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Notícias do 1º Encontro Preparando Soldados Para As Últimas Batalhas

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No final de novembro de 2002, o grupo de irmãos do Ministério Impacto, que é responsável por um trabalho de oração e treinamento de obreiros, iniciado em 2001 em Monte Mor, SP, sentiu fé e ousadia para propor um evento bastante incomum. Faltando poucas semanas para o final do ano, e numa época pouco provável para atrair este tipo de público, lançaram um convite para um encontro de jovens, a ser realizado em Sorocaba, SP,  do dia 29 de dezembro a 1 de janeiro.

O encontro foi intitulado “Preparando Soldados para as Últimas Batalhas”. A seguir, um trecho do convite, escrito por Harold Walker, onde ficou definido o objetivo do encontro:

Por várias igrejas, encontros e ajuntamentos do povo de Deus por onde tenho andado nos últimos seis meses tenho notado um fenômeno diferente: alguns jovens acesos com uma luz especial de Deus sobre suas vidas. Conferindo com outros irmãos que têm percebido o mesmo, chego à conclusão que Deus está começando a levantar o seu exército para os últimos dias, o exército descrito em Joel 2. Há uns vinte anos, havia um mover semelhante no Brasil e muitos dos jovens e adolescentes que vimos naquela época, hoje estão na liderança das mais variadas igrejas, movimentos e denominações.

Uma marca registrada destes jovens especiais é que têm uma paixão por Deus e por sua Palavra que se destaca no meio da normalidade da maioria dos jovens. Choram ao ouvir a Palavra, oram com súplicas, intensidade e entendimento, buscam respostas práticas para suas vidas, para a igreja e para o mundo que os cerca. Não demonstram muito interesse em namoros, festinhas, fofocas, esportes, estudos seculares ou carreiras bem sucedidas. Sentem-se chamados para algo mais. São chamados para serem proclamadores da Palavra de Deus para esta geração! São chamados, não para serem esnobes ou presunçosos, mas para gemer, chorar e interceder por sua geração!

Embora houvesse uma expectativa de trazer, quem sabe, um grupo em torno de cinqüenta jovens para o evento, o Senhor moveu além do esperado e aproximadamente 100 pessoas, de 12 a 30 ou mais anos de idade, compareceram ao encontro. Houve uma seriedade e intensidade de busca ao Senhor, como raramente se vê, mesmo em encontros de adultos. As reuniões aconteciam de manhã, à tarde e à noite, sem programações especificamente voltadas a lazer ou esporte e, mesmo assim, não se via uma diminuição de atenção ou fervor entre os jovens participantes.

As palavras ministradas trouxeram muito impacto. Os assuntos abordados foram: as forças especiais do exército de Deus nestes últimos dias; entrar em intimidade com o Senhor e realmente conhecer os seus caminhos; ter o amor que não é emoção, mas decisão; manter acesa a chama da paixão por Deus; mudar o comportamento na família para pregar a Palavra em ações e não apenas em palavras; ter um amor extravagante pelo Senhor como a mulher que quebrou o vaso de alabastro; e como alcançar esta geração de jovens “normais” e “comportados” no Brasil, que sofrem de falta de visão e desafio para suas vidas.

Numa tarde quente, após algumas apresentações dos próprios jovens sobre a vida de C. T. Studd e outros heróis da fé, que abandonaram tudo por amor a Cristo, a presença do Senhor veio com tanto poder que quase ninguém pôde se mexer, muito menos terminar a reunião em preparação para o jantar. Por mais de uma hora, o Espírito moveu soberanamente sobre várias vidas com choro, clamor e intercessão. Naquele mesmo dia, 31 de dezembro, enquanto todos oravam antes e depois da meia-noite, o clamor do Espírito voltou com intensidade sobre diversos jovens, que clamavam em alta voz para Deus alcançar sua geração no Brasil.

No último dia do encontro, dia 1 de janeiro, foi elaborado um documento que resolveram chamar “Carta de Sorocaba”, que os participantes que quisessem poderiam assinar, assumindo um compromisso de fidelidade ao Senhor, a fim de alcançar outros jovens.

