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O Século XXI Começou em 11 de Setembro de 2001

Por Harold Walker

Normalmente as pessoas só reconhecem o verdadeiro significado histórico de um evento algum tempo depois do seu acontecimento, quando seus efeitos podem ser vistos e sentidos em mais profundidade. Este não foi o caso do maior atentado terrorista da história ocorrido na fatídica manhã de 11 de setembro passado nos EUA. O mundo inteiro sentiu o impacto e, a despeito de sua distância geográfica de Nova York, todos sentiram junto com o horror, insegurança e pavor suscitados pelo incidente, uma forte convicção que a história fora mudada e que as coisas jamais voltariam a ser como antes. Pequenos e grandes, líderes políticos e pessoas comuns, jovens e velhos; todos se viram obrigados a se debruçar em cima do ocorrido, procurar entendê-lo e tomar uma posição em relação a ele.

Sem dúvida alguma, o Deus que é dono dos “tempos e das épocas” (At 1.7), não foi tomado de surpresa. Ele não somente sabe o que está acontecendo, mas permitiu que acontecesse. Nestes dias quando sentimos as ondas revoltas de paixões como medo, incerteza, ira, ódio, desejo de vingança e insegurança sobre o futuro mexendo com as massas da humanidade em todo o globo, devemos subir à torre de vigia para ver o que Deus tem para nos dizer. Devemos nos aproximar do assunto com muito temor e humildade e com os ouvidos atentos ao Espírito, que fala tanto em nosso interior quanto através de outros irmãos espalhados pelo mundo.

Em primeiro lugar, vale ressaltar como o cenário dos últimos acontecimentos descrito por João no Apocalipse já aparece no horizonte, não mais como algo vago e distante, mas como algo perfeitamente lógico e plausível. Enquanto todas as atenções no momento estão voltadas para as questões de curto prazo tais como: Haverá guerra?, Haverá outros atos terroristas?, Aonde?, Quando?, Como a economia reagirá? e outras parecidas, seria melhor compararmos as profecias bíblicas com os efeitos a longo prazo deste evento que já podem ser previstos.

A Formação de um Governo Mundial – O Sistema da Besta

O século XX foi o século americano. Vencedora de duas guerras mundiais e no fim até da terceira (a Guerra Fria com a União Soviética) os EUA dominaram o cenário mundial. Com o desmoronamento do comunismo em 1989, perderam seu maior contestador e terminaram o século triunfantes. Apesar desta situação ainda perdurar, podemos já ver que está com os dias contados. Mesmo sendo a única superpotência do globo, os EUA não podem fazer nada significante no mundo sem a concordância dos outros líderes nacionais. Todo mundo ficou com medo que o Presidente Bush fosse um típico caubói texano e que agisse unilateralmente, mas felizmente ele teve a sabedoria de prever as terríveis conseqüências disto e  gastou o tempo e esforço necessários para formar uma aliança contra o terrorismo com o apoio dos outros líderes mundiais.

No lastro desta crise inédita podemos ver a forma embrionária da grande besta do Apocalipse, o governo mundial, começando a ser formada. Praticamente todos os líderes mundiais se sentiram obrigados a denunciar este ato terrorista, até mesmo os da China, Rússia, Cuba e de países islâmicos como o Irã e o Paquistão. Diante de tão grande ameaça à estabilidade econômica mundial praticamente não há idealismo que resista. Ainda que as populações de certos países como o Paquistão e a Indonésia idolatrem Bin Laden e apoiem a causa dos terroristas contra os EUA e Israel, os líderes são mais pragmáticos e sabem que não há substituto para uma economia estável.

Há reais possibilidades de que, diante de um inimigo comum, o terrorismo fundamentalista que não beneficia a ninguém, as nações do mundo se unam. É claro que isto é um processo que levará tempo, mas não parece existir alternativa. Para conseguir sucesso econômico neste mundo globalizado, não é possível sobreviver isolado (exemplos são Cuba e Coréia do Norte), nem conviver com a ameaça constante do terrorismo. E com o ataque do dia 11 no centro econômico e no centro militar da maior potência do globo, ficou dolorosamente comprovado que ninguém está protegido contra os impulsos suicidas e terroristas de alguns homens frios e determinados. O mundo tem tolerado a existência de estados que abrigam e apoiam terroristas, mas isto acabou para sempre. Enquanto acontecia em lugares isolados e restritos como o Oriente Médio e a Irlanda do Norte era possível ignorar e deixar os próprios países envolvidos lidar com o problema. Não mais. A paz mundial e a economia mundial estão vulneráveis e frágeis e parece que finalmente todos acordaram para este fato.

