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Oração Unida Como Fonte de Avivamento

Compilado por Christopher Walker

“Nunca houve um despertamento religioso em qualquer país ou localidade que não tivesse sua origem em oração unida” (Dr. A. T. Pierson).

O termo “concertos de oração” ficou mais conhecido depois que o famoso pastor e teólogo norte-americano, Jonathan Edwards (1703–1758), fez um apelo urgente para que cristãos de todas as denominações que buscassem fervor espiritual, conhecessem o poder da santidade e acreditassem na verdade do evangelho se reunissem para oração extraordinária em favor de avivamento e da extensão do reino de Cristo na Terra.

Esse conceito originou-se na Escócia em 1744. Um grupo de ministros fez aliança entre si para se dedicarem semanalmente a “súplicas extraordinárias e unidas ao Deus de toda graça, orando intensamente para que ele aparecesse em toda sua glória, por meio de uma abundante efusão de seu Espírito Santo, a fim de reavivar a verdadeira fé em todas as partes do cristianismo e encher toda a Terra com sua glória”. A prática espalhou-se por toda a Grã-Bretanha, e um memorial foi escrito por um deles em 1746, implorando para que pessoas de todos os lugares se unissem para orar em favor do “reavivamento da fé”.

Uma cópia desse memorial foi enviada para Jonathan Edwards. Ele  ficou tão comovido com a leitura que escreveu uma resposta, posteriormente publicada como livro. O título, quase do tamanho do próprio livro, era: Uma Humilde Tentativa de Promover Concordância Explícita e União Visível no Meio do Povo de Deus Através de Oração Extraordinária em Favor de Reavivamento Espiritual e o Avanço do Reino de Cristo na Terra, de Acordo com as Promessas Bíblicas e as Profecias Concernentes ao Tempo do Fim.

Essa exortação apaixonada pela prática de oração unida foi largamente recebida e implementada por cristãos de todas as denominações.

Anos mais tarde, em 1789, um cristão batista na Inglaterra publicou novamente o livro de Edwards, descrevendo seu apelo da seguinte forma: “Neste estado atual e imperfeito em que estamos, podemos razoavelmente esperar uma grande divergência de sentimentos a respeito de assuntos religiosos… Entretanto, todos devem lembrar-se que há apenas dois partidos no mundo, cada qual engajado em causas contrárias: a causa de Deus e a causa de Satanás; a da santidade e a do pecado; a do céu e a do inferno. O avanço da primeira e a derrocada da segunda só pode ser algo extremamente desejável a todo verdadeiro amigo de Deus e do homem… Ó, que tivéssemos milhares e milhares de participantes, divididos em pequenos bandos em suas respectivas cidades, vilas e bairros, todos se reunindo simultaneamente, em busca de um mesmo objetivo, oferecendo suas orações uníssonas, à semelhança de incontáveis nuvens de incenso, subindo diante do Altíssimo!”

Na Inglaterra, o movimento era conhecido como “União de Oração”. Nos Estados Unidos, também houve um forte apelo por oração unida, e muitas igrejas responderam, separando dias especiais para oração em conjunto. Em 1792, um ano após a morte de John Wesley, o Segundo Grande Despertamento começou a varrer a Inglaterra. Nos Estados Unidos, houve várias ondas, como o avivamento de 1800 em Kentucky, e outras.

Como resultado desse Despertamento, surgiu o movimento missionário moderno, com William Carey, o movimento abolicionista e as sociedades bíblicas.

Em setembro de 1857, em Nova Iorque, um homem de negócios, Jeremiah Lanphier, recebeu permissão de sua igreja (Reformada Holandesa) para começar uma reunião de oração na hora do almoço, uma vez por semana. Escreveu um pequeno folheto para convidar interessados, intitulado, “Com Que Freqüência Devo Orar?”.

“Todas as vezes que a linguagem da oração estiver no meu coração”, respondia o folheto. “Todas as vezes que eu vir minha necessidade de ajuda; todas as vezes que sentir o poder da tentação; todas as vezes que perceber declínio espiritual ou sentir a agressão de um espírito mundano.”

“Na oração”, continuava, “deixamos os negócios temporais por outros da eternidade, e o contato com os homens pelo contato com Deus.”

A reunião seria toda quarta-feira, do meio-dia até às 13h00. A intenção era dar a comerciantes, mecânicos, balconistas, escriturários e homens de negócio em geral uma oportunidade de parar e clamar a Deus no meio das perplexidades inerentes a suas atividades respectivas. Teria a duração de uma hora, mas seria aberta também a quem não pudesse ficar mais do que cinco ou dez minutos.

