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A História Pode Ser Alterada Pela Oração

Compilado por Christopher Walker

ALGUNS EXEMPLOS DO SÉCULO XX

Segunda Guerra Mundial no Norte da África

De 1941 a 1943, Derek Prince era um atendente hospitalar nas forças britânicas na África do Norte.  O moral das tropas estava muito baixo por causa da falta de confiança nos seus oficiais. Era um período de grande escassez de água, e cada soldado tinha direito a apenas uma garrafa de água a cada dois dias para todas suas necessidades; ao mesmo tempo, no setor dos oficiais, havia desperdício e irresponsabilidade. Essa era apenas uma das atitudes de descaso e falta de verdadeira liderança por parte dos oficiais britânicos naquela região.

O resultado foi uma série de derrotas e a mais longa retirada da história militar inglesa – cerca de 1.100 km, de El Agheila, em Trípoli, até El Alamein, próximo ao Cairo, no Egito. Se El Alamein também caísse diante das  potências do Eixo (Alemanha e Itália), o caminho estaria aberto para que dominassem o Egito, controlando a passagem do Canal de Suez e entrando na Palestina. Lá sujeitariam os judeus ao mesmo tratamento que já estavam recebendo na Europa.

Fazia apenas dezoito meses que Derek tivera uma revelação dramática e poderosa de Jesus Cristo num quartel militar na Inglaterra. Contando apenas com as duas grandes provisões de Deus para todo cristão, a Bíblia e o Espírito Santo, ele descobriu o valor do jejum como parte da disciplina normal cristã. Logo passou a separar toda quarta-feira para jejum e oração, ali mesmo no deserto, no meio das atividades militares.

Enquanto participava da longa e desmoralizante retirada no deserto, Deus o impressionou com uma carga de oração em favor de toda essa situação do exército aliado e das conseqüências que traria para o Oriente Médio. O problema era como Deus poderia abençoar uma liderança tão indigna e ineficiente. Buscando no seu coração alguma forma de oração que pudesse ser feita com fé genuína, o Espírito Santo lhe deu a seguinte direção: “Ore para que o Senhor lhes dê líderes tais que seja para glória dele conceder-lhes a vitória”.

Diariamente, Derek passou a orar nesse sentido. Dentro de algum tempo, o governo britânico resolveu substituir o comandante das suas forças no deserto por um outro general. Entretanto, o avião em que esse general viajava foi derrubado, e o general, morto  antes mesmo de chegar ao  local. Por  fim, enviaram um oficial menos conhecido, Bernard Montgomery, para assumir o comando.

Montgomery era filho de um bispo anglicano, e tinha as qualidades necessárias para um verdadeiro líder: era justo, temente a Deus e extremamente disciplinado. Assim, tinha base moral para exigir disciplina do seu exército. Dentro de dois meses, havia um novo senso de confiança na liderança e um novo moral dentro das forças britânicas.

Em maio de 1942, começou a Batalha de El Alamein. Foi a primeira vitória decisiva dos aliados até então, e mudou o curso da guerra, especialmente na África do Norte. O brilhante general alemão, Rommel, conhecido como a “Raposa do Deserto”, foi obrigado a recuar e, no fim, a deixar a África totalmente.

Um repórter relatou num noticiário de rádio, poucos dias depois da batalha, o que vira pessoalmente: o General Montgomery convocando seus oficiais e homens para oração e dizendo: “Vamos pedir ao Senhor, poderoso em batalhas, para nos dar a vitória”. Ao ouvir essas palavras, Derek teve confirmação mais clara ainda de que sua oração fora respondida.

“Porque não é do Oriente, não é do Ocidente, nem do deserto que vem o auxílio. Deus é o juiz: a um abate, a outro exalta” (Sl 75.6,7).

O Nascimento do Estado de Israel

No dia 29 de novembro de 1947, a Organização das Nações Unidas aprovou o Plano da Divisão, repartindo o território da Palestina entre dois novos estados, um judeu e outro árabe. A data para o final do mandato britânico sobre a Palestina foi marcada para 14 de maio de 1948. Com isso, os árabes da Palestina, auxiliados e supridos pelos países árabes vizinhos, iniciaram uma guerra não declarada contra as comunidades judaicas estabelecidas entre eles.

Na época, Derek Prince estava morando com sua esposa Lydia e suas oito filhas adotivas em uma casa grande situada na esquina da Avenida King George com  uma outra rua que ia ao portão Jaffa da cidade velha de Jerusalém. A comunidade judaica em Jerusalém estava totalmente isolada, sem acesso a suprimentos de alimentos ou outras necessidades. Humanamente falando, não havia qualquer esperança de sobrevivência; os judeus ainda não tinham exército treinado, armamentos ou condições de defesa.

