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Depois de uma visão, os americanos Nic e Rachel Billman decidiram dedicar a vida às prostitutas e aos marginalizados do Brasil

por Carolina Sotero Bazzo

Anjos avistados durante as sessões de gravação de um CD de louvor. Uma cura milagrosa durante um quadro de eclampsia durante seu primeiro parto. Traumas físicos e emocionais sarados. São muitas as experiências sobrenaturais vividas, testemunhadas e contadas, com simplicidade e naturalidade, por Nic e Rachel Billman, um casal de americanos que por mais de dez anos liderou um ministério de adoração nos Estados Unidos. Mas nada parece ter tocado tanto a vida da família quanto a visão que Nic recebeu quando esteve pela primeira vez no Brasil. “Eu estava na janela do ônibus, a caminho de uma igreja, quando comecei a ver muitas prostitutas na rua. De repente, quando subi os olhos para o rosto delas, vi o rosto da minha filha. Naquele momento, entendi que Deus estava me dando o coração de pai que ele tinha em relação àquelas mulheres.”.

Em 2010, dois anos depois dessa visão, Nic, Rachel e seus três filhos se mudaram com um encargo missionário para o Brasil. Passados quatro anos, ganharam mais uma filha, e Recife, em Pernambuco, a cidade com um dos maiores índices de prostituição do país, tornou-se definitivamente a plataforma de um ministério evangelístico cheio de amor e poder: o Shores of Grace (Margens de Graça), atualmente com mais de vinte voluntários e foco intenso nos marginalizados.Possuem também uma casa abrigo que acolhe meninas vítimas de abuso sexual e já sonham em abrir outras duas casas para garotos e ex-prostitutas.

A avenida Conselheiro Aguiar, cujas esquinas são ocupadas desde às 19 horas por prostitutas e travestis, é onde ele e sua equipe costumam ir para, de maneira simples, demonstrar esse amor. Diferente de alguns métodos evangelísticos que tendem a apresentar o evangelho de forma impositiva (“aceite Jesus ou irá para o inferno!”), o evangelismo do Shores of Grace se dá pela via do amor. Muitas vezes, eles gastam tempo apenas ouvindo o que aqueles homens e mulheres têm para dizer, sem nenhuma pressa ou pretensão de voltar para casa com uma estatística de conversões. É isso o que, no final das contas, faz com que surjam amizades e encontros além das esquinas.

Membros de sua equipe regularmente se encontram com prostitutas em horário de almoço para conversar, aconselhar, orar e apresentar o evangelho. Num desses encontros, uma moça de 19 anos se converteu, decidiu abandonar a vida que levava havia mais de um ano e está sendo acompanhada.

“Vemos algo sobrenatural toda vez que vamos às ruas”, conta uma das voluntárias, Gislaine Dertzbacher. “Sempre há curas, palavras de conhecimento e sinais na vida delas; muitas são extremamente tocadas”, diz. “E o mais interessante é que quando alguém é curado, isso atrai mais pessoas e, de repente, ganhamos a atenção de várias delas.”

Outro tipo de trabalho que tem sido realizado é o da “igreja das ruas”. Eles costumam ficar numa praça, juntar-se aos mendigos e crianças de rua e fazer daquele lugar uma “igreja”. Assim como fazem com as prostitutas, procuram orar pelos enfermos e ficar abertos ao sobrenatural. Cantam músicas, conversam e compartilham o evangelho de uma maneira informal.

De um jeito propositalmente bagunçado, misturam-se às crianças. Levam lápis, tinta e papel para elas colorirem. Mas algo interessante que acontece nesses “cultos de rua” é o momento da oferta. Nic procura incentivar as crianças e os adultos a ofertarem entre eles algo que tenham recebido naquela noite, seja um lanche, seja um abraço ou uma pintura feita naquele momento. De repente, quando menos se espera, você pode ver um milagre acontecer: um morador de rua é tocado pelo amor de Deus, ali mesmo na rua, sem precisar ao menos ter pisado numa igreja convencional.

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