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Testemunho de Impacto-“Não Somos Heróis”

Por: David  Langerfeld

Ela era de origem sueca, com típicas feições escandinavas: longos cabelos louros, pernas compridas e delgadas, pele macia imaculada, ossos faciais elevados.

Ela era deslumbrante – belíssima. Um fotógrafo profissional da cidade a achou tão bonita que usou sua foto para divulgar seu negócio.

Mas essa não era sua verdadeira beleza.

Criada por pais cristãos maravilhosos, ela se convertera numa idade muito jovem. Integridade, honestidade e doçura eram apenas algumas de suas qualidades. Na sua festa de noivado, a irmã, que a conhecia melhor do que ninguém, disse que nunca a ouvira contar uma mentira sequer. Todos os amigos diziam a mesma coisa: era a garota mais doce que conheciam. Nunca falava uma palavra indelicada a respeito de ninguém. Todos sentiam prazer em estar perto dela.

Em seu primeiro ano de faculdade, conheceu um jovem que se apaixonou por ela – tanto pela sua beleza e perfeição exterior quanto pela maravilhosa pureza do seu caráter e por sua beleza interior. Ela também se apaixonou e passava cada momento livre com ele durante os quatro anos seguintes. Eram profundamente comprometidos no seu relacionamento e firmes na posição de esperar pelo casamento – muito tempo antes de existirem campanhas do tipo “Quem Ama Espera”.

Uma semana depois de se formarem na faculdade, eles se casaram. Amavam ficar juntos. Caminhavam juntos, malhavam juntos, andavam de bicicleta juntos, iam ao cinema, assistiam TV, comiam pizza, viajavam – tudo que qualquer casal normal gostaria de fazer, um ao lado do outro. Eram muito apaixonados.

Ela lecionou numa escola por um ano e, depois, foi contratada como contadora numa empresa de suprimentos cirúrgicos. Um dia, no trabalho, sem qualquer motivo aparente, ela perdeu o equilíbrio e caiu. Pouco depois conseguiu levantar-se e foi ver um médico. Ele a encaminhou para um neurologista. No dia seguinte, porém, aconteceu outra vez. Sem qualquer motivo, perdeu o equilíbrio e caiu. Dessa vez, porém, não conseguiu se levantar. Estava sem sensibilidade nas pernas. Elas não se mexiam.

O marido dela precisou vir ao escritório, carregá-la nos braços e levá-la para o hospital. Depois de seis dias lá, o médico deu a essa bela jovem as temíveis notícias. Ela estava com Esclerose Múltipla, e o processo degenerativo continuaria.

O jovem casal, que tinha apenas 18 meses de vida conjugal, que amava ir a todos os lugares e fazer tudo junto, agora teria sérios desafios à sua frente. Todos os seus planos para o futuro mudariam; a vida cotidiana mudaria; eles mudariam.

Durante os 20 anos seguintes, a saúde dessa jovem mulher de fato deteriorou. Precisou tomar esteróides (não o tipo que os atletas usam, mas esteróides antiinflamatórios). Seus ossos ficaram frágeis, quebravam-se com facilidade. Seu rosto ficou inchado; seu corpo, irreconhecível. Teve de usar um andador, depois uma espécie de patinete elétrico e, finalmente, uma cadeira de rodas. Não conseguiu mais se alimentar, escrever seu nome ou controlar suas próprias funções orgânicas. Passou a depender de ajuda 24 horas por dia.

Se o casal não tivesse o tipo de amor aliançado que é baseado, em primeiro lugar, num relacionamento pessoal com Jesus Cristo e, segundo, no compromisso um com o outro, o casamento nunca teria durado. De acordo com as estatísticas, na grande maioria dos casamentos em que um dos cônjuges tem esclerose múltipla, o outro vai embora. Não quer se manter comprometido com o cuidado constante e as mudanças físicas, psicológicas e mentais que ocorrem continuamente.

Por favor, ouça-me com cuidado. Essas duas pessoas não são heróis. Não são supercristãos. Eles mesmos seriam os primeiros a afirmar isso. São pessoas normais, comuns, apenas capacitadas pelo Amor de Deus e pelo amor que têm um pelo outro a fazer o que o mundo considera muito além do normal ou até do extraordinário.

Posso comprovar esse fato porque essa mulher – essa linda mulher que nunca mais poderá andar, que não consegue nem se alimentar – é Lynda Langerfeld, minha esposa. Ela não é uma heroína. Eu não sou um herói. Somos filhos de Deus, fazendo o que todos os filhos de Deus devem fazer. Fazendo o que fomos chamados a fazer. Fazendo o que Deus espera de cada homem e cada mulher que assume um voto diante de Deus no dia do seu casamento.

Nos filmes de Hollywood, o herói geralmente é visto como alguém que sacrifica sua vida em favor de sua “heroína”. Aos olhos do mundo, ele é um herói. Aos olhos de Deus, é um homem comum fazendo um sacrifício extraordinário que todo cristão que é comprometido com sua esposa deveria fazer. Amor comprometido, amor que sacrifica deve ser a norma, não a exceção. Não somos supercristãos, não somos heróis quando somos fiéis e mantemos nosso compromisso um com o outro. Estamos fazendo o que Deus chamou todo marido e toda esposa a fazerem, desde o princípio da criação.

Escrito por David Langerfeld em 2002 e postado no site www.brenthigh.com. Atualmente David Langerfeld é um dos pastores de Harrisburg Baptist Church, em Tupelo, MS, EUA. No site www.harrisburgonline.org, podem-se ver os dados de cada pastor; ao lado do nome de David Langerfeld, consta, entre outras coisas, o nome da esposa: Lynda.

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