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Ciência e Fé: Ciência Também Exige Fé!

A fé desempenha um papel importante tanto no cristianismo como na ciência. O cristianismo diz respeito à fé em Cristo, e muitas vezes se pensa que isso evidencia um elemento irracional dele. Pensa-se, por outro lado, que a ciência não envolve fé, repousando inteiramente naquilo que pode ser provado em termos racionais.

Há dois enganos aqui. O primeiro é o de pensar que na ciência não há lugar para a fé. Na verdade, ela é fundamental. Os cientistas crêem, sem que haja prova absoluta (ou seja, têm fé), que o mundo é ordenado de forma racional e que essa ordem é estável. E mais: acreditam sem prova absoluta (ou seja, têm fé) que a mente humana é racional e pode descobrir e compreender essa ordem corretamente. Não é possível fazer ciência sem dar esses passos básicos de fé. Na origem da ciência, essas crenças eram derivadas do ensino cristão. Sem essa base, elas ficam suspensas no ar. Pode- se dizer que elas foram provadas pelo fato de estarem funcionando. Mas será que funcionam mesmo? Será que todos os cientistas não poderiam estar sofrendo uma alucinação coletiva? É o que sugerem alguns filósofos da ciência, sem tempo a perder com o cristianismo como a base da ciência.

A vida cristã começa quando se crê em Cristo como o Salvador, por meio de quem somos reconduzidos a um relacionamento correto com o Criador. O segundo engano é pensar que esse ato de fé seja irracional. É certo que se trata de um passo além daquilo que pode ser provado sem sombra de dúvida. Mas a maioria dos cristãos diria que é um passo sensato. A Bíblia e a experiência dos cristãos através dos séculos dão muitas evidências de que Jesus é o que alegava ser e que, quando alguém entrega a vida a ele, passa a vivenciar Deus da forma como a Bíblia promete. Em outras palavras, a fé cristã é uma confiança racional e sensata em Cristo, baseada numa boa dose de evidências históricas e experienciais acessíveis aos que desejam investigá-la.

PERSPECTIVAS COMPLEMENTARES DA REALIDADE

Considere a relação entre a perspectiva científica do mundo e a perspectiva cristã. Um jeito simples de colocar isso é dizer que são visões complementares da realidade. Precisamos das duas para completar nossa compreensão da realidade. Precisamos de respostas para o “como” e também para o “por quê”. Essas questões não são contraditórias nem mutuamente excludentes. Elas se complementam.

Atualmente, os físicos falam de flutuações num “vácuo quântico” que, de alguma forma, transformou-se numa bola de neve, resultando num big bang que formou o universo da maneira como o conhecemos. Para os cristãos, isso, caso se comprove, é apenas uma afirmação sobre o método que Deus escolheu para criar o universo que conhecemos. A doutrina cristã fornece algumas razões pelas quais ele o fez.

Os cientistas descobriram as leis da natureza. Alguns falam como se isso de alguma maneira expulsasse Deus do mundo e impedisse sua ação nele, se é que Deus existe. Mas para o cristãos, as leis são de Deus e ele é livre para passar por cima delas, se quiser. Mas é mais que isso. A Bíblia não ensina que Deus só criou o mundo e depois o abandonou à própria sorte. Ele o sustenta continuamente. Talvez a forma mais correta de encarar as leis da natureza seja vê-las como o modo normal de Deus atuar em seu mundo, mantendo-o vivo. Às vezes, por algum bom motivo, ele pode optar por uma ação diferente — e isso é o que chamamos de milagre.

Poderíamos continuar mostrando como a perspectiva científica e a perspectiva cristã do mundo se ajustam entre si. Às vezes, usa-se a figura das plantas de um arquiteto em relação a uma construção. O arquiteto desenha plantas para cada pavimento — o térreo, o primeiro andar, e assim por diante. Haverá a fachada frontal, as vistas laterais, a fachada posterior. Tomados em separado, esses desenhos não parecem estar relacionados entre si, mas, para quem sabe do que se trata, todos se ajustam e fazem sentido dando uma noção de toda a estrutura.

Essa ilustração só precisa de uma modificação. A perspectiva cristã da realidade não é apenas um desenho arquitetônico no mesmo nível dos outros desenhos. Parece-se muito mais com a expressão artística de um prédio concluído, ajudando-nos a encaixar devidamente os outros desenhos e a entendê-los melhor. É uma visão global. Essa visão se encontra na Bíblia, mas precisamos ter certeza de que a estamos entendendo corretamente.

(Artigo extraído do livro Gênesis Hoje, escrito por Ernest Lucas, cientista e teólogo, pós-graduado em Química pelas Universidades de Carolina do Norte e Oxford, cuja esposa Hazel é Ph.D. em Física.)

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