Compreenda e abrace o
caminho que Jesus trilhou

Despertamento e as Dificuldades na Oração

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David Bryant é responsável por um ministério chamado “Proclaim Hope!” (Proclame Esperança), cujo objetivo é despertar os cristãos em todo o mundo para uma visão mais ampla da esperança em Cristo, a  fim de fomentar o movimento de oração e avançar o Reino de Deus. Atualmente vive em Nova Iorque, EUA. Para maiores informações sobre seu ministério, acesse seu site na Internet: http://copi.gospel.com.net.
O artigo seguinte, dividido em cinco partes, foi adaptado de uma mensagem dada numa conferência sobre oração em Indiana, E.U.A.

PARTE 1 – LIÇÕES DE JONATHAN EDWARDS

Se você está lendo este jornal, é muito provável que tenha um anseio pelo despertamento do povo de Deus, que tenha um coração sedento por oração, que ame a oração, que esteja envolvido em oração e, quem sabe, que até lidere outros em oração. Indiferente de quem quer que seja, porém, todos nós, de uma maneira ou de outra, temos dificuldades para orar. Podemos dizer que todos enfrentamos uma luta para orar.

Existe um livro (em inglês) que tem influenciado profundamente minha vida sobre esta questão. É um dos melhores livros que já li sobre oração. Publicado em 1747, foi escrito por um grande estudioso e pastor puritano da Nova Inglaterra (das colônias inglesas na América do Norte), chamado Jonathan Edwards. É minha convicção que este livro é tão atual hoje como na época da sua publicação.

Só o título do livro já abrange quase todos os aspectos que existem na oração. Você provavelmente nunca tenha visto um livro com um título como este: Uma Humilde Tentativa de Promover Concordância Explícita e União Visível no Meio do Povo de Deus Através de Oração Extraordinária em Favor de Reavivamento Espiritual e o Avanço do Reino de Cristo na Terra, de Acordo com as Promessas Bíblicas e Profecias Concernentes ao Tempo do Fim. Isto não deixa nada de fora!

Uma Humilde Tentativa

Vamos examinar rapidamente os elementos que fazem parte deste título. Em primeiro lugar, precisamos fazer uma humilde tentativa de promover oração.  Não podemos criar oração. É um dom de Deus. O milagre do movimento contemporâneo de oração é que estamos orando! Esta é uma grande manifestação da supremacia de Cristo, o fato de que ele penetrou os nossos corações e nos concedeu uma fé e uma esperança que não nasceriam em nós naturalmente. Ele nos deu uma fome por Deus que foi gerada por ele mesmo.

Jonathan Edwards (que foi um dos teólogos mais brilhantes a surgir na história dos Estados Unidos) entendeu, a partir dos seus estudos das Escrituras, que o homem pode promover ou encorajar a oração, mas não criá-la. Nossos esforços serão sempre uma humilde tentativa, porque sempre estaremos numa posição onde precisamos aprender e crescer na oração. Todos nós precisamos progredir muito nesta escola, e somente quando Cristo ora por nosso intermédio é que faremos qualquer verdadeiro progresso.

Concordância Explícita

Em segundo lugar, é uma humilde tentativa de promover concordância explícita.  Aproximadamente 90% do ensinamento bíblico sobre oração – e Jonathan Edwards compreendia isto – tratam de oração coletiva. Precisa haver concordância explícita, ou seja, os cristãos precisam e devem concordar entre si sobre os principais temas da oração, a fim de poderem orar juntos. À medida que formos despertados para a supremacia de Cristo, será muito mais fácil encontrar concordância explícita, a despeito das nossas divergências denominacionais, étnicas, sociais e tantas outras que existem entre nós.

Faço parte atualmente de um movimento de oração em Nova Iorque, que abrange toda a diversidade étnica e denominacional daquela cidade. Centenas de pastores e milhares de cristãos das mais diversas partes do Corpo de Cristo estão caminhando juntos na unidade da oração. Em uma parte deste movimento, há uma vigília de oração: vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana, que já está funcionando há mais de sete anos.

Este tipo de unidade não poderia acontecer se não houvesse concordância explícita. Na concordância explícita, colocamos de lado agendas menos importantes que cada um pode possuir – que se derivam das nossas tradições, nossa experiência passada ou nossa origem étnica – e unimo-nos em torno do quadro mais amplo. Todos nos humilhamos diante do Senhor e convidamos a Jesus para ser o supremo líder entre nós, fazendo com que sua agenda para nossa cidade, de despertamento espiritual a Cristo, seja agora nossa agenda.

Oração Extraordinária

“..através de oração extraordinária…” Com isto, Jonathan Edwards não estava dizendo que seu livro fora escrito apenas para as pessoas que nunca enfrentavam dificuldades na oração. Pelo contrário, ele dizia, é algo extraordinário o simples fato de que há pessoas orando; é extraordinário se alguns estão orando juntos; e é extraordinário se estivermos orando sobre o que mais está no coração de Deus ao invés de orar somente sobre o que está no nosso coração. Era isto que Edwards queria dizer com oração extraordinária.

