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Missões-Deus Usa Brasileiros Para Abençoar Moçambique

Por Susana Walker

Quem viu as condições de Moçambique no final da guerra civil em 1992 dificilmente teria acreditado que, em menos de duas décadas, tantas mudanças poderiam acontecer como se vê hoje nesse pequeno país no sudeste da África.

Rod e Ellie Hein, um casal de Zimbábue (antiga Rodésia) que trabalhou incansavelmente levando mantimentos físicos e espirituais às partes mais recônditas de Moçambique durante os longos e sofridos anos de guerra, têm sido instrumentos de Deus para provocar e possibilitar muitas dessas mudanças. Eles olharam para os ossos secos e desconjuntados de um povo analfabeto, traumatizado pelos horrores da injustiça e miséria, mergulhado no espiritismo e na adoração ancestral herdada dos antepassados e, contrariando tudo o que viam com os olhos naturais, creram no impossível. Creram na palavra profética de que esses ossos reviveriam e encontrariam, cada um, seu lugar certo de ligação. Creram que Deus sopraria seu Espírito, trazendo vida onde as pessoas só conheciam morte, alegria onde reinava a tristeza e liberdade aos que eram cativos de demônios.

Na mesma época, receberam direção de Deus para buscar ajuda em outro país de fala portuguesa e traços culturais semelhantes, o Brasil. Foi-lhes revelado que os brasileiros seriam instrumento de bênção para Moçambique, e que portas seriam abertas para poderem conquistar o coração dos moçambicanos e ajudar a conduzi-los ao único e verdadeiro Deus.

Baseados nessas e em outras palavras, os Hein começaram uma escola bíblica em Inhaminga, vila remota localizada numa zona rural muito pobre no centro de Moçambique. Com professores brasileiros, o Colégio Teológico Afrika Wa Yesu em Inhaminga já treinou mais de 500 pastores e obreiros para igrejas de todas as regiões de Moçambique além de jovens estrangeiros em missões transculturais. Tem afetado de maneira significativa o país por meio de ensino consistente e fundamental das Escrituras, ênfase na oração, adoração com muita liberdade no Espírito e treinamento prático em evangelismo e outras áreas de ministério.

Deus tem honrado poderosamente os anos de labuta e trabalho contínuo. O ambiente espiritual da região de Inhaminga mudou, os batuques dos curandeiros são muito mais escassos durante as noites, e podemos ver, a olhos nus, que os ossos secos já estão recebendo vida.

A cada ano, uma nova turma de alunos chega à escola para receber seis meses de treinamento e é imersa imediatamente num ambiente de louvor e adoração que quebra a rotina ritualista e religiosa de muitas igrejas rurais. Estas igrejas, por falta de ensino, seguem os mesmos rituais aprendidos há décadas sem vida ou poder. Logo na segunda semana de aula, os alunos descobrem que podem, ainda nesta vida, ter a certeza da salvação baseada somente no precioso sangue de Jesus recebido por meio de arrependimento e confissão.

Quando possuem uma experiência sólida de salvação, são batizados nas águas, muitas vezes num tanque por falta de rio ou lagoa na região. Algumas vezes, mesmo antes de receberem ensino sobre o batismo no Espírito Santo, saem das águas falando em outras línguas, cheios de unção. Outras vezes, isso acontece depois de passarem por aulas sobre a pessoa do Espírito Santo e de aprenderem para quem e para que ele concede seus dons. A partir de então, a Palavra é recebida com alegria, e, a cada manhã, os devocionais são cheios da vida do Espírito, enquanto cada um vai descobrindo quão ilimitado é o nosso Deus e quão profundas são as riquezas dele que podemos experimentar.

Ao sair da escola, os alunos voltam para suas vilas, igrejas e famílias como elementos de mudança e transformação. Muitos outros vêm para a escola impressionados com a visível transformação na vida deles.

Em 2005, Jeff e Nicky Reetz, um casal americano que trabalhou seis anos em Inhaminga com Rod e Ellie, começaram outra escola bíblica Afrika wa Yesu no norte de Moçambique. Ao visitarem a baía de Nacala, perguntaram a Deus se aquele seria o lugar para começar um trabalho para alcançar a população muçulmana do norte de Moçambique. Sentiram, em oração, que Deus viria para esse lugar se preparassem o caminho. E, desde então, mais de 150 alunos foram formados na escola bíblica ali, e cerca de 60, no curso profissionalizante de marcenaria.

Outros brasileiros chegaram e continuam abençoando Moçambique. Desde 2008, os professores brasileiros que lecionam em Inhaminga são Jeosafá Vasconcelos, Diogo Pinto e Leidiane Oliveira. Dorotheia Felix veio comigo para Nacala em 2007 e, hoje, está totalmente adaptada, desenvolvendo sua própria visão e cooperando no Centro Vocacional.

