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Oremos por Israel: Fruto da Terra

Por: Ofer Amitai

Dias virão em que Jacó lançará raízes, florescerá e brotará Israel, e encherão de fruto o mundo” (Isaías 27.6).

Recentemente, deparei-me com um anúncio na Universidade Rutgers, nos Estados Unidos. O texto era o seguinte:

“Terceira Conferência Nacional de Estudantes do Movimento de Solidariedade Palestina. Grupo antiisrael de ativistas para a destruição de Israel. Em Rutgers, não se pode matar judeus. Mas pode-se ajudar as pessoas que matam. Apóie os suicidas palestinos”. No final, com letras menores, a organizadora do evento acrescentou: “Israel é um estado de colonização apartheid. Não creio que estados de colonização apartheid tenham direito de existir”.

Numa pesquisa de opinião realizada na Europa em outubro deste ano, 59% das pessoas sondadas disseram que Israel era a maior ameaça à paz mundial; maior que Irã, Iraque e Coréia do Norte (página da Deutche Welle na Internet: www.dw-world.de).

Israel, a maior ameaça à paz mundial? Um estado de colonização apartheid? Que contraste com o chamado de Israel expresso na Palavra de Deus: “… de ti farei uma grande nação… sê tu uma bênção… em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12.1-3).

Que tremendo chamamento! Ser uma bênção a todas as famílias da terra! Mas como? O que é esta bênção que foi dada a Abraão? Como Israel deve cumprir este chamado? E por que esta nação hoje parece representar ao mundo mais uma maldição do que uma bênção?

Em Gênesis 28, vemos a bênção de Abraão sendo transferida por Isaque a Jacó. “Deus Todo-poderoso te abençoe e te faça fecundo e te multiplique para que venhas a ser uma multidão de povos; e te dê a bênção de Abraão, a ti, e à tua descendência contigo, para que possuas a terra de tuas peregrinações, concedida por Deus a Abraão” (Gn 28.3,4).

Está claro nesta passagem que a bênção de Abraão significa que sua descendência, através de Isaque e Jacó, haverá de herdar a terra prometida. Mas é só isto que está envolvido na bênção de Abraão? Não, graças a Deus! Em Gálatas, vemos outra parte dessa bênção. “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar, porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro; para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios, em Jesus Cristo, a fim de que recebêssemos pela fé o Espírito prometido” ( ou “a promessa do Espírito”) (Gl 3.13,14).

Então, a bênção de Abraão inclui as duas coisas: primeiro, a promessa aos seus descendentes pela linhagem de Isaque e Jacó de herdar a terra; e, segundo, a promessa do Espírito a todos aqueles que se tornam filhos e filhas espirituais de Abraão, pela fé, através do seu descendente, Yeshua.

Então, se a promessa é que o Espírito virá sobre os gentios através de Yeshua, há mais alguma necessidade de Israel como nação na terra? Israel natural não cumpriu já o seu destino? Obviamente, não. Não teríamos espaço aqui para citar todo o capítulo 11 de Romanos, mas os pontos estabelecidos ali pelo apóstolo Paulo são muito claros.

1. Deus não abandonou o seu povo natural (vv. 1-6).

2. Através da sua queda, da sua rejeição de Yeshua, riquezas (salvação e reconciliação) vieram aos gentios (v. 11).

3. Através da restauração do povo de Israel natural, virão bênçãos ainda maiores: vida dentre os mortos (vv. 12-15).

Isto forma um paralelo com a própria vida de Yeshua. Na morte dele, recebemos expiação, perdão, reconciliação e salvação. Mas após sua ressurreição e ascensão, recebemos através da sua vida o Espírito Santo, para completar e realizar a salvação já comprada por ele. Entretanto, como Romanos 9-11 explicam claramente, a plenitude de tudo que Deus prometeu à sua igreja não virá enquanto Israel natural não for restaurado ao seu verdadeiro Messias.