Juntos, Derek e Lydia começaram a buscar nas Escrituras palavras de encorajamento e uma direção de Deus para suas orações. A cada dia, ficaram mais convictos de que estavam vivendo nos dias da restauração de Israel previstos pelos profetas e líderes durante os longos séculos de agonia e exílio. “Levantar-te-ás e terás piedade de Sião; é tempo de te compadeceres dela, já é vinda a sua hora” (Sl 102.13; veja também Is 43.5,6).

Se era o propósito de Deus restaurar Israel, não poderia ser sua vontade também que os judeus fossem expulsos ou destruídos. Portanto, podiam orar com fé em favor da libertação de Israel, baseados não em preconceitos nacionalistas, mas na revelação bíblica da vontade de Deus.

Crendo na promessa de Mateus 18.19, de que as orações feitas em harmonia por dois ou três em nome de Jesus seriam respondidas, o casal orava continuamente em favor da intervenção de Deus nesse momento histórico. Um dia, Derek ouviu sua esposa orar estas palavras: “Senhor, paralisa os árabes”.

Depois da proclamação oficial do Estado de Israel, em 14 de maio de 1948, a guerra entre judeus e árabes passou a esquentar muito mais. Em Jerusalém, a frente de batalha ficava a menos de 500 metros da casa de Derek e Lydia. Devido à localização da casa, o exército israelense começou a usar o quintal como posto de observação, enquanto a família ficava abrigada numa lavanderia no porão.

Algumas semanas depois, durante um cessar-fogo obtido pela ONU em junho de 1948, um grupo de jovens soldados israelenses estava na sala da casa dos Prince, conversando sobre as primeiras experiências da guerra.

“Há algo que não conseguimos compreender”, dizia um jovem. “Temos entrado em áreas de árabes, onde nossa desvantagem numérica é de 10 por  1, além da nossa falta de armas. No entanto, parece que ficam impotentes para reagir contra nós. É como se estivessem paralisados!”

Era exatamente a palavra que Lydia havia usado em sua oração. Deus não só respondeu literalmente essa oração, como também trouxe uma testemunha de primeira mão para a sala de sua própria casa para que tivessem a certeza da resposta.

Essa vitória inicial foi seguida por muitas outras, nos anos seguintes, e cada vez que Derek e Lydia ouviam uma nova notícia a respeito do progresso e sobrevivência sobrenatural da nação de Israel, contra todas as expectativas e possibilidades humanas, sentiam maior confirmação da intervenção de Deus no curso humano, usando o instrumento da oração.

O Fim da Era de Stalin na União Soviética

Entre 1949 e 1956, Derek pastoreou uma congregação cristã em Londres, Inglaterra. No início de 1953, recebeu informações, por fontes seguras, que Josef Stalin, ditador da União Soviética, estava planejando um extermínio sistemático dos judeus russos.

Ao meditar sobre essa situação, o Senhor o lembrou da exortação de Paulo aos cristãos gentios: “Assim como vós (…) agora alcançastes misericórdia à vista da desobediência deles, assim também estes (…) foram desobedientes, para que igualmente alcancem misericórdia, à vista da que vos foi concedida” (Rm 11.30,31).

Derek sentiu que, de alguma forma, Deus estava lhe dando responsabilidade pelos judeus na Rússia. Depois de compartilhar essa preocupação com líderes de alguns grupos de oração espalhados pela Inglaterra, resolveram conjuntamente separar um dia de oração e jejum a fim de pedir a intervenção de Deus nessa situação. A congregação que Derek pastoreava também se reuniu para orar nesse dia.

De acordo com o testemunho de Derek, não houve nenhuma manifestação dramática ou digna de ser notada na reunião. Ninguém saiu sentindo que foi especialmente “abençoado” ou emocionalmente comovido. Mas, em menos de duas semanas daquela reunião, o curso da história da Rússia foi alterado por um acontecimento decisivo: a morte de Stalin.

Apesar de estar com setenta e três anos na época, Stalin não apresentava sintomas alarmantes ou qualquer indício, pelo que consta, que estava em iminente perigo de morrer. Até o último momento, dezesseis dos melhores médicos do país lutaram para salvar sua vida – em vão. A causa da morte foi divulgada como hemorragia cerebral.

Deve ser observado, com bastante ênfase, que ninguém estava orando pela morte de Stalin. Os grupos de oração foram mobilizados para entregar a situação dos judeus na Rússia a Deus, confiando que, na sua sabedoria, ele tomaria as medidas necessárias. E foi o que ele fez.