Tudo isto está perfeitamente de acordo com a visão profética de João no Apocalipse. Ele descreve um governo mundial que sustenta uma economia mundial que beneficia a todos. Em nenhum lugar na Bíblia vemos o prenúncio de um sistema ideológico como o comunismo, ou religioso como o islamismo, dominando o mundo inteiro. Pelo contrário, em Daniel e depois no Apocalipse, vemos sempre um quadro de um governo de consenso entre os reis da terra, que entregam voluntariamente seu poder e autoridade à besta em troca de segurança e lucro financeiro (Ap 17.12,13).
Quando o comunismo caiu em 1989 todos se alegraram, mas em junho de 1990, John Walker recebeu uma palavra profética dizendo que a igreja capitalista cairia também (Minha Jornada Espiritual, pp.88-91). O comunismo era um sistema falido, corrupto e opressor e foi derrotado. Mas o capitalismo não é alternativa viável pois é um sistema perverso, injusto e corrupto também, e sua hora de juízo está chegando. É bom que o povo de Deus acorde logo do seu sono e se desvincule de todos seus laços antes que seja tarde demais.

A Formação da Igreja Falsa – A Grande Meretriz Montada na Besta

Outro efeito que já podemos vislumbrar é a formação da igreja falsa. Nos dias que se seguiram ao atentado era comum ver ajuntamentos de líderes de todas as grandes religiões denunciando a violência e o terrorismo e exaltando a paz e a união. De fato, o papa atual sempre fala sobre a paz em todos os seus discursos e quase nunca menciona o Príncipe da paz, Jesus. De igual modo os líderes islâmicos repetem dia após dia que estes terroristas não representam o Islã, que segundo eles, é uma religião de paz. Nada poderia ser mais distante da realidade, mas parece que quase todos estão acreditando nesta mentira, tal o efeito da campanha da mídia para divulgá-la. A verdade é que o Islã incentiva a guerra santa contra os infiéis desde os seus primórdios e foi através desta ideologia que ele se apoderou de grande parte do mundo civilizado no século VII.

Hoje os muçulmanos gozam de direitos iguais em todos os países democráticos do Ocidente, ao mesmo tempo que enforcam e matam qualquer cristão que fizer qualquer tímida tentativa de divulgar sua fé em seus países. É verdade que a grande maioria dos muçulmanos são pacíficos mas isto não é devido à sua religião e sim apesar dela. São como a grande maioria dos católicos brasileiros que se dizem católicos mas quase não são afetados por sua fé.

Ao ver católicos, judeus, budistas, espíritas, muçulmanos, hindus e evangélicos se confraternizando em grandes reuniões ecumênicas ou em painéis de discussão na televisão, subitamente ficou claro que os alicerces da grande igreja falsa mundial dos últimos dias estão sendo lançados.

Não importa onde a pessoa faz o seu culto ou qual o seu livro sagrado, desde que siga a paz e não leve sua fé muito a sério. É bom que ela tenha uma religião com bons conselhos e que incentive ao amor e à prática do bem, desde que isto não afete muito profundamente seus valores. No fundo todas as religiões são boas e são parecidas se defendem a paz, o amor e a fraternidade. Ninguém diz, mas na verdade, o verdadeiro deus é o dinheiro, e a verdadeira religião o humanismo.

Nenhum governo consegue impor sua autoridade eficazmente se domina apenas os corpos e almas das pessoas. Daí a necessidade de uma religião falsa que apela ao espírito, tranquiliza a consciência e cativa a adoração e lealdade dos seus seguidores. A marca registrada desta religião, porém, é que para ela nada é absoluto ou inegociável. Por isto é comparada a uma prostituta com a qual se prostituem os reis da terra. Ela negocia a verdade em troca de segurança, favor e honra terrenos e os reis usam de sua autoridade “espiritual” para reforçar seu governo. Neste cenário, a tolerância é a virtude máxima e o pecado capital é o fundamentalismo ou a intransigência em defender ideais.

