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Jejum é Colocar Deus em Primeiro Lugar

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Por:Gordon Cove

No início da história da igreja, o jejum era considerado uma das colunas da religião cristã. Quando a igreja tinha poder, o jejum era uma parte essencial da fé.

Jejum não é mera abstinência de alimentos ou de qualquer outro prazer, por si mesma. É abstinência com propósito.

Jejum significa que você chegou a um lugar de desespero espiritual. Significa que está determinado agora a colocar Deus em primeiro lugar a qualquer custo. Há momentos quando devemos virar as costas a tudo no mundo, até mesmo à nossa alimentação, para buscar a face de Deus. Jejum significa que estamos determinados a buscar a face de Deus e a ter respostas para nossas orações. Significa simplesmente que colocamos Deus primeiro, antes de tudo, inclusive do alimento.

Geralmente, jejuar significa abster-se do alimento, mas o mesmo espírito de desespero nos levará a nos abster de outras coisas também. Jejuar é voluntariamente abrir mão de algo que seja inofensivo em si mesmo, para o fim de crescer espiritualmente. Não se aplica necessariamente só ao alimento. Aplica-se a qualquer coisa que o homem natural possa desejar.

Então jejuar significa colocar Deus realmente em primeiro lugar quando se ora, desejar Deus mais do que se deseja comer, mais do que dormir, mais do que ter comunhão com outros, mais do que correr atrás de negócios. Como um cristão pode saber se Deus está em primeiro lugar na sua vida, se em algumas épocas ele não deixa todas as outras obrigações e prazeres para se separar inteiramente para buscar a face de Deus?

Expressão de Tristeza

O jejum também é uma expressão de tristeza. Isto é, tristeza sobre pecados pessoais, ou uma carga de intercessão pelas almas de outras pessoas. Um objetivo do jejum é mortificar o pecado. Sua mente está perturbada e mal-humorada, seu coração endurecido, sua graça enfraquecida, e a corrupção carnal dominando? Orgulho, ciúme, ódio, amor pelo mundo, ou qualquer outra imundícia da carne ou do espírito o estão vencendo?

Jejum então é seu dever. Alguns demônios não saem, a não ser através de jejum e muita oração. Quando este for o caso, o jejum é o remédio certo, e deve ser usado como o principal instrumento.

Na Bíblia há muitos exemplos de jejum. “Então apregoei ali um jejum… para nos humilharmos perante o nosso Deus”, escreveu Esdras (8.21) a respeito de toda a nação de Israel. O jejum dos ninivitas, e o jejum que o profeta Joel ordenou, eram considerados elementos essenciais no arrependimento nacional. Os homens de Nínive jejuaram com pano de saco e cinzas, como símbolo de profunda tristeza nacional (Jonas 3.5-7).

Há momentos quando uma profunda experiência, uma profunda humilhação de arrependimento, nos faz rejeitar todo alimento e prazer natural. Na sua tristeza pelo pecado, ou pela profunda intercessão por almas perdidas, qualquer deleite fere a alma.

O Jejum Confere Uma Força Adicional à Oração

Oração sozinha pode ser algo muito superficial. O jejum é uma evidência da nossa sincera intensidade e do nosso fervor. Para fazer até mesmo uma oração normal, precisamos ter fé, pois é necessário que “aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe…” (Hb 11.6). Mas para jejuar é preciso ter mais fé ainda. O jejum requer um desejo maior, uma determinação e uma fé maiores, e Deus observa isto quando vê seus filhos orando e jejuando.

Jejuar é deixar de lado todo peso e embaraço (Hb 12.1). Deixar os pesos é tirar todo empecilho à oração, e uma barriga cheia é um empecilho. Experimente orar com estômago vazio, e veja o quanto é mais fácil prevalecer em oração.

Quando começamos a orar e jejuar, significa que nos separamos seriamente à questão de orar com persistência, e que não aceitaremos ser negados. Sem dúvida alguma, o povo de Deus veria muito mais respostas à oração, se deixassem mais refeições e passassem o tempo em oração. O jejum não só reforça a oração, e constitui-se uma prova de maior intensidade, mas o jejum por si só é uma oração. Jejum torna-se oração para o cristão que está voltado para Deus.

Entre outros benefícios espirituais que resultam do jejum, um dos maiores é que jejuar ajuda a gerar fé. Nossa incredulidade é muito maior do que reconhecemos. É como um inimigo invisível e poderoso. Embora pareça difícil no princípio compreender, a própria fraqueza que se sente no jejum edifica nossa fé. Quando parece que estamos perdidos no escuro durante o jejum, e talvez o diabo venha cochichar que não está adiantando nada, esta é a hora em que sua fé está se edificando, pois Paulo diz: “Quando sou fraco, então é que sou forte” (2 Co 12.10).

Jejum é um auxílio poderoso para a oração. Se suas orações não são respondidas, acrescente jejum à oração. Você não buscou ao Senhor “com todo coração” enquanto não tiver separado um tempo prolongado de oração com jejum. Muitos cristãos oram há anos a respeito de certos problemas. Às vezes estas orações não são respondidas. Mas em muitos casos onde o jejum foi acrescentado às orações, além de profunda consagração e sondagem do coração diante de Deus, a resposta tem chegado sobrenaturalmente. Quando ligada ao jejum, a oração tem um poder muito maior. Não estamos afirmando que o jejum sozinho produzirá respostas milagrosas. Mas prepara o coração através de humilhação, de uma forma que nenhum outro meio pode fazer.

Junto com o jejum virão poder e liberdade na sua ministração da Palavra, se você é um pregador. Ao manter a carne em sujeição através do jejum, o espírito é vivificado – e o oposto também é verdadeiro. A tragédia é que tantos cristãos ainda continuem no seu estado espiritual sem poder, por não querem abrir mão das suas três refeições diárias, quando está ao seu alcance a chave da solução. Certamente, é necessário ter determinação para praticar o jejum, mas Deus não nos pediria para fazê-lo se fosse algo impossível.

Em Tempos de Crise “Santificai um Jejum”

Três vezes nos primeiros dois capítulos de Joel, Deus ordena o jejum (Jl 1.14; 2.12,15). O profeta Joel afirma que quando o momento é de desespero, Deus mesmo exorta seu povo a buscar auxílio dele. “Convertei-vos a mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns…” (2.12). “Santificai (ou promulgai) um jejum” (1.14).

Isto nos ensina que é certo nestes momentos marcar um dia para que todos jejuem em conjunto. Algumas pessoas dizem que concordam em jejuar quando “o Senhor colocar o desejo no coração”. Mas as outras coisas na nossa vida não funcionam assim. Não esperamos sentir o mover de Deus para comer. Não esperamos um toque do Espírito para pagar o aluguel. Que outro sentimento precisamos ter da parte de Deus, quando em tempos de crise, ele já ordenou três vezes em dois capítulos que o façamos!

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