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O Maior Acontecimento da História

Por: Harold Walker

O Maior Acontecimento da História Está se Aproximando Rapidamente!
O Que Você Está Fazendo Sobre Isso?

Estamos vivendo em dias cruciais, inéditos; dias que antecedem o maior acontecimento da história – a volta do Noivo para casar-se com sua Noiva. Em preparação para este evento, de acordo com a Palavra, presenciaremos coisas que jamais aconteceram na história: “Não vos lembreis das coisas passadas, nem considereis as antigas. Eis que faço uma coisa nova; agora está saindo à luz…” (Is 43.18,19). Como Deus disse a Josué: “Por este caminho nunca dantes passastes” (Js 3.4).

Para captar o significado do fim de uma coisa precisamos entender um pouco sobre o seu começo. Quando se trata do começo do universo visível há uma grande divergência entre o ponto de vista científico e a visão bíblica. Mas talvez a teoria do “Big Bang” não seja tão errada assim! Houve, de fato, uma explosão cósmica inicial, mas não foi a partir de uma partícula de matéria e sim, a partir da Palavra viva de Deus, invisível, mas eterna, que todas as coisas vieram a existir. Ele disse e tudo se fez. Ele falou e os mundos apareceram. A energia inesgotável do seu Espírito deu origem a toda a matéria. O sopro de sua boca não só criou todas as coisas, mas as sustenta até hoje. Tudo o que existe pode traçar a sua origem a esta mesma fonte.

Mas a sabedoria consiste em conhecer os tempos e as épocas. Existe tempo para criar e tempo para destruir. Tempo para espalhar e tempo para ajuntar. Não estamos mais nos tempos da criação e sim, nos tempos da consumação. A mesma força imponderável que criou tudo está agora inexoravelmente começando a funcionar de forma inversa. É como as turbinas de um poderoso jato quando invertem a direção do seu empuxo e, ao invés de impulsionar o jato para frente, começam a funcionar em sentido contrário, freando-o. Tudo que saiu de Deus, da sua mente e do seu coração por meio da Palavra, através desta mesma Palavra vai começar a sentir a atração inversa (2 Pe 3.7).

A mesma força que criou todas as coisas, agora começará a chamá-las de volta. Da mesma forma que temos certeza que tudo foi criado por Deus, podemos estar certos de que tudo terá que voltar a ele para adorá-lo e glorificá-lo (seja através de sua destruição por ter sido tão contaminado pelo mal que se tornou irrecuperável, seja pela sua apresentação a ele em estado puro e restaurado). Assim todas as coisas cumprirão plenamente o propósito para o qual foram criadas.

Pense em termos de um poderoso ímã eletromagnético, pendurado em algum lugar no cosmos, que começa a exercer sua força de atração de forma cada vez maior, à medida que aumenta a corrente elétrica que passa por ele. De acordo com a Bíblia, não existe nenhuma dúvida e nenhuma exceção, tudo e todos, no céu, na terra e debaixo da terra, hão de convergir em Cristo, na dispensação da plenitude dos tempos (Ef 1.10). Tudo foi criado por ele (no início da história) e para ele (na consumação) – (Cl 1.16). Deus jurou por ele mesmo que “todo joelho se dobrará e toda língua confessará que Jesus Cristo é Senhor (Is 45.23; Fp 2.9-11). A dúvida não é se alguém vai deixar de fazer isto e, sim, se vai fazê-lo de forma alegre e voluntária ou de coração triste, contrariado, “na marra”. Que o ímã vai atrair vai, mas se você vai chegar nele de frente ou de costas vai depender do que acontece dentro de você agora!

Portanto, diante destes fatos inalteráveis a que conclusões devemos chegar? Como devemos viver? De que forma podemos nos preparar? Em que devem consistir nossos trabalhos e esforços? Como devemos agir à vista destas coisas?

Como Jesus Quer Nos Encontrar na Sua Volta?

