Leitor Impacto

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Testemunho de Impacto – Milagres de Restauração

Nem sempre os votos de amor e fidelidade “até que a morte nos separe” são honrados, como demonstram inequivocamente as estatísticas de divórcio e novo casamento – principalmente entre os que são contados como seguidores de Jesus Cristo. Se até Jesus reconheceu que existem alianças que não podem ser mantidas…

No entanto, quando a igreja anda na mesma direção e compasso do mundo (às vezes, nem muito atrás dele), algo está drasticamente errado. Quando a “exceção” torna-se a norma, não há dúvidas de que estamos perdendo o verdadeiro sentido e essência do que Deus propôs no casamento. O rompimento de aliança que Jesus admitiu como conseqüência de grave infidelidade da parte de um dos cônjuges está acontecendo, de acordo com alguns levantamentos, em mais da metade dos casamentos cristãos. Ou a infidelidade está se alastrando de forma alarmante como vírus epidêmico entre nós, ou estamos aplicando a regra da exceção para casos totalmente normais.

Graças a Deus, porém, nem todas as notícias são negativas. Existem heróis anônimos que, sem alarde, estão honrando os votos, em alguns casos com alto custo pessoal. Leia com atenção os seguintes testemunhos positivos de restauração e manutenção de alianças, mesmo diante de barreiras aparentemente impossíveis. Note principalmente o fator tempo envolvido em todos. E, por favor, não os descarte dizendo: “Que maravilha – mas isso é totalmente diferente do meu caso!”. Muitos casamentos foram perdidos exatamente porque as pessoas envolvidas pensavam assim. Que Deus tenha misericórdia e mude a nossa visão e a nossa fé no Deus de alianças!

Um Novo Marido – Como?

D. Araci Beckdorff Duarte tem 71 anos e uma história de vida que apresenta dois períodos de paz e felicidade, separados por uma fase dramática de muitos sofrimentos. Ela se casou em 1959, aos 22 anos, com Antonio de Pádua Duarte. Ambos eram cristãos evangélicos, músicos na igreja em que congregavam. Toninho, como era conhecido, trabalhava como desenhista/projetista numa metalúrgica, e Araci era uma costureira autônoma. Viviam muito bem na grande São Paulo onde moravam e onde criaram os seus primeiros quatro filhos.

Em 1970, Toninho ficou sabendo que tinha um tumor no cérebro e teve de ser afastado do trabalho para tratamento médico. Durante esse tratamento, que durou muito tempo, Toninho conheceu uma enfermeira no hospital onde se tratava e, depois de algum tempo, iniciou com essa moça um relacionamento amoroso secreto que lhe trouxe inúmeras conseqüências: uma vida de mentiras, uso de álcool e, posteriormente, drogas. Por fim, afastamento da igreja. Pior de tudo, tornou-se um homem violento, com muita tristeza para a sua família e todos os que o amavam.

Araci, sem saber de toda a realidade, continuou firme em Cristo Jesus, trabalhando bastante para sustentar a casa e, na tentativa de reconquistar o seu esposo, tentou mais uma gravidez. Esse último fato só lhe trouxe mais responsabilidade, porque agora já eram cinco filhos para criar. Ela continuava confiando que o Senhor lhe daria vitória no seu casamento. Quando o romance proibido de Toninho, que já durava oito anos, veio a público, ele se tornou ainda mais violento. Araci, então, buscando uma orientação rápida da parte de Deus, sentiu, numa oração sincera, que o Senhor a orientava a ir para a cidade de Americana, onde moravam os seus pais, separando-se assim de Toninho.

