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O Que é Dívida?

TEMOS TANTAS DÍVIDAS PESSOAIS em nossa nação que a pessoa média foi descrita como alguém rodando em uma auto-estrada financiada, dirigindo um carro financiado por um banco, abastecido com cartão de crédito, indo para uma loja comprar móveis, usando um plano de prestações para colocá-los em sua casa financiada!

O QUE É DÍVIDA?

Aqueles que promovem os financiamentos e as propagandas usam definições atraentes sobre dívida, as quais mascaram a realidade sombria da publicidade. O dicionário Roget’s College Thesaurus alista os seguintes sinônimos para a palavra dívida: responsabilidade, negativo, dever, obrigação, penhora, ônus, insolvência, estado de ser  confrontado, de estar-se no buraco, quebrado.

Você sente um desconforto ao ler essa lista? Continuo esperando para ver uma propaganda que prometa a boa vida de “comprar agora e pagar depois” equilibrada com essas palavras que descrevem a realidade da dívida. Você está começando a sentir que o “evangelho segundo a avenida Madison” talvez não esteja pregando a verdade total da vida abundante para o membro do “clube dos endividados”?

O dicionário define dívida como “dinheiro ou propriedade que uma pessoa é obrigada a pagar a outra.” Dívida inclui dinheiro a pagar a companhias de cartões de crédito, empréstimos de bancos, dinheiro emprestado de parentes, financiamento da casa própria e contas antigas ainda devidas a serviços médicos. As contas que chegam para vencer, tais como a conta mensal de eletricidade, não são consideradas dívidas, quando pagas dentro do prazo.

O QUE DIZEM AS ESCRITURAS A RESPEITO DAS DÍVIDAS

A perspectiva das Escrituras sobre dívidas é clara. Leia com atenção, a primeira parte de Romanos 13.8, em várias traduções diferentes: “A ninguém fiqueis devendo cousa alguma.” (KJV) “Paguem todas as suas dívidas” (BV). “Fique fora das dívidas e não deva nada a ninguém” (AMP).

Em Provérbios 22.7, aprendemos por que o Senhor fala tão diretamente sobre a área de dívida: “Assim como os pobres são dominados pelos ricos, quem pede dinheiro emprestado se torna escravo de quem empresta” (BV). Quando estamos endividados, ficamos na posição de servidão em relação a quem emprestou. De fato, quanto mais devemos, mais servos nos tornamos. Não possuímos total liberdade ou escolha para decidirmos por nós mesmos em que gastaremos nossa renda, porque nos obrigamos legalmente a pagar essas dívidas.

Em 1 Coríntios 7.23 Paulo escreve: “Por preço fostes comprados; não vos torneis escravos de homens.” Nosso Pai fez o sacrifício máximo de dar seu Filho, o Senhor Jesus Cristo, para morrer por nós. Agora quer que seus filhos sejam livres para servi-lo da forma que ele desejar.

A divida é considerada maldição

No Antigo Testamento, uma das compensações para a obediência era ficar fora das dívidas.

“Se atentamente ouvires a voz do Senhor teu Deus, tendo cuidado de guardar todos os seus mandamentos que hoje te ordeno, o Senhor teu Deus te exaltará sobre todas as nações da terra. Se ouvires a voz do Senhor teu Deus, virão sobre ti e te alcançarão todas estas bênçãos… emprestarás a muitas gentes, porém tu não tomarás emprestado” (Deuteronômio 28.1-2,12; destaque acrescentado).

Inversamente, o endividamento era uma das maldições infligidas pela desobediência. “Será, porém, que, se não deres ouvidos à voz do Senhor teu Deus, não cuidando em cumprir todos os seus mandamentos e os seus estatutos, que hoje te ordeno, então virão todas estas maldições sobre ti e te alcançarão… O estrangeiro, que está no meio de ti, se elevará mais e mais, e tu mais e mais descerás. Ele te emprestará a ti, porém tu não lhe emprestarás a ele; ele será por cabeça, e tu serás por cauda” (Deuteronômio 28.15, 43-44, destaque acrescentado).

