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Avivamento Coletivo: Quando Pastores Encontram Com Deus

Por: Henry Blackaby

Os artigos a seguir foram adaptados de uma mensagem dada na Conferência “Clamor de Coração por Avivamento” em Asheville, Carolina do Norte, EUA, em abril de 2002. Henry Blackaby é autor do livro “Experiências com Deus”. Maiores informações (em inglês) sobre seu ministério no site: www. henrvblackaby. com

É crucial que tenhamos tal relacionamento com Deus que quando ele falar, saibamos que é Deus que está falando, e o que ele está dizendo; e que façamos os grandes ajustes na nossa vida que são necessários para obedecê-lo.
Há pouco tempo li o relato de um missionário da Coréia do Norte sobre um tremendo momento de visitação do Espírito de Deus naquele país em 1907. Enquanto lia, havia também um profundo mover de Deus no meu próprio coração. Não consegui esquecer das cenas descritas ali, de como é estar de repente frente a frente com um Deus santo.

Em novembro de 2001 estive com minha esposa em Taiwan e na Coréia do Sul. Havia outra vez um grande mover de Deus no meu coração. Eu sabia que na Coréia mais de 500 pastores e alguns de seus obreiros estariam presentes, vindos de várias denominações e de todas as partes do país.

De repente, numa terça-feira à noite, a mesma coisa que havia lido naquele livro começou a acontecer. As pessoas tiveram um profundo encontro com Deus. Eu nem terminara a mensagem, e não fizera sequer um apelo, mas por toda parte daquele auditório subiram choros e lamentos. Todo o mundo estava em prantos diante do Senhor. O encontro com Deus era tão profundo na vida de alguns que não conseguiam fazer mais nada senão gritar. Outros caíram da cadeira e esmurravam o chão. Ainda outros batiam na mesa e choravam. Procurei meu intérprete, e ele estava de rosto em terra ao meu lado.

Nunca estivera numa situação como aquela. Virei e ajoelhei-me numa cadeira atrás de mim, para orar. Alguém tocou no meu ombro, e conversou comigo com seu inglês limitado:

“Sou um pastor”, disse ele, seus olhos inchados de tanto chorar. “O senhor pode orar por mim? Há esperança para mim?”
Não procurei consolá-lo. Simplesmente pedi a Deus que me mostrasse como orar. Mas vi o instante exato em que Deus o libertou. De repente, ele me abraçou, e gritou: “Estou livre! Estou livre! Obrigado!” E logo voltou para seu lugar.

Fui orar novamente, e outra vez alguém me tocou no ombro. Era mais um pastor. Olhei atrás dele, e havia uma fila de pastores. Fiquei assustado.
Chamei o intérprete, e falei com a audiência toda: “Quero dizer uma palavra a todos aqui. Quando você estiver na presença do Deus Todo-Poderoso, nunca saia daquela presença antes de Deus terminar sua obra. Não procure bênçãos de um homem quando está face a face com o Deus santo. A fim de não interromper o que Deus pretende fazer neste lugar, vou para o quarto com minha esposa, e lá continuaremos orando por vocês durante a noite. Não saia da presença de Deus enquanto ele não terminar a obra no seu coração.”

No dia seguinte, as pessoas deram seus testemunhos. Um pastor de aspecto imponente ficou em pé e disse: “Sou pastor de uma das maiores igrejas Presbiterianas na Coréia do Sul. Tenho um ministério muito bem-sucedido. Sou muito reconhecido pelas pessoas. Mas ontem à noite Deus me confrontou. Ele me disse: “Você está cheio de pecado. Você perdeu o coração de pastor. Você não está mais ministrando ao meu povo, nem cuidando deles. A palavra que te¬nho para lhes dar não posso transmitir por sua causa. Se não se arrepender, seu ministério está terminado.”

Este irmão chorou amargamente, até esgotar as lágrimas do seu coração. Contou-nos que o Senhor não lhe dera paz durante toda a noite, nem pela madrugada, nem pela manhã do outro dia. Finalmente, alcançou a paz com Deus. Disse-nos: “Quero que orem por mim, pois ao voltar para meu povo, a obra que Deus fez para me purificar é o que quero que aconteça entre aqueles que Deus confiou aos meus cuidados. Deus está permitindo outra vez que eu seja um pas¬tor ao seu povo.”

Outros também testificaram. Foi um momento espantoso.

Um pouco antes disto, eu havia feito uma pergunta àqueles pastores: “Vocês acreditam que Deus quer que alguém da Coréia do Norte pereça?”
Todos concordaram que não; que Deus queria salvá-los.
Então perguntei outra vez: “Vocês querem ser preparados por Deus para a obra que ele quer fazer, quando as portas para a Coréia do Norte forem abertas?”
Eu fiz esta pergunta com temor e tremor, pois em Taiwan algo muito semelhante ocorrera poucos dias antes. Lá também, antes de terminar a mensagem, muitos pastores vieram com quebrantamento para o altar. Depois de um tempo, fui conversar com um que aparentava ter uns 30 anos. Ele olhou para mim com os olhos inchados.

Perguntei-lhe: “Irmão, Deus falou com você?”
Ele disse: “Sim, falou.”
“O que Deus lhe disse?”
“Deus me pediu para ir pregar o evangelho na China”, ele respondeu.
Olhei para ele e disse: “Você sabe que isto pode lhe custar a vida?”
Ele olhou de volta para mim, e jamais esquecerei o que vi nos seus olhos. Com olhar firme, como se estivesse atravessando o meu interior, ele disse: “Foi exatamente esta questão que acabei de acertar com Deus há poucos instantes.”

E então estremeci, pois percebi que a minha obediência a Deus pode custar a vida de outras pessoas.

É essencial que os líderes espirituais saibam discernir os tremores da atividade de Deus. Recentemente prestei atenção às notícias sobre a Coréia do Norte e a Coréia do Sul. O que está acontecendo ali não é mera decisão política. São acontecimentos e decisões espirituais. Observei para ver como Deus estava tocando nos pastores, pois quando ele pretende fazer algo num lugar, começa antes em outro lugar com outras pessoas. Ele vai trabalhando e preparando, para que quando chegar a hora, tudo esteja no lugar certo, pronto para sua obra tremenda.

Creio que estamos agora no meio de uma grande encruzilhada espiritual. Mas infelizmente o povo cristão nos países ocidentais não está percebendo, nem está perto de entender o que Deus quer fazer.

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