Depois, o título também nos lembra que um movimento de oração é sempre em favor do reavivamento da Igreja e do avanço do Reino de Cristo. Edwards enfatizou a supremacia de Cristo do início ao fim do seu livro. A glória de Jesus e dos seus propósitos definiam o objetivo de Edwards.

Promessas e Profecias

Mas veja também o restante do título. Estamos buscando estes objetivos de acordo com algo – segundo Edwards, estamos procurando aquilo que está nas promessas e profecias. O maior segredo individual para acender e sustentar uma obra de oração numa vida, numa igreja ou numa cidade é ajudar as pessoas a terem uma clareza absoluta a respeito da esperança que será seu alvo de oração, e garantir que esta esperança se fundamente em nada menos que a supremacia de Cristo. É exatamente isto que Edwards entendeu há 250 anos, através do seu estudo das Escrituras. Oração é o meio que usamos para perseguir o cumprimento das promessas e profecias da Palavra de Deus.

O Tempo do Fim

Observe a última parte: concernentes ao tempo do fim. Edwards esticou os limites dos alvos de oração da Igreja para abranger a Consumação, e a própria Segunda Vinda de Jesus Cristo. Daquela visão mais ampla, ele tirou sua agenda de como se deve orar agora, seu conceito de que tipo de avivamento estamos esperando na Igreja agora e sua perspectiva de que espécie de avanço do Reino de Cristo na Terra devemos buscar agora.

A extensão do senhorio de Jesus no último dia é a extensão da sua autoridade como Senhor agora! Então, se compreendo como será seu reinado na Consumação, posso compreender melhor como deve ser agora. E é através de oração que persigo este alvo, de acordo com Jonathan Edwards.

Mas este livro foi escrito, acima de tudo, para tratar das dificuldades da oração. O assunto principal não é oração. É Cristo e seu Reino. O propósito do livro era ajudar o movimento de oração que estava desfalecendo a se levantar outra vez. Já fazia vários anos que aquele movimento de oração existia, e dele tinha surgido o que é chamado por historiadores da Igreja “O Primeiro Grande Despertamento”, nas primeiras décadas do século XVIII. Havia sido um fenômeno explosivo, com repercussões em muitas partes do mundo.

Mas, em 1747, o povo que orara por aquele despertamento e que já experimentara do mover de Deus, estava começando a concluir que já havia recebido tudo que Deus tinha para eles. Conseqüentemente, o impulso de oração estava se apagando. Jonathan Edwards escreveu o livro porque via que os cristãos estavam enfrentando muitas dificuldades para orar.

Estratégia Certa Para Incentivar Oração

Que estratégia ele usou, então, para ajudar os cristãos esmorecidos a voltar a uma prática de oração que pudesse tornar-se fonte, outra vez, de um grande despertamento? Não foi ensinar muito sobre oração, embora tenha feito um pouco disso no livro também. Mas Edwards compreendia que a maior dificuldade que as pessoas tinham era conseqüência de terem perdido sua visão do senhorio e da supremacia de Cristo. A esperança que tinham de ver Deus agindo de forma extraordinária estava minguando cada vez mais. Estavam tornando-se satisfeitas com o que já haviam recebido de Deus, esquecendo-se que a própria essência da pessoa de Jesus implica na necessidade de nunca parar de buscar mais da sua plenitude.

As pessoas naquela época precisavam enfrentar duas questões que todos nós também teremos de resolver, se quisermos superar as dificuldades e fazer alguma diferença através da nossa vida de oração: Existe mais de Cristo a ser revelado a nós e ao povo de Deus do que aquilo que já tivemos oportunidade de ver? E, em segundo lugar: Se realmente há mais, deveríamos estar buscando mais do que estamos? As respostas de Edwards a estas duas perguntas eram: “Sim”, e “Sim”!

PARTE 2 – A MAIOR DIFICULDADE NA ORAÇÃO

Muitas pessoas me perguntam: “David, qual é sua maior dificuldade na oração?” Acima de tudo, a luta de quase todos os dias é manter-se firme na esperança em Deus. Abundar na esperança no meio de situações que não têm respostas, que são confusas, que não fazem sentido; quando parece que o Senhor está distante ou que está calado; quando me sinto desanimado porque parece que em certas coisas não consegui dar o meu melhor a Deus; quando estou irado ou amargurado ou aborrecido com a forma como as pessoas me têm tratado – todas estas coisas podem impactar minha alegria nas promessas de Deus e profundamente obstruir minha vida de oração.

No meio de todas estas coisas, então, posso dizer que minha maior dificuldade na oração é voltar à grandeza da esperança que tenho na supremacia do Filho de Deus.

A Porta Que Abre Para Dentro

Muitas vezes, penso nisso da seguinte forma: Todos os dias estou diante de três portas, e preciso constantemente escolher a porta certa. A primeira porta abre para dentro. É a porta da oração que convida Cristo a entrar na minha vida. Isto tem a ver com a centralidade de Cristo.

