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Voltando a Jerusalém

Por Harry Scates

A maior esperança de todos os cristãos é a segunda vinda do nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. De acordo com suas próprias palavras, essa vinda se dará precisamente em Jerusalém, mas somente quando os judeus o receberem como Messias e Rei. “Não mais me vereis até que venhais a dizer: Bendito o que vem em nome do Senhor!” (Lc 13.35; veja também Is 2.1-4; 65.17-25; Zc 14.1-21).

Existe hoje um entendimento sobre um dos requisitos para a volta de Jesus que está crescendo e se espalhando em diversas partes da igreja. Não nasceu em nenhum dos países ocidentais, de onde geralmente esperamos os novos movimentos na igreja. Nasceu num lugar em que, até hoje, a igreja é perseguida e cristãos são encarcerados e, às vezes, mortos por causa da sua fé.

Estou me referindo a uma visão conhecida como Voltando a Jerusalém, que nasceu na China há várias décadas, mas que só recentemente ressurgiu com força e vigor, depois de um longo período de provação e morte.

Meu primeiro contato com essa visão foi através da leitura de O Homem do Céu, de Paul Hattaway (Ed. Betânia), que conta o testemunho contemporâneo do Irmão Yun, da China. Fui profundamente impactado pela fé e coragem desse irmão e de todos os nossos irmãos e irmãs nas igrejas em casas na China. Se você ainda não leu esse livro, quero encorajá-lo a fazer isso. Você nunca mais se sentirá à vontade com cristianismo barato.

Depois li a seqüência do livro, Back to Jerusalem (“Voltando a Jerusalém”), que trata com muito mais profundidade sobre a história e o estágio atual dessa visão. Finalmente, uma viagem recente à Índia me deu oportunidade de conhecer pessoalmente a igreja naquele país e algumas pessoas que já estão envolvidas com a prática da visão.

Primeiro o Natural, Depois o Espiritual

Eu creio que aquilo que acontece no natural acompanha ou prenuncia o que vai acontecer no espiritual (1 Co 15.44-46). Temos visto Deus levar Israel natural (os judeus) de volta para Jerusalém e para sua terra de herança, cumprindo as profecias das Escrituras. De forma semelhante, a igreja (Israel espiritual) olha para sua mãe Jerusalém, que é do alto (Gl 4.26), e ouve o chamado para retornar à sua vocação celestial de viver como Jesus neste mundo e pregar o evangelho do reino a todas as nações.

Jesus nos deu uma tarefa que tem de ser completada antes que ele possa voltar. Ele disse: “Pregai o evangelho a toda criatura” (Mc 16.15). Portanto, temos muito que fazer! Ele também disse: “Fazei discípulos de todas as nações” (Mt 28.19). Ainda falta muito para terminar essa tarefa!

Ele disse que arrependimento e remissão de pecados deveriam ser pregados em seu nome em todas as nações, começando em Jerusalém (Lc 24.47). E, também: “Ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra” (At 1.8).

Temos trabalhado isso por quase dois mil anos. Onde estamos agora? Como está o andamento da nossa tarefa?

O Que Está Faltando?

No início da igreja, o evangelho saiu de Jerusalém e viajou, principalmente, no sentido oeste. Foi levado para a Europa, depois para as Américas e, finalmente, para a África e a Ásia. Entrou nas Américas pela costa leste e caminhou para o oeste. Entrou na China pela costa leste, também, e depois foi para o oeste. É verdade que, em algumas ocasiões, também foi para o sul e para o leste, mas o sentido mais forte do avanço do evangelho sempre foi para o oeste.

Se você olhar o mapa-múndi e focar as extremidades da terra, seja Nova Zelândia, as pontas da África e da América do Sul, as ilhas do Pacífico ou as terras longínquas da América do Norte e da Ásia, você verá que a igreja de Jesus já foi estabelecida nesses lugares. A tarefa de ir aos confins da terra começando em Jerusalém já foi cumprida, principalmente nos séculos XIX e XX.

Entretanto, faltam ainda grupos étnicos inteiros e milhões de cristãos nominais que precisam ser alcançados, e o maior desafio de todos: os três gigantes religiosos que precisam cair por terra em o nome de Jesus. Esses gigantes, que amarram bilhões de pessoas em escravidão, são: Hinduísmo, Budismo e Islamismo. Um outro gigante a ser derrotado, o Secularismo-Humanismo, domina a Europa, é forte na América do Norte e está se enraizando cada vez mais nos demais países ocidentais.

