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caminho que Jesus trilhou

Filhos – Geração Abençoada ou Não?

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Por Telmo Paulo Webe

“Senhor, tu tens sido o nosso refúgio de geração em geração…”, diz Moisés no Salmo 90.
“Aquele que desde o princípio tem chamado as gerações à existência, eu, o Senhor, o primeiro, e com os últimos, eu mesmo”, declara Isaías (Is 41.4).

Estas duas inspiradas palavras são declarações fortes e eloqüentes de que o nosso Deus ama ter filhos, muitos e muitos filhos que expressem sua glória na terra. Um de seus nomes é Pai da Eternidade e, como Pai, seu grande desejo é aumentar sua família e manifestar seu amor a cada um de seus filhos. Ele não quer apenas ter uma grande quantidade de filhos, mas também quer ter filhos de qualidade, filhos que cooperem com seu propósito eterno de tornar cada criatura semelhante a seu Filho Jesus.

Chama a atenção de cada leitor da Escritura o fato de como a Bíblia traz uma infinidade de genealogias. Famílias após famílias são mencionadas como que atestando o amor de Deus por cada uma destas gerações. Por isto, ao lermos aquelas genealogias sem fim, pensemos como disse uma vovozinha cheia de fé: “Não acho enfadonho ler aquelas sucessões de famílias, porque fico pensando que se Deus permitiu citá-las na Bíblia, é porque tinha um interesse e um amor particular por cada uma delas. E ainda mais, sinto-me tremendamente confortada por saber que eu faço parte da grande e maravilhosa família do meu Pai.”

O livro de Mateus inicia falando: “Livro da genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão. E encerra o primeiro capítulo dizendo: “…e Jacó gerou a José, marido de Maria, da qual nasceu Jesus, que se chama o Cristo”.

O que poderiam alguns irmãos pensar é que a árvore genealógica de Jesus certamente era composta de “santos homens de Deus”, mas o que ressalta aos nossos olhos é que nesta lista há um “belo grupo de pecadores” como Raabe, a prostituta, Tamar e Judá (nora e sogro que praticaram incesto), Bate-Seba, que adulterou com o rei Davi e a moabita Rute que era considerada gentia por não pertencer ao povo de Israel. Mas, o que demonstra tudo isto? Para mim é uma demonstração maravilhosa que Deus quer incluir em sua “linhagem santa” todos aqueles que se arrependem e passam a conhecer pessoalmente o Deus vivo e verdadeiro. Não importa quem você seja, nosso Pai não faz acepção de pessoas e quer incluir em sua família gente de “todas as tribos, povos, línguas e nações”.

Pense bem nesta maravilha: nós todos que temos o privilégio de viver nos tempos depois de Jesus, quando sua família tem aumentado enormemente desde o primeiro século, somos aquela “geração eleita, o povo de propriedade exclusiva de Deus”, realmente um povo de “pedigree”. Somos da mesma família de Jesus, de Maria, de Estêvão, de Pedro, João, André, Paulo e, percorrendo um pouco mais a história da Igreja, somos parentes de Tertuliano, Santo Agostinho, São Francisco de Assis, Savonarola, Huss, Lutero, Calvino, Madame Guyon, John Wesley, e mais recentemente, de David Livingstone, A.W.Tozer, Billy Graham e ainda uma enorme “nuvem de testemunhas” que proclamaram ousadamente o nome de Jesus. Coloque seu nome também no fim desta lista e sentir-se-á tremendamente honrado, porque também pertence a esta abençoada “raça eleita”.

Este privilégio de sermos assim tão grandemente abençoados deve encher nosso coração de gratidão e, ao mesmo tempo, de um desejo ardente de cooperar com o Pai no seu propósito eterno, que é o de ter muito mais filhos para a sua glória.

Em Família

Agora quero fazer uma pergunta bem direta a todos aqueles que têm o privilégio de ter filhos. Sim, você, pai, você, mamãe, já está bem conscientizado que é um cooperador de Deus neste processo de ter filhos de qualidade?

Filhos são bênção, são alegria, são herança do Senhor. Aumentam nossa felicidade e podem dar-nos grandes recompensas, como dizem os salmos 127 e 128. Se forem bem treinados, o pai “não será humilhado quando enfrentar seus inimigos no tribunal” (NVI). Por quê? Porque os filhos estarão ali ao seu lado nesta hora e em qualquer outra situação difícil.

Agora quero afirmar uma verdade empolgante: Nós, os pais que estamos de fato cooperando com Deus em seu projeto de “filhos de qualidade”, estamos todos ajudando a erguer aquela que poderá ser a geração mais abençoada de todos os tempos: a geração da “glória desta última casa que será maior do que a primeira”, como está em Ageu 2.9. E já estamos ouvindo os rumores do grande avivamento que está iniciando entre as crianças, adolescentes e jovens (veja IMPACTO n.º 29, págs, 17 e 18).