Abrir esta porta é orar mais ou menos da seguinte forma: “Senhor Jesus, entra nos problemas da minha vida. Entra nesta situação. Entra no meio destas pessoas que não te conhecem.” Em Apocalipse 3.20, Jesus diz: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e cearei com ele e ele comigo”. O que torna este convite mais poderoso é o fato de que aquele que está à porta aqui em Apocalipse 3 é o mesmo Jesus que vimos em Apocalipse 1, com os olhos semelhantes a chama de fogo e o rosto brilhando como o sol na sua força. Existe uma abundância de esperança neste intercâmbio.

A Porta Que Abre Para Fora

Depois vem a segunda porta. Esta abre no sentido contrário, para fora. Deus é quem abre esta porta. Ele nos convida a entrar em tudo que providenciou para nós em Cristo. Esta é a esperança maior. Em Apocalipse 4.1, João disse que viu essa porta e que abria para o céu. Ele ouviu uma voz que dizia: “Sobe para aqui…”

Deus quer nos introduzir em muito mais do seu Filho e do seu Reino do que já conhecemos até aqui. Os capítulos 4 e 5 de Apocalipse são inteiramente sobre o assunto da supremacia de Cristo. João está na sala do Trono, onde começa a chorar. Ninguém podia ser encontrado para abrir o rolo, para levar a história à sua consumação, para liberar a imensa demonstração da supremacia de Cristo, da qual ele é tão digno. Quem irá abrir aquele livro? Ninguém estava qualificado, então João ficou ali orando, sem dizer uma palavra, simplesmente chorando por causa da perspectiva de que a plena revelação do seu Salvador e Senhor nunca fosse manifestada e realizada.

Mas logo ele ouviu uma voz que dizia: “Não chores: eis que o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, venceu para abrir o livro e os seus sete selos.” A esperança brotou com força eterna para João outra vez! Deus abre esta segunda porta todos os dias para cada cristão. Uma vida vitoriosa de oração enxerga esta porta e entra correndo por ela o mais rápido que puder, para possuir as promessas gloriosas que Cristo oferece no seu Trono de domínio e autoridade.

A Porta Fechada

A terceira porta que enfrento cada dia é uma porta triste. É uma porta fechada. O grande pregador metodista, Charles Allen, dizia: “Sempre que dissermos que uma pessoa ou situação está sem esperança, é o mesmo que bater a porta na cara de Deus”.

Preciso ser honesto com você – muitas vezes não abri a porta quando Jesus batia para entrar na minha vida de forma mais completa. Tampouco enxergava a porta aberta para avançar mais plenamente na vida de Deus. Bati aquelas portas, para todo efeito, na cara de Deus. Naqueles momentos, parecia que uma pessoa ou situação ou experiência era realmente desesperadora. Eu estava dizendo: “Isto está além do que Deus pode fazer. Neste caso, Cristo não está supremo, indiferente do que a Palavra de Deus diz”. Estas situações fazem parte das dificuldades na oração que todos nós enfrentamos.

A Grande Chave Para Vencer as Dificuldades

A pergunta que precisamos responder, portanto, é: “O que podemos esperar?” A resposta certa a esta pergunta será a maior chave para vencer todas as dificuldades na oração.

Os filósofos dizem que há três grandes perguntas que todo ser humano precisa responder se quiser descobrir o fundamento de uma vida significativa. A primeira é: “O que preciso saber? Que informação deveria estar adquirindo?” A segunda é: “O que devo fazer? Quais são as responsabilidades morais, as obrigações que preciso assumir?” E a terceira pergunta é: “O que posso esperar? Para onde caminha a história? Onde está meu destino em tudo isso? Que tipo de futuro tenho? As perspectivas são boas e promissoras?”

Nas igrejas evangélicas, tratamos muito com as questões do que devemos saber e do que devemos fazer. Contudo, raramente chegamos à terceira pergunta, para descobrir o que podemos esperar. A maioria do povo está ouvindo, indiferente da intenção dos líderes, que deveríamos saber muito mais e, principalmente, que deveríamos fazer muito mais – e quase nada sobre o que deveria ser nossa esperança.

Charles Swindoll, no seu livro O Despertar da Graça, faz a seguinte observação: “A maior heresia no movimento evangélico moderno é nossa ênfase no que deveríamos estar fazendo para Deus ao invés daquilo que Cristo já fez e está se preparando para fazer por nós”. Em outras palavras, não enfatizamos a esperança que a graça traz para nós. Se existe algum motivo por tantas dificuldades na nossa vida de oração, pode ser a falta de ênfase naquilo que deveria ser nossa esperança, naquilo que Deus nos dá permissão de acreditar e no tamanho que esta esperança deve ter, por causa de quem Jesus é como Senhor.

A Dificuldade dos Discípulos

Lembra-se de como os discípulos chegaram ao Senhor Jesus para pedir: “Ensina-nos a orar”? Se fosse comigo, provavelmente eu teria organizado um seminário sobre oração para dar-lhes a informação necessária sobre oração e para mostrar o que precisavam fazer para orar melhor!

Mas, em Lucas 11, a Escritura nos diz que a resposta de Jesus foi dar-lhes uma visão maior do alvo de oração, da direção em que deveriam estar orando: a glorificação do Pai, o avanço do Reino, a união do povo de Deus.

