O Diabo e a Igreja
Por E. M. Bounds (1835-1913) As “portas do inferno não prevalecerão” contra a Igreja (Mt 16.18). Essa promessa do nosso Senhor se opõe a toda armadilha e ataque satânicos. Mas ainda que imutável quanto ao desfecho glorioso, ela não protege a Igreja de ciladas diabólicas que podem, e muitas vezes conseguem, perverter os objetivos da Igreja e adiar sua vitória definitiva. O diabo é como um monstro mitológico de várias cabeças, tão prolífico em planos e sabedoria quanto em monstruosidades. Seu esforço magistral e supremo visa obter o controle de uma igreja, não para destruir sua organização, mas sim minguar e perverter seus propósitos divinos. E faz isso de forma muito sorrateira, com ares de inocência, sem mudanças bruscas, nada que seja chocante ou alarmante. Às vezes, a mudança revolucionária e destrutiva é introduzida sob o disfarce de um maior zelo pela glória de Cristo por alguém de muita honra na igreja. É comum que o defensor de tais medidas seja totalmente ignorante do fato de que suas tendências são subversivas. Avaliações erradas a respeito da força da igreja Um dos esquemas de Satanás para depreciar e perverter consiste em estabelecer um conceito equivocado a respeito da força da igreja.