Os alertas e avisos das Escrituras são bem claros e não dão nenhum consolo para os preguiçosos e acomodados. Jesus está voltando e, quando chegar, se não nos encontrar da forma que ele quer, as conseqüências serão fulminantes. Ele volta procurando fruto na figueira e se não encontrar, ele há de amaldiçoá-la e fazê-la secar (Mt 21.18,19), ou mandará arrancá-la (Lc 13.6-9). Ele volta procurando servos responsáveis que cuidam dos seus conservos e que estão sempre vigiando e preparando para seu retorno. O castigo para os que não estiverem fazendo isto será terrível: “Virá o senhor daquele servo, num dia em que não o espera, e numa hora de que não sabe, e cortá-lo-á pelo meio, e lhe dará a sua parte com os hipócritas; ali haverá choro e ranger de dentes” (Mt 24.50,51). Leia todas as passagens que falam sobre a vinda do Senhor e ficará impressionado com a ênfase sobre a ira de Deus contra todos que não se prepararam ou se portaram devidamente.

Infelizmente, porém, o povo de Deus hoje não está pensando muito sobre isto. Estão tão envolvidos com as preocupações e ambições desta vida terrena que não têm tempo para se preocupar com a vinda do Noivo. Vale ressaltar aqui que Jesus também alertou sobre o perigo do materialismo nos últimos dias. Ele disse: “Olhai por vós mesmos; não aconteça que os vossos corações se carreguem de glutonaria, de embriaguez, e dos cuidados da vida, e aquele dia vos sobrevenha de improviso como um laço” (Lc 21.34). Nosso maior inimigo não é o pecado, nem os falsos profetas, nem o anticristo – é o envolvimento com a vida material a ponto de ficarmos desapercebidos, sonolentos, embriagados, anestesiados e insensíveis.

As exortações bíblicas sobre os últimos dias sempre evocam a imagem de um povo vigilante, ativo, sóbrio, esperançoso, apaixonado e dedicado (Sl 110.3; Lc 1.17). As atividades elogiadas pelo Senhor são a oração (Lc 21.16), a vigilância (Mt 24.42-44), a sobriedade (1 Pe 4.7; 1 Ts 5.6-8), o andar na luz (Rm 13.11-13), o chorar e gemer pela situação do povo de Deus (Ez 9.4), o serviço a favor dos necessitados dentro e fora da igreja com coisas materiais e espirituais (Mt 24.45-47; 25.31-46).

Por que este não é o nosso perfil como povo de Deus hoje? Por que em todo lugar onde você vai, em todo tipo de igreja, você encontra um povo morno, complacente, preocupado com as coisas terrenas e indiferente às realidades espirituais? Mesmo onde há mais dedicação e ardor espiritual, a ênfase principal geralmente consiste em preocupar-se com o próprio bem-estar emocional, financeiro e familiar e a salvação pessoal e não há uma compreensão do significado cósmico dos dias em que vivemos. Por quê?

Salomão afirma que “onde não há visão profética, o povo se corrompe” (Pr 29.18). Moisés ora no Salmo 90: “Quem conhece o poder da tua ira? E a tua cólera, segundo o temor que te é devido? Ensina-nos a contar os nossos dias de tal maneira que alcancemos corações sábios” (Sl 90.11,12).

Se o véu não for tirado de nossos olhos para vermos o mundo, a nossa geração e os dias em que estamos vivendo do ponto de vista de Deus, nada vai mudar em nossas vidas ou na igreja e nunca estaremos preparados para o “grande e terrível dia do Senhor”. Sem visão profética as coisas materiais exercem um fascínio mortal sobre nosso coração e nos distraem justamente quando mais precisaríamos estar alertas e conscientes do nosso papel no grande drama do plano de Deus que vai se desenrolar nestes tempos finais.

Olhando os Fatos da História com Objetividade

Muitas vezes precisamos de um banho de “objetividade” para que nossas máscaras religiosas caiam, fiquemos chocados com a verdade nua e crua e sejamos impulsionados a tomar decisões radicais em nossas vidas práticas. O máximo da objetividade seria olhar para a Terra e a história com os olhos imparciais de um imaginário ET, alguém sem parcialidades ou preferências, para pesar tudo na balança e realmente verificar o que é, e o que parece ser, mas não é.