Depois, contou-lhes uma parábola sobre o homem que sabia que seu vizinho tinha pão para alimentar os hóspedes que chegaram à sua casa com fome no meio da noite. Este homem foi ao único lugar onde sabia que havia esperança para resolver seu problema. Estava tão convencido de que ali tinha a resposta ao seu problema, que não parou de bater na porta do vizinho, mesmo quando este respondeu lá de dentro: “Deixe-me em paz!” O homem continuou batendo.

Jesus parece estar nos dizendo: “Parabenizo qualquer pessoa que chega a Deus em oração desta forma, porque não está preocupada com o ato de oração em si. Está concentrada no seu objetivo de oração – a grandiosa esperança que aguarda a todos que buscam ao Senhor.”

Neste mesmo capítulo, Jesus ainda fala a seguir sobre pedir e buscar e bater. No grego, os verbos estão no tempo presente contínuo, o que significa continuar pedindo e buscando e batendo. Além disso, a palavra grega traduzida como pedir significa também mendigar; a palavra usada para buscar significa procurar algo difícil de ser encontrado, como cavar para achar um tesouro enterrado; e a palavra grega para bater não se refere a um toque suave, mas a dar pancadas na porta.

Em outras palavras, uma vez que compreendermos o que Deus deseja fazer, como diz em Isaías 62, não podemos mais descansar. Nem podemos dar mais descanso a Deus – até que estabeleça seu povo e faça da Igreja um motivo de louvor a ele na Terra. Continuamos suplicando, continuamos cavando, continuamos dando pancadas na porta. Não é tanto uma questão do que precisamos saber ou do que deveríamos estar fazendo. Oração é basicamente uma questão de qual é nossa esperança.

PARTE 3 – ESTRATÉGIAS BÍBLICAS PARA VNCER AS DIFICULDADES NA ORAÇÃO

A Estratégia de Joel

No livro de Joel, o povo de Israel estava no meio de uma enorme praga de gafanhotos. Quatro ondas de gafanhotos haviam passado, destruindo totalmente a terra. Não tinha mais lavoura; o gado estava morrendo; não sobrara mais nada, nem para oferecer em adoração e sacrifício no templo. Imaginaríamos, diante disso, que muito antes de Joel aparecer, o povo de Deus teria se apresentado à porta do templo, buscando ao Senhor por uma libertação. Se desespero é o estímulo primordial que leva o povo à oração, eles tinham motivos mais que suficientes para orar muito antes de Joel vir com a palavra do Senhor.

Joel diz: “Tocai a trombeta em Sião!” É uma trombeta de advertência; uma batalha estava em andamento. Isto nos adverte que não podemos continuar mais nesta condição de desamparados e indefesos. Devemos congregar todos a uma assembléia. Até a mulher que está amamentando deve vir e trazer o bebê junto. Até o noivo e a noiva que estão para sair em lua de mel devem comparecer. Joel diz: “Quem sabe o Senhor poderá compadecer-se e deixar uma bênção!”

Como Joel consegue levar o povo ao lugar de oração? O segredo aparece no meio do capítulo 2. Depois de conclamar os israelitas à oração, mas antes de começarem a orar, Joel prossegue com estas palavras como parte da sua chamada à oração: “O Senhor respondeu…” (2.19). O restante do livro torna-se um quadro glorioso de como será quando o avivamento chegar. Joel descreveu como o Senhor haveria de restaurar os anos que os gafanhotos consumiram; como derramaria o seu Espírito sobre seus filhos e filhas e como estes haveriam de profetizar; como ele congregaria todos seus adversários no vale da decisão para julgá-los; como o Senhor bramaria de Sião; e como o Senhor estaria poderosamente presente no meio do seu povo.

Joel compreendeu que nem o desespero constitui uma motivação tão forte para levar as pessoas a vencer suas dificuldades na oração quanto a antecipação.

Assim também é conosco. Deus nos mostra uma visão do seu Filho e daquilo que deseja fazer. Isto é tão maravilhoso que concluo que não dá mais para viver sem aquilo que prometeu. Mas também é tão maravilhoso, eu percebo finalmente, que é impossível eu mesmo produzi-lo. Então, quando não posso viver sem algo, mas ao mesmo tempo não posso produzi-lo, só me resta um recurso. Preciso buscá-lo. Tenho de orar, porque o próximo passo é de Deus. E é isso que significa esperança.

Se você perguntar por que a grande maioria do povo de Deus não ora conforme ordenado nas Escrituras, a resposta é que isso ocorre por um de dois motivos: 1) porque não temos uma visão tão maravilhosa a tal ponto de não conseguirmos viver sem ela; ou: 2) temos uma visão, mas é tão pequena que achamos que se a mão de Deus não operar em nosso favor, provavelmente consigamos produzir os resultados necessários por nossa própria conta.