A dívida faz suposições antecipadas sobre o amanhã

Quando entramos em uma dívida, presumimos que ganharemos o suficiente ou teremos recursos suficientes para pagá-la. Planejamos continuar em nosso trabalho ou que os negócios ou investimentos serão lucrativos. As Escrituras nos previnem contra a pressuposição: “Atendei agora, vós que dizeis: Hoje, ou amanhã, iremos para a cidade tal, e lá passaremos um ano, e negociaremos e teremos lucros. Vós não sabeis o que sucederá amanhã. Que é a vossa vida? Sois apenas como neblina que aparece por instante e logo se dissipa. Em vez disso, devíeis dizer: Se o Senhor quiser, não só viveremos, como faremos isto ou aquilo” (Tiago 4.13-15).

A dívida pode negar uma oportunidade a Deus

Ron Blue, um autor que escreve sobre finanças, conta-nos sobre um jovem que desejava ir para o seminário e tornar-se missionário. Como não tinha dinheiro, achou que a única forma de se sustentar num seminário seria através de um financiamento para estudantes. No entanto, isso o deixaria endividado em milhares de dólares, no tempo de sua formatura. Seria uma situação impossível. Não conseguiria pagar seu financiamento com o salário de missionário.

Depois de muita oração, decidiu matricular-se sem a ajuda de financiamento e confiar que o Senhor  supriria suas necessidades. Formou-se sem emprestar nada e sua admiração pelo Senhor soberano e vivo, que proveu suas necessidades de forma criativa, aumentou. Essa foi a lição mais valiosa que aprendeu no seminário. Ela preparou-o para o campo missionário onde, por vezes repetidas, dependeu do Senhor para suas necessidades. Emprestar pode negar a Deus a oportunidade de demonstrar o quanto Ele é real.

QUANDO PODEMOS DEVER UMA SOMA DE DINHEIRO?

A Bíblia não fala sobre a questão de quando podemos dever uma soma em dinheiro. Em minha opinião, é possível dever um financiamento ou de casa, ou negócio ou vocação. Cremos que essa “possível dívida” seja permitida apenas dentro dos seguintes critérios:

1- O item negociado é uma vantagem com o potencial de se valorizar ou produzir uma renda.
2- O valor do item equipara-se ou excede a quantia financiada para ele.
3- A dívida não é tão grande que o pagamento mensal coloque tensão excessiva no orçamento.

Deixe-me dar um exemplo de como o financiamento de uma casa pode preencher os requisitos. Historicamente, uma casa tem sempre sido um bem razoavelmente valorizado. Assim, satisfaz o primeiro critério. Em segundo lugar, se você investir uma quantia razoável no sinal, pode ser possível vender a casa por um preço no mínimo suficiente para cobrir o financiamento, o que preenche o segundo requisito. E por último, a prestação mensal da casa não deve ser alta demais dentro do orçamento doméstico.

Se você satisfaz todos os critérios e, de fato, contrair alguma “dívida sensata”, espero que estabeleça imediatamente o objetivo de eliminar até mesmo essa dívida. Não sabemos se o mercado imobiliário apreciará ou mesmo manterá os valores atuais. Além disso, a perda de um trabalho pode interromper sua renda. Portanto, aconselho-o a considerar, em oração, o pagamento total de qualquer dívida.

COMO LIVRAR-SE DAS DÍVIDAS

Devido à singularidade de cada circunstância, a caminhada para sair das dívidas será unicamente sua. Os dez passos seguintes são um guia para sua jornada. São passos simples mas, para segui-los, é necessário um trabalho árduo. O objetivo é o Dia “D” – Dia sem Dívida, o dia em que você ficará totalmente livre das dívidas.

1- Ore.

Em 2 Reis 4.1-7, uma viúva era ameaçada de perder seus filhos para os credores e apelou para a ajuda de Eliseu. Ele instruiu a viúva a emprestar de seus vizinhos muitos jarros vazios. O Senhor multiplicou de forma surpreendente, sua única posse, uma pequena porção de óleo e, como resultado, todos os jarros ficaram cheios. Ela vendeu o óleo e pagou suas dívidas para livrar os filhos. O mesmo Deus que proveu de forma sobrenatural para a viúva está interessado que você se torne livre de sua dívida também.

O primeiro passo é o mais importante. Ore. Peça a ajuda e a direção do Senhor em sua jornada rumo ao Dia sem Dívida. Ele pode agir de imediato, como no caso da viúva, ou de forma mais lenta, num período maior. Em ambos os casos, a oração é essencial.