Tentemos, portanto, por um instante, nos imaginar nesta posição neutra e privilegiada e olhemos para a história do povo de Deus na terra. Deus criou o homem em sua própria imagem e semelhança para governar toda a terra como seu representante. O homem pecou e permitiu que a semente do mal fosse lançada em seu coração e, assim, transformasse o que deveria ser um paraíso terrestre num inferno de maldade e sofrimento. Como um famoso historiador disse certa vez: “A história consiste do relato interminável das terríveis ‘desumanidades’ cometidas pelos ‘humanos’ contra outros ‘humanos’!”

Desde o início, então, o homem tem procurado resolver este problema – uns com Deus e outros sem ele. Ao ler o Velho Testamento, ainda com o ponto de vista imparcial de nosso imaginário ET, que não se sente obrigado a defender nem atacar o Cristianismo (apenas avaliar os fatos), ficamos horrorizados com a triste história dos repetidos fracassos e reconciliações do povo de Deus. Só podemos concordar plenamente com os próprios escritores proféticos de que a velha aliança, baseada nos esforços do homem para cumprir a lei de Deus, não funcionou. O mal no coração humano não foi extirpado e a história de Israel demonstra isto com fatos e eventos durante muitos séculos.

Porém, ao virarmo-nos para o Novo Testamento e o advento da graça de Deus, se tirarmos a vida do próprio Jesus e um curtíssimo período de glória da primeira igreja, não conseguiremos ver muita diferença! Se você analisar a história da igreja durante estes últimos 2.000 anos com olhos desapaixonados e sem preconceitos, terá de admitir que, muitas vezes, chega a ser mais deprimente do que a história de Israel no Velho Testamento! Parece que o veredicto da história seria que a Nova Aliança, baseada na salvação pela graça, não funcionou melhor do que a Velha!
O pior é que os cristãos, ao invés de chorar, suspirar e gemer diante de tão péssima demonstração da graça de Deus apresentada ao mundo durante a história até hoje, continuam cheios de atitudes de arrogância e superioridade diante dos “ímpios” ou “incrédulos”.

Temos de reconhecer que uma pessoa totalmente neutra, sem conhecer Jesus pessoalmente ou sem fé no invisível, baseando-se apenas na história e nos feitos do povo de Deus, não poderia crer que há uma solução no cristianismo para a maldade intrínseca do coração humano. Fatos são fatos, e os fatos ainda não provaram a Satanás e ao mundo que Deus conseguiu o que ele mais quer – um povo que realmente venceu o mal e vive sua verdadeira imagem e semelhança. Diante de tal observador imaginário, tanto a lei quanto a graça fracassaram em resolver o problema da maldade humana, tanto o Velho quanto o Novo Testamento não funcionaram. Foi esta a conclusão do compositor daquele famoso musical “Jesus Christ – Superstar”, onde ele afirma que Jesus foi o melhor homem que já existiu, mas que nem ele conseguiu dar jeito na humanidade.

Ficou escandalizado? Espero que sim, mas num bom sentido, para sair da religiosidade barata e sair à procura da verdade que não é só teologicamente correta, mas que também realmente funciona na vida prática. E quer saber mais? É justamente por este motivo que Deus não acabou com o mundo ainda e Jesus não voltou. Você acha que Deus suportaria mais um dia, mais uma hora, de tanta crueldade, miséria e abominações, se não fosse absolutamente necessário? Ele está com muito mais pressa do que nós para acabar com esta aberração cósmica na qual a terra se transformou pelo pecado do homem. Ele sofre terrivelmente com isto e cada momento em que isto continua constitui-lhe uma agonia indescritível. Por que então ele se vê obrigado a agüentar isto? Porque o propósito para o qual criou o mundo ainda não foi alcançado.

A verdade espiritual, invisível, teológica, precisa encarnar-se num povo na terra e desmentir Satanás, seus anjos e todo o resto da humanidade, não com palavras ou teorias, mas com fatos, atos e eventos. Um povo precisa aparecer na terra que demonstre em palavra e em ação a natureza de Deus e a sua vitória total sobre o pecado e o mal. Aí sim, a justiça e a sabedoria de Deus serão reivindicadas, o propósito da terra será alcançado, e esta era poderá ser encerrada.