É desta forma que conduzimos as reuniões de conselho das nossas igrejas. Depois de detalharmos todos os nossos planos, pedimos que Deus os abençoe, sabendo lá no fundo que os planos são tão bons que se Deus não aparecer ou se não agir em nosso favor, provavelmente exista uma maneira de fazer com que as coisas aconteçam do mesmo jeito. Isto é totalmente contrário ao modo bíblico de orar. Para fazer as coisas do jeito de Deus, temos de nos reunir e orar, e permanecer no lugar de oração, até que Deus nos abra os seus planos. Quando ele nos revelar promessas e planos cheios da glória e do Reino de Cristo, passaremos a orar e a trabalhar também nesta direção, perseverando nisto até que o próprio Deus produza os resultados que ele deseja.

A Estratégia de Deus com Jeremias

Jeremias estava no fundo de uma fossa dentro da cidade que Deus já condenara a ser saqueada e a ter seus moradores levados para o cativeiro. Foi naquela fossa sem esperança, numa condição totalmente sem perspectiva, que Deus proclamou ao seu servo: “Invoca-me, e te responderei; anunciar-te-ei coisas grandes e ocultas, que não sabes” (Jr 33.3).

Deus estava lhe dizendo: “Jeremias, por mais desesperadora que seja sua condição lá embaixo, nessa fossa lamacenta, a verdade é que estou para fazer coisas que não somente são grandiosas e magníficas, mas também insondáveis – ou seja, coisas que você jamais conseguirá decifrar sozinho. Mas se clamar a mim, vou lhe mostrar que estou para fazer algo que nunca viu até hoje.”

Que mensagem de esperança, baseada na grandeza do nosso Rei! O restante do capítulo 33 de Jeremias descreve esta esperança, e as características de uma cidade que está passando por um verdadeiro avivamento. Encontrei neste capítulo nove diferentes aspectos de um despertamento espiritual.

Esta foi a esperança que Deus deu a Jeremias enquanto estava sentado naquela fossa nojenta. Da mesma forma, aonde quer que qualquer um de nós estiver nas nossas dificuldades e lutas na vida – indiferente do nível em que isto afetar nossas dificuldades em oração – a chave da vitória para nós é Deus fazer o que fez para Jeremias, revelando-nos a sua grande esperança, ainda mais porque agora todas as promessas e possibilidades se encontram no nosso Senhor Jesus Cristo.

A Estratégia do Novo Testamento

Veja esta passagem em 1 Tessalonicenses 5.16-18: “Regozijai-vos sempre. Orai sem cessar. Em tudo daí graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco.” Deus quer que você seja um homem ou uma mulher de oração. Ele quer que a oração seja uma forma de viver. Agora veja a próxima frase: “Não apagueis o Espírito. Não desprezeis profecias” (vv. 19,20).

O Espírito de Deus está criando fogo no interior do povo de Deus. Fogo produz luz. Estamos falando aqui sobre um despertamento maior para a glória de Deus. Há literalmente milhares de promessas na Palavra de Deus. O Espírito deseja acender uma chama nestas promessas. Isto por sua vez nos dará uma vida de constante regozijo, oração e ações de graças. Incendiada pelo Espírito, a Palavra do Senhor gera uma visão maior de Deus, derramada no coração das pessoas que acabam orando “sem cessar”, porque a esperança incendiada as compele a orar assim.

É mais ou menos como a reunião de oração em Atos 4. Num sentido, nós somos cristãos hoje por causa daquela reunião. Dá para argumentar que a seqüência de eventos que acontece a partir de Atos 4 nos leva ao apóstolo Paulo, que por sua vez leva a Palavra aos gentios. Podemos dizer que a reunião de oração em Atos 4 foi diretamente responsável por você e eu estarmos numa igreja cristã no século XXI.

Aquela reunião de oração aconteceu, entretanto, quando a perseguição estava surgindo no cenário. Era um momento muito escuro. Poderia ter sido um momento de lamentação e tristeza coletivas. Provavelmente, houve muita luta e dificuldade para as pessoas deixarem de lado suas perspectivas negativas e se dedicarem à oração diante daquela situação.

Como, então, os discípulos ajudaram a igreja a chegar ao ponto onde se lê: “Unânimes levantaram a voz a Deus e oraram”? Como conseguiram chegar a este ponto de estarem em concordância explícita e união visível?

Ao estudar a oração que fizeram neste capítulo, dá a impressão de que foram às Escrituras antes de orar. Neste caso, foram ao Salmo 2, um outro grande salmo sobre a supremacia do Filho de Deus. Conta ali como Deus quer fazer de todas as nações a herança do seu Filho. Não importa o quanto as nações possam relutar contra o Ungido, Deus apenas ri, porque sabe que no fim seu Filho prevalecerá totalmente.

Estudaram também o Salmo 20. Em seguida, olharam para o Deus que proferiu aquelas palavras. Viram-no como o Criador do céu e da terra. Ele pode sustentar e cumprir tudo que prometeu, sem exceção. Partindo desta base, construíram sua oração.

Veja bem. A oração deles não foi: “Tira-nos desta enrascada”. Tampouco foi: “Faze com que a perseguição acabe”. Oraram de forma muito simples e direta: “Concede aos teus servos que anunciem com toda intrepidez a tua palavra, enquanto estendes a mão para fazer curas, sinais e prodígios, por intermédio do nome do teu santo Servo Jesus” (At 4.29,30). E o lugar onde estavam tremeu. Estamos servindo ao Senhor hoje, dois mil anos depois, porque oraram com intrepidez – porque foram cheios de esperança na supremacia de Cristo, baseados nas promessas que temos nele, na sua Palavra.