Tenho observado uma tendência. À medida em que as pessoas começam a eliminar algumas dívidas e acelerar o pagamento das outras, o Senhor abençoa a fidelidade delas. Mesmo se você puder pagar somente uma pequena quantia em adiantado para reduzir sua dívida, por favor, faça-o. O Senhor pode multiplicar seus esforços.

2- Estabeleça um orçamento por escrito.

Em minha experiência, poucas pessoas têm feito um orçamento por escrito. Podem até ter um cuidadosamente guardado numa gaveta, mas não o têm usado. Um orçamento escrito ajuda você a planejar para o futuro e analisar seus padrões de gastos, para ver quais você poderá cortar. É um freio eficaz no impulso de gastar.

3- Relacione todos seus bens.

Faça uma lista de cada item que possui: sua casa, seu carro, mobília etc. Avalie a lista completa para determinar se deveria vender algum deles.

Como disse George Fooshee: “Sua atitude em relação às coisas determinará seu sucesso no trabalho de se livrar das dívidas. Não pense no quanto estará perdendo ou no quanto pagou pelo item que estiver vendendo. Pense no quanto estará ganhando, que poderá ser aplicado na diminuição imediata de sua dívida.”

4- Relacione seus compromissos – tudo que você deve.

Muitas pessoas, em particular as que devem muito dinheiro, não sabem com precisão o quanto devem. No entanto, você deve alistar suas dívidas para ter uma idéia exata de sua atual situação financeira. Precisa alistar também os juros que seus credores estão cobrando por cada dívida.

Ao alistar os juros em sua lista de dívidas, descobrirá que os custos de créditos variam muito. Alistar suas dívidas vai ajudá-lo a estabelecer uma prioridade na redução da dívida.

5- Estabeleça um programa de adiantamento de pagamento para cada credor.

Livrar-se das dívidas pode parecer entediante mas é absolutamente necessário seguir esses passos. Ninguém jamais conseguirá livrar-se de dívidas por acidente. Todos precisamos de um programa de pagamento sistemático por escrito para alcançar o objetivo do Dia “D” – “Dia sem Dívidas”.

Depois que fizer os pagamentos mensais, escreva a quantia paga e compute o saldo devedor. Isso dará a você um senso de realização. Será possível visualizar a diminuição do saldo devedor, o que será um incentivo para persistir em seu plano.

Se você está afundado nas dívidas ou devendo pagamentos atrasados, uma boa idéia seria enviar aos credores uma cópia de seu programa de pagamentos. É raro um credor que não esteja de acordo com uma pessoa que faz um esforço sério para pagar sua dívida. O credor apreciará o fato de você ter feito um programa e de desejar apresentá-lo a ele.

Decida qual dívida irá liquidar em primeiro lugar. Sua decisão deve basear-se em dois fatos: o tamanho da dívida e a taxa de juros cobrada.

Liquidação das dívidas pequenas. Concentre-se em pagar as menores primeiro. Você se sentirá encorajado à medida que elas forem sendo eliminadas e isso irá liberar mais dinheiro para ser aplicado em outras dívidas. Após pagar a primeira, aplique essa quantia na próxima que deseja eliminar. Depois que liquidar com a segunda dívida, aplique a quantia da primeira e da segunda na eliminação da terceira e assim por diante.

Liquidação das dívidas de juros mais altos. Atente para a taxa de juros cobrada em cada dívida e tente liquidar aquelas que cobram os maiores juros, antes de liquidar as que cobram juros mais baixos.

6- Considere um aumento do orçamento.

Muitas pessoas têm empregos que simplesmente não cobrem um orçamento suficiente para suas necessidades, mesmo que gastem comsabedoria. Há duas questões importantes com respeito a ter um aumento no orçamento. Em primeiro lugar, decida antecipadamente a terminar com as dívidas com os ganhos adicionais. Nossa tendência é gastar mais do que ganhamos, tanto se ganhamos muito, quanto se ganhamos pouco. Parece que os gastos sempre andam à frente dos ganhos. Em segundo lugar, ganhe uma quantia adicional sem prejudicar seu relacionamento com o Senhor ou com sua família. Se é casado, precisará ser criativo para encontrar formas de envolver a família toda numa industria caseira, ou de encontrar um serviço que una a família, ao invés de separá-la.