Portanto, ao mesmo tempo que todos estão se voltando com grande ira contra os terroristas islâmicos, considerando-os o grande inimigo da civilização moderna, o maior inimigo de todos está se levantando desapercebido de quase todos. É tão fácil ser enganado. O diabo é mestre na arte do disfarce. Ele adora palestras bonitas e comoventes, palavras dignas e lindas. O problema surge quando se quer passar da teoria para a prática. Se os seguidores de Jesus não saírem do nível da teoria para exigir a prática do evangelho em suas vidas, serão presa fácil dos enganos desta grande meretriz.

A Destruição do Morno, do Meio-Termo

Em que se resume a essência da igreja capitalista? A possibilidade, negada por Jesus, mas defendida pela igreja evangélica moderna, de que é possível servir a Deus e ao dinheiro (Mt 6.24). No cenário atual é perfeitamente possível ser um bom cristão e ao mesmo tempo um ótimo capitalista. Mas os dias desta duplicidade também estão contados. Como diz no Apocalipse: “Quem é injusto, faça injustiça ainda; quem está sujo, suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo, santifique-se ainda” (Ap 22.11).

Os efeitos a longo prazo deste atentado e de toda a conjuntura mundial vão liberar pressões cada vez maiores sobre as pessoas para definirem a qual senhor irão servir. A posição cômoda “em cima do muro” ficará cada vez menos viável. Dia após dia através das suas decisões, grandes e pequenas, você irá como Ló armando suas tendas cada vez mais próximas a Sodoma ou como Abraão cada vez mais longe. Deus abomina o morno, como disse à igreja de Laodicéia (Ap 3.15,16).

Creio que através deste atentado ele está dizendo à igreja em todo o mundo: “Decidam-se a quem vão servir. Enquanto o mundo todo entra numa corrida louca atrás de segurança e bem-estar material, vocês vão acompanhá-los, ou vão entrar na contra-mão, negar os prazeres e ambições materiais e buscar uma paixão cada vez maior por Jesus?”

É um fato histórico que os valores e ideais interiores do homem são muito mais fortes que recursos financeiros ou poder militar. O império romano, tanto no Ocidente, em Roma, quanto no Oriente, em Constantinopla, muitos séculos depois, caiu diante de povos muito menos ricos e fortes do que ele. Os bárbaros com seus instrumentos de guerra primitivos e em números muito inferiores venceram um inimigo muito maior e mais forte. Por que? Porque a fibra moral do império romano estava podre e decadente. No início do império romano era considerada a maior honra lutar no exército. No fim ninguém queria fazer isto, pois tinham muito dinheiro e pagavam mercenários para lutar por eles. Em contrapartida, os bárbaros não tinham medo de morrer e não tinham nada a perder. Resultado? Venceram um dos maiores impérios de todos os tempos.

Neste atentado vimos este princípio ilustrado novamente. Dezenove terroristas armados apenas com estiletes conseguiram executar o maior ato terrorista de todos os tempos. Como? Tinham um alvo, um propósito, um ideal pelo qual estavam dispostos a lutar por anos, sem se desviar para a direita ou para a esquerda, até no fim entregar suas próprias vidas. É verdade que estavam terrivelmente equivocados tanto no alvo quanto no meio de atingi-lo, mas a lição é que qualquer que seja seu alvo, se você estiver disposto a dar sua vida por ele, você tem mais poder do que qualquer armamento militar. Se o Senhor não puder achar militantes tão dedicados e determinados quanto estes para lutar por seus objetivos no mundo nestes últimos dias, mesmo que seus alvos sejam muito melhores que os do inimigo, a guerra será perdida. Graças a Deus, sabemos que este não será o desfecho, pois Daniel diz que “o povo que conhece ao seu Deus se tornará forte, e fará proezas” (Dn 11.32) e João diz que o inimigo será derrubado dos lugares celestiais por pessoas “que não amaram as suas vidas até a morte” (Ap 12.11). Resta porém saber quem vai se qualificar para fazer parte deste exército.

Maomé prometeu o paraíso aos que matam pela fé. Jesus prometeu um tremendo galardão aos que morrem pela fé. A decisão para todo cristão hoje é mais urgente do que nunca; seremos como a maioria dos muçulmanos que não levam sua fé a sério ou como os terroristas que acreditaram tanto nas palavras do Alcorão que investiram tudo, até a própria vida, nesta fé?