PARTE 4 – NOSSAS DIFICULDADES NA ORAÇÃO HOJE

Muitos cristãos estão lutando com dificuldades para orar hoje por causa da correria dos compromissos e da falta de tempo. Uma das maneiras que usamos para sobreviver numa vida muito cheia de atividades é criar pequenos compartimentos: o compartimento da família, o compartimento do emprego, o compartimento do lazer, etc. Depois, dentro da igreja, temos outros compartimentos: o culto de adoração aos domingos, o departamento de missões, estudos bíblicos e assim por diante.

Para conseguir sobreviver no meio deste ritmo frenético, um dos compartimentos que talvez tenhamos criado para ajudar a trazer ordem às nossas vidas é o da oração. Mesmo que cada cristão na sua congregação fosse entrevistado e respondesse: “Sim, eu creio na importância da oração; sim, eu sempre oro”, o fato real é que a oração não é um elemento essencial da rotina diária das pessoas. Por que isso acontece?

Centralidade ou Supremacia?

Quero sugerir que este problema vem mais da visão que cada um tem de Cristo, não da visão que possa ter da oração. É porque seu entendimento de Cristo está mais voltado à centralidade do que à supremacia. O que quero dizer com isto? Na centralidade vejo Jesus como o centro da minha família; o centro da minha vida no trabalho; o centro da minha vida de adoração. Presumimos que ele também seja o centro da minha vida de oração.

Mas quando falamos de supremacia, estamos dizendo que cada faceta da nossa vida será colocada debaixo do senhorio de Jesus. Como lemos em Efésios 1.10, o plano de Deus para a plenitude dos tempos é fazer convergir em Cristo todas as coisas, tanto no céu, como na terra. Assim, todos os compartimentos na minha vida devem ser sujeitos a (ou convergir para) Jesus como Senhor – agora, no presente.

Neste caso, a oração fará parte de tudo que faço, porque verei Cristo constantemente governando minha família e meu emprego, dirigindo meus relacionamentos com vizinhos e amigos, ordenando minha vida na igreja e na adoração. Aonde quer que esteja, meu coração ansiará continuamente por ver uma maior revelação da supremacia de Cristo que afetará toda a terra – através da minha família, do meu emprego, da minha igreja.

Esgotamento

Aqui vemos uma outra implicação importante da nossa falta de visão de Cristo. Para aqueles que são líderes espirituais, pastores, líderes de jovens, evangelistas, líderes de louvor e outros, uma parte da dificuldade na oração é o esgotamento físico e mental. O pastor hoje, por exemplo, sente pressão para preencher diferentes papéis ministeriais e satisfazer as expectativas do povo. Ele precisa ser bom pregador, saber como aconselhar, fazer visitas, saber administrar e ser capaz de levantar fundos. Sua vida se cansa tanto no trabalho, na tentativa de ser tudo ao mesmo tempo, que fica esgotada, e não sobra energia alguma para se dedicar significativamente à oração.

Isto acontece porque o povo não enxerga Jesus com muita clareza – pelo menos em termos da sua supremacia. Não é para ele que recorrem para suprir suas necessidades. Na verdade, na mente deles, estão recorrendo a Jesus, mas na prática estão buscando suas soluções a partir de alguém que está fisicamente presente e que representa Jesus para eles. Num certo sentido, estão pedindo que o pastor (ou outro líder) seja Cristo para eles. Por sua vez, muitos líderes, por não verem Jesus na sua supremacia, tentam ser Cristo para o povo. Não é de se admirar que fiquem tão esgotados. E o esgotamento leva a uma vida com menos oração, o que somente contribui para aumentar sua exaustão e desespero.

As Dificuldades com Orações Não Respondidas

Uma das maiores dificuldades que todo cristão provavelmente tenha na oração vem dos desapontamentos secretos que temos com o Senhor.

Há ocasiões em que oramos de todo o coração, quando realmente buscamos ao Senhor e confiamos nele para a cura de alguém, para despertar nossa igreja, para mudar nossa situação financeira ou para alguma outra questão, seja grande ou pequena. Buscamos intensa e sinceramente ao Senhor, no entanto, parece que ele não respondeu e não nos deu uma solução. Ë provável que a maioria dos cristãos tenha um acúmulo de desapontamentos e questões não resolvidas na sua história.

O que você faz com estas decepções e mágoas do coração? Você fala a respeito disso com outros cristãos? Normalmente, as pessoas não querem ser interpretadas como se tivessem perdido a fé, por dizerem: “Parece que o Senhor me deixou na mão”. Você também não gostaria de desencorajar a vida de oração de outras pessoas. Mas onde existe um contexto sadio onde se possa falar sobre estas ocasiões quando parece que Deus falhou e não respondeu suas orações sinceras e confiantes?

