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A COMUNHÃO COMO SISTEMA DE GOVERNO

Quando se fala em governo de Deus, a palavra que vem à mente imediatamente é Teocracia. Esse é o desejo dos islâmicos radicais e também dos judeus ortodoxos.  Também houve muitos cristãos que alimentaram a possibilidade de um estado cristão. Isto pairou sobre ingleses quando colonizaram os Estados Unidos e também sobre holandeses em relação à África do Sul. O que não dizer da época do Sacro Império Romano e também das Cruzadas? Segundo a história, a experiência de Estado Teocrático tem-se demonstrado equivocada.

Talvez, uma das razões desse insucesso seja a compreensão incorreta sobre Deus. De maneira geral, os monoteístas concebem Deus como um ser único e todo-poderoso, autocrático e autoritário, que dispensa qualquer participação do homem. Os que assim pensam assumem tais conceitos e, como representantes de Deus, julgam-se no direito de impor um governo que inclui o exercício de juízo pesado sobre aqueles que não o seguem.

Esse modelo de governo teocrático trata os homens como parte da natureza inanimada, impondo-lhes a mesma ordem pré-estabelecida nela existente. Do nível das marés até a posição de cada corpo celeste, tudo está determinado, nada havendo que se reclamar.

Entretanto, quando refletimos sobre a Trindade, verificamos que Deus não é autoritário nem autocrático, mas sim amor, pois cada Pessoa busca primeiramente e sempre a glória para a outra e jamais para si mesma. Quando essas características são assimiladas de forma correta por aqueles que creem, estes tendem a reproduzir o mesmo tipo de governo.

Quando da criação, Deus delegou o governo ao homem para dominar a natureza, mas não sobre outro homem, pois o governo sobre os homens tem caráter de serviço ao outro. O modelo de governo proposto por Deus contempla, portanto, dominar a natureza e servir os homens.

Adão recebeu essa missão, mas não tinha capacidade em si mesmo de executá-la. Por mais poderoso que fosse, não era suficiente em si mesmo. Ele precisava de Eva e também dos filhos que o casal geraria para estender o domínio que exercia no Éden sobre todo o universo. As limitações impediam que ele pretendesse fazer tudo sozinho, mas o obrigava a fazer como Deus age na Trindade e inclui o homem no trabalho divino.

Deus não nos comanda como se fôssemos robôs. Trazemos sua imagem e semelhança e, com isso, a liberdade de lhe obedecer ou não. Deus não pratica um governo unilateral, só dele. Contudo, ele também não aprova um governo só do homem. Seu modelo de governo é de biparticipação, ou seja, inclui o homem em parceria.

Por não entender essa forma de governo, Israel pediu um rei para si, como as outras nações. Com o decorrer do tempo, a igreja fez o mesmo em detrimento do sacerdócio universal de todos os cristãos. Entretanto, no Reino Milenar Messiânico, esse governo desejado por Deus se concretizará, pois todos nós reinaremos com Cristo. Nesse tempo, não prevalecerá o governo humano sobre os homens, e também Cristo não governará solitariamente. O projeto de governo anunciado a Adão finalmente se concretizará sobre a Terra. Maranata, ora vem Senhor Jesus!

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