CARTA DE SOROCABA

Nós, os 100 jovens reunidos em Sorocaba de 29/12/2002 a 01/01/2003, resolvemos diante de Deus apresentar-nos a ele para atingir nossa geração com a mensagem de dedicação 100% a Deus.
Queremos atender o chamado de Deus para fazer parte do seu exército especial para os últimos dias.
Sentimos um peso especial pelos jovens do Brasil que vegetam dentro e fora das igrejas sem visão ou propósito para suas vidas – aqueles que são considerados “normais” e “comportados”, mas anormais no padrão de Deus.Para tanto nos propomos a:

1. Ler a Bíblia inteira numa base diária e sistemática;
2. Separar tempo para Deus diariamente em oração;
3. Obedecer à voz de Deus, percebida na leitura da Palavra e oração, atingindo pessoas específicas (ex.: visitação, testemunho, monitoramento, ajuda social etc);
4. Registrar por escrito, com freqüência regular, o que sentimos que Deus está falando e fazendo em nossa vida;
5. Separar o primeiro sábado de cada mês para jejuar e orar em favor destes alvos;
6. Manter uma consciência limpa, através de abrir-nos com alguém de maturidade e confiança;
7. Aceitar monitoramento, ao menos uma vez por mês, para o cumprimento desses objetivos.

Cartas de Participantes

À noite em que eu mais senti a presença de Deus foi na virada do ano. Ele me fez sentir um amor imenso e colocou dentro de mim um desejo ardente de clamar pelos jovens (todos, cristãos ou não). Lembrei-me de várias pessoas por quem tenho orado e, com base nisso, pedi a Deus que nunca deixasse que as lágrimas de meus olhos secassem; pelo contrário, que ele fizesse jorrar torrentes de águas por amor à igreja e aos jovens.
Ouvi um homem dizer que talvez morrer por Jesus não seja o mais difícil, mas o desafio é viver por ele e para ele. Eu me pergunto:
“Quando foi que você disse: Estou indo para Deus? Quando foi que você deixou tudo de lado, todas as suas ocupações e correu na estrada do arrependimento para buscar Deus?” VEM JESUS!!!
BRUNA AVILA DA SILVA
Botucatu — SP

Há algum tempo sinto uma urgência de clamar por santidade (especificamente pela purificação da Noiva), e desde então tenho intercedido e chorado por ela, pedindo a Deus que a santifique e a prepare para o casamento. Uma Noiva pura e apaixonada pelo Amado Jesus se levantará, uma Noiva que tem suas vestes lavadas no sangue do Cordeiro, vestes mais brancas do que a neve.
No dia 31/12, enquanto estávamos orando depois da última palestra, comecei a orar pela Noiva de Cristo e pela nova geração. Creio que a geração que Deus está levantando é uma geração de pessoas comprometidas com o Evangelho, uma geração de pessoas apaixonadas e desesperadas por Jesus. Pessoas que diariamente morrem para si mesmas e vivem para Cristo e que estão dispostas a correr pelo mundo, anunciando a mensagem do arrependimento e salvação, não importando o preço.
FERNANDA AVILA
Botucatu — SP

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Os Últimos Incontáveis

Coisa interessante aconteceu no livro de Números, capítulo 1. Ali Deus ordenou a Moisés que contasse, entre o povo de Israel, todos os homens maiores de 20 anos e que fossem aptos para a guerra. Automaticamente estes seriam considerados soldados. Não seria uma contagem simples, teria que ser por nome e um a um, separados por tribo.

Até aí nada demais, porém você já parou para pensar por que Deus, que sabe quantos cabelos você tem em sua cabeça, pediria a homens para contar seu exército? Davi fez coisa semelhante em seu reinado e isso muito desagradou a Deus. Então qual seria o motivo do recenseamento, neste caso?

Podemos chegar a uma conclusão se atentarmos para o detalhe do “um por um”. Deus sabia quem eram seus soldados, mas será que estes soldados sabiam que estavam arregimentados no exército de Deus?

