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Sem Acesso ao Inimigo

Por Abnério Mello Cabral

A  igreja que vai surpreender Satanás não é alguma nova igreja ou movimento que ainda vai surgir, mas um povo que já começa a se levantar sorrateiramente. Milhares de cristãos ao redor do mundo começam a compreender que a igreja de Jesus não se limita a templos, denominações antigas ou novas, igrejas livres ou movimentos que se auto denominam o “mover de Deus para os últimos dias”.

E muito importante entendermos que a organização não representa Jesus e sua noiva como propósito eterno de Deus (quando cito organização, estou me referindo às igrejas transformadas em empresas). A igreja é um organismo vivo em que pessoas, independente de título, cargo ou função, têm apenas um interesse: Jesus!

“Lembremo-nos de que o Senhor libertou os antigos hebreus, tirando-os do Egito de modo que pudesse levá-los para a terra prometida. Do mesmo modo, somos libertos, tirados do pecado, não para viver para nós mesmos, mas para ingressar na semelhança com Cristo” (Francis Frangi pane).

Esta igreja que Jesus está levantando tem interesse em viver por ele e para ele, dando a ele toda a glória (Rm 11.36). Ela não se prende à estrutura organizacional, pois pode agir dentro ou fora dela sem deixar de ser igreja, porque a sua expressão é Jesus.

O inimigo não resistirá a este povo, pois tudo que fizer contra ele o levará a recorrer a Jesus. Quanto mais o povo recorre a Jesus diante das suas dificuldades, mais desapontado fica o inimigo, pois percebe que está contribuindo para a edificação da igreja.

A crucificação do ego e o despojar da natureza humana permitirão que vivamos Jesus. Isto o inimigo não suporta, pois não resiste aos servos que buscam a glória para Deus, que desejam Jesus genuinamente, sem misturá-lo com outras coisas, que dão sem exigir algo em troca, que fazem sem esperar que façam favores para si.

Uma das grandes dificuldades que o homem tem é de não ser reconhecido. Mas é justamente aqui que vemos a necessidade de ter em nós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus. Sendo Deus, ele não se considerou como tal, ainda que tivesse direito; antes se esvaziou, tomou a forma de servo, tornou-se semelhante aos homens, humilhou-se e foi obediente até a morte, morrendo na cruz (Fp 2.5-8).

Depois que Jesus teve toda esta experiência, Deus o exaltou e lhe deu um nome diante do qual todo joelho se dobrará e toda língua confessará o seu senhorio.

Fechando o Acesso a Satanás

Quando não nos despojamos e não entregamos tudo para Jesus, corremos o risco de permitirmos áreas de acesso ao inimigo. Se ,porventura, mantivermos uma área de nossa vida fora do domínio do Senhor, o inimigo terá legalidade, acesso, direito. Todas as áreas de nossas vidas precisam estar sob o domínio do Senhor. Jesus esvaziou-se completamente e entendeu que para vencer o inimigo na terra, toda sua vontade precisava ser entregue ao Pai.

Quando não entregamos tudo a Deus, é porque queremos dominar e fazer do nosso jeito, e é aí que Satanás entra. Onde houver trevas, este é o lugar do inimigo (Is 14.12-15). O Senhor determinou que o inimigo moraria nas trevas. Se em nosso ser houver alguma área em trevas, aí ele terá acesso, pois isso lhe pertence. Jesus nos advertiu: “Vê, então, que a luz que há em ti não sejam trevas” (Lc 11.35).

Antes do Senhor Jesus falar com Pedro que o inimigo havia pedido para peneirá-lo, houve uma conversa entre os discípulos para saber quem era o maior. Quem você acha que ganhou a discussão? Certamente foi Pedro; uma porta de orgulho, então, foi aberta em sua vida. Uma área de sua vida estava em trevas e por isso o inimigo queria peneirá-lo, mas Jesus não permitiu que o tocasse. Depois disso, Jesus pediu a Pedro que quando ele se convertesse, fortalecesse seus irmãos.

Preste atenção: Pedro não negou Jesus porque era um covarde, mas porque o inimigo tinha uma porta de acesso à sua vida. Com esta entrada, conseguiu semear medo e pavor em Pedro, que o levaram a negar o Senhor. Irmãos, o orgulho precede a derrota, assim como a humildade precede a vitória. Pedro foi levado ao arrependimento e, com isso, ao caminho de conversão total ao Senhor. Assim como Jesus, Pedro agora entregou tudo, não reteve mais nada, nem o desejo de ser o maior ou o melhor.

Derrubando as Fortalezas
“Porque, embora andando na carne, não militamos segundo a carne, pois as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus, para demolição de fortalezas ” (2 Co 10.3,4)

Áreas de nossas vidas não submetidas ao Senhor podem virar fortalezas, que são pensamentos que se levantam contra o conhecimento de Deus, contra a Palavra de Deus. Acabamos por adotar desculpas dentro de nós que enganam a nossa mente para discordarmos da Palavra de Deus.