Deus Nunca Desistiu, Nem Desistirá, do Seu Plano Original

Mas será que Deus foi pego de surpresa por esta situação? Será que ele realmente acreditava que a Velha Aliança funcionaria? Será que, depois de ficar triste e desiludido com o fracasso do povo de Israel, ele pensou que a Nova Aliança inaugurada por Jesus funcionaria rapidamente e a igreja cumpriria seus desígnios, tapando a boca de Satanás e casando-se com seu Filho?

De forma alguma! O próprio promulgador da lei, Moisés, antes de partir, cantou para os filhos de Israel um cântico profético que predizia o fracasso da lei por causa da infidelidade do homem (Dt 32). E o próprio promulgador da Nova Aliança, Jesus, mostrou com muitas ilustrações e comparações nas suas parábolas, que a história da igreja seria cheia de mistura e contaminação (Mt 13.24-49). Ele sempre enfatizava que o reino de Deus era uma semente pura, mas que cresceria no meio de muitas sementes falsas até que no fim do mundo haveria uma separação final.

E Paulo, que recebeu tão grande revelação do plano de Deus na história que teve a ousadia de dizer “meu evangelho” (Rm 16.25), mostra claramente que o plano de Deus previa o fracasso tanto dos judeus (seu povo especial da Velha Aliança) quanto dos gentios (dentre os quais surgiu o povo que veio a constituir a igreja, o povo da Nova Aliança) – (Rm 11.32). Deus encerrou a todos debaixo da desobediência, a fim de usar de misericórdia para com todos.

Deus não foi pego de surpresa. Ele está trabalhando desde o início da história num projeto e nada vai detê-lo ou desviá-lo disto. No fim entenderemos, maravilhados, emudecidos e boquiabertos, como Jó, que tudo faz sentido e tudo contribui para os desígnios inescrutáveis de Deus. Naquele dia ninguém poderá se gloriar de nada, e só ele será exaltado. Tanto os judeus quanto os gentios terão seu fracasso documentado cabalmente pela história e, no entanto, Satanás não poderá se gloriar contra Deus, pois este terá um povo que reivindicará a honra divina, não por seus próprios méritos, mas pela força do braço estendido do próprio Deus.

A Estratégia de Deus – Unilateralidade

Se você estudar todas as passagens que se referem à consumação do plano de Deus na história, verá claramente que Deus não deixa dúvida alguma quanto ao resultado final nem aos meios que ele utilizará para alcançá-lo. Um exemplo clássico deste tipo de passagem é o capítulo 20 de Ezequiel, onde o Senhor fala como um noivo apaixonado com uma noiva inconstante e infiel. Nos vv. 30 e 31 ele jura por si mesmo que não será consultado por um povo que mistura sua devoção a ele com outros ídolos e abominações (um quadro exato da igreja hoje).

Se tomarmos por base este juramento, fica parecendo que ele pretende largar seu povo e deixar que ande em seus próprios caminhos. Segundo a terminologia do meu irmão, Robert Walker, ele vai deixar a “chave geral” desligada e permitir que “brinquemos de igreja” à vontade, sem nos abençoar ou amaldiçoar. Mas assim como uma pessoa apaixonada entra em contradições por causa de seus fortes sentimentos, Deus, apesar de jurar que não seria consultado por Israel nesta condição, afirma no v.32 que “de maneira nenhuma” seu povo poderia abandoná-lo e se tornar como os outros povos da terra. Portanto, ele descarta totalmente duas possibilidades: 1 – Continuar sendo povo de Deus, mas envolvido com abominações e 2 – Voltar ao mundo e tornar-se como os outros povos. Que possibilidade resta?

