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Editorial 67

Por Conselho Editorial

É difícil imaginar como a abundância de algo tão precioso como a Palavra de Deus escrita poderia nos fazer mal. Contudo, não é preciso pesquisar muito para constatar que a Igreja no Ocidente, com opções cada vez mais variadas e acessíveis de traduções da Bíblia e ferramentas de estudo bíblico, está bem mais pobre espiritualmente do que a Igreja nos países fechados para o Evangelho – nos quais é difícil conseguir até um exemplar das Escrituras, o que dizer de algum recurso adicional…

É claro que existem vários fatores que contribuem para tal diferença. Um dos principais é o valor que se dá a esse presente maravilhoso que Deus concedeu à humanidade. A escassez contribui para uma valorização maior, enquanto a abundância pode gerar banalização e indiferença. Não precisa ser assim, porém; podemos aprender a utilizar a riqueza e a disponibilidade dos recursos nos países livres para apreciar ainda mais o livro de Deus.

Uma das ferramentas para o aproveitamento dessa dádiva divina que se popularizou muito nos últimos anos é a Bíblia de estudo ou a Bíblia anotada. Com ela, é possível ter, num só volume, vários recursos que antes eram adquiridos separadamente, como concordância, comentário e dicionário bíblicos.

Como nossa missão é ajudar o leitor a pensar mais profundamente sobre o assunto, procuramos abordar o tema de diferentes perspectivas. Nesta edição, você encontrará opiniões diversas sobre a utilidade de ferramentas de estudo, sobre a necessidade de aprofundamento teológico, sobre os perigos do conhecimento intelectual e do mau uso dos recursos complementares. Aliás, você verá também o perigo de usar a própria Bíblia de maneira errada.

Se soubermos utilizar a riqueza de traduções das Escrituras e ferramentas de estudo, poderemos conhecer melhor a Pessoa que nos deixou a mensagem inspirada. Por outro lado, se procurarmos apenas conhecimento intelectual e uma espécie de manual de instruções, poderemos multiplicar nossas versões e traduções, nossas Bíblias de estudo e comentários até criar uma verdadeira torre de papel, mas não alcançaremos o Céu. Ao invés de fazermos uso da Palavra escrita para conhecer a Palavra viva, podemos usar nosso conhecimento e “profundidade” para confundir, dividir e matar as pessoas. A exemplo de Festo, o governador romano, o mundo poderia nos perguntar: “As muitas Bíblias te fazem delirar?”

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