Vamos supor que haja guerra em um país. Os primeiros a defender a pátria e a se enfileirar nas trincheiras são os soldados, depois, em caso de extrema necessidade, os civis. Para os soldados há uma responsabilidade a mais, pois foram alistados, seus nomes foram escritos em registros militares e o país conta com eles. Da mesma forma, Deus queria que os homens de Israel que preenchessem os requisitos se considerassem soldados, pois tinham seus nomes na lista militar e a nação israelita contaria com eles.

Não é novidade dizer que vivemos em clima de guerra. Muito menos que as hostes da maldade marcham para tentar frustrar os planos de Deus para o homem em si e, num sentido mais amplo, para a própria igreja. O confronto bélico, apesar de espiritual, é progressivamente mais perceptível à medida que nos aproximamos da consumação dos tempos.

Porém, freqüentemente nos comportamos como apenas “civis” do reino celeste, esperando que nossos (poucos) soldados lutem por aquilo que acreditamos; não amamos a causa de Deus a ponto de dar nossa própria vida para defendê-la.

Deus quer contá-lo hoje como soldado dele. Não amanhã. Não quando as coisas estiverem pretas (a meu ver, já estão). Não somente em casos de extrema necessidade, mas hoje.

As forças do inferno marcham com ímpeto e determinação que nós não possuímos. Apesar de ver tanta morte nas ruas, tanta violência, tanta desunião nos lares, tanto engano, tantas heresias, tantas aberrações e abominações, tanta desonestidade, tanto ódio, tantas doenças físicas e emocionais etc., ainda vivemos como se nada estivesse acontecendo. Não estou resumindo todas essas conseqüências ao âmbito do mundo, pois elas também existem dentro da igreja e isso vem crescendo nos últimos anos.

Sendo assim, é impossível ficarmos incólumes, vivendo sãos e salvos. Deus tem passado pelo meio de seu povo procurando aqueles que preenchem os requisitos necessários para se alistarem como guerreiros. Ele procura e chamará seus guerreiros pelo nome. Nome por nome.

Mas quais serão os requisitos que Deus tem exigido de nós? Para ser um soldado, temos que ter um coração contrito, quebrantado, necessitado.

Talvez essa seja a maior diferença entre soldados humanos e espirituais. Deus quer pessoas que caiam com o rosto em terra, que intercedam, que clamem, que anseiem tanto pelo reino de Deus aqui na terra, que sintam profunda angústia enquanto isso não acontecer. Pessoas desde já apaixonadas por sua pátria celeste. Amantes da verdade e da justiça. Com princípios, com um coração zeloso, assim como é o do seu Capitão.

Pessoas que vivam com a cabeça nas nuvens! Nas nuvens que precedem a glória da presença de Deus!

Seu coração anseia por ser um soldado assim? Então diga isso ao Senhor dos exércitos! “Conte-me entre teus soldados, Senhor!”. Seu nome será escrito, não em registros militares nem históricos, mas no livro da vida pela própria mão do Senhor! Aleluia!

Mas ainda cabe uma advertência. Duas coisas podem acontecer, assim como aconteceu nos tempos mosaicos: (1) Você não ser contado ou (2) Ser alistado e não agir como tal. Para ambas as situações, o resultado é desastroso.

Israel, povo de dura cerviz como nós, mais murmurava do que qualquer outra coisa. Falavam contra o Senhor que os alistou. Em Números 26, houve um novo recenseamento e ninguém, exatamente ninguém (exceto Josué e Calebe) que foi contado no primeiro censo, sobreviveu para ser contado no segundo.

Deus quer contar, quer alistar para as últimas batalhas, mas cabe ao povo fazer sua escolha. Será essa a geração que receberá o Messias? Que adentrará na Terra do leite e do mel? Ou passaremos essa honra à próxima geração e, por fim, teremos um destino semelhante ao de Israel? Deus agia no meio deles, mas não o reconheciam. Deus fazia milagres no meio deles, mas nunca agradeciam. Deus os chamou pelo nome, mas preferiram ouvir as vozes de outros deuses. Pensavam que chegariam a algum lugar, mas não chegaram a lugar algum.

Deus nos livre disso!

Ricardo Alexandre de Oliveira – Barueri – SP

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