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Convicção de Pecado

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Oswald Smith

Havia uma coisa que sempre se destacava nos grandes avivamentos do passado – uma real e profunda convicção de pecado.  E é um dos elementos vitais que está faltando hoje.

Quando há genuína convicção de pecado, não é necessário insistir, coagir ou pressionar na força carnal; os pecadores virão sem necessidade de recursos humanos. Virão espontaneamente, com urgência interior. Aqueles que voltam para casa, depois de uma pregação, e não conseguem comer nem dormir por causa de profunda convicção não precisarão ser coagidos ou pressionados para buscar alívio.

Em muitas campanhas evangelísticas, se faz um apelo para que as pessoas aceitem Jesus, o que é muito bom. Mas, como seria melhor se pudéssemos ouvir os pecadores clamando para que Jesus os aceitasse! As pessoas tomam a decisão de se entregar para o Senhor de forma tão fria, formal e neutra que parece que estão fazendo um favor para Deus em dignar-se a receber sua oferta de redenção.

Seus olhos estão secos, não há senso algum de pecado ou culpa, nem se percebe qualquer sinal de penitência ou contrição. Quem dera, porém, que houvesse convicção! Se viessem com corações encurvados, sim, se viessem quebrantados e contritos, com o clamor de angústia interior: “Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador!”; se viessem tremendo, com a pergunta ardente de vida e morte do carcereiro filipense: “Que devo fazer para que seja salvo?” – que convertidos diferentes seriam!

Se quisermos fruto do Espírito Santo, precisamos deixar Deus preparar o terreno. O Espírito Santo precisa convencer do pecado antes que os homens possam realmente crer. É certo falar com as pessoas para crer quando Deus já fez a obra no coração deles, mas primeiro precisam sentir sua necessidade.

Devemos esperar até que o Espírito de Deus tenha feito sua parte antes de lhe dizermos: “Crê no Senhor Jesus e serás salvo”. Veja se há sinais de convicção, como no caso do carcereiro filipense. E, quando sua angústia for tão profunda que são obrigados a clamar em alta voz: “Que devo fazer para que seja salvo?”, saberemos que estão prontos para serem exortados a confiar e exercer fé em Jesus.

J. H. Lord escreveu:

Há outro evangelho, muito popular nos nossos dias, que parece excluir a convicção de pecado e o arrependimento do processo da salvação. Exige do pecador mero assentimento intelectual à verdade de sua culpa e natureza de pecado; exige o mesmo assentimento mental à verdade da suficiência da expiação de Cristo. Com isso, ele acredita que pode ir para casa em paz, que pode ficar feliz na certeza de que o Senhor Jesus deixou tudo acertado entre ele e Deus. Assim, ele ouve a mensagem de paz quando não há paz.

Conversões frágeis e superficiais desse tipo explicam por que tantas pessoas que professam a fé cristã desonram a Deus e trazem vergonha para a Igreja com sua vida incoerente e com suas recaídas em pecado e caminhos tortos.

Quem chamaria um médico se não estivesse doente? Se alguém está nadando bem, por acaso chamaria por socorro? Certamente, não! Porém, logo que apareça uma enfermidade, sentimos nossa necessidade e procuramos o médico. Sabemos que precisamos de uma solução. Quando percebemos que estamos afundando, em perigo de afogar, chamamos imediatamente por socorro. Que agonia é sentir que estamos descendo cada vez mais e que, se alguém não vier nos salvar, estaremos perdidos e certamente pereceremos!

Assim é também com a pessoa que está perdida espiritualmente. Quando alguém se convence de sua condição desesperada, ele clama em grande angústia de coração: “Que devo fazer para que seja salvo?”. Não há necessidade de insistir nem de pressionar. É uma questão de vida ou morte, e ele fará qualquer coisa para ser salvo.

É essa falta de convicção de pecado que produz avivamentos espúrios, com resultados que não permanecem. É uma coisa levantar a mão e preencher uma ficha de decisão, e outra, bem diferente, converter-se. É uma coisa ter centenas de decisões contabilizadas durante o entusiasmo de uma campanha; é outra, totalmente diferente, voltar depois de cinco anos e ainda encontrar as pessoas andando com Jesus.

Deus coloca seu próprio valor na Palavra. Ele a chama de fogo, martelo e espada. O fogo queima, uma batida de martelo fere e uma ferida de espada causa muita dor. Quando a Palavra é proclamada no poder da unção, tem exatamente os mesmos resultados. Ela queimará como fogo, despedaçará como martelo e penetrará como espada. A dor mental e espiritual será tão severa e real quanto uma dor física. Se não for, então há algo errado com o mensageiro ou com a mensagem.

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2 respostas

  1. É Exatamente assim, não é um simples levantar de mão, é essa falta de convicção de pecado que produz avivamentos espúrios, com resultados que não permanecem, de nada adianta se não ocorrer o verdadeiro arrependimento, temos que reconhecer que, sem Cristo Jesus não à vida, mas para isso precisamos estar convictos que só Jesus pode retirar o fardo do pecado. Que esse arrependimento genuíno venha ser o clamor dessa geração, que essa geração venha sentir quão real é “A dor mental e espiritual, que venham ver com severa e real quanto uma dor física.”
    Pois nos dias de hoje, temos visto uma geração cheia de emoções e impulsionada a se satisfazerem apenas com prazeres momentâneos, que duram só por um certo momento, se contentam apenas com um simples arrepio, mas não querem conhecer o ABBA no secreto, não querem buscar ter uma vida de relacionamento. Até quando passará despercebido que para alcançar lugares mais profundos, é necessário viver uma vida intensa de ORAÇÃO e ADORAÇÃO?
    Creio em uma GERAÇÃO que se levantará na baixa fluminense de forma verdadeira e justa, que busca a Deus não por interesse pelo que Ele pode oferecer, mais que busca a Deus por quem Ele é, que buscará a Deus em espírito e em verdade, uma geração que vai dar valor para o momento de relacionamento com Deus, uma geração que verá que sem intercessão não passamos de seres mortos vivos, uma geração que viverá sempre intensamente. Chega dessa geração Nutella que faz apenas por fazer. Mais ha de vir uma GERAÇÃO que se esforça para dar o seu máximo ao Rei dos Reis e Senhor dos Senhores.

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