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caminho que Jesus trilhou

Geração Benjamin

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Por Ezequiel Netto

Existe uma grande expectativa em relação ao que Deus fará nos últimos dias, como ele usará sua igreja, sobre a geração que cumprirá a profecia de Romanos 16:20 (“E o Deus da paz, em breve, esmagará debaixo dos vossos pés a Satanás”). Essa geração experimentará realidades espirituais nunca antes experimentadas na igreja.

Muitos profetas da atualidade (David Wilkerson, Rick Joyner, entre outros) apontam para um exército composto basicamente por jovens, com suas vidas totalmente rendidas a Jesus, pessoas das quais o mundo não será digno (Hb 11.38). Como Benjamim, filho de Jacó, esse povo será como lobo que despedaça; pela manhã, devorará a presa e, à tarde, repartirá o despojo (Gn 49.27). Sem a passividade observada atualmente, essa geração não viverá com medo do inimigo ou escondida atrás dos portais da religião (Mt 16.18), mas terá as profecias de Benjamim cumpridas em seu tempo.

Neste artigo, estaremos meditando em alguns detalhes da vida de Benjamim que apresentam paralelo com esta geração:

1) Benjamim nasceu em Belém (Gn 35.18)

Belém é uma cidade profética, onde nasceram também Jesus e Davi. O nome significa “casa de pão”, ambiente onde nascerá essa igreja, apontando também para a fartura de alimento que terá. No livro de Rute, vemos uma situação calamitosa para o povo de Israel, quando a família de Noemi sai de Belém, pois ali não havia pão para comer – a casa de pão não tinha pão. Essa falta de pão, também observada atualmente na igreja, será solucionada, e a geração Benjamim será alimentada com fartura.

Como casa de pão, revelará Jesus, o “verdadeiro pão do céu” (Jo 6.32-35). Quem comer desse pão, jamais terá fome. A palavra maná, o pão dos céus, quer dizer “o que é isso?”. Era um alimento espiritual sem precedente na terra, que tinha em si todos os nutrientes necessários para sustentar o físico do povo hebreu por 40 anos no deserto. Pela mesma providência divina, as roupas não envelheceram, nem os pés ficaram inchados (Dt 8.3-4). Podemos hoje experimentar, na esfera natural, essa influência do mundo espiritual nos alimentando, insuflando a energia divina em nossos corpos, suprindo nossas necessidades.

No caminho para a Galiléia, Jesus teve fome e sede. Seus discípulos foram providenciar comida, enquanto Jesus ficou junto à fonte de Jacó. Após sua conversa com a mulher samaritana, sua fome tinha passado, pois foi alimentado diretamente com o maná espiritual dos céus (Jo 4.8, 32-34). Nas experiências de multiplicação dos pães e peixes (Mt 14.17;15.34), também vemos forte influência do alimento celestial saciando a fome natural de muitas pessoas. Deus nos chama a comer deste alimento. Quem come desse maná, jamais terá fome. Esse será o alimento da geração Benjamim, como também a espécie de pão que será ministrado aos povos.

“Porque o Senhor escolheu a Sião… Este é o lugar de meu repouso para sempre, abençoarei abundantemente o seu mantimento, fartarei de pão os seus pobres…” (Sl 32.13-16).

Outros exemplos dessa comida espiritual: Elias alimentado por anjo, Moisés e Jesus jejuando 40 dias sem comer ou beber água (não se desidrataram nem ficaram abatidos).

A própria questão do maná é uma realidade a ser liberada para a igreja dos últimos dias. Verdades básicas do evangelho vão tomar uma dimensão muito maior que a atual: conversão, oração, batismo, discipulado, adoração, comunhão com Deus.

2) Benjamim recebe uma porção cinco vezes maior que a de seus irmãos (Gn 43.34; 45.22)

Tudo que a igreja já recebeu até agora não se pode comparar com o que Deus vai liberar para essa geração dos últimos dias. Muitas portas que não conhecemos ainda serão abertas. Existem dons, poderes, unção, uma nova realidade a ser revelada por Deus. Muitas verdades do evangelho, que estão apenas em nossas mentes, serão transformadas em prática. Elementos como santidade, graça, batismo no Espírito Santo e pregação do evangelho serão experimentados de uma maneira muito mais intensa e real.

3) Sua mãe morreu em seu nascimento (Gn 35.18)

Raquel era mãe de Benjamim, mas representa uma fase da igreja que precisa morrer para que Benjamim venha a termo. Mesmo depois de Jacó mostrar para ela e sua irmã Lia que Deus estava com ele, mesmo tendo Labão enganado a ele várias vezes, Raquel rouba os ídolos de seu pai (Gn 31.1-21; 30.35). Quando Raquel morreu, não foi enterrada no túmulo dos patriarcas (35.19-20; 49.31). Ela representa uma vida de religiosidade, de idolatria, de não dar valor ao que Deus estava fazendo de verdadeiro e milagroso; ela não prestava atenção nessas coisas, mas preferia os ídolos antigos de seu passado, com seu ritualismo morto, sem vida, meramente simbólico.