Ele descreve seu sonho no resto da passagem nos vv.33 a 38. Mais uma vez jurando por si mesmo e sem qualquer menção de dúvida ou dependência da atitude ou decisão do seu povo, ele declara com três frases fortíssimas: “mão poderosa”, “braço estendido” e “furor derramado” que ele certamente há de reinar sobre nós. Ele repete estas três expressões no v.34 e depois descreve o remédio que vai usar para curar seu povo da infidelidade crônica que o assolou tanto no Velho Testamento (Israel) quanto no período do Novo e de toda a história desde então (a Igreja).

Ele usa várias maneiras para descrever este remédio nos vv.35 a 37: “Tirar-vos-ei dentre os povos”, “Vos congregarei das terras onde andastes espalhados”, “Levar-vos-ei ao deserto dos povos”, “Entrarei em juízo convosco, face a face”, “Far-vos-ei passar debaixo da vara” e “Vos farei entrar no vínculo do pacto”. Isto tudo quer dizer que ele vai casar com sua igreja “na marra”. Ele está jurando que, independentemente da boa vontade, bondade ou santidade do seu povo, ele terá, no fim dos tempos, um povo perfeito e apaixonado, para casar-se com ele. É claro que este “na marra” é um modo de falar, pois depois que ele aplicar estes remédios, a igreja vai querer casar-se com ele e quem não quiser vai ser rejeitado: não vai entrar na terra prometida, mas também não vai conseguir voltar para o mundo (v.38).

Olhando para a história, não podemos crer que esta situação vá mudar. Por isto precisamos crer, não nas evidências externas nem nos acontecimentos passados, mas no juramento e determinação de Deus expressos nesta passagem de Ezequiel. Ele declara sem nenhum “se”, “mas” ou “porém” que certamente há de reinar sobre nós e nos fazer entrar em aliança eterna consigo. Mas, para isto acontecer, não devemos estar pensando em ser arrebatados a qualquer momento para o lar no céu e sim, em nos prepararmos para este juízo de Deus na igreja, este temível encontro face a face com ele, esta coisa nova, este caminho novo pelo qual nunca antes passamos, para nos preparar para o grande Casamento que será o maior evento de toda a história.

Deus tem tido paciência e tem dado tempo para o homem tentar alcançar o seu objetivo: primeiro, os judeus, e depois, os gentios. Mas ele agüentou todos os absurdos praticados por seu povo durante toda a história porque seus olhos estavam fitos no dia final, o grande dia, o dia do Senhor. Ele sabe que vai chegar o momento quando sua glória vai descer de tal forma que os sacerdotes não vão mais poder ministrar.

O momento quando ele vai gritar bem alto: “Basta!” e pedir a tudo e a todos para saírem de sua frente, pois o dia da sua ira chegou e a hora para o seu juízo ser derramado, primeiro em sua casa, e depois em toda a terra. Não temos espaço nem tempo para entrar em detalhes aqui, mas a Palavra é muito clara sobre isto, repetindo muitas vezes a expressão “o grande e terrível dia do Senhor” e falando que ele virá como fogo para purificar seu povo de toda imundícia, separar a palha do trigo, e queimar a palha no fogo inextinguível.

Portanto, não podemos recorrer às lições da história para nos ensinarem sobre os fatos que acontecerão em nossos dias, pois serão inéditos, coisas que jamais aconteceram, nem na época do Velho Testamento, nem na do Novo, nem durante a história da igreja até hoje. De acordo com a Palavra, podemos esperar uma manifestação purificadora e abrasadora do Espírito Santo no meio do povo de Deus como nunca aconteceu até hoje. A volta do Noivo se aproxima, mas mais perto ainda vem chegando esta operação avassaladora e separadora do Espírito Santo, que arderá na igreja com cada vez mais intensidade, até que comece a ser ouvida em som alto e uníssono a voz do Espírito e da Noiva, dizendo juntos: Vem, Senhor Jesus.

Neste contexto todo é importante ressaltar que Deus não estava brincando com o homem durante a história, dando as alianças, sabendo que não iriam dar certo e divertindo-se com as tentativas malogradas do seu povo. Apesar de constatarmos com clareza que tanto a Velha quanto a Nova Aliança não tem conseguido levar o povo de Deus ao cumprimento do seu plano eterno, precisamos entender que cada fase da atuação de Deus na história está contribuindo para a fase seguinte e conduzindo todo o processo à consumação.

