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Impacto Mirim: Harry e o Exercício Problemático

Gosto muito de pregar para crianças porque são ouvintes atentos, por isso vou contar a história de um garotinho muito querido. Eu estava realizando uma campanha não muito longe de Lexington, Kentucky, e este garoto que na época tinha nove anos, se converteu de forma maravilhosa. Depois da conversão, dava testemunho e pregava em público, e cantava também pois tinha uma voz muito doce. Seu nome era Harry, se minha memória não estiver falhando. Isto aconteceu na primavera.

Quando chegou no outono seguinte, Harry me enviou uma oferta para que eu voltasse e realizasse outra campanha, porque disse que agora queria ser santificado*. Ele estava trabalhando, ajuntando nozes das árvores e descascando-as, e por isso quando cheguei lá, suas mãos estavam todas manchadas por causa das cascas das nozes. Foi com a venda das nozes que conseguira dinheiro para me enviar.

Assim, comecei a campanha. Harry participou, cantando e orando, até a quarta noite quando notei que não estava presente. Voltei para casa e o encontrei na sala de jantar. A mesa estava coberta de papéis que estava usando para fazer contas.

“Harry,” eu disse, “eu sei que você tem de fazer suas lições, mas senti sua falta.”

Fui para cima (eu dormia no mesmo quarto com ele), mas aquele adorável garoto não veio dormir. Continuou fazendo contas a noite inteira para resolver aquele problema.

A professora dele disse: “Harry, eu posso lhe mostrar onde está a solução, mas eu gostaria que descobrisse por você mesmo, pois isso será muito importante para seu desenvolvimento.”

Por isso, na noite seguinte ele não apareceu na igreja. Voltei do culto e lá estava ele sentado, olhos vermelhos, estudando e fazendo contas.
“Harry,” disse-lhe, “não gostaria que continuasse perdendo as reuniões na igreja. Preciso de você.” Fui para cima, e logo o pai dele subiu também e me disse: “Irmão Bevington, o que é que vamos fazer com o Harry? Este problema vai acabar com ele.”

Então eu disse: “Vamos lá em baixo.” Dissemos para o menino: “Harry, você é de Jesus, não é?” Ele nos olhou com olhos cheios de lágrimas e disse, “Sim, eu sou.”
“Você ora?”
“Sim.”
“E você não crê que Jesus responde as orações?”
“Sim, eu sei que ele responde.”
“Então, você não crê que ele pode lhe mostrar onde está errando?”

Bem, isso o deixou confuso. Ele sabia que Deus curara sua irmãzinha na primavera, e algumas outras evidências se destacaram na sua memória; mas pensar que Deus viria e lhe mostraria como fazer aquele exercício – isso era demais para ele.

Então eu disse: “Vamos orar.” Convidei o pai dele para orar. Bem, ele era igualzinho à mãe da Katie (ver “O Milagre da Bola Perdida” edição nº17 – pág. 20). Ele orava dando “golpes” por toda a parte em volta do prego, mas nunca acertava no prego. Então o interrompi e chamei Harry para orar. Bem, Harry chegou um pouco mais perto, mas também não estava acertando no prego; por isso tive que interrompê-lo. Comecei a orar e em dez minutos cheguei ao ponto onde pude acertar bem na cabeça do prego, até fazê-lo entrar totalmente na tábua.

Baixando enfaticamente minha mão, eu disse: “Deus, tu estás mostrando para Harry, agora mesmo onde está errando.” Eu disse isto por três vezes, e quando pronunciei estas palavras pela terceira vez, Harry pulou e disse, “Irmão Bevington, já sei!”

Ele se sentou, começou a escrever num pedaço de papel do tamanho da minha mão. Antes disso, já havia enchido três blocos de papel com suas contas. Sim, o Espírito, em resposta à oração, mostrou o erro para ele. Por isso, crianças, creia que Jesus as ajudará se realmente confiarem nele.

Nota: Naquela época, não tinham conhecimento do batismo no Espírito Santo, mas criam numa experiência de santificação, como “segunda obra da graça” e que resultava em consagração e poder sobre o pecado.

Extraído do livro “Remarkable Incidents and Modern Miracles Through Prayer and Faith” (Milagres Atuais e Incidentes Notáveis por causa da Oração e da Fé). G. C. Bevington foi um homem de muita fé e oração que viveu no fim do século XIX e início do século XX.

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