Às vezes, quando somos confrontados com algum tipo de situação que vai colocar nossa posição errada em risco, um advogado surge em nosso interior e começa a defender nossas atitudes e pensamentos; este já é o começo da fortaleza.

Um dos grandes inimigos que enfrentamos chama-se auto-engano. Isto ocorre quando, deliberadamente, fazemos tudo para nos enganarmos, não querendo ouvir a ninguém, não aceitando que nada derrube o nosso pensamento. Uma das características do ministério de Jesus é trazer tudo a luz (Lc 2. 35): “..e uma espada traspassará também a sua própria alma, para que se manifeste, os pensamentos de muitos corações. Neste caso ,quando existe uma atitude consciente ou inconsciente de manter o engano, o Senhor terá que agir com mais rigor para tornar a situação clara, para que possamos ser salvos deste mal.

“Derribando raciocínios e todo baluarte que se ergue contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo” (2 Co 10.5).

Quantas vezes nos escondemos atrás de pensamentos, sem sabermos que estamos alimentando fortalezas onde o inimigo tem acesso para nos oprimir! As vezes, as fortalezas se tornam residências fortificadas de opressão demoníaca na vida de um indivíduo.

Existe uma pergunta clássica no meio evangélico há muitos anos: Um cristão pode ficar endemoninhado? Não! Um verdadeiro cristão não, mas pode ser oprimido por alimentar fortalezas e, se porventura isso acontecer, não será para a eternidade, pois o Senhor o libertará como que pelo fogo, como diz o apóstolo Paulo (I Co 3.10-15).

Para isso ser eliminado de nossas vidas, precisamos nos arrepender.

“Então saíram e pregaram que todos se arrependessem; e expulsaram muitos demônios, e ungiam muitos enfermos com óleo, e os curavam” (Mc 6.12-13).

O arrependimento precede a libertação, quebra a concessão do inimigo, liberta a nossa alma e dá lugar ao Espírito do Senhor para encher totalmente o nosso espírito.

O Senhor não quer que tenhamos nenhuma parte com o maligno. O inimigo não teve oportunidade contra o Senhor Jesus porque Jesus não tinha parte com ele (Jo 14.30). Assim como Jesus, nós também podemos andar em vitória a partir de agora; podemos tomar as chaves da mão do inimigo e oferecê-las ao Senhor. Isto fará de nós pessoas libertas para Deus, disponíveis para aquilo que Deus ainda quer fazer na terra.

Nestes últimos dias, o Senhor só usará pessoas que tiverem todas as áreas de suas vidas submissas a Deus: “… levando cativo todo pensamento à obediência a Cristo” (2 Co 10.5b).

Com isso, a noiva que vai receber Jesus se levantará e o inimigo não terá acesso a ela. Mais uma vez quero chamar a atenção para a importância de nos despojarmos de nós mesmos, para que Cristo seja tudo em nós.
Um Povo Despojado

Sabemos que, no fim dos tempos, haverá um grande ataque de Satanás e dos seus aliados contra o povo de Deus (Mt 24.9; Dn 7.21; Ap 13.5-8). A igreja será acusada e perseguida como a grande inimiga da tolerância, do bem-estar e da cultura. Mas este povo, esta igreja despojada, sairá da posição de ré e, mesmo sendo julgada, colocará seus acusadores em posição de julgados.

Será como aconteceu com Jesus. No momento do seu julgamento, a paz e a certeza que ele possuía eram tão grandes que a situação foi invertida, fazendo com que Satanás, Pilatos e o povo, na realidade, ficassem em posição de julgamento. Jesus estava cumprindo 100% da vontade de Deus – e eles? Embora estivessem em posição de poder e superioridade, a convicção, a tranqüilidade e a inocência de Jesus os condenaram e os fizeram sentir o julgamento e a desaprovação de Deus, por mais que não o reconhecessem conscientemente.

Hoje, ainda tentamos assumir a posição de superioridade e julgamos os nossos conservos. Isto é porque estamos cheios de nós mesmos e vazios de Deus; tornamo-nos hipócritas. Os hipócritas não têm discernimento do Senhor, são cegos. Para discernirmos o mover de Deus, precisamos estar livres de julgamentos, cheios de Deus, a fim de compreendermos o que o Senhor está fazendo, onde está operando e a quem está salvando. Deus quer trabalhar estas coisas no seu povo esses dias.

A igreja que Deus deseja formar não terá problema em se reunir com o pobre, o feio, o desprezado; amará a prostituta e o homossexual sem aceitar seus pecados. Haverá de amá-los ao invés de julgá-los. O amor não será de língua, utópico, mas real, cheio de ações.

Então os verdadeiros campos de batalha espiritual hoje são: orgulho, justiça própria, medo, fracasso. Estas coisas precisam ser vencidas a fim de nos tornarmos semelhantes a Jesus. À medida em que dermos passos de verdadeiro arrependimento, ganharemos forças no Senhor, pois aquele que usurpava, o inimigo, já não terá mais forças nem lugar em nós.

