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Como Vem o Avivamento

Por: Colin C. Kerr

Alguns princípios básicos do avivamento espiritual podem ser extraídos de um estudo do cenário histórico de Elias no monte Carmelo, e endossados pelas Escrituras em geral e pela história da Igreja. Primeiro livro de Reis, capítulo 18 deve ser estudado cuidadosamente.

“Então Caiu Fogo Do Senhor” I Reis 18:38

Quando?…Então! Depois que certos princípios foram seguidos, Deus, em Sua divina soberania, declarou-Se de maneira repentina, dramática e auto-demonstrativa, honrando, desta forma, o Seu servo e vindicando a verdade. Quando isto aconteceu? “Então!” Num momento preciso que foi um marco cronológico e uma seqüência lógica ao mesmo tempo. Quando certas condições foram cumpridas, então, então imediatamente, porém não antes, o fogo caiu.

Um fogo do Céu, consumidor e inegável. Um fogo tão devastador para os falsos profetas de Baal quanto gratificante para o solitário profeta de fé e justiça. Como isto desperta em nós um grande e inexplicável anseio, uma cobiça santa. Ah, Tu, Deus de Elias, não mostrarás Tua força a favor do Teu povo que clama a Ti dia e noite?

E se O Fogo Não Tivesse Caído?

Você já imaginou o que teria acontecido se o fogo não tivesse caído? Visualize a cena. Estão reunidos todos os profetas de Baal, e os profetas do poste-ídolo que comiam na mesa de Jezabel. Lá, também, estavam as grandes multidões dos povos represenando vários pontos de vista. Elias está em pé, sozinho. O momento dramático chegou. Agora, tudo está pronto; os altares foram levantados e os sacrifícios colocados. Que momento! Quanta coisa dependia dele!

O desafio fora lançado, um desafio sábio e justo. Era o tipo de desafio que os homens e mulheres comuns apreciavam, e porque não dizer que o próprio Deus aprovava. Por que os homens deveriam continuar na incerteza e por que deveriam permanecer dúvidas nas mentes dos israelitas sobre o fato e a Pessoa de Jeová? Porque os argumentos entre Elias e os profetas de Baal deveriam importunar as mentes e consciências das pessoas?

Por que não poderiam chegar à verdade, a uma conclusão final, e então viver na luz desta descoberta?

Tudo isto está presente no grande desafio do profeta quando ele clama: “E há de ser que o deus que responder por fogo esse será Deus.” E todo o povo respondeu e disse: “É boa esta palavra.” Alguma coisa poderia ser mais satisfatória?

Observe a cena. Veja os falsos profetas clamando para Baal. Veja-os se retalhando com facas na sua intensidade. Veja-os, como bêbados, saltando sobre o altar. Ouça o resultado patético: “Porém nem havia voz, nem quem respondesse.”

Agora olhe para Elias e pense no que está em jogo. Ele fez o desafio. Suponha que o fogo não caia. E então?

Eu pedi para você considerar esta situação porque ela apresenta uma figura pouco diferente da que temos que enfrentar nos dias de hoje. Se o fogo não tivesse caído, se o Céu não tivesse respeitado as orações do profeta, o resultado, para Elias, teria sido o repúdio do seu testemunho, a vergonha para a sua causa e a rejeição do seu Deus. Além disso, as multidões teriam ido ao desespero. “Os nossos deuses não ouviram, seu Deus não responde; não existe absolutamente nada nisso tudo.”

Acabe, o rei, teria ficado aliviado, enquanto Jezabel teria se alegrado, pois, de qualquer maneira, o profeta teria sido desacreditado publicamente. O mordomo Obadias teria ficado perplexo. Tudo teria sido lançado na escuridão, como se Deus nunca tivesse falado, como se não houvesse Deus para falar. O silêncio zomba da terra de um céu de bronze.

Agora, embora esta não seja bem a situação atual, há, infelizmente, o suficiente para nos mostrar como ficaria a situação em Israel naquela época, se Deus não tivesse Se revelado. Nós estamos clamando: “Onde está o Deus de Elias?” Os Acabes modernos ficam aliviados, as Jezabéis se alegram e os Obadias estão confusos. Até mesmo os homens de fé ficam questionando, questionando, não a Deus, mas a razão para o Seu silêncio. Qual é a razão para o aparente silêncio diante das tremendas necessidades da terra e da impotência da Igreja?

Pode ser que se nós estudarmos os quatro fatores vitais na preparação do profeta, nós descobriremos onde estamos errados e, ao mesmo tempo, o caminho para a vivificação espiritual tanto para o indivíduo quanto para a Igreja em geral. Imagine o que pode resultar deste estudo, se cada um destes fatores for transformado em objeto de pensamento e oração.

Consertando O Altar Quebrado

Primeiro consertaram o altar quebrado (verso 30). Nós não podemos esperar que o fogo do Senhor caia e consuma um sacrifício oferecido sobre uma vida totalmente desconsertada espiritualmente. Talvez as pedras que outrora estavam colocadas firmemente, cimentadas com um amor ardente e uma fé quase imprudente, tenham, agora, se afrouxado, ou até mesmo se separado totalmente. A antiga disciplina de vida deu lugar à desordem. Aquelas coisas que antigamente faziam da vida como um todo um “sacrifício vivo, santo e agradável a Deus” se enfraqueceram, se afrouxaram e se desintegraram. Pedras de diversos tipos, entretanto, todas muito vitais.