Se não enfrentarmos esta decisão agora, não estaremos prontos quando o dia “D” chegar. Pedro achou que podia até morrer por Jesus, ainda que todos os outros discípulos o abandonassem ( Mc 14.29-31). Apesar de Jesus alertá-lo de que o espírito está pronto mas que a carne é fraca (Mc 14.38), ficou dormindo junto com os outros enquanto Jesus agonizava em oração. Como resultado, quando a hora “H” chegou, negou a Jesus três vezes diante de empregadas. E depois chorou amargamente. Depois que o Espírito desceu sobre ele no Pentecoste, porém, ficou cheio de coragem e intrepidez e enfrentou as maiores autoridades da nação sem pestanejar, chegando no fim da vida a morrer crucificado. Sejamos alertados com isto de que é em vão confiar na carne, e que precisamos levar as palavras de Jesus a sério sobre levar a cruz a cada dia, negar a nós mesmos, e assim tornarmo-nos discípulos verdadeiros (Lc 9.23-25). Heróis não nascem de um dia para o outro. Heróis são formados nas fornalhas de aflição das pequenas coisas de cada dia. À medida que nos inclinarmos para o Espírito, confessando nossa total insuficiência e covardia natural, receberemos graça sobrenatural para negar a nós mesmos cada dia e à medida que isto acontece nosso homem interior ficará cada vez mais forte e quando chegar o momento das decisões cruciais estaremos preparados. Esta é a hora de comprar azeite e de nos prepararmos para os desafios futuros. Não temos tempo para perder. Precisamos prestar atenção aos avisos de Deus.

Armas Contra o Terrorismo – Marca da Besta à Vista

“E fez que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e escravos, lhes fosse posto um sinal na mão direita, ou na fronte, para que ninguém pudesse comprar ou vender, senão aquele que tivesse o sinal…” (Ap 13.16,17). Em todos os pontos abordados estamos nos referindo a efeitos que poderão demorar anos para aparecer mas que já estão no horizonte do plausível. Fiquei chocado ao assistir a um noticiário na TV recentemente sobre sistemas e aparelhos de segurança. O repórter estava dizendo que após o atentado, as atenções do mundo estavam redobradas sobre as opções disponíveis nesta área e daí passou a mostrar as últimas novidades que eram justamente na mão direita e na testa! Nunca me convenci muito da viabilidade de microchips subcutâneos por achar que o mundo moderno jamais aceitaria tal invasão obrigatória do seu próprio corpo.

Poderia facilmente ser usado para prisioneiros, doentes mentais etc., mas achava difícil qualquer governo, por mais ditatorial que fosse, chegar ao extremo de exigir isto de seus súditos. Além disto sempre achava que a marca na mão era fácil de entender por causa das impressões digitais mas não conseguia entender a que se referia a marca na testa. Sabia que o reconhecimento da íris já existia, mas se fosse isto penso que João falaria sobre marca nos olhos e não na testa. De qualquer forma, ao assistir a esta reportagem fiquei impressionado ao ver que já é possível e muito fácil tecnologicamente falando de se cumprir os versículos acima. Como João podia falar tão acuradamente sobre isto há tantos séculos atrás?

O assunto era biometria. A tese é que a maneira mais fácil e segura de identificar as pessoas é pelo uso da biometria, ou seja, as identificações biológicas de cada indivíduo. Mostraram um clube em São Paulo que já usa o método da mão direita. Para entrar, basta a pessoa colocar a mão direita sobre um scanner e pronto! Acabou-se a possibilidade de clonar cartões, emprestar cartões para não-membros ou esquecer o cartão em casa. O outro método eu nunca havia visto. Através de identificar e armazenar a informação obtida através de oitenta pontos no rosto de uma pessoa, uma câmera pode achar um indivíduo no meio de uma multidão, mesmo que este esteja usando os disfarces mais ousados, como perucas, óculos escuros, lentes ou até tenha feito alguma plástica (é praticamente impossível mudar todos os oitenta pontos distintos). Não é necessário microchip subcutâneo, apenas o armazenamento dos dados naturais da pessoa, que estão presentes com ela onde quer que esteja. Como já disse nos outros assuntos, pode demorar mas com certeza este é o futuro. Os múltiplos cartões de plástico desaparecerão devido às falhas de segurança que apresentam e a biometria será a base para tudo no futuro, incluindo transações comerciais, entrada em clubes, prédios governamentais e identificação perante o governo.

