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Santificação é Inclinar-se Para O Espírito

Voltando, então, para Romanos 8.1, podemos entender melhor estas palavras: “Portanto agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus.” É só na base de estar nele que não há condenação.

A lei trouxe condenação, senti minha condição miserável, e aceitei a solução de estar em Cristo. O Espírito de Cristo entrou na minha vida e por isto estou nele. Agora não há mais condenação porque ele está começando uma obra totalmente nova pelo seu Espírito. Esta é a graça de Deus.
A partir deste ponto não estou mais debaixo da lei. A lei traz condenação. Na graça não há mais condenação. Hoje falamos muito sobre a graça, e que estamos livres da lei, mas na verdade não conhecemos a lei. A maioria das pessoas nunca experimentou a ação da lei para as conduzir à graça. E conseqüentemente não experimentam a verdadeira graça. Citamos Romanos 8.1, mas sem passar pela ação da lei, e sem saber o que é estar em Cristo.

Sem passar pelo processo que Deus planejou, misturamos tudo. Falamos sobre graça, mas na prática a misturamos com lei e esforço humano. Como na famosa citação que não veio da Bíblia: “Eu faço minha parte e Deus faz a parte dele.” Isso é heresia. No fundo estamos querendo uma parte da glória, uma parte do mérito, ao mesmo tempo que queremos invocar a graça de Deus todas as vezes que não alcançamos a vitória. Graça significa Deus realizando a obra de santificação totalmente em cada um pelo seu Espírito, produzindo seu amor que é o cumprimento da lei.
Romanos 8.3: “Porquanto o que era impossível à lei, visto que se achava fraca pela carne”. Novamente, a impossibilidade da primeira lei, a lei de Deus, resolver o problema por causa da força da carne. Estamos separados de Deus, impossibilitados de alcançá-lo. Mas Jesus veio, a resposta veio da parte de Deus descendo para nós, não do homem tentando alcançar a Deus.

Ele veio! O mistério da encarnação. Não conseguimos entender, nem explicar, mas aconteceu. Deus veio ao mundo! Filho de Deus e filho de Davi. Maria era sua mãe. Mas seu pai era Deus! Você pode entender isto? Não! Deus veio habitar num homem, para fechar a lacuna, o abismo entre Deus e o homem. Ele nasceu, cresceu, foi batizado, o Espírito Santo desceu, o Pai deu testemunho do céu, dizendo que este seu Filho lhe agradava perfeitamente. Toda a Trindade presente! Depois foi tentado, venceu, ministrou, escolheu discípulos, fez a vontade do Pai. Na hora mais decisiva de todas, não fez sua própria vontade, mas tomou o cálice. Adão tomou o fruto. Cristo tomou o cálice. Foi morto! Porém não ficou no sepulcro. O rei da morte reina sobre os que pecam, mas Jesus não pecou, pelo poder do Espírito Santo. Ressuscitou e depois de 40 dias subiu com a missão cumprida e derramou o Espírito de Deus, o seu Espírito de Deus-homem. E agora Deus pode habitar em nós por meio deste Espírito.

“Para que a justiça da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o espírito”. O que significa não andar segundo a carne, mas segundo o espírito? É o que ele vai explicar nos versículos seguintes, usando a palavra “inclinar”. Quem anda segundo a carne é aquele que se inclina para as coisas da carne. Quem anda no Espírito é aquele que se inclina para as coisas do Espírito.

Agora, se usarmos nossa mente natural, podemos voltar a interpretar isto como lei novamente. Pois há uma escolha entre a carne e o Espírito, mas não é por meio de lei, vontade humana, ou pressão externa. É um mistério que não pode ser definido em termos humanos. Mas baseado em tudo que vimos sobre a diferença entre alma e espírito, e entre estar em Cristo ou estar na carne, podemos enxergar uma escolha diferente aqui. A alma, que tem a função da vontade, está inclinando para o espírito, e não para a carne. E isto é possível porque o Espírito de Jesus está habitando no nosso espírito. Todo momento, todo dia, toda noite, em toda situação, deve haver uma inclinação para o espírito.