Seis pessoas apareceram na primeira reunião. Porém, a cada semana, o número aumentava, até que resolveram reunir-se diariamente. Ao mesmo tempo, um pouco depois do início das reuniões, uma crise bancária estourou na cidade e região, deixando milhares de pessoas desempregadas. As reuniões de oração se multiplicaram, tendo início  em muitos outros locais. Em fevereiro e março de 1858, toda igreja e salão público no centro de Nova Iorque estavam lotados. Um famoso editor, Horace Greeley, mandou um repórter com cavalo e charrete para passar correndo por toda a cidade e  verificar quantas pessoas estavam orando. Só deu tempo de passar em doze locais, mas contabilizou 6.100 pessoas em oração (vale observar que eram todos homens)!

O movimento continuou a crescer durante os dois anos seguintes, chegando a resultar em 50.000 conversões em uma semana. Durante o período todo, mais de um milhão de pessoas foram trazidas para o reino de Deus. As badaladas do meio-dia eram conhecidas como o sinal do início da hora de oração.

Fontes de pesquisa: Extraído de fontes no site de David Bryant (http://proclaimhope.gospelcom.net/) e de um artigo de Thomas Nettles, intitulado Concerts of Prayer (Concertos de Oração).

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Um Toque de Impacto

“Contamos com muitas pessoas que sabem organizar, mas poucas dispostas a agonizar… muitas que contri­buem, mas poucas que oram… muitos pastores, mas pouco fervor… muitos temores, mas poucas lágrimas, muitas que interferem, mas poucas que intercedem, muitas que escrevem, poucas que combatem. Se fra­cassarmos na oração, fracassaremos em todas as frentes de batalha!!!”
Leonard Ravenhill, no livro:”Por Que Tarda o Pleno Avivamento?”, Editora Betânia

Quando nós trabalhamos, nós trabalhamos. Quando nós oramos, Deus trabalha.
Oswaldo Smith

“Nenhum homem pode fazer uma grande e duradoura obra para Deus, se não é um homem de oração”.
EM.Bounâs

“Não temos sido pessoas de oração. Temos permitido que negócios, estudos e atividades interfiram com nossas horas a sós com o Senhor. Uma atmosfera febril tem invadido nosso tempo devocional, perturban­do a doce calma da bendita solitude. Sono, conversas fúteis, visitas sem propósito, brincadeiras, leituras sem conteúdo e ocupações inúteis preenchem tempo que poderia ser redimido e dedicado à oração. Por que há tanto palavrório e tão pouca oração? Por que tanta agitação e correria e tão pouca oração? Por que tantas reuniões com nossos próximos, e tão poucos encontros com Deus? É a falta dessas horas solitárias que tornam nossas vidas impotentes, nosso trabalho improdutivo e nosso ministério débil e infrutífero”.
Horatius Bonar em “Confissões Ministeriais”

“Orar é um trabalho espiritual e a natureza humana não gosta de tão árduo trabalho espiritual. A natureza humana deseja velejar para os céus pelo impulso de uma brisa favorável, sobre um mar cheio e calmo. Orar é um trabalho humilhante. Humilha o intelecto e o orgulho, crucifica a vangloria, assinala a nossa derrota espiritual e tudo isso é duro para a carne e o sangue. É mais fácil não orar do que suportar essas coisas. As­sim chegamos a um dos males clamorosos destes tempos, talvez de todos os tempos – pouca oração ou nenhuma. Destes dois males, talvez a pouca oração seja pior do que não orar. Orar pouco é uma espécie de desculpa, um desencargo de consciência, uma farsa e uma ilusão”.
EM.Bounds, “Poder Através da Oração”

“Se eu deixar de empregar duas horas em oração todas as manhãs, o diabo terá vitória o dia inteiro. E te­nho tanto trabalho que não posso realizá-lo sem gastar três horas diariamente em oração. Aquele que orou bem, estudou bem”.
Lutero

“O maior dos reformadores e apóstolos será aquele que reunir a igreja para a  oração”.
EM.Bounds, “Poder Através da Oração”

“O poder da oração extinguiu a violência do fogo, fechou bocas de leões, silenciou revoltosos, pôs fim a guerras, acalmou os elementos, expulsou demônios, rompeu as cadeias da morte, repeliu mentiras, salvou cidades da destruição, deteve o curso do sol e o avanço do relâmpago. A oração é uma poderosa armadu­ra, um tesouro que nunca acaba, uma mina que nunca se esgota, um céu que nunca fica toldado de nu­vens, e nunca é turbado por tempestades. Ela é a raiz, a fonte, a mãe de mil bênçãos”.
João Crisóstomo

“Deus nada faz a não ser em resposta à oração”.
John Wesley

“Para fazer frente a esta geração ávida pelo pecado, só uma igreja ávida pela oração”.
Leonard Ravenhill

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