Cada um desses momentos de desilusão paira no seu coração e continua a minar o fundamento da sua esperança em Deus. Se a oração é a prática e o respirar da fé, e se fé, de acordo com Hebreus 11.1, é a evidência das coisas pelas quais se espera – então, quando a nossa esperança está sendo minada, a fé não terá mais vitalidade. Se nossa fé não tem mais vitalidade, nunca iremos orar, pois oração é fé tomando palavras e se apresentando diante do Trono do Senhor. Assim, de alguma forma, precisamos criar um ambiente aberto e receptivo para que nosso povo se abra com honestidade e descarregue seus desapontamentos com orações não respondidas.

Talvez precisemos de uma reunião para testemunhos na igreja, onde o único assunto a ser tratado, pelo menos na primeira parte, seja os momentos quando achamos que Deus nos falhou. Não estamos dizendo que Deus falhou; somente que parece que falhou, e que até hoje, pelo que podemos compreender, ainda sentimos dessa forma. Por isso, é necessário confessar nosso sentimento. Se dermos esta oportunidade, as pessoas com certeza descobrirão que não estão sozinhas, e que há muitas outras com a mesma experiência. Agora podemos começar a tratar com o significado dessas decepções e ver como poderão ser curadas e como as pessoas podem prosseguir na sua vida cristã.

É como aconteceu com um amigo meu que era pastor. Ele tinha prateleiras na sua estante cheias de livros sobre avivamento. Ele havia estudado este assunto com profundidade e orado de coração por muito tempo a esse favor. Fiquei sabendo depois que tinha abandonado o ministério e que estava trabalhando como vendedor. Quando conversei com ele, na ocasião em que estava voltando ao ministério, ele me confessou: “Orei tanto por avivamento, orei tanto, tanto, que acabei gerando incredulidade em mim mesmo”.

Pensei muito sobre a situação dele. Quantos de nós também temos orado com tanta intensidade sobre algo, e visto tão poucos resultados, que acabamos, sem querer, gerando incredulidade! Isto pode acontecer mesmo quando se ora pelo avivamento, se focarmos mais o avivamento do que a gloriosa grandeza do nosso Salvador e as promessas para o avanço do seu Reino.

PARTE 5 – COMO RECONQUISTAR A ESPERANÇA?

Uma Reconversão a Cristo

As dificuldades e lutas na oração são a razão por que precisamos de um grande despertamento a Cristo como ele realmente é. Num sentido, precisamos de uma reconversão a Cristo no meio do próprio povo de Deus. As igrejas cristãs estão cheias de pessoas que precisam de um novo encontro com Cristo para conhecê-lo em tudo que ele é. Quando isto acontecer, será uma experiência de tal magnitude que parecerá como se estivessem se convertendo outra vez. E o resultado final será esperança nova e abundante em Cristo, naquilo que ele transmite e no objetivo final ao qual ele deseja nos guiar (Rm 15.13).

Robert Webber, um teólogo e professor de seminário em Chicago, E.U.A., experimentou algo semelhante em sua vida. Veja o que testemunhou:

“Minha visão da obra de Cristo era muito limitada. Não que eu não cria nas verdades certas (o que se deve saber e o que se deve estar fazendo); eu simplesmente não compreendia a imensa extensão e abrangência do que Cristo realmente fez e fará (aquilo que deve ser minha esperança). Quando descobri a natureza cósmica e universal da obra de Cristo (sua supremacia), parecia para mim que estava nascendo de novo outra vez. Recebi uma chave para ver o mundo inteiro da perspectiva de Deus, e que abriu a porta a um depósito ilimitado de tesouros espirituais, tesouros que ainda estou contemplando em estupefação total.”

Isto é adoração! Isto leva à oração. Quando você está continuamente cavando e se aprofundando no coração de Cristo e no Reino do Senhor, você vai ao culto no domingo para regozijar-se em total espanto e admiração diante daquilo que foi descobrindo ao longo da última semana. É uma busca contínua do Senhor em adoração e reverência. Mas isto só aconteceu com Webber, depois que foi reconvertido à majestade do Rei Jesus. Então, grande esperança tomou conta do seu coração e pôs fim à sua luta com dificuldades na oração.

Oração e Júbilo

O profeta Zacarias foi enviado a um grupo de pessoas que estavam lutando com dificuldades na oração. Quando Ciro deu o decreto de reconstruir o templo – que representa o lugar de contato com Deus, o lugar de oração – todos os judeus no cativeiro estavam livres para voltar e ajudar. Mas somente 40.000 realmente o fizeram. A maioria dos judeus, depois de setenta anos no cativeiro, estava bem estabelecida, confortável, com bons negócios e empregos e grandes famílias. Receberam uma oportunidade de levantar um testemunho à glória de Deus e um lugar onde as nações podiam chegar e buscar sua face. Mas somente 40.000 dos refugiados resolveram arrancar suas raízes e voltar. Poderíamos dizer que essas eram as pessoas mais comprometidas da face da Terra naquela época.

Quando Zacarias chegou, porém, já fazia quinze anos que tinham iniciado o projeto e agora estavam desanimadas. Ageu estava profetizando na mesma época. Você lembra de como aquele profeta advertiu o povo por ter deixado a obra do templo e voltado a construir casas apaineladas (luxuosas) para si mesmos.