No entanto, não importa o quanto de dinheiro adicional você ganhe, a chave está no compromisso de aplicar todos esses extras na redução da dívida e não aumentar os gastos.

7- Não acumule dívida nova.

A única forma que conheço de não acumular dívida extra é pagando à vista, com dinheiro, cheque ou cartão de débito no momento da compra. Isso traz à tona a questão dos cartões de crédito. Não creio que o cartão de crédito seja inerentemente um pecado, mas é perigoso. As estatísticas mostram que as pessoas gastam um terço a mais quando usam cartão de crédito em vez de dinheiro, porque não sentem estar realmente gastando dinheiro, já que estão usando um cartão de plástico. Conforme um comprador falou para o outro: “Gosto muito mais de cartões de crédito que de dinheiro porque eles permitem comprar muito mais!”

Quando Bev e eu começamos este estudo, tínhamos nove cartões de crédito. Hoje carregamos um. Quando analiso a situação financeira das pessoas com dívidas, uso uma regra simples para apontar se os cartões de crédito são perigosos demais para eles. Se não pagam a quantia total devida ao final de cada mês, encorajo-os a fazerem a cirurgia plástica. Qualquer tesoura boa servirá para isso!

8- Seja satisfeito com o que você tem.

Vivemos numa cultura cuja indústria de propaganda tem maquinado, com poder e sofisticação, métodos de persuadir o consumidor a comprar. Freqüentemente, a mensagem tem a intenção de criar um descontentamento com aquilo que temos.

Uma companhia americana abriu uma fábrica nova na América Central porque a mão de obra era barata e abundante. O início da fábrica correu com tranqüilidade até os trabalhadores receberem seus primeiros pagamentos. No dia seguinte, nenhum dos habitantes do vilarejo compareceu ao trabalho. A gerência esperou… um, dois, três dias. Nenhum deles ainda voltara ao trabalho. O gerente foi procurar o chefe da vila para conversar a respeito do problema. “Por que deveríamos continuar a trabalhar?”, perguntou o chefe em resposta ao questionamento do gerente. “Estamos satisfeitos. Já ganhamos todo o dinheiro de que precisamos para viver.”

A fábrica ficou inativa durante dois meses até que alguém teve a idéia brilhante de enviar catálogos para compra via postal a cada morador da vila. A leitura dos catálogos criou desejos novos nos moradores do vilarejo. Logo retornaram ao trabalho e não houve problema de falta de empregado desde então.

Considere três fatores:

• Quanto mais televisão você assiste, mais gasta.
• Quanto mais olha revistas e catálogos, mais você gasta.
• Quanto mais você for às lojas, mais você gasta.

Nossa família é uma prova evidente disso. Quando minha filha, de repente, deseja um copo especial de um determinado restaurante de “fast-food”, sei que ela viu uma propaganda na televisão. Com certeza, limitar o tempo na televisão limita também nossos desejos

9- Considere uma mudança radical em seu estilo de vida.

Um número crescente de pessoas diminuiu suas despesas de modo significativo para se livrar das dívidas com mais rapidez. Algumas venderam suas casas e se mudaram para outras menores, alugaram apartamentos ou foram morar com outros membros da família. Muitas têm vendido os carros que têm prestações mensais altas e comprado carros usados baratos para se livrarem das dívidas.

10- Não desista!

Desde o início reconheça que haverá centenas de razões pelas quais você deverá desistir ou postergar seus esforços para se livrar das dívidas. Não caia na tentação de não continuar firme em seu compromisso. Não pare até que tenha alcançado seu objetivo maravilhoso de viver livre das dívidas. Lembre-se de que sair das dívidas é um trabalho bem difícil, mas a liberdade que você terá valerá a pena.

Extraído do livro: “O Seu Dinheiro” de Howard Dayton, Crown Financial Ministries.

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3 respostas

  1. A dívida não é uma nova forma de escravidão. É uma forma bem antiga de chegar a uma condição de escravo. disse:

    Além de conseguir escravos através da captura de prisioneiros de guerra, Os escravos podiam ser comprados, e muitos chegavam nessa condição por causa de dívidas não pagas.

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