Querido pai, querida mãe, o Senhor está nos convocando para equipar bem esta nova geração. Tomemos como exemplo o restaurador Neemias que dizia: “Estou fazendo grande obra” (6.1). “Disponhamo-nos e edifiquemos”  (2.18). “A boa mão do meu Deus está comigo” (2.9). E colocou Neemias o povo “por famílias, …com as suas espadas e as suas lanças e os seus arcos… Cada um, com uma das mãos fazia a obra, e com a outra segurava a arma”. E dizia: “O nosso Deus pelejará por nós” (4.13, 17, 20). E assim aconteceu: Jerusalém foi edificada e todos os seus inimigos foram dispersos.

Se não quisermos cooperar com Deus, quem cooperará? Ele conta com uma boa equipe de pais e educadores para erguer bem alto esta nova geração. Bem sabemos o que estão fazendo os educadores deste mundo. Pelas escolas, televisão e mídia em geral é isto o que se ouve:

• O mundo surgiu de uma grande explosão (“Big Bang”) por obra do acaso.
• O homem não foi criado por um Deus qualquer, mas é o produto aperfeiçoado de uma sucessiva cadeia de evolução desde uma pequena ameba e, depois, vermes, batráquios, quadrúpedes, bípedes (macacos), “o elo faltante” e, por fim, o homem.
• Não há propósito espiritual nesta vida. Não há Deus; se existe, ele se isolou de nós, entregando-nos à nossa própria sorte. Viva cada um como quiser.
• Não somos seres imortais ou eternos, a alma não passa de “uma reação química”.
• Para ser feliz, goze as coisas boas da vida o máximo que puder. A verdadeira felicidade não existe, só há momentos felizes.
• Siga as suas tendências sexuais como preferir, só tome cuidado com a AIDS (“não deixe de usar preservativo”).

Estes são apenas alguns dos muitos ensinos contra a Palavra de Deus que os nossos filhos estão ouvindo diariamente nas escolas.

E o que dizer da enxurrada de imoralidade sexual, violência, satanismo, bruxarias que infestam a mente das crianças via TV, literatura, brinquedos eletrônicos, jogos satânicos? O mais grave nisto tudo é que as mentes de nossos filhos estão sendo contaminadas, e muitos pais não estão se apercebendo. Os pastores e pais sensatos preocupam-se com o fato de que muitos pais cristãos não estão conseguindo controlar este avanço das coisas do mal.

O interesse das crianças está mais para os “power rangers”, pokémons e Harry Potter do que para as coisas simples e belas de Jesus e sua palavra. Parece que os falsos heróis deste mundo estão tirando Deus do foco e isto na própria igreja! Satanás é realmente sutil e rasteiro. Sabe como cativar as mentes das crianças, sabe tornar o feio bonito, o grotesco agradável e o monstruoso maravilhoso. Com meus próprios olhos, vi um apresentador de TV fazer um teste com crianças de três faixas etárias diferentes. Colocou-as frente a frente com três bruxas horrorosas e tentava convencê-las que elas eram boazinhas e que queriam ser suas amigas. O apresentador conseguiu o que queria com as crianças mais velhas: elas logo foram abraçar e beijar as bruxas, com exceção de uma pequenina de 5 anos que estava mais amedrontada.

O que é tudo isto, meus irmãos, do que a preparação sutil e capciosa de Satanás para enredar as crianças e levarem-nas a crer que o próprio diabo é bonzinho.Tudo faz parte de um esquema maldosamente engendrado por Satanás para que, quando o Anticristo se manifestar, muitos o recebam como o salvador do mundo.

Alerta, Igreja!

Amados pais, amada igreja, está na hora de unir-nos e, de mãos dadas, fazermos aquelas duas coisas que Neemias fez: cada pai, cada mãe, com uma mão segurar a espada do Senhor para afugentar os inimigos e, com a outra, edificarmos os muros de nossas famílias. Estamos em tempo de guerra e também em tempos de restauração de todas as coisas. De modo nenhum, podemos perder esta batalha.

O Salmo 23 nos diz que “a tua vara e o teu cajado me protegem” (NVI). Como bons pastores do lar, nós, pais, temos a tarefa grandiosa de usar este cajado que afugentará os lobos que querem entrar em nosso lar e, ao mesmo tempo, usar a vara que conduzirá nossos filhos pelas veredas da justiça. A vara serve para duas coisas: conduzir com sabedoria os filhos e corrigi-los para que vivam debaixo da disciplina do reino. O cajado serve para guerrear contra Satanás, mas também para puxar ou atrair a criança ferida para perto de Jesus e dos seus pais.

Agindo os pais assim, certamente irá se cumprir aquela gloriosa promessa de Malaquias 4.6: “… antes que venha o grande e terrível dia do Senhor; ele converterá o coração dos pais aos filhos e o coração dos filhos aos pais: para que eu não venha e fira a terra com maldição.” Chamo a atenção dos pais que o Senhor está dizendo que primeiro ele converterá o coração dos pais aos filhos. Quando isto acontece, nesta ordem certa, é o próprio reino de Deus que está instalando-se dentro de casa, já que os pais são os primeiros responsáveis por instalá-lo. Com os corações dos pais “convertidos” aos filhos, o que vai suceder, com toda a certeza, é que os corações dos filhos se converterão aos pais e, com toda a certeza, também ao Senhor. E assim, a família cristã estará bem firmada em Jesus.

