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Por Que Tanto Preconceito Contra Israel?

Por Derek Prince/Reuven Doron

De acordo com o historiador Michael Flannery, autor do livro The Anguish of the Jews (A Angústia dos Judeus), o anti-semitismo é o maior e mais longo ódio na história da humanidade. Outros ódios o podem ter superado em intensidade por breves períodos, mas nenhum perdurou por tanto tempo, mudando de tempos em tempos sua forma de manifestação, tal como um vírus em mutação, sem jamais abandonar seu objetivo final de destruir a própria base de existência dos judeus como um povo.

Já houve inúmeras explicações possíveis para tal fenômeno. Eram bodes expiatórios para Hitler, que queria culpar alguém pelo fracasso da Alemanha na Primeira Guerra Mundial; eram sempre ricos e bem-sucedidos; emprestavam dinheiro a juros altos; seus costumes e monoteísmo irredutíveis pareciam condenar os povos à sua volta; sua insistência em se apegar à sua identidade como povo escolhido de Deus, herdeiro de promessas e alianças eternas, parecia insinuar que eram melhores que os demais.

São todas explicações plausíveis e parciais, contudo insuficientes para justificar mais de 23 séculos ininterruptos de anti-semitismo.

Em 1946, um professor de hebraico na recém-estabelecida Universidade Hebraica em Jerusalém, Ben Zion Segal, explicou o fato da seguinte forma para seu aluno, Derek Prince, na época um recém-convertido professor e filósofo britânico: os judeus sempre foram uma minoria com cultura distinta, vivendo fora de harmonia com as nações gentias em que estavam exilados. No momento em que passassem a ter sua própria nação, a tensão desapareceria.

Dois anos depois, Israel tornou-se, de fato, uma nação independente. Hoje, no entanto, mais de meio século depois, sabemos que isso também não resolveu nada. Os sentimentos hostis não diminuíram, principalmente por parte das nações árabes e muçulmanas que cercam Israel por todos os lados.

Alguns podem achar que no restante do mundo a perseguição aos judeus e os sentimentos de ódio desapareceram. Infelizmente, isso não é a realidade. Além do recrudescimento de atos violentos contra judeus em várias partes do mundo, há um outro tipo de anti-semitismo mais sutil. É só prestar atenção na mídia quando trata dos conflitos lá ocorridos para constatar o claro preconceito que se manifesta contra eles. Observe, também, como as nações em geral votam nas assembléias da ONU, quando o assunto é Israel. E isso não é só por causa do petróleo que os países árabes controlam.

O recente conflito no Oriente Médio, envolvendo Israel, a Faixa de Gaza e Líbano é um bom exemplo. Outro foi a intifada, o levante dos palestinos, alguns anos atrás. Embora os grupos armados dos palestinos diariamente matassem pessoas inocentes com os homens-bomba, qualquer tentativa de Israel para se proteger ou impedir futuros ataques é caracterizada como agressão. Isso, apesar da tática conhecida dos grupos terroristas de usar  crianças e civis como escudos humanos, para que Israel seja visto como cruel e insensível assassino de inocentes.

Explicação de Derek Prince

Derek Prince (1915-2003) foi um grande mestre da Palavra de Deus que morou muitos anos em Israel. Extraímos o seguinte trecho de um de seus artigos para uma melhor compreensão do assunto:

Enquanto eu estava pregando em nossa igreja local em Jerusalém, num determinado momento, para minha própria surpresa, Deus me deu uma luz a respeito da origem desse ódio contra Israel: “O anti-semitismo pode ser resumido em uma palavra – o Messias!”

Naquele momento, compreendi que, desde o início, o anti-semitismo tinha apenas uma fonte – Satanás. Ele sabia que aquele que haveria de conquistá-lo viria através de um povo especialmente preparado por Deus. Por isso, desde o nascimento de Israel como nação, Satanás procurou incessantemente fazer duas coisas: induzir os judeus à idolatria e, se isso falhasse, destruí-los completamente como nação.

A história registra como ele usou as duas estratégias. A idolatria era um problema nacional recorrente, até o cativeiro na Babilônia. Entre as tentativas de destruir Israel temos a ordem de Faraó de matar todos os bebês do sexo masculino no Egito, o plano de Hamã de matar os judeus em todo o império persa, no livro de Ester,  e a estratégia de Antíoco Epifânio, no segundo século antes de Cristo, de forçar os judeus a renunciar seu destino singular como nação e se mesclar na cultura idólatra dos povos à sua volta (resistida heroicamente pelos macabeus).