Em poucas palavras podemos dizer o seguinte: a Velha Aliança foi dada para levar o homem ao desespero ao perceber a sua impossibilidade de atingir os altos padrões de Deus. A Nova Aliança em Jesus colocou à disposição do homem todos os recursos divinos necessários para a santidade, mas a história da igreja demonstra que sem alguns fatores essenciais, como, por exemplo, a plena revelação desta graça e a participação de Israel natural junto com os gentios, a Nova Aliança não funciona na prática. Podemos comparar o plano de Deus na história com o projeto de uma grande construção. Deus vem ajuntando todos os materiais, mas até agora estão em montes separados. No fim, vai usar todos eles, na medida certa e no momento certo, para completar seu edifício.

Conclusão

Se Deus sempre esteve em ação durante a história, trabalhando incansavelmente rumo ao seu propósito eterno, com certeza está trabalhando muito mais intensivamente em nossos dias à medida que o fim de todas as coisas se aproxima. Nossa tarefa é nos dedicarmos com cada vez mais afinco a buscar a sua face para discernirmos onde e como ele está agindo e unirmo-nos a ele neste trabalho.

Como os antigos profetas que “inquiriram e indagaram diligentemente” sobre a salvação que viria na primeira vinda de Jesus, “indagando qual o tempo ou qual a ocasião que o Espírito de Cristo que estava neles indicava, ao predizer os sofrimentos que a Cristo haviam de vir” (1 Pe 1.10,11), nós também precisamos inquirir insistentemente do Senhor, como e quando o juízo purificador do Espírito Santo virá à igreja preparando-a para a volta de Cristo.

Lembremo-nos de que Deus não consulta os homens quanto às estratégias que vai usar e que muitas vezes escolhe os meios e os vasos menos aceitáveis às nossas suscetibilidades e preconceitos. Lembremo-nos também que, se o juízo vai começar pela casa de Deus (1 Pe 4.17), nós fazemos parte desta casa, portanto o juízo deve começar em nosso próprio interior, revelando toda nossa podridão e queimando toda impureza, antes que sejamos autorizados para cooperar com Deus na purificação do resto da sua casa e na declaração de juízos sobre o mundo, as potestades e Satanás.

Terminando, relacionaremos aqui uma lista de alguns aspectos apresentados nas Escrituras como condições fundamentais a serem cumpridas antes da volta do Noivo:

Santificação Radical – “Mas quem suportará o dia da sua vinda? E quem subsistirá, quando ele aparecer? Pois ele será como o fogo de fundidor e como o sabão de lavandeiros; assentar-se-á como fundidor e purificador de prata; e purificará os filhos de Levi, e os refinará como ouro e como prata, até que tragam ao Senhor ofertas em justiça” (Ml 3.2,3). “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14).

Unidade do Povo de Deus – “E eu lhes dei a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um; eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, a fim de que o mundo conheça que tu me enviaste…” (Jo 17.22,23). Esta unidade perfeita, divina, vai acontecer antes da volta de Cristo, pois o mundo vai conhecer por meio dela que Jesus foi realmente enviado por Deus. “…Até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, ao estado de homem feito, à medida da estatura da plenitude de Cristo” (Ef 4.13).

Restauração da Família – “Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor; e ele converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos a seus pais…” (Ml 4.5,6).

Arrependimento de Israel Natural para Unir-se com a Igreja e Formar um Só Povo – Uma Só Noiva – “Ora se o tropeço deles é a riqueza do mundo, e a sua diminuição a riqueza dos gentios, quanto mais a sua plenitude!… Porque, se a sua rejeição é a reconciliação do mundo, qual será a sua admissão, senão a vida dentre os mortos?” (Rm 11.12,15). “Mas sobre a casa de Davi, e sobre os habitantes de Jerusalém, derramarei o espírito de graça e de súplicas; e olharão para aquele a quem traspassaram, e o prantearão…” (Zc 12.10).

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