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Israel: O Reino em Daniel

Por: Asher Intrater

As profecias de Daniel sobre o “Reino” lançaram um fundamento importante para os ensinamentos posteriores de Yeshua e dos apóstolos na Nova Aliança. Podemos resumir os ensinamentos de Daniel em três pontos principais:

1. a soberania de Deus sobre as nações;
2. a transferência da autoridade humana para o Messias;
3. a transferência de autoridade do Messias para os “santos”.

Deus usou Nabucodonosor, várias vezes, para demonstrar sua soberania sobre as nações: “… o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens; e o dá a quem quer” (Dn 4.17). Ele reafirma esse princípio em Daniel 4.25, 4.32 e 5.21.

Essa exortação pode ser vista de duas maneiras: primeiro, como uma repreensão àqueles que têm autoridade governamental, mas não se submetem à vontade de Deus; segundo, àqueles que creem, realmente, em Deus, mas não têm fé para influenciar ou exercer domínio na sociedade mundial.

Nas profecias de Daniel, Deus revelou que, um dia, apontará um Homem para ser o cabeça de toda a autoridade na Terra. Esse Homem é o Messias. A transferência de autoridade eterna para as mãos dele é descrita em Daniel 7.13,14: “Eis que vinha com as nuvens do céu um como o Filho do homem, e dirigiu-se ao Ancião de dias… Foi-lhe dado domínio e glória, e o reino, para que os povos, nações e homens de todas as línguas o servissem; o seu domínio é domínio eterno, que não passará, e o seu reino jamais será destruído”.

Esse momento profético descreve a transformação do governo terreno e temporário no Reino divino e eterno, quando todo o poder na Terra será transferido a uma Pessoa que é humana e divina ao mesmo tempo. Essa é uma das profecias-chaves no Antigo Testamento sobre o Messias; e ela se cumprirá em Yeshua.

Após receber toda a autoridade, o Messias a divide com seus discípulos, os “santos”. “Mas os santos do Altíssimo receberão o reino, e o possuirão para todo o sempre… e fez justiça aos santos do Altíssimo; e veio o tempo em que os santos possuíram o reino… O reino e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo” (Dn 7.18,22,27). (Evidentemente, como se pode ver em outros textos, a vitória dos “santos” virá ao final de um período doloroso de lutas e tribulações – Dn 7.21.)

Portanto, aí está a sequência: 1) de Deus para 2) o Messias, e dele para 3) os santos. Essa transferência de autoridade em três etapas é central na mensagem do Evangelho: “Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos…” (Mt 28.18,19). Isso será consumado no fim dos tempos, ao soar da sétima trombeta: “Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo [Messias], e ele reinará para todo o sempre” (Ap 11.15).

O Messias não somente se torna Rei sobre todo o governo e autoridade neste mundo, mas também nos convida a governar e reinar com ele. “E para o nosso Deus os fizeste reis e sacerdotes; e eles reinarão sobre a terra” (Ap 5.10). O Evangelho ordena que aceitemos a autoridade de Yeshua como Senhor. Convida-nos a nos tornarmos seus discípulos. No discipulado, somos treinados a dividir a autoridade do governo desta Terra para sempre com ele.

O fato de a mensagem do Reino se cumprir na sétima trombeta (Ap 11.15) faz uma conexão com a Festa das Trombetas, que ocorre no primeiro dia do sétimo mês. Os rabinos ensinam que um dos significados centrais de tocar o shofar é Malchuyot, ou proclamar os “reinos”. Isso também nos conecta com os sete shofars na batalha de Jericó.

Nestes dias, judeus messiânicos, cheios do Espírito, estão proclamando o evangelho do Reino de Yeshua em Israel (Mt 24.14) e tocando o shofar nos dias sagrados da Bíblia. Revelação profética está sendo liberada; o tempo aguardado da consumação está chegando.

Engano no Fim dos Tempos

O primeiro pecado teve origem numa mentira e um engano (Gn 3.4,13). O primeiro mentiroso foi Satanás, e todas as demais mentiras advêm dele (Jo 8.44). Conforme nos aproximarmos do fim da História, tais mentiras e enganos alcançarão sua plenitude. Nos ensinamentos de Yeshua a respeito desse período no Monte das Oliveiras, ele alerta várias vezes quanto ao engano:

“Vede que ninguém vos engane” (Mt 24.4).
“Porque virão muitos em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo, e enganarão a muitos” (Mt 24.5).
“Levantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos” (Mt 24.11).
“Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos” (Mt 24.24).

Esta plenitude de engano do fim dos tempos envolverá várias áreas.

