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A vida de confiança de George Müller

A vida de confiança de George Müller (Parte 3)

Embora sua fé fosse profundamente desafiada a todo tempo, George Müller e sua dedicada esposa e equipe já haviam provado a fidelidade de Deus para fornecer alimentação, roupas e moradia adequadas para os 130 órfãos sob seus cuidados. Agora, enfrentariam o desafio de confiar nele para coisas ainda maiores.

Desde que a primeira casa foi aberta em 1835 até 1845, os orfanatos funcionavam em casas alugadas na Wilson Street. Então, em 1845, um dos moradores da Rua Wilson gentilmente mencionou ao sr. Müller que alguns dos vizinhos estavam incomodados por terem esse grande número de crianças em sua rua. O sr. Müller colocou essa situação em suas orações e elaborou cuidadosamente duas listas para considerar: uma com os argumentos para os orfanatos permanecerem onde estavam e outra com os argumentos para sua mudança de lá.

O que pesou bastante foi a “regra de ouro”: “Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles…” (Mt 7.12). O sr. Müller sabia que ele mesmo teria dificuldade de viver perto de tantas crianças por causa do barulho durante o tempo de recreio. Os vizinhos também foram afetados às vezes por problemas de drenagem [esgoto] que surgiram por causa da quantidade de crianças nos orfanatos.

Outros pontos a favor da mudança foram: espaço insuficiente para brincar; falta de um terreno onde os meninos pudessem aprender um pouco sobre jardinagem; falta de espaço adequado para lavar toda a roupa e para as meninas aprenderem a fazer isso; falta de espaço livre para uma enfermaria quando havia doentes; uma lista de espera de órfãos que queriam ser aceitos, mas não podiam por falta de espaço.

Um salto de fé

Após considerar tudo isso, o sr. Müller chegou à conclusão de que a melhor opção seria construir um local próprio. Ele sentiu que o Senhor queria provar ainda mais que ele mesmo era suficiente para fornecer as somas adicionais que seriam necessárias. Ele sentiu que deveria construir um local para 300 órfãos – mais que o dobro dos 130 que já tinha.

O sr. Müller e sua esposa começaram a orar juntos todas as manhãs pedindo recursos financeiros para a propriedade e o edifício – o que ele acreditava que exigiria cerca de 10 mil libras. Durante 35 dias eles oraram, mas nem uma libra foi dada para o edifício. Ainda assim, sentiu que deveria pedir fé e paciência ao Senhor para o projeto de construção do orfanato.

No 36º dia, um presente de 1.000 libras chegou para as construções. Um arquiteto cristão ofereceu seus serviços para fazer o plano e supervisionar o edifício sem nenhum custo adicional por seus serviços. O sr. Müller sentiu que sua parte não era anunciar suas necessidades e sair buscando recursos financeiros, mas esperar no Senhor com fé e paciência pela provisão. Ele queria que o próprio Deus o fizesse, usando seu humildes servos como instrumentos.

Ashley Down

Depois de orar por cerca de três meses, o sr. Müller começou a procurar por propriedades. Algumas eram adequadas, mas muito caras. Então ele ouviu falar de uma propriedade na Ashley Down que parecia ser exatamente o que precisava. Ele foi ver o proprietário, mas não o encontrou, nem em casa nem no escritório. Ele deixou uma mensagem sobre sua missão, mas sentiu que era o próprio Deus que o impedira de vê-lo naquele dia.

Quando encontrou o proprietário na manhã seguinte, soube que ele, após receber a mensagem, ficara acordado duas horas naquela noite pensando em vender o terreno para o orfanato. Decidiu, no fim, vendê-la por 297 libras por hectare ao invés de 494 libras por hectare, que era seu preço inicial.

Ao mesmo tempo que o sr. Müller esperava recursos financeiros do Senhor para construir o novo orfanato, ele pôde, pela provisão do Senhor, continuar sustentando quatro escolas com 278 crianças matriculadas, uma escola dominical e uma escola para adultos. Bíblias, Novos Testamentos e folhetos foram adquiridos e distribuídos, e mais de 595 libras foram doadas para missões locais e no exterior. Os órfãos estavam sendo atendidos ao mesmo tempo. Alguns dos órfãos estavam se convertendo e se integrando na igreja, além de vários adultos. Uma grande alegria para o casal Müller nesta época foi que sua jovem filha recebeu Jesus Cristo como seu Salvador. Eles haviam orado por isso durante 18 meses.

Foi uma grande alegria para ele o fato de Deus confiar-lhe recursos financeiros suficientes para doar a missionários nacionais e estrangeiros. Ele sentiu direção de ajudar aqueles que não tinham salário fixo. Ele descobriu que, vez após vez, sua ajuda financeira chegava aos missionários em um momento de grande necessidade, muitas vezes quando não tinham mais dinheiro algum.

Alguns dos que foram ajudados por ele tinham sido homens ricos que deram tudo para seguir a Cristo ou que perderam tudo por causa de Cristo. O sr. Müller também se empenhava em favor desses irmãos em oração. Ele não duvidava que a fé desses servos escolhidos de Deus tinha sido fortalecida ao verem como Deus suprira suas necessidades em tempos muito difíceis. Isto o levou a pedir a Deus cada vez mais recursos financeiros para ajudá-los. O sr. Müller teve o cuidado de usar os recursos que foram dados especificamente para os missionários somente para eles, independentemente de sua falta de recursos para as outras áreas do ministério.

Aumento de preços

Uma vez ele escreveu, ao pedir recursos para atender às necessidades urgentes dos órfãos quando seus cofres estavam totalmente vazios: “Que bênção é poder recorrer ao Deus vivo! É particularmente precioso conhecê-lo nestes dias de angústia generalizada! As batatas estão muito caras para a alimentação dos órfãos neste momento. O arroz que usamos para substituí-las é duas vezes mais caro do que o normal, a aveia está mais do que duas vezes mais cara, e o pão está 50% mais caro do que de costume.

“Entretanto, as riquezas de Deus são tão grandes quanto sempre foram. Ele sabe que nossas despesas são grandes. Ele sabe que um valor menor não serve nestes dias em que as provisões são tão caras, pois há cerca de 150 pessoas a serem supridas, incluindo professores e aprendizes. Minha alma está em paz…”

Acerca dessa época de aumento nos preços, ele escreveu: “É o momento mais propício para a ação da fé, quando não conseguimos mais enxergar nada. Quanto maiores as dificuldades, mais favorável para a fé. Enquanto houver algumas expectativas naturais, a fé não progredirá tão facilmente como quando todas as expectativas naturais falham.

“É verdade que durante o tempo de escassez nossas despesas foram consideravelmente maiores do que o normal; também é verdade que muitas pessoas que de outra forma poderiam ter contribuído, não puderam fazê-lo ou tiveram seu excedente direcionado para outros lugares… Afinal, o ouro e a prata são do Senhor. Para ele fizemos nossa oração. Nele colocamos nossa confiança. E ele não nos abandonou. Pois passamos tão tranquilamente por aquele inverno como por qualquer outro inverno desde que a obra nasceu. Nem poderia ser diferente, pois Deus teve neste momento uma oportunidade especial de mostrar a bem-aventurança de confiar nele.

“Busque, caro leitor, cada vez mais colocar sua confiança no Senhor em tudo, e você verá, mesmo em relação às preocupações da vida, que é muito precioso fazê-lo.”

(Continua)

 – Organizado a partir do livro, The Life Of Trust [A vida de confiança], de George Müller.

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