4) O nome de Benjamim não foi dado pela mãe, mas pelo pai

A igreja atual tem constituído muitos ministérios, mas, nessa geração, o próprio Pai estabelecerá seus ministros. Hoje convivemos com pastores, evangelistas, profetas e até apóstolos. Mas mesmo esses ministérios virão em um nível muito maior de unção e autoridade. Raquel queria chamá-lo Benoni (filho da minha dor), mas seu pai, não aceitando esse nome, chamou-lhe Benjamim (filho de minha destra), caracterizando e identificando-o com a autoridade e poder do próprio Deus. Hoje as denominações têm levantado seus próprios apóstolos, mas com funções muito parecidas com as dos arcebispos e cardeais, com atuação restrita apenas à sua tribo particular. Agora imaginem quando o Espírito Santo, como em Atos 13, separar pessoas, ele mesmo, para o apostolado, com autoridade muito além dos rótulos ou templos construídos por mãos humanas?

Estaremos convivendo com uma nova linhagem de ministérios caracterizada por atuar com grande autoridade e poder sobre o reino das trevas, para operar sinais e maravilhas, o que será percebido em todas as áreas de atuação da igreja.

5) Benjamim é lobo que despedaça; pela manhã, devorará a presa (Gn 49.27)

Essa geração, com um elevado nível de autoridade dada por Deus, terá vitória sobre o reino das trevas. Os inimigos do povo de Deus estarão debaixo de seus pés. Aquelas castas de demônios que só saem com muito jejum e oração (Mt 17.21) serão destronadas. Benjamim representa o exército de Deus que está sendo gerado com dores de parto, o filho varão. Desde o seu nascimento, o diabo tenta destruí-lo, como vem fazendo com as sementes de Deus, mas os planos do inimigo serão frustrados. O exército de Deus trará a vitória final, removerá o diabo e seus anjos dos lugares celestiais, e a igreja entrará em uma nova realidade espiritual que ainda não conhece.

6) Jacó entrega seu filho (Gn 42.15-20,29-38; 43.1-13)

A disposição de Jacó em entregar Benjamim para o desconhecido foi fundamental. Ele já tinha perdido um filho e poderia perder um outro, o mais amado. Jacó arriscou a vida de seu filho em função de algumas sacas de trigo, mas acabou recebendo muito mais do que esperava. Teve seus dois filhos de volta e ainda mudou a historia de toda a sua família.

Deus não está nos propondo uma troca. Talvez, ao colocar sua vida no altar, você pense em receber algum alimento para saciar sua fome imediata (e Deus pode surpreendê-lo com algo infinitamente maior do que tudo aquilo que pedimos ou pensamos – (Ef 3.20), mas a entrega vem primeiro. Depois é aguardar o tempo de Deus até que ele termine sua obra. A base de toda caminhada com Deus está nessa rendição a ele. Na entrada do tabernáculo e do templo estava o altar do holocausto (que quer dizer queima total). Foi assim com Abraão, que teve que abrir mão de seu filho para Deus. Foi assim com Jesus, que entregou sua vida para morrer na cruz. E será assim também com cada um de nós. Quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á. Se a semente de trigo, ao cair na terra, não morrer, não pode dar fruto.

Podemos pensar também em José como figura de Jesus, o irmão mais velho de Benjamim, que deu sentido à vida de seu irmão. Como Jesus, José foi arrancado à força de sua família, passou por sofrimentos, esteve com dois condenados, sendo que um foi salvo e o outro morreu, e experimentou a redenção quando tudo parecia derrota. E Benjamim, quando entregue por seu pai ao desconhecido, a um futuro completamente imprevisível, encontrou justa-mente em José o que menos esperava.

7) Benjamim e o Vale dos Ossos Secos

Certa vez, perguntei a Deus em que fase do vale dos ossos secos (Ez 37) a igreja se encontra atualmente. Ouvi a triste resposta que a igreja não está seca o suficiente para ser usada por Deus na formação de seu exército. Nosso homem natural não tem condição alguma de ser aproveitado por Deus em seus planos e, enquanto a igreja estiver, através de ensinos moralistas, tentando melhorar o que Deus condenou na cruz, tudo será mera perda de tempo, canseira e enfado.

Se você quer saber o que Deus está falando hoje na Terra, não vai ser sobre comprar carrões, reivindicar sua bênção, sobre as paixões da juventude, ter muito dinheiro no banco, ser empresário, e coisas do gênero. Existe um chamado para o altar, para o holocausto, para a queima total, para tomarmos diariamente a nossa cruz. Há um som de trombeta ecoando na Terra, chamando-nos ao quebrantamento, ao vale dos ossos secos, para depois de bem secos, estarmos em condições de fazermos parte desse exército.

Nossa chance é agora. Através de nossa entrega, temos uma oportunidade de redenção, de sermos incluídos nos propósitos de Deus. Mas você pode achar tudo isso uma bobagem e continuar curtindo sua vidinha, seus namoricos, sua igrejinha, sua vida religiosa. Mas tome cuidado com o Lobo Benjamim, que despedaçará a presa. Faça parte desse exército – não queira cair nas suas garras. Acorde! Renda-se hoje!

Ezequiel Netto, Médico veterinário, atualmente mora em Campinas, com sua esposa Val e três filhas; todos atuam no ministério profético. e-mail [email protected]

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Uma resposta

  1. Amei tudo, porém o que me marcou foi analisar minha vida e saber se estou sequíssima para ser usada por Deus, essa parte me chamou muito atenção.

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