No livro de Atos, lemos a respeito de um caso semelhante. A igreja havia orado de forma unida e intensa para que Deus libertasse Pedro da prisão. Em resposta, Deus não só o tirou sobrenaturalmente de lá, mas também feriu ao homem que o mandara prender, Herodes, embora a igreja não tivesse orado nesse sentido (At 12).

Dores de Parto no Quênia

Entre 1957 e 1961, Derek e Lydia serviram ao Senhor como missionários, na área de educação, no país africano do Quênia. Derek era diretor de uma faculdade de treinamento de professores.

Nesse tempo, o Quênia e os outros países vizinhos estavam passando pela  transição dolorosa e traumática de territórios coloniais a países independentes. Sem preparação adequada, ao se tornarem livres do domínio europeu, muitos países se afundavam em guerras internas e sangrentas, como foi o caso do Congo Belga (posteriormente Zaire), que obteve sua independência em 1960. Tudo indicava que o Quênia seguiria o mesmo caminho.

Em agosto de 1960, Derek e Lydia participaram de uma conferência para jovens quenianos. Uma grande parte dos participantes era formada de alunos ou ex-alunos da faculdade que Derek dirigia.

Na última reunião da conferência, após a mensagem, houve uma poderosa visitação do Espírito Santo. Durante duas horas, quase todo o grupo de mais de duzentas pessoas continuou num nível sobrenatural de adoração espontânea e oração, sem qualquer atuação de liderança humana.

Em determinado momento, Derek sentiu uma forte convicção de que haviam tocado em Deus, e que grande poder sobrenatural estava sendo liberado. Ao mesmo tempo, ele ouviu uma palavra de Deus, no seguinte teor: “Fale com o povo para não cometer o erro de muitos pentecostais no passado, que esbanjaram o meu poder para satisfazer a si próprios. Fale com eles para orar em favor do seu país”.

Ao sair do seu lugar para entregar esse recado, Derek passou por Lydia que estava sentada mais à frente. Ela estendeu o braço para interrompê-lo e falar algo no seu ouvido. “Fale com o povo para orar em favor do Quênia”, ela cochichou.

Com essa confirmação, Derek foi e entregou um desafio àquele grupo de jovens africanos. “Vocês são os futuros líderes do seu povo”, ele disse, “tanto na área de educação, como na área de religião. Seu país está num dos momentos mais críticos da sua história. Vamos nos unir agora e orar pelo futuro do Quênia.”

Todos os presentes se uniram num mesmo clamor uníssono em favor do seu país. Era como “voz de numerosa multidão, como de muitas águas, e como de fortes trovões” (Ap 19.6). De repente, como se houvesse um maestro invisível dando um sinal, as vozes se calaram e houve silêncio total. Em seguida, o moço que estava servindo de intérprete contou uma visão, em que vira um cavalo vermelho vindo do leste, com aspecto muito selvagem. Atrás dele, havia vários outros cavalos vermelhos e selvagens também. Mas, enquanto o grupo ali orava, os cavalos se viraram e foram embora para o norte.

Quando o moço, Wilson Mamboleo, pediu que Deus lhe desse a interpretação, ele recebeu a seguinte explicação: “Somente o poder sobrenatural da oração do meu povo poderá desviar as desordens que vêm sobre o Quênia”.

Os fatos posteriores confirmaram que Deus realmente ouvira o clamor do seu povo naquele dia memorável. Enquanto os países vizinhos (como Tanganica, posteriormente Tanzânia, e Uganda) se aprofundavam em caos e revoluções, o Quênia tinha um presidente, Jomo Kenyatta, que governou com estabilidade e firmeza até sua morte, em 1978. Em muitos sentidos, naqueles anos, o país tornou-se uma exceção na região e no continente e um centro de liberdade religiosa de onde nativos treinados puderam sair para várias regiões circunvizinhas. Foi um exemplo do que Deus pode fazer quando seu povo ora com fé e direção para o cumprimento da sua vontade na Terra. Não há limites do que pode ser feito quando oramos em harmonia com a mente e os propósitos de Deus!

Derek Prince (1915-2003), formado em filosofia pela prestigiosa Universidade de Cambridge, foi um dos mais destacados mestres da Palavra de Deus do século XX. Serviu no ministério por quase seis décadas, em diversos continentes, e presenciou vários acontecimentos marcantes da história em primeira mão, como a Segunda Guerra Mundial e o nascimento do Estado de Israel. Teve também inúmeras experiências em oração intercessória e, entre os mais de 40 livros que escreveu, talvez um dos mais importantes tenha sido Shaping History Through Prayer and Fasting (“Moldando a História Através de Oração e Jejum”). Os testemunhos a seguir foram extraídos desse livro.

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