Quando surge tentação, nossa tendência é falar que Deus entende, que ele perdoa, que a graça cobre tudo, que somos um caso especial etc. Mas não é isto que diz aqui. A graça não é apenas um reservatório infinito de perdão para todos nossos pecados. Deus tem perdão ilimitado, mas a Palavra diz que se nos inclinarmos para a carne, o resultado será morte (Rm 8.6). A carne leva para o inferno, onde há fogo inextinguível. Meu destino é Jesus e a santidade junto com ele, não e perdão e permissão para continuar pecando. O problema é que não achamos que é isso que a Bíblia realmente diz. O inferno não é muito real ou literal para nós. É difícil crer nisto. É mais fácil falar sobre amor.

Quem conhece a angústia de sentir condenação, de saber que realmente estamos destinados a ir para o inferno, por causa da natureza de Deus e da realidade da sua Palavra, entenderá muito melhor o que é a graça de Deus.

Então a pergunta neste ponto não é se nascemos de novo; podemos ter nascido de novo, e mesmo assim não nos importar com as coisas do Espírito. Precisamos saber se estamos andando segundo a carne ou o Espírito. Podemos ser enganados, e deixar a vida do Espírito ser abafada com os interesses da carne. Se nos inclinarmos para a carne, caminharemos para a morte, morte  espiritual, domínio da carne, ou vida natural. Infelizmente, a igreja atual está cheia disso, e muitas vezes nem se incomoda; achamos que é normal.

Portanto, quem está na carne não pode agradar a Deus; mas nós não estamos na carne, porque somos de Cristo, e quem pertence a Cristo é porque tem seu Espírito, e quem tem seu Espírito está no espírito e não pode estar na carne. E se o Espírito está em nós, este Espírito que ressuscitou a Jesus também vivificará nossos corpos. Este poder da ressurreição está em nós e é o mesmo poder que nos cura, que nos torna vitoriosos, que nos faz amar, e que nos ressuscitará no dia da sua vinda.Este é o nosso destino. É este Espírito que não só nos prepara individualmente para encontrar com Deus, mas que está formando a noiva gloriosa para receber Jesus. Aleluia!

E agora no versículo 12, ele fala algo mais surpreendente ainda. Prepare-se para ouvir e acreditar! É algo muito sério.

“Portanto, irmãos, somos devedores não à carne para vivermos segundo a carne, porque se viverdes segundo a carne haveis de morrer; mas, se pelo espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis.”

Veja com atenção. Quem mortifica as obras da carne? O Espírito. Em Gálatas 5.17, diz que o Espírito luta contra a carne. A carne luta contra o Espírito. Quem vai vencer? O Espírito, se inclinarmos para o Espírito, porque o Espírito mortifica as obras da carne.

Mas como podemos nos inclinar, se tudo vem de Deus, pela graça?

Novamente repito; é um mistério. É como a flor inclina para o sol. Você pode explicar por que o girassol vira para o lado onde o sol nasce de manhã?! É inerente na flor. Há muitos outros exemplos. Os pássaros, todo ano, vão para uma região mais quente, às vezes até para um outro continente. Depois voltam para o lugar exato no dia exato, de acordo com o calendário. Se Deus faz isso com passarinhos, com plantas, ele pode operar em nós, para inclinarmos nosso coração, nossa atitude! Para inclinarmos para o Espírito no meio da maior tentação. E quando nos inclinarmos, o Espírito começa a operar.

O Espírito Santo é uma pessoa. Ele fala, ele mostra que tem ciúme, não aceita outros inquilinos. Depois que eu recebi o Espírito Santo, quase me arrependi de tê-lo recebido, tamanhas foram as lutas que surgiram. Ele não aceita a carne, tem ciúmes, traz a paixão de Deus que entra em choque com nossos desejos e paixões. Mas ao mesmo tempo é manso e retraído, no sentido de não se forçar sobre nós. É preciso se inclinar, senão ele se afasta, espera, não se impõe.

Mas de acordo com a Escritura, com a presença dele na nossa vida, não devemos nada para a carne. Não somos devedores, não somos mais escravos, a “lei” do pecado não é mais obrigatória. Não precisamos dizer se acreditamos ou não nisso. Nossa vida vai demonstrar.