Secular: o sonho ocidental, liberal, humanista e secular é ter uma utopia de igualdade, liberdade de direitos, liberdade sexual, relativismo moral, espiritualidade de nova era, sem “deus” algum além de nós mesmos. Essa visão foi expressa na canção de John Lennon, Imagine. Continua crescendo e se tornará um movimento global para formar um novo mundo, conforme expresso também na canção de Michael Jackson, We are the World (Nós somos o mundo).

Islâmica: o mundo islâmico tem várias subdivisões, porém todas buscam domínio mundial, a vinda de um messias islâmico e a destruição de Israel. A combinação de ódio islâmico de Israel e a federação unida de nações conduzirão a um ataque apocalíptico contra Israel (Ez 38,39; Zc 14).

Judaico-cristã: há uma doença psiquiátrica oficialmente registrada que é conhecida como síndrome de Jerusalém. Ela acomete judeus e cristãos que têm algum tipo de formação religiosa. Muitas pessoas que visitam a Cidade Santa são infectadas com ilusões de grandeza e começam a ver-se como a personificação de uma das figuras bíblicas.

A sutil influência da síndrome de Jerusalém afeta até mesmo os verdadeiros crentes que vivem aqui. Orgulho espiritual, competição, ciúme, autoimportância, um inflado “ego ministerial” – impedem que a verdadeira obra do Reino de Deus frutifique tanto quanto poderia.

Essas três esferas de engano (secular, islâmica e judaico-cristã) envolvem, todas elas, uma espécie de falso “messianismo”. Oremos para que haja graça, verdade, humildade, libertação de engano e temor do Senhor, a fim de não cairmos em tentação e engano (Mt 6.13).

Acontecimentos Históricos e Proféticos no Oriente Médio

No último dia 23 de setembro, o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, fez o pedido oficial, aguardado há alguns meses, para que o Estado Palestino seja aceito como membro da ONU. Abbas foi longamente aplaudido na Assembleia Geral, enquanto o premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, que discursou pouco depois, dirigiu-se a um público menor (alguns diplomatas deixaram a sala), com recepção bem mais fria.

Estamos claramente diante de um dos mais absurdos enganos mundiais da História. Os fatos são tão claros, e o histórico das relações entre Israel e os palestinos, de todas as tentativas para negociar, ceder e achar um meio pacífico de convivência está à disposição de todos os que queiram vê-lo. Só pode ter uma razão para tanta cegueira, tanto apoio a um governo que tem intenção declarada de apagar o Estado de Israel do mapa: “o determinado desígnio e presciência de Deus” (At 2.23), que permitiu a crucificação de Jesus e que agora está armando o cenário para o conflito final entre todas as nações e o povo de Israel (Ez 38.16). A sensação de estar próximo ao cumprimento iminente das profecias, diante dos nossos olhos, é muito forte.

Para que você tenha uma ideia mais completa e fundamentada das questões referentes a esse pedido de reconhecimento do Estado Palestino na ONU, sugerimos a leitura do discurso completo de Netanyahu, pois apresenta uma análise objetiva e histórica da situação. O texto pode ser encontrado no seguinte site: www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=18559.

A seguir, o comentário de Asher Intrater sobre o discurso de Netanyahu:

Netanyahu falou perante a Assembleia Geral da ONU e representou bem a posição de Israel. Dentre outros pontos, ele confrontou ousadamente os delegados dos países presentes em relação às mentiras contra Israel, dizendo que, ao consentir com elas, a Assembleia se transforma num “teatro de absurdos” (veja Salmo 2).

Ele também os convocou a despertar para “o tumor maligno” que está ameaçando o mundo hoje: o “Islamismo militante”. Ele observou que o fato de Ahmadinejad dizer que os ataques às Torres Gêmeas em 11 de setembro (2001) foram uma conspiração norte-americana é equivalente a outro absurdo de negar o Holocausto. Netanyahu disse que o Islamismo militante não está opondo-se às “políticas” de Israel, mas à “existência” de Israel.

Ao chamar as Nações Unidas de “absurda” e o Islã militante de “maligno,” Netanyahu falou com autoridade moral e espiritual a partir de seu cargo como primeiro-ministro de Israel, cargo que é, de certa forma, representativo do cargo que será ocupado, futuramente, pelo Messias Yeshua, o Rei de Israel. Ele terminou o discurso, citando um trecho de Isaías 9, que fala sobre a luz da verdade que brilha na escuridão.
O presidente dos EUA, Obama, também fez um discurso positivo ao apoiar Israel. Na manhã de seu discurso, ao reunirmos nossa equipe em Jerusalém, abrimos a Bíblia em Provérbios 21.1 e lemos juntos em voz alta: “Como ribeiros de águas, assim é o coração do rei na mão do Senhor; este, segundo o seu querer, o inclina”. Obrigado, Senhor.

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