Havia o “tempo de comunhão” que comprometemos com Deus. Nós ouvíamos, comungávamos e pensávamos na Sua presença. Nós intercedíamos e orávamos com uma perseverança que dava resultados. Pureza de hábitos e motivação haviam encontrado seu lugar certo no altar da vida. Constância e consistência nos tornavam amigos confiáveis e testemunhas verdadeiras. O mundo era, antigamente, um lugar onde, pelo amor de Cristo, nós procurávamos dar o nosso melhor ao invés de um lugar a ser pilhado por razões egoístas.

A vida era motivada por uma verdadeira paixão por Deus e pelas almas dos homens, e não dirigida por uma mera consciência, aliás, um tanto cansativa. Era fácil suplicar a Deus e falar com os homens. Ah, como adorávamos cantar! Sim, as pedras da canção tinham o seu lugar. E quanto a estas pedras hoje? O altar está intacto? O fogo de Deus raramente cai sobre sacrifícios oferecidos em um altar em ruínas.

Objetivo Único: A Glória De Deus

Elias demonstrou um segundo princípio que é vital para o avivamento. Ele tinha uma visão totalmente voltada para a glória de Deus. Ouça o profeta quando ele procura entrar em contato com Deus em oração. “Manifesta-te hoje que tu és Deus em Israel,” e Senhor, se tenho que aparecer, “que eu sou teu servo, e que conforme a tua palavra fiz todas estas coisas.”

Por que queremos a bênção? Para que nossas igrejas fiquem cheias e nossos discursos e sermões tenham poder? Sejamos honestos. Por que queremos este grande derramamento? Para que um povo ímpio possa se converter e pessoas imorais ou negligentes sejam transformadas? Por que estamos buscando esta grande experiência? Para que possamos ser felizes espiritualmente e outros restaurados e convertidos? Seja qual a validade de tais considerações, elas não podem ser a base para buscar o avivamento com esperança verdadeira de uma resposta de Deus.

Uma das verdades que a Igreja mais precisa aprender novamente está registrada em Isaías 48:11: “Aminha glória não a darei a outrem.” Quando a Igreja ou o indivíduo se tomam possuídos de uma paixão pela glória do Senhor, e somente por Sua glória, as coisas logo começarão a acontecer.

Nesta questão é necessário ser bastante honesto. Por que queremos o avivamento?

Fé Sem Limites

A fé sem limites do profeta é o terceiro fator neste grande drama espiritual. Ele desafiou o maior inimigo do fogo a fazer o máximo que pudesse. Ele pediu que despejassem água e mais água sobre o sacrifício, até encher o rego também de água. “A água apagará o fogo? Não, ela só ressaltará ainda mais a demonstração divina.”

Hoje, muitos, na verdade, não esperam que Deus faça algo dramático e soberano. Eles ficariam surpresos, para não dizer assombrados, se acordarassem e encontrassem o país em chamas espirituais e a vida permeada por um inescapável senso da presença de Deus. Eles não esperam mais do que uma suave bênção caindo sobre um sermão ou reunião, e muitas vezes nem isso.

Note a maneira humilde, porém audaciosa, em que Abraão desafiou a Deus a favor das cidades da planície (Genesis 18:23-33). Será que nós esperamos que Deus faça alguma coisa que os homens considerassem um ato soberano de Deus?

Sozinho Com Deus

Na hora do sacrifício da tarde Elias, sozinho com Deus, luta e acredita. A história dos grandes avivamentos revela muitas coisas de suma importância, mas nada mais importante do que isto: a vaJiosa e vital necessidade de estar a sós com Deus. Se fosse permitido dar somente uma sugestão para resumir a preparação do indivíduo para o avivamento, não poderia ser dada outra a não ser ficar a sós com Deus, e novamente digo a sós com Deus.

Reúna estas quatro verdades, enfrente-as e acrescente o grande resumo: então o fogo caiu. O altar consertado: visão voltada para a glória de Deus: fé sem limites; o esconderijo do Altíssimo: Então o fogo caiu!

Talvez não haja maior contribuição para o avivamento do que reunir pequenos grupos de pessoas com uma mesma visão e que fossem sérias, para orar e conferir.

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A Maior Necessidade

“A maior necessidade do mundo,” diz Henry Drummond em seu livro com o mesmo título, “mesmo acima do evangelismo, é um avivamento dos crentes, uma necessidade para que cristãos carnais se tomem mais espirituais, mais semelhantes a Cristo. Com toda a certeza isto não acontecerá sem uma prática muito mais intensa de oração na intimidade com Deus e sem muito estudo profundo e espiritual da Bíblia, ensino bíblico e memorização das Escrituras. Um professor pode ajudar de alguma forma, mas o ensino do Espírito Santo é absolutamente essencial. Ele é o único que pode fazer a ponte sobre o abismo que há entre o que somos e o que devemos nos tomar.

“Oh que surja um homem em mim para que o homem que sou possa cessar de existir.”

“Não permita que Satanás o desencoraje. Alguns temem que este tipo de estudo cheire a misticismo. O diabo faz de tudo para que acreditemos nesta mentira. Ele fica contente, entretanto, quando apenas arranhamos a superfície com nossas orações e estudo. Mas é verdade que muita oração e pouco estudo da Bíblia pode levar ao fanatismo, assim como pouca oração e muito estudo da Bíblia leva à exaltação. Determine, portanto, manter um equilíbrio apropriado. Seja firme, inabalável, e sempre abundante na obra do Senhor.”

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