Trabalhando arduamente para criar seus cinco filhos e orientá-los nos caminhos de Deus, Araci jamais pensou em outro homem ou na hipótese de um divórcio, apesar da grande mágoa que sentia contra o marido. Sempre orando e buscando ao Senhor, na igreja, em jejuns e vigílias, nos montes e em sua própria casa, Deus sempre lhe falava através de dom profético por pessoas que nunca a tinham visto antes e sequer sabiam de seus problemas. Outras vezes, Deus falava diretamente com ela nas orações, em sonho ou em visões. Indiferente do meio, a mensagem era sempre esta: “Ainda que não queiras, te darei um novo marido”. Repetidas vezes, Araci recebeu do Senhor essa mesma mensagem, contudo não queria aceitá-la de forma alguma. Para ela a idéia de outro casamento era inconcebível.

Toninho, a essa altura, já tinha sido abandonado pela amante. Desnorteado, sozinho, doente, sem amigos e sem dinheiro, foi procurar socorro na casa da sua mãe em outra cidade do interior do estado, onde procurou tratamento para a sua enfermidade. Levado para a igreja pela sua mãe, mulher cristã, com a ajuda de pastores, de irmãos da igreja e de muita oração, Jesus o libertou dos vícios. Voltou a ser o homem bom, carinhoso e compreensível que fora no passado, deixando para trás todo pecado e miséria que havia praticado. Arrependido e transformado em um novo homem, ele começou a orar em favor da sua família, buscando em Deus o caminho da reconciliação. Sua esposa, porém, se mantinha firme na decisão de não voltar para ele.

Tocados por Deus em seus corações, Araci e seus filhos foram levados a perdoar a seu esposo e pai, abrindo o caminho para uma nova chance e uma possível reconciliação, o que aconteceu em 1979, nove anos após o primeiro diagnóstico do tumor no cérebro de Toninho. De fato, Deus cumpriu a sua palavra e deu a Araci um novo marido! Ela só não poderia ter imaginado que era o velho marido renovado!

Deus os abençoou e permitiu que a família progredisse e prosperasse. Toninho voltou a dedicar a sua vida ao trabalho do Senhor e foi recebido novamente à comunhão da igreja. Seus filhos se tornaram músicos, passando a participar do ministério do louvor. O casal restaurado trabalhou durante muitos anos como conselheiros para jovens ao lado do pastor.

Toninho chegou a ser consagrado ao presbitério da igreja, dirigindo várias congregações, até a sua morte em 1995, como conseqüência daquele tumor. Sua esposa cuidou dele até o seu último momento de vida. Seu funeral foi de fortes emoções para todos que com ele conviveram e conheciam os fatos da sua vida. D. Araci, hoje viúva, vive entre os cinco filhos e dez netos, como um testemunho vivo de fidelidade ao Senhor e aos compromissos assumidos em nome dele.

Dois Casamentos – Mesmo Casal

A alegria de Samuel e Juliana transbordava à vista de todos os circunstantes, apesar das lágrimas que escorriam pelos seus rostos jovens. Eles estavam emocionados e felizes. Era o fim de uma fase difícil na vida dos dois irmãos. Os seus pais – antes divorciados – estavam recebendo a bênção do Senhor sobre as suas alianças, com a presença de um pastor e de muitos irmãos e amigos da igreja que se alegravam com o acontecido.

A fase difícil na vida deles havia começado alguns anos antes, quando a mãe, Maria Adelina, decidira pedir o divórcio do seu marido Elias, por não agüentar mais o sofrimento e as perdas causadas pelo vício da embriaguez. Depois de 20 anos de casamento harmonioso, construindo a família juntos e formando um patrimônio, o vício do álcool fez com que o marido perdesse tudo – emprego, bens, família. Como foi ela quem solicitou o divórcio, tendo se refugiado na casa da sua mãe, ele ficou em casa com os filhos – Samuel e Juliana. A moça, porém, não agüentou a barra e, depois de seis meses, também abandonou a casa e foi viver com a mãe na casa da avó. O filho Samuel ficou com o pai, lutando sempre para que Elias largasse o vício. Foi o companheiro sustentador do pai na época difícil.