Uma solene advertência, mais uma vez, não minha, mas da Palavra: se nós, pais, não colaborarmos com Deus neste trabalho, correremos o risco de sermos feridos com maldição. Alguém, porventura, deseja isto? Não? Então, atentemos à nossa responsabilidade.

“Cada Geração é Crucial, Cada Geração é Estratégica.”

A frase acima é atribuída a Billy Graham, um servo de Deus que dispensa apresentações. Com certeza, ele é o homem que conduziu mais vidas a Cristo, como nenhum outro instrumento individual nestes dois mil anos de cristianismo. Tem pregado a mais de 80 milhões de pessoas desde a década de 1950 (somente em suas campanhas, fora muitos outros milhões que o ouviram através da TV e outras mídias), e fala-se que em suas campanhas quase três milhões já aceitaram seu apelo e se decidiram por Cristo. Ele tem acompanhado gerações e ainda está vivo, dedicando-se agora mais à oração. Concordamos em tudo com a sua declaração. A geração em que estamos vivendo no presente momento da história da igreja é crucial no sentido de que, se ela falhar, a próxima geração será terrivelmente afetada. Ela é estratégica porque faz parte do plano estratégico de nosso Deus para preparar, santificar e abençoar as próximas gerações.

Sabemos que o povo de Israel falhou tragicamente no sentido de comunicar às gerações seguintes os grandes feitos do Senhor. Lemos no livro de Juizes 2.10 que “Foi congregada a seus pais toda aquela geração; e outra geração após deles se levantou que não conhecia o Senhor, nem tão pouco as obras que fizera a Israel”. Isto é muito triste. Nos tempos de Davi e Asafe, este escreveu no Salmo 78 para que a próxima geração “…não fosse como seus pais, geração obstinada e rebelde, geração de coração inconstante, e cujo espírito não foi fiel a Deus”.

O povo de Israel até hoje colhe as conseqüências de ter sido rebelde ao Senhor. Isto serve como séria advertência à igreja e aos pais: Não caiamos no mesmo erro. Sabemos que Deus continua sendo fiel e misericordioso, mas de modo algum abusemos de sua paciência. No livro de Êxodo, 20.5, está escrito: “…eu sou o Senhor teu Deus, Deus zeloso que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem, e faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos”.

Vejam um exemplo disto na ilustração abaixo. Pesquisaram a descendência de dois homens que viveram na mesma época (século 18) em Nova Iorque. Um chamava-se Jonathan Edwards, homem de Deus que foi peça chave num grande avivamento na Nova Inglaterra, E.U.A.. O outro, Max Jukes, um homem ímpio entregue aos vícios e à maldade.

“Quem o fez e cumpriu? Aquele que desde o princípio chamou à existência as gerações. Eu, o Senhor, sou o primeiro, e com os últimos ainda serei o mesmo” (Is 41.4 – A Bíblia de Jerusalém).

Diz Daphne Kirk em seu excelente livro “Reconectando gerações”: “A palavra de Deus para nossos dias é que ele está fazendo um trabalho sobrenatural nesta geração; ele dará início a um avivamento entre elas (as crianças). Em cada país as pessoas me falam palavras vindas do coração de Deus que foram dadas a elas, falam-me a respeito de uma mensagem que tinham ouvido, ou de uma visão que tiveram. Todas elas têm a mesma mensagem: O Espírito Santo está movendo de uma maneira poderosa entre as crianças e os jovens sobre toda a terra. Todos nós podemos nos envolver, ajudar a atiçar as chamas e acender o fogo para ver o reavivamento em nossos dias.” (Pág. 39)

Queridos pais, irmãos e discípulos em geral. O Senhor conta com a nossa dedicada cooperação para a formação desta nova geração. Nosso Deus está começando a formar um exército de elite que vai abalar a geração atual e as seguintes. Ele está recrutando os soldados deste exército dentre as crianças, os adolescentes e jovens que estão em nossas igrejas. Já se ouve o barulho da formação destas tropas. Ajudemos nossos filhos a entrar nelas!

REPAREM AS GERAÇÕES QUE SURGIRAM:

 Jonathan Edwards
(Casou-se com uma moça consagrada, temente a Deus)
• 100 pregadores do evangelho
• 65 professores universitários
• 60 escritores de livros
• 13 diretores de faculdades
• 3 pertenceram ao legislativo
• 1 foi vice-presidente da nação
• 30 juízes
• 60 médicos
• 75 oficiais da Marinha e Exército
• 100 advogados

Não causaram um dólar de prejuízo aos cofres públicos.

Max Jukes
(Casou-se com uma moça ímpia)

• 310 tiveram morte prematura ou morreram pobres
• 150 foram parar em penitenciárias
• 109 tornaram-se prostitutas
• 100 bêbados

Não há registro de contribuição de nenhum deles para a sociedade; pelo contrário, custaram  1,25 milhão de dólares aos cofres públicos, uma quantia enorme para a época.

Telmo Paulo Weber é pastor na Comunidade Cristã em Porto Alegre-RS.

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