Precisamos aprender a batalhar espiritualmente para sermos semelhantes a Jesus (Rm 8.29). O inimigo não resiste a um povo que se torna semelhante a Jesus. Isto para ele é sinal de nova derrota, pois Jesus já o derrotou e ele sofrerá nova derrota pelo povo obstinado, determinado a ser imagem e semelhança de Jesus na terra. Isto só será possível se nos arrependermos de manter controle em áreas de nossas vidas que deveriam estar nas mãos de Deus.

Não adianta entrar em batalha espiritual, se nosso alvo não for nos tornarmos semelhantes a Jesus, pois, caso contrário, sofreremos novas derrotas. Só existe uma maneira de vencermos o inimigo: é sermos semelhantes a Jesus. E jamais chegaremos à semelhança de Jesus se não estivermos dispostos a abrir mão de nossos sentimentos, vontades, emoções e pensamentos. Se estas áreas não estiverem totalmente sujeitas a Cristo, o inimigo terá portas de acesso às nossas vidas para plantar o que quiser.

O povo que se despojar de si mesmo terá Deus habitando no meio dele e carregará em seus lábios cânticos de louvor. Louvarão ao Senhor continuamente; independente da situação não murmurarão, apenas louvarão e estarão em paz com Deus. A maior dificuldade do povo de Israel foi confiarem Deus; isso não permitia que tivessem paz, pois seu interior estava cheio de murmuração. Ninguém terá vitória sem paz e, para isso, precisamos aprender a confiar nele. Nosso desafio é sermos o oposto do povo que saiu do Egito (1Co 10.1-11). O Senhor quer habitar no meio do seu povo e o nosso Deus é aquele que habita no meio dos louvores.

O grande desejo do Senhor, desde os tempos antigos, é habitar no meio do seu povo – deste povo que se tornou semelhante a Jesus. O inimigo não terá mais espaço no meio deles. Deus estará tabernaculando com seu povo. A única coisa que restará será a volta de Jesus.

Nota: Muitas das idéias aqui expostas estão no livro “Os Três Campos de Batalha”, Francis Frangipane, Ed. Vida.

Abnério Mello Cabral é pastor de uma igreja em Jundiaí – SP.

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Avivamento de Intimidade e Paixão

Só o poder de Deus pode tornar Deus conhecido. Só o conhecimento de Deus capacitará o homem a amar a Deus. Só Deus nos pode levar a amá-lo e só Deus nos pode capacitar a conhecê-lo.

A igreja será cheia do conhecimento de Deus. Jesus o afirmou e ele não há de falhar. O Espírito Santo usará a liberação deste conhecimento para despertar um senso de profunda urgência para intimidade com Jesus. Um avivamento de conhecimento íntimo de Deus está para vir e, como resultado, a igreja será cheia de santa paixão pelo seu Filho. Intimidade e paixão divinamente inspiradas estão na agenda do Espírito Santo, porque fazem parte das orações de Jesus (João 17).

Obviamente, esta oração profética para a igreja nunca foi totalmente respondida. É lamentavelmente visível que a igreja de hoje não ama a Jesus da mesma forma como o Pai o ama. Além disso, não encontramos nenhuma época na história onde esta oração foi cumprida de forma clara em todo o mundo. Mas o próprio Pai está comprometido a responder esta oração. 0 nome do Senhor será conhecido intimamente por seu povo e a igreja amará Jesus como Deus Pai ama ao seu Filho.

Muitas vezes, olho para a igreja morna e comprometida com o mundo que está aí hoje e me pergunto: Como serão estas coisas? Como poderá acontecer tal fenômeno glorioso? E, logo em seguida, lembro-me da condição espiritualmente patética de Israel durante o ministério de Jesus na terra. Assim como nós, a nação de Israel e o mundo daquela época não teriam chance alguma, não fosse o fato de que Deus estava, e sempre estará, cheio de misericórdia. No seu tempo designado, por sua própria vontade e a partir do seu próprio beneplácito, Deus sobrenaturalmente interveio. O mesmo zelo incandescente no coração de Deus que o compeliu a enviar Jesus a primeira vez realizará seus divinos propósitos numa geração dividida e numa igreja complacente e sem paixão. O zelo do Senhor dos exércitos o executará.

Não haverá de acontecer porque somos melhores do que outras pessoas. A fonte de afeição apaixonada por Jesus não virá de nós mesmos. Tal paixão sempre surge quando se vê a gloriosa personalidade de Deus e sua obra na cruz. Vem de vislumbrar, ainda que de forma passageira e obscura, quem Deus é e o que ele fez.

Não há nada que Jesus deseje mais do que uma Noiva que ame o que ele ama e que fará o que ele faz para todo o sempre. Ele anseia por uma Noiva que participará das paixões e dos propósitos do seu coração. Jesus Cristo haverá de ter uma companheira eterna cheia de afeições santas e apaixonadas por ele. Oh, como desejo fazer parte de uma igreja gloriosa, sem mancha ou ruga, na nossa geração – uma igreja cheia do conhecimento de Deus, refletindo sua glória e consumida pela paixão por Jesus. Tal igreja estará preparada para se engajar no grande conflito que em breve virá.

Extraído de “Passion for Jesus” (Paixão por Jesus), de Mike Bickle.

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