Compreenda e abrace o
caminho que Jesus trilhou

Última Palavra: A Surpresa Que Vem do Alto

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Por Maurício Bronzatto

Não podemos nos enganar achando que conseguiremos preparar uma estratégia perfeita para derrotar Satanás. Todas as bem-intencionadas tentativas humanas de criar o novo fracassam diante de nossa inevitável previsibilidade.

O sentimento de impotência é antigo. O salmista já perguntava angustiado: “Elevo os olhos para os montes: de onde me virá o socorro?” (Sl 121.1). A resposta a esta pergunta precisa devolver-nos ao nosso lugar: o do reconhecimento de que, por mais que nos esforcemos, continuamos não conseguindo acrescentar um só côvado à duração de nossa existência. “A tua ruína, ó Israel, vem de ti, e só de mim, o teu socorro” (Os 13.9).

Deus sonha com o novo (Is 43.19), executa o novo (Ap 21.5) e desafia-nos a vivê-lo (Js 3.4). Não temos outra alternativa senão esperar até que sejamos revestidos com poder do alto (At 1.8), o que não significa que a postura deva ser a de cruzar os braços numa espera passiva. Enquanto aguardamos, precisamos nos achegar, “confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna” (Hb 4.16). Ou seja, precisamos nos relacionar com aquele que provisiona as novas estratégias que encurralam o inimigo.

Jesus é a pedra no sapato e no sonho de Nabucodonosor, o grande tirano da Babilônia (Dn 2): a pedra cortada sem auxílio de mãos, que fere a estátua nos pés e a reduz a um montão de entulho (v. 34-35). O sonho do rei teve cumprimento parcial quando Jesus, na cruz, despojou os principados, dos quais os reinos prefigurados na estátua são representações. Resta ainda o cumprimento absoluto desta profecia quando Jesus vier pela segunda vez.

Embora cada uma das partes da estátua fale-nos de reinos diferentes, o corpo da estátua representa uma unidade dos sistemas malignos deste mundo. Começa pela cabeça de ouro, representando a Babilônia e prossegue descrevendo os desdobramentos deste reino ímpio (os reinos que o sucederam incorporando elementos antigos em suas práticas). Esse sonho está intimamente ligado com a descrição dos quatro animais de Daniel 7 e com as bestas de Apocalipse 13, e apontam para a expressão final do império romano (a deterioração da estátua, que começou com ouro e terminou com barro; o recrudescimento do mistério da iniqüidade), adormecido para se manifestar com toda intensidade nos últimos dias, conforme revelado ao rei Nabucodonosor (Dn 2.28).

Apocalipse 17.8 descreve-nos a besta com os dez chifres (representando reinos, poderes conferidos) que era (expressão histórica literal do império romano); que não é (ou seja, que hoje aparentemente não é, que está camuflada nos diversos sistemas do mundo, inclusive na igreja); e que está para emergir do abismo (manifestar-se ostensivamente com toda sorte de enganos, sabendo que pouco tempo lhe resta).

“Nos dias destes reis” (os últimos dias) que estarão impregnando a terra com todo tipo de abominações e práticas filosóficas, humanistas e esotéricas, Deus “suscitará um reino que não será jamais destruído; este reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos estes reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre” (Dn 2.44). Eis aqui a grande surpresa de Deus!

Jesus é a pedra-surpresa, cortada sem auxílio de mãos, que esmiúça o sistema dos reinos deste mundo. Eles já estão todos condenados e com os dias contados!

Mas Daniel também diz que a pedra que feriu a estátua se tornou em grande montanha e encheu toda a terra (Dn 2.35b). Aleluia! Há esperança para nós! Particularmente, creio que esta montanha fala da igreja e de sua vocação de encher (submeter) a terra para o Senhor, pois é através da igreja que a multiforme sabedoria de Deus se tornará conhecida dos principados e potestades (Ef 3.10). Aquele que crê na rocha que esmiúça os reinos deste mundo fará também as mesmas obras que a rocha faz (quebrantará os reinos, combaterá as trevas), e outras maiores ainda fará (tornar-se-á uma grande montanha para testemunho aos povos).

Maurício Bronzatto reside em Mogi Mirim – SP e é um dos coordenadores de uma comunhão de grupos espalhados por várias cidades e estados no Brasil.

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