Todas as tentativas satânicas foram em vão: mesmo depois do nascimento de Jesus, Satanás tentou matá-lo como criança, e, em algumas outras ocasiões, antes da sua hora. Por uma espécie de ironia divina, foi exatamente através da morte de Jesus na cruz que Deus obteve sua maior vitória sobre Satanás. Como representante de Israel e de todas as outras nações, Jesus satisfez as exigências da justiça de Deus em nosso favor e assim cancelou todo direito de Satanás sobre nós. Impôs sobre o inimigo uma derrota total, eterna e irrevogável. Os frutos completos dessa derrota, porém, somente serão consumados na segunda vinda de Jesus.

Por esta razão, Satanás, que presta bem mais atenção à profecia bíblica do que a maioria dos pregadores, está de olho na nação de Israel. Até a volta de Jesus, ele sabe que ainda terá alguma liberdade como “deus deste século” (2 Co 4.4). O evento que ele teme acima de qualquer outro e que procura impedir por todos os meios ao seu alcance é a volta de Jesus em poder e glória para estabelecer o seu Reino e bani-lo da Terra.

Nos seus discursos proféticos finais, Jesus especificou dois eventos que precederiam seu retorno para a Terra: a proclamação do evangelho do reino a todas as nações (Mt 24.14) e o reconhecimento dele como Messias por parte dos judeus (Mt 23.38,39). Tão certo como Jesus veio a primeira vez através dos judeus, ele voltará a segunda vez para os judeus. Confira as passagens de Zacarias 12.10 e Joel 3.1,2 neste contexto.

Assim sendo, nossa atitude em relação à volta de Jesus pode ser avaliada por duas coisas: nossa preocupação com a evangelização mundial e nosso interesse na restauração dos judeus à sua terra e na abertura dos seus olhos espirituais.

A questão da restauração de Israel vai muito além da teologia ou da compreensão intelectual. Em última análise, é espiritual. O espírito que se opõe ao restabelecimento de Israel é o espírito que se opõe à volta de Jesus. Ainda que tente se disfarçar de muitas maneiras, na verdade é o próprio espírito de Satanás.

O Testemunho de um Judeu Messiânico

Reuven Doron descreve essa situação da seguinte forma:

Em síntese, o príncipe das trevas está mobilizando todo o inferno para impedir a inevitável e gloriosa vinda do Senhor Jesus. A ressurreição de Israel como nação e sua volta à terra que Deus prometeu em aliança aos patriarcas sinalizaram o início do fim da presente era. O diabo, que conhece a Palavra de Deus, reconhece que seu tempo está acabando e está descendo à Terra com grande ira para desanimar, enganar e arruinar quantas vidas ele puder. Ele sabe que a terra de Israel é a “pista de pouso” do Senhor, na qual o seu Reino logo será fixado.

Desde a época, há mais de um século, em que pioneiros judeus (entre os quais meus falecidos avós) plantaram seus pés nesse solo antigo, a fúria do inferno tem se levantado contra eles vez após vez. Amando e cultivando a terra como um marido cuida de sua esposa, eles a purificaram de abusos, restauraram-na de séculos de negligência e a reconstruíram de acordo com a palavra dos antigos profetas. Entretanto, com cada passo progressivo e milagroso de restauração, o inimigo respondia com contra-ataques mais violentos.

Estes ciclos cada vez mais intensos de redenção, conflito e mais restauração jamais serão capazes de deter a aproximação do Senhor e do seu glorioso Reino. Na verdade, são as próprias “dores de parto” do Messias, as incríveis contrações da vinda do Reino do Filho de Deus para esta Terra. Como num parto natural, as contrações aumentarão em intensidade e freqüência à medida que nos aproximarmos do final. Mas a promessa de Deus é que ele encurtará estes dias por amor aos seus eleitos.

Conclusão

Portanto, quando acompanharmos os acontecimentos atuais no Oriente Médio e em todo o mundo, procuremos ver o quadro maior dentro do contexto da Palavra de Deus. Nas palavras de Jesus, “ao começarem estas coisas a suceder, exultai e erguei as vossas cabeças; porque a vossa redenção se aproxima” (Lc 21.28). “… deveis ser tais como os que… [estão] esperando e apressando a vinda do dia de Deus…” (2 Pe 3.11,12).

A parte de Derek Prince foi extraída e adaptada de um artigo publicado originalmente sob o título “The Root of Antisemitism” (A Raiz do Anti-semitismo), na revista “The Morning Star”, Vol 7, No.2, 1997, Charlotte, NC, EUA (www.morningstarministries.org) . Endereço atual: MorningStar Publications 375 Star Light Drive Fort Mill, SC 29715, EUA.

A parte de Reuven Doron foi extraída de um texto intitulado “State of Emergency Prayer” (Estado de Oração Emergencial), de 15 de julho de 2006, que pode ser encontrado no site:  www.injesus.com (group One New Man Call). E-mail para contato: [email protected]

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Uma resposta

  1. Fico estudando sobre o preconceito sobre o povo judeu. Sei que há uma promessa Divina mas queria entender por que tanto ódio.

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