agora vem a resposta”.

Examine as grandes orações de Apocalipse 5 e pergunte a si mesmo: “Minhas orações tocam, de alguma maneira, nesses temas? Minhas orações exaltam de algum modo a supremacia de Cristo, de forma que eu possa cantar sobre as respostas durante toda a eternidade?”

Silêncio no Céu

Em Apocalipse 8, vemos novamente os incensários e a fumaça, representando as orações dos santos. Depois que o incenso foi oferecido, houve silêncio durante trinta minutos. Por quê? Porque algo está para acontecer, cuja magnitude nem começamos ainda a imaginar. Todos estão em suspense, segurando o fôlego, olhando. Após o silêncio, os anjos tomam seus lugares e o restante do Apocalipse começa a se desvendar – com todos os trovões e relâmpagos, com destruição e também com redenção, com os santos se levantando e se tornando vencedores no meio de tudo. O resto do livro representa a resposta às orações dos santos.

Houve silêncio no céu porque Deus estava para responder às orações dos santos além daquilo que qualquer um pudesse ter sonhado ou imaginado. Já haviam recebido alguns prenúncios disso, com certeza. Mas havia muito mais para vir e, de alguma forma, na economia divina, o que Deus iria fazer no restante no livro do Apocalipse se relacionava às orações do seu povo, inclusive aquelas que você lhe ofereceu hoje.

As implicações da supremacia de Cristo para nossa vida de oração são significativas. Como Paulo diz em Efésios 3.20,21, aquele cujo poder está operando em nós está disposto a fazer infinita e abundantemente acima de tudo quanto pedimos ou pensamos. “A ele seja a glória, na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém.”

O Que é Despertamento?

Há uns oito anos, eu estava no escritório do pastor da maior igreja do mundo – uma igreja que cresceu nos últimos quarenta e poucos anos de apenas cem pessoas a mais de 700.000, tudo através de células de oração. Perguntei para ele: “Tem alguma passagem das Escrituras que poderia ajudar-me a compreender o que Deus tem feito nesta igreja?”

Aquele homem de Deus me respondeu imediatamente. “Sim, Mateus 11.12.” Uma versão traduz este versículo da seguinte forma: “O reino de Deus está avançando vigorosamente e as pessoas que usam de força estão se apoderando dele”.

O segredo do crescimento da sua congregação, de acordo com sua explicação, era que as pessoas começaram a perceber onde Deus estava se movendo, onde seu reino estava avançando e, então, se levantaram e se apoderaram da iniciativa do reino de Deus por meio da oração. Neste processo, tornaram-se também “pessoas que usam de força”. O segredo não é nenhum segredo: é a supremacia de Cristo.

Tem havido muita oração por avivamento nos últimos anos. O que estamos esperando? O que estamos buscando? Tenho usado a palavra despertamento para entender melhor o que Deus está para fazer na sua igreja. O que significa despertamento para uma vida, uma igreja ou uma geração inteira? É semelhante ao que aconteceu quando você acordou esta manhã. Despertamento a Cristo significa Deus trazer tantas coisas para invadir nossa consciência que acordamos e começamos a ver Jesus de maneiras totalmente novas. É Deus despertando fé, despertando fome, despertando revelação de quem seu Filho realmente é.

O que será que vem primeiro – um despertamento a Cristo que nos leva a orar, ou começamos a orar e Deus nos desperta para Cristo? Creio que as duas coisas acontecem ao mesmo tempo. Trabalham juntas. Quanto mais Deus revela de seu Filho a nós, mais fome temos de buscar sua face, que é uma expressão usada em toda a Bíblia para descrever uma vida de oração. Buscamos a sua gloriosa face em toda sua gloriosa supremacia. Para responder nossas orações, Deus desperta um indivíduo, uma igreja, uma cidade, toda uma nação – para ver Cristo em uma nova medida. Ele nos desperta para algo que nunca antes vimos em Jesus. Esta é a resposta final a todas nossas orações.

Muitas pessoas usam o texto em Apocalipse 2, sobre a igreja em Éfeso, para descrever o despertamento como a volta ao primeiro amor. Isto é maravilhoso e verdadeiro, mas quando Jesus visita suas igrejas e se revela como o Rei que realmente é, isto desperta seu povo com tamanho ardor por ele, tamanha disposição de viver por ele, segui-lo e estar onde ele está, que só podemos concluir que o amor que flui dos seus corações pelo Salvador é ainda maior do que qualquer coisa que tinham no seu primeiro encontro com ele.

A Oração de Todas as Orações

Chegamos agora à última oração da Bíblia. Em sua essência, é apenas uma palavra. Todas as orações de todo o povo de Deus durante todas as gerações podem ser destiladas a uma só palavra. Esta palavra é “Vem”. Quando João diz “Vem” no final do livro do Apocalipse, depois de ter visto a consumação de toda a história, de ter visto os reinos deste mundo se tornando o reino do nosso Senhor e do Rei ungido sobre seu trono, João está dizendo: “Vem, Senhor Jesus. Quero ver o Senhor revelar tua supremacia neste grau, e nada menos que isto, a fim de que haja um despertamento a ti que venha a saturar este universo inteiro, que dissipe todas as trevas, que destrua todos os inimigos e que vivifique todos os santos para sempre!”

É assim que a Bíblia termina – com uma oração de uma só palavra, para que haja um despertamento total a Cristo!

Tal paixão por sua glória não deveria imbuir o movimento mundial de oração e todos nós que buscamos a Deus por genuíno avivamento no meio das nações?

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