Através de pessoas diferentes, tanto Maria Adelina quanto Elias vieram a conhecer Jesus e buscaram refúgio na Igreja. Ele foi ajudado, e muito, pelo filho e pelos cristãos que o encaminharam a Jesus, no sentido de abandonar o vício. Ela, com a vida enriquecida pelo conhecimento do Evangelho, sentiu a necessidade de liberar perdão para o ex-marido, mas não pensava ainda em reconciliação. Depois de um tempo, com a insistência do filho, a orientação dos irmãos do grupo de comunhão e a constatação de que o ex-marido havia realmente se curado do vício, Maria Adelina concordou com a reconciliação.

Ainda era necessário oficializar a reunião do casal diante da lei. Com o auxílio de um advogado cristão, perante as leis do país, Elias e Maria Adelina se recasaram. O grupo de comunhão promoveu a cerimônia festiva em que um pastor impetrou a bênção sobre as alianças, selando assim, diante de Deus, aquela re-união. Maria Adelina, feliz, declarou aos irmãos e amigos presentes que “desta vez, sim, foi com a bênção de Deus, porque da primeira vez nosso casamento havia sido só no civil”.

Já se passaram alguns anos. Juliana está casada. Samuel vive com os pais na mesma casa. E o Senhor está abençoando a vida desta família. Eles continuam participando do grupo de comunhão e insistem em dizer que foi Jesus quem operou esses milagres nas suas vidas.

Casamento, Como o Amor e Como os Diamantes, é Para Sempre

Neemias, eu o recebo como meu esposo para caminhar com você segundo os mandamentos de Deus. Desejo consagrar-lhe o meu amor, conservá-lo e consolá-lo tanto na alegria como na tristeza, na riqueza ou na pobreza, na saúde ou na doença. Quero guardar-me somente para você, na esperança de viver ao seu lado por toda a minha vida. Para isso empenho a minha honra.

Com essas palavras, diante do pastor que celebrava a cerimônia do seu casamento e de todos os amigos e parentes que dela participavam, Carolina assumiu o seu compromisso com Neemias, naquele bonito fim de tarde de verão do dia 13 de janeiro de 2001.

Menos de quatro meses depois, no dia 8 de maio, Neemias sofreu um acidente de moto – foi atropelado por um carro que avançara indevidamente – e, depois de socorrido e levado para o hospital, vieram as palavras dos médicos: traumatismo cranioencefálico, com grande perda de sangue no cérebro. Dias e dias de internação na UTI e uma luta incessante dos médicos, sempre com prognósticos os mais desalentadores. “Não vai sobreviver.” “Se sobreviver, por milagre, não vai mais andar, não vai mais falar.” “Se sobreviver…”. A jovem esposa, sempre amparada pelos seus pais, persistia nas orações. Tanto ela como seu marido acidentado eram tementes a Deus.

Um dia, movido pelo Espírito Santo, enquanto orava em casa com seus pais, Carolina entregou o marido ao Senhor. Foi uma oração de muita dor e com gemidos inexprimíveis.

No dia seguinte, ela foi até a UTI e falou com ele:

Nê, eu sei que você já deve ter visto coisas maravilhosas do outro lado; talvez você não queira mais voltar, e eu vou entender. Mas, se quiser voltar, estarei te esperando. Adeus, amor, eu te amo!

Era dramática a situação que a família estava vivendo: uma jovem em plena fase de lua-de-mel ficava privada da companhia do seu marido, com perspectivas muito sombrias pela frente. Muitas pessoas, inclusive alguns cristãos, sugeriram à Carolina que voltasse atrás no seu compromisso, que “devolvesse o seu marido aos pais dele” e que procurasse construir a sua própria vida de jovem, pois o futuro que esperava o marido não era nada promissor.

Mas quando as convicções são fortes no coração daquele que confia no Senhor Jesus, sugestões como essas não são aceitas. A todos os palpites que lhe davam, gratuitamente, Carolina respondia: “Casei com o Neemias porque o amo, e o meu compromisso é com ele e com Deus”.