Vários fatores os haviam desanimado. Achavam que o templo jamais chegaria perto daquilo que tinha sido no princípio. Muitos povos estrangeiros na terra estavam dizendo que os judeus não conseguiriam, que iriam falhar. Assim, o povo de Deus tinha perdido esperança e estava concentrado em si mesmo e não em Deus. Deus até podia ser o centro de suas vidas individuais, mas não conseguiam enxergar a supremacia de Deus sobre a nação como um todo e sobre a sua missão ali na terra.

Aí chegou Zacarias. Ele trouxe nove visões de esperança da parte de Deus. Uma que é bem conhecida está no capítulo 4, onde o profeta diz a Zorobabel: “Não desista, não despreze o dia dos pequenos começos. Você lançou os fundamentos desta casa e suas mãos a haverão de completar. Ao colocar a última pedra, a pedra de remate, você ouvirá todo o céu proclamando: ‘É pela graça, é pela graça!’, porque não é por força, nem por poder, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos.” Foi este tipo de esperança que Zacarias trouxe para inflamar novamente seus corações com a grandeza e a glória de Deus.

A última das nove visões está no capítulo 8. No início do capítulo 7, os líderes chegaram a Zacarias para perguntar se deveriam continuar jejuando. Durante setenta anos, os judeus haviam guardado quatro jejuns por ano para representar os quatro principais sítios de Jerusalém que acabaram destruindo a cidade. Durante setenta anos, ficaram espremendo suas mãos, lamentando e chorando diante do Senhor, contemplando seu fracasso e vendo a desesperança da sua situação! Agora já estavam de volta em sua terra, mas continuaram sentindo-se incapazes e sem esperança.

Chegaram para Zacarias e perguntaram: “Devemos continuar o jejum?” E Zacarias respondeu: “Parem de jejuar. Está na hora agora de celebrar!”

Fala-se muito em oração e jejum. Existe uma função importante para esta combinação. Mas Zacarias fala no capítulo 8 sobre oração e júbilo, onde se tem tanta esperança e confiança em como Deus haverá de responder suas promessas, que se faz um banquete de celebração antes da resposta chegar! Celebramos como se já tivesse acontecido. Zacarias diz estas palavras, palavras que Jonathan Edwards também cita no seu livro sobre oração, no seu esforço para chamar sua própria geração para fora das dificuldades na oração e de volta a uma perseguição completa da supremacia de Cristo:

“Os habitantes de uma cidade irão à outra, dizendo: Vamos depressa suplicar o favor do Senhor, e buscar o Senhor dos Exércitos; eu também irei. Virão muitos povos, e poderosas nações, buscar em Jerusalém o Senhor dos Exércitos, e suplicar o favor do Senhor. Assim diz o Senhor dos Exércitos: Naquele dia sucederá que pegarão dez homens, de todas as línguas das nações, pegarão, sim, na orla da veste de um judeu, e lhe dirão: Iremos convosco, porque temos ouvido que Deus está convosco” (Zc 8.21-23).

Se você quiser uma definição de despertamento e como será quando vier, aí está. Um despertamento é quando o povo de Deus está tão vivo na poderosa presença do seu Senhor, em resposta à sua oração unida, que o mundo incrédulo consegue ver a realidade do Cristo vivo no meio deles. A presença de Jesus é tão perceptível e tão atraente que as pessoas começarão a lançar mão de nós. Não teremos de correr atrás delas, pois elas começarão a vir atrás de nós. Dirão: “Agora vemos a realidade daquilo que vocês falavam antes, mas que pareciam ser apenas palavras vazias. Agora vemos o Cristo vivo e queremos conhecê-lo também. Vocês não querem nos levar juntos para ajudar-nos a encontrá-lo?”

Isto é um despertamento a Cristo! De onde vem? Vem de uma cidade ir à outra, ou de um cristão ir a outro, dizendo: “Eu mesmo vou buscar ao Senhor, não importa se alguém vem comigo ou não. Há promessas de Deus tão maravilhosas que não posso viver sem elas, mas tão maravilhosas que sei que não posso produzi-las. Mas sei que Cristo pode! Não quero buscar a Jesus sozinho, porém. Não estou falando sobre Cristo ser mais o centro da minha vida. Neste caso, eu poderia buscá-lo sozinho. Estou falando sobre colocar tudo que somos e tudo que temos no centro de quem ele é, daquilo que ele transmite e do alvo para onde ele quer nos levar. Então teremos de entrar neste movimento de oração juntos.

“Então venham! Não demorem! Vamos agora mesmo! Vamos colocar toda nossa falta de esperança, todos nossos desapontamentos, nossas desilusões, nossas perguntas não respondidas – deixemos tudo isso de lado por enquanto e vamos atrás da obra maior que sabemos que Deus quer fazer. Porque neste despertamento a Cristo que Deus nos prometeu, encontraremos o cumprimento de todas suas promessas e uma esperança ainda maior na certeza das respostas às orações que ainda virão.”

A luta com dificuldades na oração pode se transformar num cântico da vitória. Esta é a transformação que Deus quer dar a cada um de nós.

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