Lembro-me de uma palavra que recebi em minha formatura na SFM (Escola de Missões nas Fronteiras, no Christ For the Nations, Dallas, EUA) de que Deus me usaria como ponte entre continentes; hoje vejo isso acontecendo. Sei que o Brasil tem potencial, recursos e capacidade de ser bênção para muitos países; dentre eles, Moçambique.

Os professores e missionários brasileiros na Afrika Wa Yesu dependem de irmãos e igrejas no Brasil que ouvem a necessidade e veem a oportunidade de fazer real diferença na vida de pessoas em Moçambique. Em dezembro de 2009 e janeiro de 2010, Dora, Jeosafá, Leidiane e Diogo estarão no Brasil visitando a família e compartilhando o que Deus tem feito em Moçambique. Se você deseja tornar-se parceiro nessa missão, entre em contato com eles por e-mail ou os convide para visitar sua igreja ou grupo caseiro. No site da revista (www.revistaimpacto.com), há mais informações sobre cada um deles.

É impossível fazer missões sozinho!

Dora:

Minha visão é afetar a vida dos irmãos moçambicanos, transformando sua maneira de pensar e trazendo esperança para o futuro pelo ensino na sala de aula, nos grupos nas casas das vilas, no relacionamento e discipulado pessoal e nos projetos de microempresas e geração de renda. Creio que, se construirmos um pensamento diferente do que conheceram até hoje, baseado na Palavra, haverá resultados visíveis em todo o país e louvor a Deus. Já vimos isso acontecer. Alguns de nossos ex-alunos têm demonstrado, em suas comunidades, um verdadeiro testemunho de transformação e um estilo de vida diferente. Um deles é Issa, que, desde que saiu de seu curso de negócios e marcenaria, não ficou mais sentado passivamente em casa olhando o dia passar, sem nada para fazer como antes; agora tem se esforçado para trabalhar na profissão de marceneiro conseguindo sustento para sua casa.
Isso é muito gratificante!

Jeosafá:

Durante esse tempo em Moçambique, tenho descoberto o que deixa Deus alegre, e isso tem me levado a cumprir meu propósito pessoal que é ter a amizade dele. Deus quer se revelar a essas pessoas da mesma maneira que se revelou a mim: um Deus pessoal que deseja ter um relacionamento verdadeiro com cada um sem religiosidade e sem engano; um relacionamento de amor que gera amor.

Tenho entendido que Deus quer se revelar aos moçambicanos por meio do meu relacionamento com eles. Não é um relacionamento profissional entre “missionário” e perdido, mas sim entre um filho amado que já foi encontrado e seu irmão amado que, muito em breve, também será encontrado. Deus me achou e quer achar os moçambicanos também.

Construí uma pequena casa na zona de Nhamacaringa, onde passo os fins de semana. Aquele lugar tem o objetivo de ser o ponto de partida no desenvolvimento desse relacionamento com os locais. Desejo criar um ambiente onde Deus se sinta bem para agir na vida das pessoas, e elas se sintam bem na presença de Deus.

Deus me deu como missão procurar as pedras perdidas de sua Casa que estão espalhadas pelo mundo. Algumas estão aqui em Moçambique, onde já comecei a procurar. Essas pedras são difíceis de achar, são pedras preciosas em um garimpo muito explorado e destruído pelo mundo. Assim que encontrar cada pedra, entregá-la-ei ao Ourives Jesus Cristo, que a purificará com seu Espírito, seu Fogo Purificador.

Amo ser um garimpeiro de meu Amigo. Durante as aulas que ensino, vou descobrindo quem sente a mesma chama arder em seu interior ao ouvir sobre o desejo de Deus de ter amizade com o homem. Durante cada atividade evangelística nas zonas rurais, cada caminhada na vila de Inhaminga, cada conferência realizada, as pedras vão sendo encontradas. Deus quer uma casa; eu sou um voluntário para juntar os materiais para a honra e glória do seu Nome!

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Uma resposta

  1. Oi queridos, eu tenho grande admiração por esse casal Rod e Ellie Hein, eu fui missionário da visão Cristã Moçambique de 1996 a 2003, passei por um treinamento de uma semana em inhaminga, atuei na provincia de manica e sempre acompanhei e fui acompanhado pela visão de trabalho desse casal abençoado, eu hoje estou no brasil onde aproveitei para estudar e me preparar para um possivel retorno a Moçambique, pois eu não sei quando acontecerá mais quem sabe muito em breve, quem sabe uma porta se abre em alguma escola ou seminário quem sabe em Inhaminga ou Nacala pois eu desejo ainda trabalhar com escola biblica e teológica na área do enssino em Moçambique tenho formação teológica e sou licenciado em pedagogia se precisarem de mim “eis me aquí envia-me a mim” contate-nos.

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