E como tudo isto está relacionado à terra da promessa? Lemos na Bíblia que a salvação de Israel está vinculada à sua volta à terra que Deus deu a Abraão. Em Ezequiel 36 e 37, Joel 2.28-3.2 e muitas outras passagens paralelas, vemos claramente que Deus congrega os judeus de volta à sua terra (incluindo Samaria e Judéia), derrama água pura sobre eles, derrama seu Espírito sobre eles e lhes dá um novo coração. A Nova Aliança é feita com Israel, as leis de Deus são escritas nos seus corações e o Senhor se torna, novamente, Deus e Rei de Israel, e eles se tornam o seu povo. Esta restauração traz GRANDE BÊNÇÃO sobre a igreja e o mundo, maior do que aconteceu na primeira vinda de Yeshua, de acordo com Romanos 11.12. Embora tenha havido um cumprimento parcial destas Escrituras durante a história, nunca houve um cumprimento pleno e completo, mesmo até os nossos dias.

Israel é a maior ameaça à paz mundial? Talvez seja, se compreendermos que a paz do mundo é uma falsificação, uma mentira, um engano. Não, Israel é o meio que Deus usará para trazer VERDADEIRA paz ao mundo. O mundo não terá esta paz até que Israel se reconcilie com Deus. Aqui está o problema. O sistema do mundo está em guerra com Deus. O plano islâmico é dominar o mundo e o povo muçulmano está em guerra, embora não o saiba, com o Único e Verdadeiro Deus, que é o Deus de Abraão, Isaque e Jacó.

“O Estado de Israel, representando a moderna cultura ocidental, está situado no centro da região pan-islâmica e é considerado pelos muçulmanos radicais como obstáculo ao processo de domínio mundial islâmico”
(conceptwizard.com).

Não nos deve causar admiração que o mundo, dominado pelo espírito de humanismo, e o Islã, governado pelo espírito de Alá, estejam cooperando de modo cada vez mais intenso e se tornando mais e mais anti-semíticos e antiisrael. Para eles, a bênção de Abraão não é uma bênção e, sim, uma maldição. Eles amaldiçoam aqueles que carregam a promessa e o cumprimento desta bênção.

Qual deve ser nossa posição em face de tudo isso? Como podemos nós, que vivemos em Israel, e aqueles de todas as nações que amam sua vontade e Palavra, prosseguir diante de tanta escuridão, ódio e maldade? Devemos fazer o que Abraão fazia. Aonde quer que fosse, Abraão edificava um altar para Deus e ali buscava ao Senhor. O relato no livro de Gênesis é impressionante.

“Ali edificou Abraão um altar ao Senhor, que lhe aparecera” (Gn 12.7). Abraão mantinha a revelação que Deus lhe dera através de adorar e buscá-lo diariamente.

“Ali edificou um altar ao Senhor, e invocou o nome do Senhor” (Gn 12.8). Abraão tinha uma vida de oração a respeito das coisas que Deus havia prometido realizar.

“Aves de rapina desciam sobre os cadáveres, porém Abraão as enxotava” (Gn 15.11). Abraão vigiava e guardava com muito zelo das mãos do inimigo aquilo que lhe fora confiado.

“Apareceu o Senhor a Abraão nos carvalhais de Manre, quando ele estava assentado à entrada da tenda, no maior calor do dia”  (Gn 18.1). Abraão se mantinha acordado no “calor do dia”, não se deixando cair no sono como a maioria de nós tende a fazer, espiritualmente falando. Pelo contrário, ficou vigilante e não perdeu o momento da visitação e revelação do Senhor.

“Porém, Abraão permaneceu ainda na presença do Senhor” (Gn 18.22). Abraão ficou diante do Senhor na época de maior escuridão, quando os cananeus viviam na terra da promessa, e o juízo sobre Sodoma estava prestes a acontecer. Abraão permaneceu diante do Senhor em oração, intercessão e fé.

Precisamos aprender a fazer o mesmo nestes dias de trevas. Deus se agradou de Abraão. Yeshua disse dele: “Vosso pai Abraão alegrou-se por ver o meu dia, viu-o e regozijou-se” (Jo 8.56). Que nós também permaneçamos diante do Senhor e nos alegremos e nos regozijemos ao ver o seu dia. Pois certamente “dentro de pouco tempo aquele que vem virá, e não tardará; todavia, o meu justo viverá pela fé” (Hb 10.37,38).

Ofer Amitai é judeu, nascido em Israel, e é pastor de Kehilat El-Roii, uma congregação messiânica em Jerusalém. Este artigo foi publicado em inglês no site da organização messiânica Embrace Israel Ministries: (www.embraceisrael.org).

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