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Como Amar a Deus

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Por: Dave Butts

Como se pode demonstrar que se ama alguém? Porventura é somente uma questão de falar-lhe? É melhor enviar um cartão? É demonstrado pelos seus atos? Muitas pessoas sentem dificuldade em comunicar amor. Essa dificuldade não se apresenta só entre um ser humano e outro, mas até entre nós e o próprio Deus.

Chuck Colson conta, com muita clareza, como ele descobriu essa dificuldade em saber como devemos amar a Deus:

Um aspecto que se vê em todos os livros, é claro, é o amor de Deus pela humanidade e como ele demonstrou esse amor através do sacrifício do seu Filho na cruz. Quanto mais eu lia sobre isso, mais eu queria saber sobre o outro lado – ou seja, como fazer para demonstrar o meu amor por ele. De algum modo, parecia ser essa a chave para o que estava faltando na vida cristã.

O maior de todos os mandamentos, de acordo com Jesus, é “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento” (Mt 22.37). Eu tinha decorado essas palavras, contudo, na verdade, nunca havia pensado realmente sobre o que significavam em termos práticos; ou seja, sobre como eu podia cumprir esse mandamento. Ponderei se outras pessoas não sentiam a mesma coisa. Então perguntei a uma porção de cristãos mais experientes de que forma eles amavam a Deus.

“Bem… amando-o”, gaguejou um. Logo em seguida, completou, a título de explicação: “com todo o meu coração, alma e mente”.

“Mantendo um coração adorador, oferecendo a mim mesmo como um sacrifício aceitável”, explicou um outro rapidamente. Quando insisti por detalhes mais específicos, ele começou a explicar seu esquema de leitura devocional e vida de oração. Na metade da sua fala, ele parou e deu de ombros: “Preciso de mais tempo para pensar a respeito”.

Respostas freqüentes eram a fidelidade na assistência aos cultos e o dízimo. Vários mencionaram pecados favoritos que haviam abandonado, enquanto outros tentavam explicar o amor a Deus como um sentimento nos seus corações, como se fosse algo semelhante a um encontro romântico. Outros me olhavam com desconfiança, talvez pensando que a pergunta tivesse uma espécie de pegadinha.

Foi o suficiente. O efeito cumulativo da minha pesquisa me convenceu de que a maioria de nós, cristãos professos, não sabemos, de fato, como amar a Deus. Além de não termos dedicado tempo para pensar no significado do maior de todos os mandamentos no nosso dia-a-dia, também não o temos obedecido (extraído de Loving God – “Amando a Deus” –, de Chuck Colson, pp.15-16).

Como se faz para demonstrar seu amor por Deus? É um sentimento ou um andar-pela-fé? Uma atitude ou uma ação? Ou um pouco de tudo? Chuck Colson escreveu um livro inteiro acerca do significado de amar a Deus. O seu estudo o levou a incluir aspectos da vida cristã tais como obediência, santidade, arrependimento e sofrimento.

Jesus falou muito claramente: “Se me amais, guardareis os meus mandamentos” (Jo 14.15). Sem dúvida alguma, a obediência ao Senhor é uma parte importante da implicação prática de amá-lo. Santidade também é essencial. Arrependimento é o meio que Deus nos dá para dar as costas ao pecado e caminhar em direção a ele. Viver uma vida de obediência à Palavra, confissão e arrependimento do pecado, e andar em santidade, tudo isso são demonstrações do nosso amor para com Deus.

Sem depreciar de modo algum esses aspectos da nossa vida cristã, eu gostaria de sugerir uma outra parte muito crítica do significado prático de amar a Deus. É muito simples e, ao mesmo tempo, é tão humana. Amar a Deus significa querer estar com ele.

Não é essa a nossa tendência humana? Quando amamos alguém, nós nos sentimos atraídos para essa pessoa. Queremos passar tempo com ela. Poemas e canções são compostos para expressar os nossos sentimentos de tristeza quando estamos separados daqueles que amamos.

No Velho Testamento, Davi expressou esse mesmo tipo de desejo, o anseio de estar com Deus:

“Uma coisa pedi ao Senhor, e a buscarei: que possa morar na casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar a formosura do Senhor, e inquirir no seu templo”

(Sl 27.4).

Este é o clamor de um coração cego de amor. “Deus, eu quero estar contigo. Onde quer que tu estiveres, é lá que eu quero estar.”

Esse desejo de estar com Deus é encontrado muitas e muitas vezes nos Salmos. O Salmo 84 é uma súplica para viver na presença de Deus:

“Quão amáveis são os teus tabernáculos, Senhor dos Exércitos! A minha alma suspira e desfalece pelos átrios do Senhor; o meu coração e a minha carne exultam pelo Deus vivo”
(Sl 84.1-2).

A boa-nova para nós, os cristãos, é que não precisamos viajar até Jerusalém, ou para qualquer outro lugar, para estar com o Senhor. Ele veio para habitar conosco. Jesus disse, falando de si mesmo e do seu Pai: “Viremos para ele [aquele que o ama], e faremos nele morada” (Jo 14.23). O problema para a maioria de nós é ter consciência diária da presença do Senhor habitando conosco.

Essa falta de percepção é tipicamente uma falta de amor. Pelo fato de não sermos apaixonados no nosso relacionamento com Deus, por permitirmos que outros interesses ou pessoas ocupem a nossa agenda – nós negligenciamos o fato mais maravilhoso do universo: o próprio Senhor Deus veio residir no nosso interior.

Cultivar um relacionamento de amor com Deus é, em muitos aspectos, semelhante a qualquer outro tipo de relacionamento – leva tempo. Tempo para passar com ele – ouvindo, amando, desfrutando da sua presença. Isso envolve alterações no nosso modo de ver a oração e a leitura da Palavra. Ao invés de ver na oração um meio de conseguir coisas de Deus, começamos a enxergá-la como tempo que podemos passar na sua presença. Em vez de ler a Bíblia para buscar discernimento para as nossas vidas (por mais valioso que seja), começamos a ver na nossa Bíblia um lugar de encontro com Deus.

Deus nos ama tanto que suportou a cruz para que pudéssemos passar a eternidade com ele. Ele nos quer AO LADO dele. Nossa resposta de amor para ele significa cultivar um desejo permanente, apaixonado de estar com ele – não somente algum dia no céu, mas cada dia que ele nos dá aqui na terra.

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