Até chegar ao ponto do uso obrigatório destes sistemas de identificação ainda vai levar tempo pois nem todo mundo chegou na geração dos cartões plásticos ainda. (Muitos previam a descontinuidade do uso de cédulas e moedas mas isto não aconteceu até agora). Mais importante, há muita resistência à invasão da privacidade, principalmente nos EUA, que até hoje nem aceitam o uso de carteira de identidade (na falta deste se vêem obrigados a usar a carteira de motorista ou o número de Social Security). Foi devido a este sentimento de independência e liberdade pessoal que os terroristas encontraram tanta facilidade para levar a cabo seus planos diabólicos. Diante de tamanha demonstração da fragilidade de sua segurança, porém, grandes mudanças já aconteceram e acontecerão nos EUA e com certeza as pessoas se verão obrigadas a entregar progressivamente suas liberdades e privacidade em troca de maior segurança.

Portanto, estamos já vivendo dias do fim, dias do Apocalipse. Se por um lado, um sistema de vigilância onipresente de câmeras (que estão gradativamente se alastrando por todo lado) e de controle de dados biométricos de todas as pessoas no mundo certamente seria a melhor forma de evitar atos terroristas, por outro lado, pode ser a forma mais eficiente do anticristo dominar o mundo inteiro.

Jerusalém -O Problema Insolúvel

“Eis que eu farei de Jerusalém um copo de atordoamento para todos os povos em redor… Naquele dia farei de Jerusalém uma pedra pesada para todos os povos; todos os que a erguerem, serão gravemente feridos. E ajuntar-se-ão contra ela todas as nações da terra” (Zc 12.2,3).

Israel é um povo que tem uma história cheia de aparentes contradições. Nunca houve um povo tão perseguido e sofrido por tantos séculos a fio e que no entanto não desiste e não perde sua identidade. Por outro lado, também é verdade, apesar de parecer contraditório, que sempre foram abençoados, por onde quer que foram e em qualquer área que atuam. Pense em qualquer área das atividades humanas: ciência, música, jornalismo, física, economia ou política. Em qualquer uma delas você achará judeus no topo, nas primeiras fileiras.

Se isto é verdade a respeito dos judeus, em certo grau também é verdade sobre aqueles que os ajudam e em especial sobre os EUA. Nenhuma outra nação tem ajudado Israel desde a sua formação como nação como os EUA. Isto tem trazido tremendas bênçãos de Deus sobre a nação americana, mas agora podemos ver também que traz e trará tremendos problemas. A maior causa do ódio dos terroristas muçulmanos contra os EUA é o seu apoio irrestrito a Israel. Eles pensam, e com razão, que não adianta atingir só a nação de Israel. É necessário atacar seu ponto de apoio, sua fonte de recursos. Tanto isto é verdade que o líder do Taleban recentemente condicionou o fim do terrorismo à desistência dos EUA de apoiar Israel. É comum nas manifestações populares dos muçulmanos no Oriente Médio queimar as bandeiras das duas nações juntas ou pisar sobre elas.

É maravilhoso perceber a mão de Deus na história acima de qualquer plano ou estratégia humana. Um exemplo disto foi o destino dos judeus no fim da Segunda Guerra Mundial. Havia dois destinos primordiais para onde emigravam: Nova York ou Israel! E foi através do apoio financeiro e político dos judeus de Nova York que a jovem nação sobreviveu aos brutais ataques que sofreu desde o início.

Mais uma vez, porém, podemos vislumbrar a possibilidade no futuro, diante de sucessivos ataques terroristas e graves problemas econômicos, de um distanciamento dos EUA de Israel devido a uma mudança na opinião pública. No fundo, as pessoas são egoístas e quando vêem os problemas afetando gravemente suas vidas diárias, serão fortemente tentadas a deixar de lado um país que não tem nada para lhes oferecer de prático além de seu valor espiritual e histórico. Portanto, não sabemos quando isto ocorrerá, mas certamente a profecia de Zacarias será cumprida e Israel será forçada a recorrer somente a Deus diante da hostilidade de todas as nações.

Uma Oportunidade para as Populações da Janela 10/40 Ouvirem o Evangelho

“E este evangelho do reino será pregado no mundo inteiro, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim” (Mt 24.14).