Em Romanos 7, diz que fomos “vendidos sob o pecado” (v. 14), mas agora vemos que não devemos nada para a carne. Estamos livres, emancipados, filhos de Deus, aceitos por ele.

A Palavra de Deus é a única que pode nos abrir os olhos da nossa cegueira e engano, achando que temos de continuar sob escravidão. Estamos livres, e isto pode ser nossa prática!

Leia com atenção os seguintes versículos (Rm 8.14-17), e permita que o Espírito o convença que são verdadeiras para você. É a Palavra de Deus e Deus não mente! (Tt 1.2).

“Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, estes são filhos de Deus.” Se você é guiado pelo Espírito de Deus, é filho de Deus; não precisa duvidar mais!

“Porque não recebestes o espírito de escravidão para outra vez estardes com temor, mas recebestes o espírito de adoção (filhos adotados), pelo qual clamamos: Aba, Pai! O Espírito mesmo testifica com nosso espírito que somos filhos de Deus.” O Espírito testifica com nosso espírito! Você percebe, quando faz algo que não lhe agrada. Ele é ciumento. Ele não gosta quando pessoas falam contra Deus. O Espírito testifica, fala, arde dentro de nós, sente, se entristece em nós. Satanás quer fazer-nos duvidar, quer nos enganar, remover-nos da base. Mas estes versículos querem nos convencer de que somos filhos de Deus, e que não temos herança alguma com o outro lado, o lado da carne.

“E se filho, também herdeiro, herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo; se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados.”

Então, ser filho de Deus não tem nada a ver com as coisas da carne, porque estas levam para a morte, para a separação de Deus. Você é filho de Deus! Você não precisa ceder para tentações, porque sabe que estas não o levarão para a casa do seu Pai. Tentações vêm, e continuarão vindo, mas você vai inclinar para o espírito. Como vai inclinar? Porque quer a vida de Deus. Deus está neste lado e não está do lado de lá. Você vai decidir pela inclinação, por causa daquela misteriosa faísca de vida, o Espírito de Jesus, que está no seu interior. E isso não pode ser explicado logicamente, mas acontece. Você ama a Deus, e se entrega a ele.

Como filhos de Deus, não somos devedores a mais ninguém. Eu vou para a casa do meu Pai. Vamos para a casa de Deus, vamos inclinar para o espírito e prosseguir neste caminho de santificação.

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VOCÊ SABIA?

Todos nós concordamos verbalmente a respeito do poder da oração, mas quantos de nós na verdade acreditamos que é a oração que pode determinar o curso da História? Qualquer cristão que conhece a história de Rees Howells e daqueles que oravam com ele em Swansea durante os anos da Segunda Grande Guerra pode avaliar quanto as suas orações determinaram o curso da guerra e a derrota final do nazismo. Um grande peso de oração pelo povo judeu continuou durante todos aqueles anos de guerra. O peso era que, apesar das tentativas de Hitler de eliminá-los, eles seriam salvos e que voltariam à Palestina e estabeleceriam um estado judeu. Rees Howells sentiu que isto era a vontade de Deus nas Escrituras. Desde setembro de 1938, com a proclamação pela Itália de que todos os judeus deveriam deixar o país dentro de seis meses, Rees Howells e aqueles que com ele oravam começaram a oração contínua a respeito. Entretanto foi só no fim da guerra, na verdade em outubro e novembro de 1947, que dias inteiros foram dedicados à oração. Em onze dias diferentes, durante aqueles dois meses, as orações se concentravam nos votos iminentes na ONU. No dia 22 de novembro, quando chegaram as notícias de que a divisão da Palestina não tinha acontecido, todo o Instituto Bíblico, do qual Rees Howells era o fundador e diretor principal, dedicou-se à intensa intercessão. Em oração, eles na verdade viram anjos de Deus influenciando os homens da ONU nos debates. Antes de receberem a notícia final, eles já tinham certeza da vitória. Quando no dia 29 de novembro veio a notícia de que a partilha tinha sido aprovada, o Instituto Bíblico proclamou aquele dia como um dos maiores dias para Deus em 1900 anos!

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