O Nascimento da Visão

A China é um dos lugares mais distantes de Jerusalém, realmente representa os confins da terra. Missionários ocidentais levaram o evangelho à China, principalmente na segunda metade do século XIX e na primeira do século XX. Porém, foi nos últimos trinta anos, sob as árduas pressões da perseguição e da repressão comunista, que uma igreja forte e nativa tem crescido e se multiplicado exponencialmente.

Por volta de 1940, Deus plantou uma visão, no coração de alguns cristãos chineses, de levar o evangelho para o oeste de sua nação, uma região remota e cheia de minorias étnicas. A partir daí, o alvo era prosseguir com o avanço missionário e alcançar as nações cada vez mais longínquas, na direção oeste, seguindo as velhas rotas conhecidas como “Rotas da Seda”, que eventualmente levam a Jerusalém.

Diversas pessoas, homens e mulheres, se dispuseram e partiram para a região oeste da China. Na época, porém, não conseguiram avançar muito. Muitos foram presos, alguns morreram, e o novo regime comunista sufocou o movimento.

O Ressurgimento da Visão

Depois de décadas de sofrimento e perseguição, a visão missionária ressurgiu há poucos anos com muito mais força. A igreja na China está agora muito mais preparada para enfrentar o desafio.

Os irmãos chineses têm entendido que o evangelho, de fato, chegou até os confins da terra, conforme o desejo do Senhor ressurreto. Porém, entre a China e o lugar em que tudo começou estão os países menos evangelizados do mundo e as fortalezas dos três gigantes religiosos: Budismo, Hinduísmo e Islamismo.

Seria agora responsabilidade da igreja na China ajudar o evangelho a completar a volta ao mundo, conquistando os últimos redutos e terminando a tarefa dada por Jesus de pregar o evangelho do reino em todo o mundo antes do fim (Mt 24.14).

Os líderes das redes de igrejas em casas, que contam com aproximadamente 58 milhões de cristãos chineses, estão agora unidos para levantar um exército de 100 mil cristãos evangelistas para derrubar esses gigantes. Já existem centenas de missionários chineses em alguns desses países e outros milhares se preparando. Já foram bem treinados no fogo da perseguição, amam ao Senhor e querem fazer sua vontade, mesmo que isso venha a lhes custar suas próprias vidas. Sabem, também, que precisam da ajuda da igreja no restante do mundo.

Um Desafio Para Toda a Igreja

Na verdade, esse desafio não é só da igreja chinesa. Nossa missão é ir aonde há o maior número de pessoas perdidas. Hoje, sem dúvida, a maior necessidade de evangelização não está nos confins do mundo, mas nesses países que estão mais próximos a Jerusalém. O principal desafio missionário, nestes dias do fim, é alcançar muçulmanos, hindus e budistas – e também secularistas na Europa e no mundo ocidental. Provavelmente, os últimos a serem alcançados serão os árabes e judeus. Como? Deus fará isso! Mas a igreja terá de cooperar com ele.

Qual será a participação das igrejas das Américas? Da Europa? Da Austrália? Da Coréia? Da África? De todas as nações que estão nos confins da terra? O que está acontecendo na Europa? Que gigante está dominando o nosso país? O que podemos aprender com a igreja na China? Como podemos cooperar com a igreja na Índia?

Para os servos de Jesus, voltar a Jerusalém é uma jornada espiritual e missionária. É teológica e missiológica. É sair de Roma e de todas as outras origens institucionais e voltar para as nossas raízes – a Igreja do Novo Testamento. É completar a tarefa de evangelismo mundial. É o chamado do Senhor para os seus servos nestes dias.

No final, Deus vai alcançar judeus e árabes, derrubando as paredes de inimizade e estabelecendo seu reino de paz entre eles. Veja o que o profeta Isaías viu sobre aquele dia:

“Naquele dia haverá estrada do Egito até a Assíria (Iraque), os assírios irão ao Egito, e os egípcios à Assíria; e os egípcios adorarão com os assírios ao Senhor. Naquele dia Israel será o terceiro com os egípcios e os assírios, uma bênção no meio da terra; porque o Senhor dos Exércitos os abençoará dizendo: Bendito seja o Egito, meu povo, e a Assíria, obra de minhas mãos, e Israel, minha herança” (Is 19:23-25).

E assim o caminho estará aberto para a volta do Senhor. Quem vai se oferecer? Quem é que Deus vai usar para completar essa obra?

Esta é a visão! Este é o chamado! A tarefa está diante de nós! Qual é sua resposta? Quanto a mim, eu e minha casa estamos voltando a Jerusalém!

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