Quando a União Soviética desmoronou, junto com as muitas outras mudanças, veio a liberdade, pela primeira vez em muitos anos, para a pregação do evangelho.  Por muitos anos agora, muitos cristãos no mundo inteiro têm orado insistentemente a Deus pelos povos da janela 10/40, na sua maioria, muçulmanos. Quem sabe, este atentado em Nova York não tenha colocado em movimento o início da resposta de Deus a estas orações. Como? Pode ser que o inimigo desta vez se excedeu e o feitiço se vire contra o feiticeiro. Pode ser que a ira do mundo civilizado contra o terrorismo chegue a ponto de realmente liberar ações fulminantes não somente contra o Taleban mas também contra os outros países que apoiam o terrorismo como o Irã, o Iraque, a Líbia e outros. Talvez não aconteça desta vez, mas diante de outros atos terroristas que certamente virão, um consenso se levantará e os países muçulmanos fechados serão obrigados a abrir seus países para influências ocidentais e junto com elas para o evangelho. No momento, sei que tudo isto parece muito improvável, mas de alguma forma Deus vai agir na história para permitir a pregação do evangelho do reino a toda criatura. Esta grande parte do globo terrestre que se vê totalmente fechado ao evangelho terá que se abrir de uma forma ou outra, assim como o comunismo caiu e não pôde mais impedir o evangelho de alcançar as pessoas.

Em Resumo, O que Deus está Falando?

Na edição 14 da Revista Impacto com a matéria de capa “Onde estamos no cronograma de Deus?”, mostramos que de acordo com a ordem profética das três festas de Israel, a Páscoa foi restaurada na época de Lutero e o Pentecoste acaba de ser restaurado durante todo o século XX. Estaríamos, portanto, prestes a entrar no cumprimento da terceira festa, Tabernáculos. Esta festa é subdividida em três: Trombetas, Expiação e Tabernáculos. O próximo artigo, “O Sonido da Trombeta”, escrito por Reuven Doron, um judeu messiânico residente em Israel, mostra que o atentado em Nova York aconteceu justamente na época da Festa das Trombetas e que um ano atrás nesta mesma época um novo período de terror começou em Israel com a visita do ex-general Ariel Sharon ao monte do templo.

Precisamos ficar atentos aos sinais dos tempos. Deus quer que entendamos que não só o cenário secular mudou, mas o cenário espiritual também. O fermento que Deus tolerou na Festa de Pentecoste ele não vai tolerar mais. Estes eventos terríveis que aconteceram dois anos em seguida na época da Festa das Trombetas devem nos servir de alerta. Assim como a função das trombetas era convocar o povo para a grande Festa de Expiação, Deus está convocando seu povo ao arrependimento, a uma assembléia solene, em preparação para a vinda de Jesus. Antes de Deus julgar a grande Babilônia, o capitalismo mundial, ele vai julgar a igreja capitalista e purificá-la de toda mistura. A igreja do século XXI terá que ser radicalmente diferente para enfrentar os desafios deste novo cenário mundial.

Em que sentidos ela terá que mudar?

1. Sua atitude complacente em relação ao egoísmo, materialismo, mundanismo e humanismo. Ou levamos as palavras duras de Jesus a sério, ou seremos engolidos pela igreja falsa. Todas as exortações apostólicas sobre os últimos dias enfatizam sobriedade, vigilância e desapego às coisas materiais.

2. Seu relacionamento superficial com Deus. As experiências do átrio e do santo lugar não serão suficientes para nos segurar nos tempos difíceis que estão vindo sobre o mundo. Para sobreviver espiritualmente precisamos entrar no santíssimo. Precisamos conhecer a Deus como nunca antes. O Dia da Expiação era o único dia no ano em que o sumo sacerdote entrava no Santíssimo Lugar. Através de todo o livro do Apocalipse vemos o povo de Deus diante do trono em profunda adoração, intercessão e louvor. Rotina normal de igreja não vai resolver nosso problema. Precisamos passar do nível da alma para o nível do espírito. Precisamos de uma santa confusão na igreja. Precisamos da destruição de todos os programas de entretenimento do povo e de todas as distrações religiosas para voltar nossa atenção somente ao trono.

3. Sua maneira de lidar com o dinheiro. Precisamos ser levados por Deus para formas comunitárias de vida, onde aprendemos depender mais de Deus e uns dos outros do que do sistema do mundo.

4. Sua omissão e passividade em relação ao mundo ao seu redor. Precisamos sentir o peso de Deus pelo mundo, pelos perdidos, pelos miseráveis, famintos e necessitados. Precisamos interceder ativamente por estas causas e dispor nossas vidas para ser a resposta de Deus a estas necessidades.

Estes são alguns aspectos que percebemos estar na mensagem de alerta de Deus à sua igreja. Certamente há outros. Você está disposto a levar Deus a sério? Você quer atender à sua voz?  Não há tempo para perder!

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