O casamento deles já dura 7 anos (estamos em 2008), e o acidente também completará 7 anos em maio. A maioria dos prognósticos dos médicos não se cumpriu. Neemias já recuperou a maioria das suas capacidades, faz ainda terapias para recuperar algumas funções motoras dos membros que sofreram com o acidente e encontra alguns problemas de memória e equilíbrio. Gradativamente está voltando ao trabalho.

Como teria sido mais fácil aceitar a tragédia, lamentar, chorar – e tocar a vida para frente! “Você tem uma vida para viver”; “você não pode jogar sua vida fora, em função de alguém que talvez nunca se recupere”; “você precisa buscar sua própria felicidade”; são esses os argumentos que prevalecem por toda parte hoje.

No caso aqui relatado, houve um impressionante milagre de cura, que deve ser contado depois – um livro está sendo escrito pela sogra dele –, mas houve um outro milagre, cada vez mais raro na sociedade e até na igreja de hoje: o da preservação de uma aliança que parecia impossível manter. Não há dúvidas de que o primeiro milagre (da cura) tem muito a ver com o segundo (da persistente fidelidade à aliança assumida e da sincera entrega da vida e do futuro ao Senhor).

No entanto a pergunta persiste: e se Neemias não tivesse se recuperado milagrosamente? Como ficaria o compromisso de aliança assumido diante do Senhor? O que, exatamente, cremos hoje a respeito do preço a ser pago, seja qual for, para manter as nossas alianças?

Deixamos aqui o exemplo de coragem e determinação dessa jovem de valor – Ana Carolina Cafarchio Barbosa – e da forma como Deus honrou sua posição. De incalculável valor, também, foi o apoio incondicional dos pais e de alguns irmãos próximos a eles, sem o qual, sem dúvida, o seu vale escuro teria sido muito mais difícil para atravessar.

Que Deus restaure, no meio do seu povo, tais valores inegociáveis, a serem nutridos e vividos de forma prática, a fim de que sua natureza seja conhecida por todos!

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Chaves Para se Manter uma Aliança em Face a Obstáculos Quase Intransponíveis

1. Temor a Deus

2. Confiança na fidelidade divina

3. Base sólida na aliança não-quebrável do casamento ordenada por Deus.

4. Decisão firme de pagar o preço de tristeza, solidão, incompreensão – seja o que for, porém crendo no poder restaurador de Deus.

Afinal para Deus não há distinção entre curar, restaurar vidas ou restaurar casamentos. O poder regenerador que usa é o mesmo em todos os casos – poder que foi conquistado na cruz do Calvário.

Ana Carolina C. Barbosa

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3 respostas

  1. A 2 anos me casei e faz 8 meses que estou separado, minha mulher me deixou usando vários argumentos e um deles foi (minha mae me disse que se for pra te largar que seja agora, pois ainda estou nova e tenho todas Chances de recomeçar minha vida enquanto ainda estou nova) com ela se foi meu filho que eu assumira pois ela era mãe solteira, meus projetos a curto prazo meu ministério e minha honra… Só não foi minha esperança em um DEUS que pode todas as coisa. Ela leva uma vida mundana e eu estou orando todos os dias crendo que nem a decepção nem a vergonha nem família vai substituir o ATÉ QUE A MORTE OS SEPARE.

    1. Deus faz o impossível àquele que crê. No meu caso eu custei a acreditar que Deus pudesse restaurar meu relacionamento até porque é namoro. Mas Deus usou várias pessoas para me dizer que ele estava no controle e que a vitória do meu relacionamento é certo. Eu cria, mas com dúvidas, até que a alguns dias atrás ele usou um profeta que eu nunca tinha visto e que ele também nem me conhecia para confirmar a sua promessa. Estou em oração e eu creio que logo logo a minha benção vai chegar. Não dê ouvidos as coisas que as pessoas disserem que sua esposa está fazendo, ela está sendo usada pelo inimigo. Ore, jejue, clame aos pés do senhor e deixa Deus trabalhar.

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